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7. POLÍTICAS ECONÔMICAS
Para se realizar mudanças na economia, o Governo, que é o grande fiscalizador, regulador e
responsável por manter um país num rumo de crescimento e desenvolvimento, atua direta e
indiretamente no mercado, basicamente de três formas:
A seguir, iremos detalhar cada uma dessas políticas, comentando suas principais formas de
atuação e, de forma simplificada, expor cada uma de suas características e possíveis resultados
esperados.
A. POLÍTICA FISCAL
Quando nos referimos a Política Fiscal, imediatamente imaginamos na palavra fiscalização, ou
mesmo fisco. Pois é, o dinheiro que o fisco arrecada através da arrecadação de impostos das
Famílias e das Empresas é uma das variáveis importantes desta política.
Políticas Fiscais significam medidas tomadas pelo governo para restringir ou aumentar o consumo
e a produção através da redução e aumento de impostos e também através do controle dos gastos
do governo. Como é sempre muito polêmica quaisquer reduções dos gastos empenhados através
do seu orçamento, geralmente ele altera as suas políticas de receitas por meio do aumento de
impostos, ou reduzindo-os mesmo, por meio de subsídios.
Abaixo, na figura do Fluxo Circular da Renda, podemos entender claramente aonde estas políticas
afetam a economia.

Classificamos os tipos de Políticas Fiscais como expansivas ou restritivas.
Política Fiscal Expansiva
Estas políticas são adotadas através da redução dos impostos, principalmente por meio de adoção
de subsídios nos impostos.
Esta medida visa aumentar o consumo por parte das empresas e das famílias, pois com impostos
mais baixos, os preços ficam mais acessíveis aos consumidores.
Exemplo: Redução da alíquota do IPI para alimentos da cesta básica, automóveis e materiais para
construção civil.
Problemas que podem acontecer com essa política
Um aumento na demanda agregada, por conta das reduções nos impostos, pode fazer com que as
empresas (oferta) aumentem os preços dos seus produtos, gerando inflação no médio prazo.
Também no médio/longo prazo, uma redução na arrecadação de impostos pode gerar um déficit
orçamentário, ou seja, um saldo negativo entre o que o governo arrecada de impostos e o que
paga pela aquisição de produtos e serviços para o funcionamento de suas autarquias.
Política Fiscal Restritiva
São políticas que aumentam as alíquotas dos impostos, fazendo com que os preços dos produtos
aumentem e reduzam o consumo.
Uma política fiscal restritiva levará á uma diminuição da demanda agregada. Se o governo resolver
aumentar os impostos isso implicará em diminuição do poder de compra4 das pessoas logo
haverá queda da demanda agregada.
Exemplo: Aumento da alíquota do IPI para produtos derivados do tabaco e bebidas alcoólicas.
Outro exemplo é quando o governo deseja incentivar as vendas de um certo produto produzido por
empresas nacionais e aumentam os impostos de importações dos mesmo produtos importados.
B. POLÍTICA MONETÁRIA
A política monetária também é uma política governamental, e se refere a uma reforma monetária
ou aumento/diminuição de dinheiro em circulação, política de taxas de juros, etc.
Estas políticas se referem a formas nas quais são disponibilizadas, ou não, para as empresas,
famílias e governo a quantidade de moeda que estes agentes necessitam para se relacionar
economicamente.
Para controlar este fluxo de moeda, o Governo, que é responsável por fiscalizar os Sistema
Monetário Financeiro, utiliza, principalmente, de 3 ferramentas para adequar a quantidade de
moeda disponibilizada e a produção gerada através do trabalho. Deve existir um equilíbrio entre a
disponibilidade de moeda e a produção de uma economia.
Caso o governo disponibilize moeda em excesso na economia, poderá gerar um processo
inflacionário e a respectiva desvalorização da moeda. Se ele não disponibilizar moeda suficiente,
poderá gerar uma queda geral nos preços, ocasionando prejuízos as empresas e posteriormente
desemprego. Por fim, este desaceleração da economia poderá causar uma queda no Produto
Interno do país.
Portanto, economicamente falando, um aumento no estoque de moeda implica em aumento da
demanda agregada, as pessoas tendo maior poder de compra tendem a aumentar o seu consumo.
Por outro lado se o governo resolve retirar dinheiro de circulação teremos uma queda da demanda
agregada.
A seguir temos algumas ferramentas para aumentar ou reduzir o volume de moeda na economia:
a. Emissão de Moeda
Polícia Monetária Expansiva: O Governo deseja expandir o volume de moeda na economia e,
através do Banco Central e da Casa da Moeda, imprime dinheiro novo os disponibiliza ao Sistema
Monetário Financeiro.
Polícia Monetária Restritiva: O Governo mantém o mesmo volume de moeda existente na
economia, sem emissão nenhuma de dinheiro novo.
b. Taxa de Juros
A Taxa de Juros é a principal ferramenta que o Governo tem para aumentar ou reduzir a demanda
por moeda em uma economia. A Taxa de Juros é quanto custa o dinheiro em determinado período
de tempo. O Governo disponibiliza dinheiro ao SMF ao custo mínimo, definido pelo Banco Central
através da Taxa SELIC. A SELIC é o Sistema Especial de Liquidação e Custódia do Banco Central
e ele que define qual é o custo mínimo de dinheiro no Brasil. Hoje (Maio/2010) a taxa de Juros
SELIC é de 9,5% a.a..
Assim, a Taxa de Juros é o “termômetro” que indica se as empresas e famílias desejam maior
quantidade de moeda para aquisição de bens e serviços ou realizar investimentos (isso quando
eles consideram a Taxa de Juros baixa) ou se mantém seu dinheiro aplicado junto aos Bancos
Comerciais e “rendendo juros” de forma segura e sem nenhum risco.
Dessa forma podemos considerar o seguinte:
Polícia Monetária Expansiva: O Governo deseja expandir o volume de moeda na economia e, por
meio da redução da Taxa de Juros (SELIC). Essa redução ocasiona um efeito cascata em todas as
instituições que “vendem” dinheiro no varejo (Bancos Comerciais) e os preços de crediários,
parcelas de veículos financiados e vendas de máquinas e equipamentos ficam mais acessíveis ao
consumo. Isso porque a Taxa SELIC é o custo do dinheiro no atacado, ou seja, quanto é o custo do
dinheiro a prazo.
Esta taxa de juros mais baixa também encorajam os investidores a retirarem seus recursos de
aplicações financeiras (pois rendem pouco com os juros) e investirem na economia real,
aumentando assim o Investimento. Este impacto ocasiona um aumento no PIB e na Demanda
Agregada.
Uma redução excessiva na taxa de juros pode ocasionar uma corrida desenfreada ao consumo e
conseqüentemente aumento de preços, ou seja, inflação.
Polícia Monetária Restritiva: O Governo deseja reduzir o volume de moeda na economia e, por
meio do aumento da Taxa de Juros (SELIC). Esse aumento gera maiores custos aos
financiamentos de bens de consumo e de capital e conseqüentemente uma redução nas vendas
por gerarem preços mais altos. Essa redução nas vendas gera uma redução na Demanda
Agregada e no PIB.
Estas taxas de juros mais altas encorajam os investidores a manterem seus recursos de aplicados
e rendendo juros mais altos nos Bancos e não investir na economia real, reduzindo assim o
Investimento.
A seguir, podemos expor um fluxo relacionando os efeitos de políticas monetárias utilizando a Taxa
de Juros como ferramenta e seus impactos no Investimento, no PIB e na Demanda Agregada.
c. Depósito Compulsório
O Depósito Compulsório é uma ferramenta que o Banco Central utiliza para controlar a
disponibilização de moeda pelos bancos comerciais através da retenção ou disponibilização de
parte dos recursos depositados, por estes mesmos bancos como garantia para atuarem no
mercado brasileiro.
São depósitos sob a forma de reservas bancárias que cada banco comercial é obrigado
legalmente a manter junto ao Banco Central.
É calculado como um percentual sobre os depósitos à vista nos bancos comerciais.
O Banco Central obriga os bancos comerciais a guardarem uma parcela dos depósitos à vista
como reservas, com a finalidade de atender ao movimento de seu caixa. É uma espécie de
custódia exigida pelo Banco Central, de parcela dos depósitos recebidos da população pelos
bancos comerciais. Através deste instrumento é possível atuar diretamente sobre o nível das
reservas bancárias, reduzindo desta forma o chamado efeito multiplicador e a liquidez na
economia.
Como funciona ?
Política Monetária Restritiva
Se a taxa de reserva se eleva, ocorre uma diminuição dos meios de pagamento, reduzindo assim
as disponibilidades dos bancos realizarem empréstimos, fazendo com que as taxas fiquem mais
altas e assim as Famílias e Empresas paguem mais caro por empréstimos junto aos Bancos
Comerciais.
Política Monetária Expansiva
O Banco Central permite que os Bancos Comerciais emprestem mais dinheiro com seus recursos
próprios para seus clientes através de uma alíquota de depósito compulsório menor que deve ser
disponibilizada ao BC.
Se o Banco Central reduz o percentual do compulsório, as disponibilidades para empréstimo
aumentam, provocando uma elevação dos meios de pagamento, conseqüentemente do volume de
moeda disponível na economia, por conta do aumento do dinheiro emprestado.
POLÍTICA CAMBIAL
Está, fundamentalmente, baseada na administração da taxa de câmbio e no controle das
operações cambiais. Embora indiretamente ligada à política monetária, destaca-se desta por atuar
mais diretamente sobre todas as varáveis relacionadas às transações econômicas do País com o
exterior, basicamente Importações e Exportações.
Para falarmos sobre políticas cambiais, é fundamental falarmos sobre o que é Taxa de Câmbio
TAXA DE CÂMBIO.
A taxa de câmbio: é um instrumento monetário que permite as transações internacionais. Ou seja,
ele permite que uma moeda de um país seja convertida em valores em relação à outra.
Tipos de taxa de câmbio:
 Taxa de câmbio nominal mensura quanto á moeda de um país vale em relação á moeda de outro
país. Exemplo U$1,00R$1,65.
Quando a moeda de um país vale mais que a de outro dizemos que ocorreu uma valorização
nominal da taxa de câmbio. Quando a moeda passa a valer menos ocorre uma desvalorização.
 A Taxa de câmbio real é utilizada nas relações comerciais entre os países, que determina quanto
um produto estrangeiro vale em relação ao produto nacional.
Exemplo: Um automóvel vale R$ 36.000,00 no Brasil, o mesmo automóvel custa nos EUA
U$12.000,00. O valor nominal do dólar é de U$1,00 para R$1,00.
A paridade é de um para um, logo significa que o carro nos EUA está mais barato que no Brasil.
Significa que esta ocorrendo uma desvalorização real.
No caso de U$1,00 valer R$3,00 significa que o valor real é o mesmo.
 Taxa de câmbio efetiva é a taxa de câmbio utilizada por parceiros comerciais como Mercosul,
União Européia, etc.
Exemplo: O Brasil e a Argentina adotam uma taxa de câmbio fixa entre os dois países para a
comercialização de trigo e de soja, sem a influência do dólar americano como indexador entre as
duas moedas.
Políticas cambiais:
 Regime de câmbio fixo: Quando o Banco Central determina o valor da moeda. Nesse caso ele
tem que possuir grande quantidade de moeda estrangeira no caso de ocorrer um aumento da
demanda por moeda estrangeira.
 Regime de câmbio flutuante: A taxa de câmbio varia de acordo com o mercado. Se houver um
aumento da demanda por moeda estrangeira ela terá um aumento do seu preço, significa que
ocorrerá desvalorização da moeda nacional. Quando houver um excesso de oferta de moeda
estrangeira seu preço vai diminuir e ocorrerá uma valorização da moeda nacional.
É o regime vigente no Brasil atualmente.
 Regime de bandas cambiais: A taxa de câmbio poderá flutuar dentro de um intervalo estipulado.
Se atingir o máximo o Banco central intervém no mercado vendendo moeda estrangeira (câmbio
fixo).
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 Regime de câmbio fixo: Quando o Banco Central determina o valor da moeda. Nesse caso ele
tem que possuir grande quantidade de moeda estrangeira no caso de ocorrer um aumento da
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  • 1. 7. POLÍTICAS ECONÔMICAS Para se realizar mudanças na economia, o Governo, que é o grande fiscalizador, regulador e responsável por manter um país num rumo de crescimento e desenvolvimento, atua direta e indiretamente no mercado, basicamente de três formas: A seguir, iremos detalhar cada uma dessas políticas, comentando suas principais formas de atuação e, de forma simplificada, expor cada uma de suas características e possíveis resultados esperados. A. POLÍTICA FISCAL Quando nos referimos a Política Fiscal, imediatamente imaginamos na palavra fiscalização, ou mesmo fisco. Pois é, o dinheiro que o fisco arrecada através da arrecadação de impostos das Famílias e das Empresas é uma das variáveis importantes desta política. Políticas Fiscais significam medidas tomadas pelo governo para restringir ou aumentar o consumo e a produção através da redução e aumento de impostos e também através do controle dos gastos do governo. Como é sempre muito polêmica quaisquer reduções dos gastos empenhados através do seu orçamento, geralmente ele altera as suas políticas de receitas por meio do aumento de impostos, ou reduzindo-os mesmo, por meio de subsídios. Abaixo, na figura do Fluxo Circular da Renda, podemos entender claramente aonde estas políticas afetam a economia. Classificamos os tipos de Políticas Fiscais como expansivas ou restritivas. Política Fiscal Expansiva Estas políticas são adotadas através da redução dos impostos, principalmente por meio de adoção de subsídios nos impostos. Esta medida visa aumentar o consumo por parte das empresas e das famílias, pois com impostos mais baixos, os preços ficam mais acessíveis aos consumidores. Exemplo: Redução da alíquota do IPI para alimentos da cesta básica, automóveis e materiais para construção civil.
  • 2. Problemas que podem acontecer com essa política Um aumento na demanda agregada, por conta das reduções nos impostos, pode fazer com que as empresas (oferta) aumentem os preços dos seus produtos, gerando inflação no médio prazo. Também no médio/longo prazo, uma redução na arrecadação de impostos pode gerar um déficit orçamentário, ou seja, um saldo negativo entre o que o governo arrecada de impostos e o que paga pela aquisição de produtos e serviços para o funcionamento de suas autarquias. Política Fiscal Restritiva São políticas que aumentam as alíquotas dos impostos, fazendo com que os preços dos produtos aumentem e reduzam o consumo. Uma política fiscal restritiva levará á uma diminuição da demanda agregada. Se o governo resolver aumentar os impostos isso implicará em diminuição do poder de compra4 das pessoas logo haverá queda da demanda agregada. Exemplo: Aumento da alíquota do IPI para produtos derivados do tabaco e bebidas alcoólicas. Outro exemplo é quando o governo deseja incentivar as vendas de um certo produto produzido por empresas nacionais e aumentam os impostos de importações dos mesmo produtos importados. B. POLÍTICA MONETÁRIA A política monetária também é uma política governamental, e se refere a uma reforma monetária ou aumento/diminuição de dinheiro em circulação, política de taxas de juros, etc. Estas políticas se referem a formas nas quais são disponibilizadas, ou não, para as empresas, famílias e governo a quantidade de moeda que estes agentes necessitam para se relacionar economicamente. Para controlar este fluxo de moeda, o Governo, que é responsável por fiscalizar os Sistema Monetário Financeiro, utiliza, principalmente, de 3 ferramentas para adequar a quantidade de moeda disponibilizada e a produção gerada através do trabalho. Deve existir um equilíbrio entre a disponibilidade de moeda e a produção de uma economia. Caso o governo disponibilize moeda em excesso na economia, poderá gerar um processo inflacionário e a respectiva desvalorização da moeda. Se ele não disponibilizar moeda suficiente, poderá gerar uma queda geral nos preços, ocasionando prejuízos as empresas e posteriormente desemprego. Por fim, este desaceleração da economia poderá causar uma queda no Produto Interno do país. Portanto, economicamente falando, um aumento no estoque de moeda implica em aumento da demanda agregada, as pessoas tendo maior poder de compra tendem a aumentar o seu consumo. Por outro lado se o governo resolve retirar dinheiro de circulação teremos uma queda da demanda agregada. A seguir temos algumas ferramentas para aumentar ou reduzir o volume de moeda na economia: a. Emissão de Moeda Polícia Monetária Expansiva: O Governo deseja expandir o volume de moeda na economia e, através do Banco Central e da Casa da Moeda, imprime dinheiro novo os disponibiliza ao Sistema Monetário Financeiro. Polícia Monetária Restritiva: O Governo mantém o mesmo volume de moeda existente na economia, sem emissão nenhuma de dinheiro novo. b. Taxa de Juros A Taxa de Juros é a principal ferramenta que o Governo tem para aumentar ou reduzir a demanda por moeda em uma economia. A Taxa de Juros é quanto custa o dinheiro em determinado período de tempo. O Governo disponibiliza dinheiro ao SMF ao custo mínimo, definido pelo Banco Central através da Taxa SELIC. A SELIC é o Sistema Especial de Liquidação e Custódia do Banco Central
  • 3. e ele que define qual é o custo mínimo de dinheiro no Brasil. Hoje (Maio/2010) a taxa de Juros SELIC é de 9,5% a.a.. Assim, a Taxa de Juros é o “termômetro” que indica se as empresas e famílias desejam maior quantidade de moeda para aquisição de bens e serviços ou realizar investimentos (isso quando eles consideram a Taxa de Juros baixa) ou se mantém seu dinheiro aplicado junto aos Bancos Comerciais e “rendendo juros” de forma segura e sem nenhum risco. Dessa forma podemos considerar o seguinte: Polícia Monetária Expansiva: O Governo deseja expandir o volume de moeda na economia e, por meio da redução da Taxa de Juros (SELIC). Essa redução ocasiona um efeito cascata em todas as instituições que “vendem” dinheiro no varejo (Bancos Comerciais) e os preços de crediários, parcelas de veículos financiados e vendas de máquinas e equipamentos ficam mais acessíveis ao consumo. Isso porque a Taxa SELIC é o custo do dinheiro no atacado, ou seja, quanto é o custo do dinheiro a prazo. Esta taxa de juros mais baixa também encorajam os investidores a retirarem seus recursos de aplicações financeiras (pois rendem pouco com os juros) e investirem na economia real, aumentando assim o Investimento. Este impacto ocasiona um aumento no PIB e na Demanda Agregada. Uma redução excessiva na taxa de juros pode ocasionar uma corrida desenfreada ao consumo e conseqüentemente aumento de preços, ou seja, inflação. Polícia Monetária Restritiva: O Governo deseja reduzir o volume de moeda na economia e, por meio do aumento da Taxa de Juros (SELIC). Esse aumento gera maiores custos aos financiamentos de bens de consumo e de capital e conseqüentemente uma redução nas vendas por gerarem preços mais altos. Essa redução nas vendas gera uma redução na Demanda Agregada e no PIB. Estas taxas de juros mais altas encorajam os investidores a manterem seus recursos de aplicados e rendendo juros mais altos nos Bancos e não investir na economia real, reduzindo assim o Investimento. A seguir, podemos expor um fluxo relacionando os efeitos de políticas monetárias utilizando a Taxa de Juros como ferramenta e seus impactos no Investimento, no PIB e na Demanda Agregada. c. Depósito Compulsório O Depósito Compulsório é uma ferramenta que o Banco Central utiliza para controlar a disponibilização de moeda pelos bancos comerciais através da retenção ou disponibilização de parte dos recursos depositados, por estes mesmos bancos como garantia para atuarem no mercado brasileiro. São depósitos sob a forma de reservas bancárias que cada banco comercial é obrigado legalmente a manter junto ao Banco Central. É calculado como um percentual sobre os depósitos à vista nos bancos comerciais. O Banco Central obriga os bancos comerciais a guardarem uma parcela dos depósitos à vista como reservas, com a finalidade de atender ao movimento de seu caixa. É uma espécie de custódia exigida pelo Banco Central, de parcela dos depósitos recebidos da população pelos bancos comerciais. Através deste instrumento é possível atuar diretamente sobre o nível das reservas bancárias, reduzindo desta forma o chamado efeito multiplicador e a liquidez na economia. Como funciona ? Política Monetária Restritiva Se a taxa de reserva se eleva, ocorre uma diminuição dos meios de pagamento, reduzindo assim as disponibilidades dos bancos realizarem empréstimos, fazendo com que as taxas fiquem mais
  • 4. altas e assim as Famílias e Empresas paguem mais caro por empréstimos junto aos Bancos Comerciais. Política Monetária Expansiva O Banco Central permite que os Bancos Comerciais emprestem mais dinheiro com seus recursos próprios para seus clientes através de uma alíquota de depósito compulsório menor que deve ser disponibilizada ao BC. Se o Banco Central reduz o percentual do compulsório, as disponibilidades para empréstimo aumentam, provocando uma elevação dos meios de pagamento, conseqüentemente do volume de moeda disponível na economia, por conta do aumento do dinheiro emprestado. POLÍTICA CAMBIAL Está, fundamentalmente, baseada na administração da taxa de câmbio e no controle das operações cambiais. Embora indiretamente ligada à política monetária, destaca-se desta por atuar mais diretamente sobre todas as varáveis relacionadas às transações econômicas do País com o exterior, basicamente Importações e Exportações. Para falarmos sobre políticas cambiais, é fundamental falarmos sobre o que é Taxa de Câmbio TAXA DE CÂMBIO. A taxa de câmbio: é um instrumento monetário que permite as transações internacionais. Ou seja, ele permite que uma moeda de um país seja convertida em valores em relação à outra. Tipos de taxa de câmbio:  Taxa de câmbio nominal mensura quanto á moeda de um país vale em relação á moeda de outro país. Exemplo U$1,00R$1,65. Quando a moeda de um país vale mais que a de outro dizemos que ocorreu uma valorização nominal da taxa de câmbio. Quando a moeda passa a valer menos ocorre uma desvalorização.  A Taxa de câmbio real é utilizada nas relações comerciais entre os países, que determina quanto um produto estrangeiro vale em relação ao produto nacional. Exemplo: Um automóvel vale R$ 36.000,00 no Brasil, o mesmo automóvel custa nos EUA U$12.000,00. O valor nominal do dólar é de U$1,00 para R$1,00. A paridade é de um para um, logo significa que o carro nos EUA está mais barato que no Brasil. Significa que esta ocorrendo uma desvalorização real. No caso de U$1,00 valer R$3,00 significa que o valor real é o mesmo.  Taxa de câmbio efetiva é a taxa de câmbio utilizada por parceiros comerciais como Mercosul, União Européia, etc. Exemplo: O Brasil e a Argentina adotam uma taxa de câmbio fixa entre os dois países para a comercialização de trigo e de soja, sem a influência do dólar americano como indexador entre as duas moedas.
  • 5. Políticas cambiais:  Regime de câmbio fixo: Quando o Banco Central determina o valor da moeda. Nesse caso ele tem que possuir grande quantidade de moeda estrangeira no caso de ocorrer um aumento da demanda por moeda estrangeira.  Regime de câmbio flutuante: A taxa de câmbio varia de acordo com o mercado. Se houver um aumento da demanda por moeda estrangeira ela terá um aumento do seu preço, significa que ocorrerá desvalorização da moeda nacional. Quando houver um excesso de oferta de moeda estrangeira seu preço vai diminuir e ocorrerá uma valorização da moeda nacional. É o regime vigente no Brasil atualmente.  Regime de bandas cambiais: A taxa de câmbio poderá flutuar dentro de um intervalo estipulado. Se atingir o máximo o Banco central intervém no mercado vendendo moeda estrangeira (câmbio fixo).
  • 6. Políticas cambiais:  Regime de câmbio fixo: Quando o Banco Central determina o valor da moeda. Nesse caso ele tem que possuir grande quantidade de moeda estrangeira no caso de ocorrer um aumento da demanda por moeda estrangeira.  Regime de câmbio flutuante: A taxa de câmbio varia de acordo com o mercado. Se houver um aumento da demanda por moeda estrangeira ela terá um aumento do seu preço, significa que ocorrerá desvalorização da moeda nacional. Quando houver um excesso de oferta de moeda estrangeira seu preço vai diminuir e ocorrerá uma valorização da moeda nacional. É o regime vigente no Brasil atualmente.  Regime de bandas cambiais: A taxa de câmbio poderá flutuar dentro de um intervalo estipulado. Se atingir o máximo o Banco central intervém no mercado vendendo moeda estrangeira (câmbio fixo).