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ECONOMIA – Micro e Macro
1
Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos
Apresentação elaborada por:
Roberto Name Ribeiro
Francisco Carlos B. dos Santos
ECONOMIA – Micro e Macro
2
ECONOMIA – Micro e Macro
3
Capítulo 8: Fundamentos de Teoria e
Política Macroeconômica
Introdução
Metas de Política Macroeconômica
Estrutura da Análise Macroeconômica
Instrumentos de Política Macroeconômica
ECONOMIA – Micro e Macro
4
Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando
a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os
principais agregados são:
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução
• Renda
• Emprego
• Produto Nacional
• Desemprego
• Investimento
• Estoque de Moeda
• Poupança
• Taxa de Juros
• Consumo
• Balanço de Pagamentos
• Nível Geral de Preços
• Taxa de Câmbio
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite
estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre
estes.
ECONOMIA – Micro e Macro
5
Teoria macroeconômica trata de questões de curto prazo, como por
exemplo:
• Desemprego e estabilização do nível geral de preços
Teoria do desenvolvimento econômico cuida de questões de logo
prazo, como:
• Progresso tecnológico e política industrial
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução
ECONOMIA – Micro e Macro
6
1. Crescimento econômico sustentável (PIB)
- aumento do bem estar material
- aumento do nível de emprego
As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da
capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade
de bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Econômico  Desenvolvimento Econômico
Crescimento econômico: crescimento da renda nacional
Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza,
desemprego, meio ambiente, moradia etc.)
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica
ECONOMIA – Micro e Macro
7
2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação)
- inflação controlada não significa inflação zero;
- inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as
classes baixas e sobre as expectativas.
Tipos de inflação:
• demanda
• custos
• inercial
Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços.
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica
ECONOMIA – Micro e Macro
8
3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode
levar a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda
gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).
4. Distribuição Eqüitativa de Renda
- política de longo prazo;
- aumento do poder de compra das classes mais baixas;
- desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica
ECONOMIA – Micro e Macro
9
Os objetivos de política macroeconômica não são independentes,
podendo ser conflitantes.
Crescimento
Econômico
e
Distribuição
de renda
Renda Aumenta
Aumenta a renda dos pobres, sem
reduzir a dos ricos (abranda
conflitos sociais).
Em países
subdesenvolvidos
(conflitante)
Aumenta-se a parte dos lucros e da
poupança dos mais ricos na renda
nacional (Teoria do Bolo).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
ECONOMIA – Micro e Macro
10
Metas de
Redução de
Emprego
e
Estabilidade
de
Preços
Com aumento
de compras
Reduz-se o desemprego.
Aproximando do pleno emprego,
os recursos tendem a escassear,
provocando um aumento dos
custos de produção. Podendo
aumentar a inflação (exceto,
quando estiver ocorrendo um
significativo aumento de
produtividade).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a ser
dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na sociedade
de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política pelos
representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior.
ECONOMIA – Micro e Macro
11
Parte Real
da Economia
Parte Monetária
da economia
Mercado de Bens e Serviços
Mercado de Trabalho
Mercado Financeiro
(monetário e títulos)
Mercado de Divisas
Produto Nacional
Nível Geral de Preços
Nível de Emprego
Salários Nominais
Mercados Var. Determinadas
Taxa de Juros
Estoque de Moeda
Taxa de Câmbio
Teoria e Política Macroeconômica: Estrutura da Análise
Macroeconômica
O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção
Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada) permitindo à
economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa
de renda.
ECONOMIA – Micro e Macro
12
• Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do
governo;
• Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na
economia, a taxa de juros e o crédito;
• Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio
externo, saldo do BP equilibrado;
• Política de Rendas: interferências na formação de Preços e
Salários, desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica
ECONOMIA – Micro e Macro
13
Instrumentos
disponíveis
Arrecadação de
tributos (política
tributária)
Inibe Consumo
e Investimento
Anti-
inflacionárias
Estimula consumo
e Investimento
Maior
Crescimento
Diminuição
dos gastos
Aumento da
carga tributária
Aumento
dos gastos
Diminuição da
carga tributária
RESULTADO
Melhor Dist.
de Renda
Impostos
progressivos
Gastos em
setores/ regiões
mais atrasados
Benefício a
grupos menos
favorecidos
Controle de
suas despesas
(política de gastos)
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Fiscal)
ECONOMIA – Micro e Macro
14
É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e
das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de
estabilizar o nível geral de preços.
Os instrumentos:
• Emissões de moeda
• Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos
comerciais junto ao Banco Central)
• Open market (compra/venda de títulos públicos)
• Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais)
• Regulamentação sobre crédito e tx. de juros.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Monetária)
ECONOMIA – Micro e Macro
15
Instrumentos
disponíveis
Inibe Consumo
e Investimento
Anti-
inflacionárias
Estimula consumo
e Investimento
Maior
Crescimento
Diminuir
(Enxugar)
Aumento da tx.
Aumento
do estoque
Diminuição da tx.
RESULTADO
Melhor Dist.
de Renda
Solução mais
complexa
Estoque
monetário
Reservas
compulsórias
Open Market Venda de
títulos
Compra
de títulos
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Monetária)
ECONOMIA – Micro e Macro
16
Política Fiscal Política Monetária
Como política
econômica pode...
Combinação Combinação
Melhoria na
distr. de renda
Mais eficiente
(tributação e gastos)
Mais difusa
e genérica
Efeitos
imediatos
Não tem. Depende de
mudança na Legislação e
Princípio da anterioridade.
Depende apenas de
decisões diretas das
autoridades monetárias.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Fiscal X Política Monetária)
ECONOMIA – Micro e Macro
17
Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da
economia.
Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)
Controle do Governo
Política Comercial
Instrumentos de incentivo às exportações
e/ou estímulo/desestímulo às importações,
sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci-
mento de cotas etc.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Cambial e Comercial)
ECONOMIA – Micro e Macro
18
Os agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o
que fariam, em resposta a influências normais do mercado.
Normalmente, esses controles são utilizados como política
de combate a inflação.
Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política de Rendas)
ECONOMIA – Micro e Macro
19
Capítulo 9: Contabilidade Social
Introdução
Principais Agregados Macroeconômicos
• Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital
• Economia a Dois Setores Com Formação de Capital
• Economia a Três Setores: O Setor Público
• Economia a Quatro Setores: O Setor Externo
Valores Reais e Nominais
Identidades Básicas da Contabilidade Nacional
Aspectos Conceituais
ECONOMIA – Micro e Macro
20
Contas Básicas:
• Produto Interno Bruto
• Renda Nacional Disponível
• Transações Correntes com o Resto do Mundo
• Capital
Conta Complementar:
• Conta Corrente das Administrações Públicas
Contabilidade Social: Sistema de Contas Nacionais
ECONOMIA – Micro e Macro
21
Definição: o objetivo do sistema de contas nacionais é permitir a
mensuração e a agregação em uma única conta, onde a agregação
é feita através dos preços.
Característica: não considera os chamados bens e serviços
intermediários (que são absorvidos na produção de outros
produtos), ou seja, esse sistema considera apenas os bens e
serviços finais.
Pressupostos:
1. As contas procuram medir a produção corrente. Não são considerados bens
produzidos em período anterior, apenas a remuneração do vendedor (que é
remuneração a um serviço corrente);
2. As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano. Os agregados correspondem
a variáveis fluxo (são consideradas ao longo de um período – dimensão temporal).
3. A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas como unidade de
medida e instrumento de trocas.
Contabilidade Social: Sistema de Contas Nacionais
ECONOMIA – Micro e Macro
22
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Três óticas de mensuração: Produto = Despesa = Renda
Produto Nacional (PN): é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos
em determinado período de tempo.
PN =  pi qi
Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as despesas realizadas pelos agentes:
consumidores, empresas, governo e estrangeiros na compra de bens e serviços
finais.
DN = Despesas de Consumo (C)
Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são
proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços, em um
período de tempo.
RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l)
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
ECONOMIA – Micro e Macro
23
Famílias Unid. Produtoras
Mercado de Bens e Serviços
Mercado de Fatores de Produção
Fornecimento de Bens e Serviços
Fornecimento dos Serviços dos Fatores de Produção
Despesas de Consumo de Bens e Serviços
Remuneração aos Serviços dos Fatores de Produção
Fluxo monetário
Fluxo real
RN = w + j + a + l
DN = C
PN = pi.qi
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
ECONOMIA – Micro e Macro
24
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Como não existem estoques, tudo que se produz, se vende.
PN = DN
Como no agregado, são excluídas as compras de bens
intermediários. A empresa gasta com pagamentos a fatores de
produção tudo o que recebe pela venda de bens e serviços (PN=DN).
Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de Valor Adicionado
Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao
valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo.
V. Adicionado = V. Bruto de Produção – Cons.de Prod. Intermed.
(Receita de vendas)
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
ECONOMIA – Micro e Macro
25
TRIGO FARINHA PÃO
a) Receita de Vendas (VBP) 100 400 1.000 PN=DN= 1.000
b) Compras Intermediárias 0 100 400
Valor adicionado (a-b) 100 + 300 + 600 = 1.000 = RN
Valores (x Mil)
Renda paga pelo setor de trigo aos fatores de produção (VA trigo)
Renda paga pelo setor de farinha aos fatores de produção (VA farinha)
Renda paga pelo setor de panificação aos fatores de produção (VA pão)
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Valor Adicionado)
ECONOMIA – Micro e Macro
26
Existem 04 formas diferentes de medir o resultado econômico
de um país, todas conduzindo a um mesmo valor numérico:
Soma dos produtos finais das empresas produtoras (PN)
Soma das despesas dos agentes com o Produto Nacional (DN)
Soma de rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros (RN)
Soma de valores adicionados dos setores de atividade (RN)
Orgão Responsável no Brasil: IBGE
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos
ECONOMIA – Micro e Macro
27
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos
Economia fechada, sem governo e com formação de capital
Hipóteses:
• As Famílias além de consumir podem poupar;
• As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e investem em
bens de capital.
POUPANÇA (S): parcela da RN não consumida no período. Sendo assim:
S = RN – C
INVESTIMENTO (I): gasto com bens que aumentam a capacidade produtiva da
economia (Capacidade de gerar Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de Capital).
I = PN – C
onde: PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento
I = Ibk + E
ECONOMIA – Micro e Macro
28
Observações sobre o investimento:
1. E = Et – Et-1 (Variável fluxo, medida ao ano);
2. Não se deve confundir Investimento no sentido vulgar com investimento
no sentido econômico. Ex.: Investir em ações não representa aumento da
capacidade produtiva, a não ser que se esteja investindo, por exemplo, em
instalações.
3. O investimento em ativos de segunda mão (imóveis,...) não é
contabilizado como investimento agregado, sendo apenas uma
transferência de ativos, que se compensa: alguém “desinvestiu”. Esses
bens já foram computados no passado.
4. Os bens de consumo duráveis (TV, automóveis,...), embora não sejam
consumidos no presente e gerem fluxo de serviços no futuro, não são
considerados como investimento (há controvérsias).
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos
ECONOMIA – Micro e Macro
29
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos
Economia fechada, sem governo e com formação de capital
DEPRECIAÇÃO (d): é o consumo de estoque (desgaste) de capital físico, em dado
período. Conseqüência: sucata ou obsolescência.
Investimento Bruto (IB) e Investimento Líquido (IL)
IL = IB - d
IL = Acumulação Líquida de Capital = Diferença entre novos inv. (IB) e
depreciação
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E LÍQUIDO (PNL)
PNL = PNB - d
ECONOMIA – Micro e Macro
30
A identidade S = I “ex-post”
Como: e e
S = RN – C I = PN – C PN = RN
Logo: S = I
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos
ECONOMIA – Micro e Macro
31
Ex.: PN = RN = 100. Com a venda do produto (PN)
as empresas remuneram as famílias (RN). Se as
famílias decidem consumir apenas 80 (C = 80):
S = RN – C = 20
Parte de PN = 100 não foi comprada, pois as
famílias não gastaram tudo. Assim:
I = E = 20 e S = I = 20
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos
ECONOMIA – Micro e Macro
32
Ex.: PN = 100.
Sendo: Bens de Consumo = 70
Bens de capital = 30 (Investimento)
RN = 100 (As famílias receberam 100)
Sobraram para as famílias 30 (corresponde à Poupança)
S = I = 30
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos
ECONOMIA – Micro e Macro
33
Receita Fiscal:
IMPOSTOS INDIRETOS (Ti): incidem sobre bens e serviços. Ex.: ICMS, IPI.
IMPOSTOS DIRETOS (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas). Ex.:
IR, IPTU.
CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL: encargos trabalhistas recolhidos
de empregados e empregadores.
OUTRAS RECEITAS: taxas (Ex.: Multas, aluguéis, ...)
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
ECONOMIA – Micro e Macro
34
Gastos do Governo:
Gastos com ministérios, secretarias e autarquias = Receitas
provêm de dotações orçamentárias.
Gastos das empresas e sociedades de economia mista
Provêm da venda de bens e serviços no mercado.
Gastos com transferências e subsídios
Se :
Gastos > Receita Fiscal
Gastos < Receita Fiscal
Déficit Primário (Fiscal)
Superávit Primário (Fiscal)
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
ECONOMIA – Micro e Macro
35
PRODUTO NACIONAL A PREÇOS DE MERCADO (PNpm): é
medido a partir dos valores pagos pelo consumidor.
PRODUTO NACIONAL A CUSTO DE FATORES (PNcf): é
medido a partir dos valores pagos que refletem os custos de
produção, a remuneração dos fatores (w + j + a + l). Como é medido
pela ótica dos rendimentos, é a própria RNcf.
PNpm = RNcf + Ti - Sub
Associa-se, normalmente, Renda Nacional à RNcf e Produto Nacional
à PNpm
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
ECONOMIA – Micro e Macro
36
CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA E LÍQUIDA
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
Impostos Indiretos Impostos Diretos
Índice de Carga Tributária Bruta = 100
pm
PIB
 

 
 
 
   
Imp. Ind. Imp. Dir. Transf. + Sub.
Índice de Carga Tributária Líquida = 100
pm
PIB
 
 
 
 
 
ECONOMIA – Micro e Macro
37
EXPORTAÇÕES (X): são as compras dos estrangeiros de nossos bens e serviços.
São os gastos do setor externo com nossas empresas.
IMPORTAÇÃO (M): são as aquisições de bens do exterior. Parte da renda gerada
no país que “vaza” para fora.
RENDA ENVIADA AO EXTERIOR (RE): parte do que foi produzido
internamente não pertence aos nacionais (Ex.: capital e tecnologia). A remuneração
desses fatores vai para fora do país, na forma de remessa de lucro, royalties, juros.
RENDA RECEBIDA DO EXTERIOR (RR): recebemos renda devido à produção
de nossas empresas operando no exterior.
RLEE = RE – RR (No Brasil, RLEE > 0)
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (O Setor Externo)
ECONOMIA – Micro e Macro
38
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB): é a renda devida à produção
dentro dos limites territoriais do país.
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB): renda que pertence
efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas
empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior
pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil.
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (O Setor Externo)
PIB = PNB + RLEE
RE > RR RLEE > 0 PIB > PNB
Se :
RE < RR RLEE < 0 PIB < PNB
ECONOMIA – Micro e Macro
39
DN = C + I + G + X – M
As importações (M) aparece devido ao fato de que elas estão
embutidas nas demais despesas agregadas (C, I, G, X).
A Despesa Agregada é apresentada a preços de mercado, já que são
valores finais. No Brasil, utiliza-se mais o conceito de Despesa
Interna que Nacional. Não é calculada a depreciação pois, são
utilizados os conceitos agregados em termos brutos.
DIBpm = C + I + G + X – M
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Despesa Nacional - DN)
ECONOMIA – Micro e Macro
40
PN Nominal (ou PN Monetário): PN a preços correntes do ano
PN2000 =  pi
2000 . qi
2000 - produto de 2000, avaliado a preços de 2000.
PN2001 =  pi
2001 . qi
2001 - produto de 2001, avaliado a preços de 2001.
PN Real (ou PN deflacionado): PN a preços constantes de
determinado ano (chamado ano-base).
PNREAL 2000 =  pi
2000 . qi
2000
PNREAL2001 =  pi
2000 . qi
2001
PNREAL2002 =  pi
2000 . qi
2002
Preços permanecem constantes em
2000. Elimina-se a influência dos
preços (Inflação). Com isso tem-se o
crescimento real
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais)
ECONOMIA – Micro e Macro
41
PNREAL = PN Nominal x 100
Índice de Preços
P/ deflacionar:
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais)
ECONOMIA – Micro e Macro
42
PIB em dólares correntes: preços em dólares, à taxa de câmbio corrente.
PIBBrasil =  PUS$ qBrasil
(P US$ = preços em reais, convertidos em dólares pela taxa de câmbio corrente)
PIB em dólares PPP (Purchasing Power Parity): produção do país, medida
a preços das mercadorias nos USA (país base, ou de referência).
PIBPPP Brasil =  PUS$USA qBrasil (preços em US$ nos USA)
PIBPPP China =  PUS$USA qChina
PIBPPP USA =  PUS$USA qUSA
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais)
ECONOMIA – Micro e Macro
43
O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano mede o grau de
desenvolvimento sócio-econômico dos países. Constitui-se de uma média
aritmética de 3 índices, variando de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o
padrão de desenvolvimento humano):
-Índice de Expectativa de Vida
-Índice do PIB per capita (em dólares PPP)
-Índice de Educação (média ponderada:
75% Índice de Alfabetização
25% Índice de Escolaridade de jovens entre 7 e 22 anos )
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
ECONOMIA – Micro e Macro
44
Da Contabilidade Nacional para a Teoria Econômica
Modelo Keynesiano Básico (Lado Real)
Capítulo 10: O Mercado de Bens e
Serviços
ECONOMIA – Micro e Macro
45
Contabilidade Nacional: medição do produto efetivamente
realizado (ex-post).
Teoria Macroeconômica: refere-se ao produto potencial,
desejado, planejado. Análise dos agregados ex-ante. Estuda
as alternativas para levá-lo ao pleno emprego.
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
ECONOMIA – Micro e Macro
46
Curva de Demanda Agregada de Bens e Serviços (DA): composta
pela demanda de quatro agentes macroeconômicos:
DA = C + I + G + (X – M)
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real (Modelo
Keynesiano Básico)
onde:
C = consumo (famílias e empresas)
I = investimento (bens de capital)
G = gastos do governo (saúde, investimento, etc)
X = exportações (bens e serviços)
M = importações (bens e serviços)
Nível Geral
de Preços
Q = PNREAL= y = Y/P
Curva de Demanda
Agregada (DA)
 
 
Renda Nominal
Renda Real =
Nível de Preços
Y Y
P P

ECONOMIA – Micro e Macro
47
Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA): quantidade de
bens e serviços que os produtores estão dispostos a colocar no mercado.
OA = Renda Nacional = Produto Nacional Real
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
A: aumenta Q, com P constante,
caso haja desemprego de recursos;
B: situação intermediária;
C: aumenta P, com Q constante,
caso os recursos estiverem
plenamente empregados.
Q = PNREAL= y = Y/P
Nível Geral
de Preços
A
B
C
Curva de Oferta
Agregada (OA)
Y
PLENOEMPREGO
ECONOMIA – Micro e Macro
48
A: trecho Keynesiano (desemprego)
C: trecho Clássico (pleno emprego)
Desemprego: quando a DA é
insuficiente para absorver a produção
agregada de pleno emprego.
Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA)
Nível Geral
de Preços
A
C
Curva de OA
Simplificada
YPLENOEMPREGO
Y
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
ECONOMIA – Micro e Macro
49
1ª. Desemprego de Recursos. A DA situa-
se abaixo da OA de pleno emprego. Preços
constantes e as variáveis consideradas em
valores reais (deflacionadas). (A)
2ª. Curto Prazo. A curto prazo, o estoque
dos fatores de produção são considerados
constantes. Embora, a força de trabalho e a
capacidade produtiva instalada sejam fixas,
seus níveis de utilização variem.
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico
Nível Geral
de Preços
YPLENOEMPREGO
Y0
Y
Curva de OA
Simplificada
A
ECONOMIA – Micro e Macro
50
3ª. A curva de OA é fixada (decorrência
da hipótese 2ª). OA = f(N,K,Tec). Como
esses fatores de produção são constantes a
curto prazo, a OA permanece fixa (não há
deslocamentos, apenas movimentos ao
longo da curva.
4ª. A curto prazo, apenas a demanda
agregada provoca variações no nível de
equilíbrio da renda nacional. (Corolário
das anteriores) Para tirar a economia de
uma situação de desemprego, a curto prazo,
deve-se procurar elevar a DA. DA é mais
sensível a curto prazo que a OA.
Nível Geral
de Preços
YPLENOEMPREGO
Y0
DA0 DA1
Y
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico
ECONOMIA – Micro e Macro
51
PRINCÍPIO DA
DEMANDA EFETIVA
A DA determina a produção (Keynes).
Inverte um dos principais postulados
da Teoria Clássica, a chamada Lei de
Say, pela qual a OA é que determina
a procura.
Nível Geral
de Preços
YPLENOEMPREGO
Y0
DA0 DA1
Y
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico
ECONOMIA – Micro e Macro
52
Função consumo (C): o consumo agregado é função crescente do nível de renda
nacional (Y). O modelo mais simples supõe o consumo como uma função linear.
onde: a = consumo autônomo (independe da renda)
b = propensão marginal a consumir (declividade da reta), onde 0 < b < 1
A propensão marginal a consumir (PMgC) é o acréscimo de consumo, dado a um acréscimo
na renda nacional.
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
 
C f Y
C a by

 
a
b
C
Y
ECONOMIA – Micro e Macro
53
Função poupança (S): é a parcela da renda nacional não
consumida, em dado período de tempo.
S = y – C
sabemos que C = a + by e portanto:
S = -a + (1 - b)y
onde (1 – b) = propensão marginal a poupar
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
a

 
1 b

S
y
 
1
S a b y
   
ECONOMIA – Micro e Macro
54
Função investimento (I): bens e serviços que visam a aumentar a
produção futura. É também conhecido como Formação Bruta
de Capital Fixo. O investimento pode ser dividido em:
1. Investimento visto como elemento da demanda agregada: é a
fase que gasta apenas com instalações, equipamentos, etc, antes
do investimento maturar e resultar em acréscimos de produção;
2. Investimento visto como elemento da oferta agregada: ocorre
quando aumenta a capacidade produtiva, após a maturação do
investimento.
Hipóteses:
I. A curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada;
II. O investimento é autônomo ou independente da renda nacional.
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
ECONOMIA – Micro e Macro
55
Função gastos do governo (G): os gastos do governo são autônomos em
relação à renda nacional:
G = constante ou G  f(y)
Função impostos ou tributação (T): no modelo simplificado a tributação é
autônoma, ou seja, não é induzida pela renda nacional:
T = constante ou T  f(y)
Neste caso a nova função consumo será:
C = a + b (y – T) = a – byd
onde yd = renda disponível
Função exportação (X) e importação (M): são variáveis autônomas em relação a
renda nacional (modelo simplificado):
X = constante ou X  f(y*)
M = constante ou M  f(y)
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
ECONOMIA – Micro e Macro
56
Determinação do equilíbrio: observações importantes
1. A renda de equilíbrio ocorre quando OA = DA e não
necessariamente é a renda de pleno emprego;
2. Decorre do exposto em (1) que o equilíbrio não indica
necessariamente algo desejável, pois pode estar existindo um
grande volume de recursos não empregados;
3. É um equilíbrio macroeconômico esperado, planejado (ex ante),
e não o equilíbrio efetivo (ex post).
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
ECONOMIA – Micro e Macro
57
Determinação do equilíbrio: o equilíbrio é determinado pela DA
(curto prazo).
Onde:
y* = renda de equilíbrio (DA=OA)
y* = renda de pleno emprego
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
DA C I G X M
    
DA OA

pe
y
*
y
 
y OA

DA
ECONOMIA – Micro e Macro
58
Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos
com injeções:
1. Vazamentos: todo recurso que é retirado do fluxo básico, ou seja, toda renda
recebida pelas famílias, que não é dirigida às empresas nacionais na compra
de bens de consumo: poupança, impostos e importações;
Vaz = S + T + M
2. Injeções: todo recurso que é injetado no fluxo básico e que não é originado
da venda de bens de consumo às famílias: novos investimentos, gastos
públicos e exportações.
Inj = I + G + X
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
ECONOMIA – Micro e Macro
59
Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos com injeções:
• Vaz < Inj  crescimento da renda nacional
• Vaz > Inj  queda da renda nacional
• Vaz = Inj  equilíbrio estacionário
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
I G X
 
S T M
 
pe
y
*
y
 
y OA

Vaz
Inj
ECONOMIA – Micro e Macro
60
Hipóteses do multiplicador:
1. O processo é iniciado por uma variação autônoma da DA, ou
seja, um deslocamento da DA devido à variação autônoma de
algum de seus elementos (C, I, G, X, M) ou devido a alguma
injeção ou vazamento do fluxo de renda;
2. O funcionamento do multiplicador supõe uma economia em
desemprego;
3. O lado monetário é invariável;
4. O multiplicador tem um efeito perverso: assim como a renda
aumenta em um múltiplo, para aumentos da DA, o contrário
também é válido.
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)
ECONOMIA – Micro e Macro
61
Fórmula do multiplicador:
onde k = multiplicador de gastos
Assim, qualquer mudança nos gastos autônomos (C, I, G, X, M)
implicará em uma mudança no nível de renda (Y) dado pelo
multiplicador.
 
1
1 1
k
b t m i

   
 
 
1
1 1
Y C I G X
b t m i
   
   
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)
ECONOMIA – Micro e Macro
62
Teorema do Orçamento Equilibrado ou Teorema de Haavelmo
“Não dá para avaliar política fiscal olhando apenas o déficit ou superávit do
governo.”
Se o governo efetuar gastos no mesmo montante dos tributos recolhidos, a renda
em vez de permanecer constante, aumentará em um montante igual ao aumento de
G e T.
Assim:
a) Se |kG| > |kT|  a renda aumentará quando G = T
b) kG + kT = 1
1
e
1 1
G T
y b y
k k
b G b T
  
   
   
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)
ECONOMIA – Micro e Macro
63
Hiatos Inflacionário e Deflacionário e Política Fiscal Pura: a análise dos hiatos
permite estudar formas não monetárias de combater a inflação e o desemprego, ou
seja, como a política fiscal pode estabilizar preços, emprego e nível de atividade.
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Hiatos)
DA C I G X M
    
DA OA

pe
y
*
y
 
y OA

DA
Hiato Deflacionário
DA C I G X M
    
DA OA

pe
y *
y
 
y OA

DA
Hiato
Inflacionário
Hiato Deflacionário: refere-se à
insuficiência da DA, em relação a OA de
pleno emprego (ype)
Hiato Inflacionário: é dado pelo
excesso de DA, em relação a OA de
pleno emprego (ype)
ECONOMIA – Micro e Macro
64
a) O investimento depende da taxa de juros
I = f (taxa de retorno esperada, taxa de juros), I/ Y < 0
Eficiência Marginal do Capital (EMC): é a taxa de retorno esperada sobre o investimento.
É a taxa que iguala o valor presente dos retornos líquidos esperados que se pode obter com o
investimento, ao preço de aquisição do equipamento.
• EMC > 1  é vantagem a firma investir (compra de bens de capital)
• EMC < 1  não é vantagem a firma investir
b) Princípio do acelerador: o investimento é influenciado, basicamente, pela taxa
de crescimento do produto, não pelo nível de produto.
onde v = relação capital-produto capital-produto
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Teorias da Função Investimento)
 
1 onde
t t t
K
I v Y Y v y v
y


    

ECONOMIA – Micro e Macro
65
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Função Demanda por Investimentos)
Fatores determinantes da decisão de investir
Demanda de
Investimentos (I)
Taxa de Juros
de Mercado (i)
Eficiência Marginal
do Capital (EMC)
Preço de Aquisição
do Ben de Capital
Valor Presente dos
Retornos Líquidos
Esperados
Faturamento
Esperado
Custos de Operação e
Manutenção do
Equipamento
ECONOMIA – Micro e Macro
66
Moeda: Conceito e Funções
Meios de Pagamento: Conceito e Composição
Oferta de Moeda (Pelo BACEN e Bancos Comerciais)
Demanda por Moeda
Capítulo 11: O Lado Monetário
ECONOMIA – Micro e Macro
67
Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca
de bense serviços. Aceitação garantida por lei.
Instrumento ou
Meio de Troca
Medida de
Valor
Reserva de
Valor
Promove e facilita o intercâmbio de
bens e serviços. Evita a chamada
economia de trocas ou escambo.
Unidade de Conta. Permite apurar o
valor Monetário.
Liquidez absoluta. Efeitos da Inflação.
O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
ECONOMIA – Micro e Macro
68
Não precisa ter valor intrínseco ou ser lastreada em metal
precioso, bastando ter a confiança (moeda fiduciária) e a
aceitação geral pelos agentes econômicos.
Reserva de Valor: o que determina a riqueza de um país é
sua produção global e não o montante de moeda existente
(Falácia da composição).
O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
ECONOMIA – Micro e Macro
69
Meios de Pagamento (Oferta de Moeda): representam todos os
haveres com liquidez imediata em poder do público, exceto o setor
bancário. São uma medida do nível de liquidez do sistema econômico.
M = PMPP + DV
Onde:
M = meios de pagamento
PMPP = papel moeda em poder do público (ativo de maior liquidez)
DV = depósito a vista (moeda escritural ou moeda bancária), é o valor
que o correntista tem, não é o cheque.
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e
Composição)
ECONOMIA – Micro e Macro
70
M1
M2
M3
M4
=
=
=
=
Moeda em poder do Público
(+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais
Conceito M1
(+) Depósitos Especiais Remunerados
(+) Depósitos de Poupança
(+) Títulos emitidos por Instituições Depositárias
Conceito M2
(+) Fundos de Renda Fixa
(+) Posição líquida de títulos SELIC(Sistema Especial de
Liquidação e Custódia)
Conceito M3
(+) Títulos Públicos de alta liquidez
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e
Composição)
ECONOMIA – Micro e Macro
71
OS ATIVOS ADICIONADOS AO CONCEITO M1
SÃO CHAMADOS QUASE-MOEDA OU NÃO MONETÁRIOS.
VOLUME M4 BAIXO DENOTA RESTRIÇÕES ÀS FUNÇÕES
DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA DO SISTEMA BANCÁRIO.
ESTE CONCEITO É EXPRESSO NORMALMENTE
COMO UM PERCENTUAL DO PIB.
O AUMENTO DA RELAÇÃO M4/M1, QUE SE OBSERVA
NOS PROCESSOS INFLACIONÁRIOS, CHAMA-SE
DESMONETIZAÇÃO. A REDUÇÃO DE M4/M1, CHAMA-SE
MONETIZAÇÃO.
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e
Composição)
ECONOMIA – Micro e Macro
72
Quando se altera o saldo de M1 (PMPP + DV)
Corresponde a uma queda ou aumento da oferta de moeda disponível.
Ex.: Criação (C), Destruição (D) e (N) p/ qdo não houve (C nem D).
Exportadores trocam dólares por reais no BC ............................
BC vende dólares aos importadores, recebendo reais em troca..
Empréstimo dos bancos comerciais ao setor privado.................
Resgate de um empréstimo bancário..........................................
Saque por meio de cheque..........................................................
Depósito a longo prazo...............................................................
Empresa paga Funcionários sacando contra seus depósitos a vista
C
D
C
D
N
D
N
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e
“Destruição” de Moeda)
ECONOMIA – Micro e Macro
73
Setor não Bancário: as unidades familiares, as empresas, o
Governo e o sistema financeiro não-monetário (BNDS, Banco de
Investimento). Não recebem depósitos à vista, apenas transferem
dinheiro dos emprestadores para os tomadores.
Setor Bancário: pode criar ou destruir moeda. É permitido aos
bancos comerciais manterem depósitos do público e emprestar uma
quantia superior a suas reservas monetárias (podem emprestar parte
de suas obrigações, que são os depósitos a vista).
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e
“Destruição” de Moeda)
ECONOMIA – Micro e Macro
74
BASE MONETÁRIA (B): total de moeda “física” injetada pelo Banco Central
na economia. Também chamada de Passivo Monetário do Banco Central ou ainda
High Powered Money (moeda de alta potência). Emissão Primária de Moeda,
corresponde ao Passivo Não-Remunerado da Autoridade Monetária.
B = PMPP + Reservas dos Bancos Comerciais
As Reservas Bancárias Totais (R) são compostas por Encaixe em moeda corrente
(R1), Reservas Voluntárias (R2) e Reservas Compulsórias (R3), dos bancos
comerciais junto ao Banco Central.
Assim:
R = R1 + R2 + R3 PME = PMPP + R1 B = PMPP + R1+R2+R3
onde: PME = papel moeda emitido
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e
“Destruição” de Moeda)
ECONOMIA – Micro e Macro
75
O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e
“Destruição” de Moeda)
Fatores que afetam a Base Monetária: o aumento ou diminuição
da base monetária se dá por variações do Ativo do Banco Central
não compensadas por variações do Passivo Não Monetário.
Exemplos:
• Operações com Câmbio: quando o BC compra (vende) USD do mercado para
as reservas internacionais há uma expansão (contração) da base monetária;
• Operações com Títulos Públicos: quando o BC compra (vende) títulos públicos
ao mercado há expansão (contração) da base monetária;
• Operações do Tesouro Nacional: pagamentos ao (recebimentos do) Tesouro
Nacional contraem (expandem) a base monetária;
• Operações com o Sistema Financeiro: a concessão de redesconto bancário
expande B e o recolhimento de compulsório sobre Depósitos a Prazo contrai B.
ECONOMIA – Micro e Macro
76
Mostra o grau de expansão da base monetária (B), (moeda primária emitida),
através dos empréstimos dos bancos comerciais, e conseqüente criação de meios de
pagamentos (M1). Ou seja, os meios de pagamento são um múltiplo da base
monetária:
onde:
m = multiplicador da base monetária
c = taxa de retenção do público = PMPP / M
d = taxa de depósitos à vista = DV / M
R1 = taxa de encaixe dos bancos comerciais = R1 / DV
R2 = taxa de reservas dos bancos comerciais = R2 / DV
O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos
Comerciais (O Multiplicador Monetário)
1
( 1 2)
m
c d R R

 
1
M mB

ECONOMIA – Micro e Macro
77
Fatores que afetam o multiplicador:
• Taxa de reservas bancárias (% reservas dos bancos comerciais sobre os
depósitos à vista);
• Taxa de retenção de moeda pelo público (% de moeda em poder do público
sobre os meios de pagamento).
Um aumento dessas taxas diminui o valor do multiplicador). Por exemplo, dados
de dezembro de 2001, em R$ milhões:
PMPP = 21.185 DV = 29.522 (R) = 15.018
O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos
Comerciais (O Multiplicador Monetário)
1 21.185 29.522 50.707
1,4
21.185 15.018 36.203
M PMPP DV
m
B PMPP R
 
    
 
Portanto, um aumento de, por exemplo, R$ 1 bilhão da base monetária, leva a
um aumento de R$ 1,4 bilhões no saldo dos meios de pagamentos.
ECONOMIA – Micro e Macro
78
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e
Instrumentos de Política Monetária)
Objetivos: a função da política monetária é regular o ritmo de crescimento da
demanda agregada da economia no curto prazo, de tal maneira a impedir um
crescimento mais rápido que o da oferta agregada, evitando assim preções no nível
geral de preços (pressões inflacionárias). Para tanto o Banco Central se utiliza de
alguns instrumentos:
1. Compulsório: é a parcela dos depósitos a vista que um banco deve manter
obrigatoriamente depositada no Bacen, sem remuneração.;
• Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de recursos para
empréstimos e, assim, diminui a oferta de moeda.
2. Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de empréstimos do BC
aos bancos comerciais em situações de falta temporária de liquidez (geralmente
esta linha é punitiva);
• Aumento da taxa de redesconto leva os bancos diminuirem a oferta de
moeda
ECONOMIA – Micro e Macro
79
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e
Instrumentos de Política Monetária)
3. Operações de Open Market ou Mercado Aberto: são compras ou vendas
de títulos públicos realizadas pelo Bacen junto ao sistema bancário. É o
instrumento de maior eficência no mercado financeiro para ajustar a liquidez
do mercado monetário .
• Quando o Bacen compra títulos públicos do mercado ele injeta reais,
elevando a liquidez da economia devido ao aumento da oferta de moeda.
• Quando o Bacen vende títulos públicos do mercado ele retira reais,
diminuindo a liquidez da economia devido à redução da oferta de moeda
4. Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a disposição dos
bancos em conceder crédito ou tomar posições no mercado de títulos, de
câmbio ou futuros de acordo com:
• Regulação do crédito;
• Persuasão moral;
• Supervisão e Fiscalização bancária
ECONOMIA – Micro e Macro
80
Banco Central do Brasil: BACEN / BC
• Órgão executivo central do SFN
• Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez;
• Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção;
• Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento
Monetário / Instrumentos de Política Monetária;
• Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda
metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN);
• Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos);
• Administração da dívida pública interna e externa do país;
• Representante junto as IFs internacionais;
É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no SFN e
indiretamente na economia.
O Lado Monetário: BANCO CENTRAL
ECONOMIA – Micro e Macro
81
Modelo Keynesiando de Demanda por Moeda
Porque reter moeda, se existem alternativas de aplicação em ativos
que produzem rendimentos ?
Segundo Keynes os motivos são :
• Transações: necessidade de manter moeda para pagar compromissos.
Descompasso entre recebimentos e pagamentos (relação direta com a renda);
• Precaução: devido as incertezas quanto à datas de recebimentos e de pagamentos
(relação direta com a renda);
• Especulação ou Portfólio: para aproveitar oportunidades de investimento (títulos,
imóveis, etc.) – Relação inversa com a taxa de juros. A moeda é um ativo que não
rende juros, mas possui valor estável. Os “títulos” pagam rendimento, mas seu
valor oscila em função de mudanças da taxa de juros. Quando os juros sobem o
preço dos títulos cai. Quando os juros estão baixos e um investidor espera
(especula) que subirão logo, ele vende títulos e demanda moeda, visando preservar
o valor de seu patrimônio.
O Lado Monetário: Política Monetária (Demanda de Moeda)
ECONOMIA – Micro e Macro
82
Assim, a demanda por moeda é função direta da renda e inversa da taxa de juros. A
taxa de juros pode ser vista como o custo de oportunidade de reter moeda.
Demanda por Moeda  Md = k.Y - h.i
onde:
k = sensibilidade da demanda monetária em relação à uma variação na renda
h = sensibilidade da demanda por moeda em relação à uma variação na taxa de juros
O Lado Monetário: Política Monetária (Demanda de Moeda)
,
L f Y i
 
 
  
 
 
0
L Y
L
i
ECONOMIA – Micro e Macro
83
Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) – Modelo Clássico
A equação de trocas estabelece uma relação entre o lado monetário e o lado real da
economia. Mostra como a política monetária afeta o nível de produto e a taxa de
inflação.
O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
MV Py

X = X
Velocidade
Renda da Moeda
(número de vezes que
a moeda passa de mãos
em mãos, gerando
renda (v))
Meios de
Pagamento
(Estoque de Moeda M1)
Renda Nacional
Real (PIB)
Nível Geral
de Preços
PIB Monetário Nominal (Y)
ECONOMIA – Micro e Macro
84
Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) – Modelo Clássico
Para chegar-se a essa relação, parte-se do conceito de velocidade de circulação da
moeda. É número de transações liquidadas com a mesma unidade monetária em
um dado período. Ou seja, é o número de “giros” que a moeda dá, passando de
mãos em mãos, criando renda nacional (PIB).
Normalmente supõe-se a velocidade de circulação constante a curto prazo, pois
depende de fatores como hábitos da coletividade (por exemplo, o uso de cartões de
crédito), do grau de verticalização entre empresas,etc., que costumam mudar mais
a longo prazo.
Assim, supondo a velocidade de circulação constante a curto prazo, elevações na
quantidade de moeda (M1), podem levar a aumentos dos nível do produto, ou de
preços, ou de ambos, dependendo de que a economia esteja no seu produto
potencial de pleno emprego, ou em desemprego
• economia a pleno-emprego: eleva P
• economia em desemprego: eleva y
O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
ECONOMIA – Micro e Macro
85
Teoria Quantitativa da Moeda (TQM)
Oferta de moeda:
Demanda de moeda:
Equilíbrio:
M
Renda Nominal Y Py

O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
0
s
M M

d
M kPy

0 0
e
s d
M M M M kPy
  
d
M kPy

0
s
M 1
s
M
1 0 1
1 1 0
Supondo desemprego ou
Supondo pleno emprego
Y PY
Y PY
 
 
0 0 0
Y PY

1
V
k

1. Pleno emprego: M 
P; (Y1 = P1Y0)
2. Desemprego: M  Y
sem necessariamente P;
(Y1 = P0Y1)
ECONOMIA – Micro e Macro
86
Modelo Keynesiano
Oferta de moeda:
Demanda de moeda:
Equilíbrio:
O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
0
s
M M

,
d
M f Y i
 
 
  
 
0 0
e ,
s d
M M M M f Y i
 
 
    
 
 
0
d
M Y
M
i
0
s
M
0
i
1
i
1
s
M
I G X
 
i
0
i
1
i
0
M 1
M 0
I 1
I
com pleno emprego: ,
com desemprego: ,
s
P y
M i I DA
P y
 

    



I G X
 
ECONOMIA – Micro e Macro
87
Conclusões:
• A Demanda de moeda de uma economia se eleva a medida que se produz
mais renda, ou seja, quando a atividade produtiva agrega mais riqueza.
• A Procura decresce quando os juros sobem, gerando maiores expectativas de
lucros aos investidores.
• A Procura diminui quando recrudesce o processo inflacionário, que destrói o
poder de compra da moeda.
• A oferta monetária é fixa em Ms, dada a base monetária (B) fixada pelo BC e
os parâmetros comportamentais e regulatórios (D, R1, R2, R3).
• No lado da demanda monetária, os parâmetros k, h e o nível de renda a curto
prazo (Y) são dados. Portanto, a interação entre oferta e demanda no mercado
monetário determinará a taxa de juros de equilíbrio (i0).
O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
ECONOMIA – Micro e Macro
88
Definição: a taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo. É
uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do empréstimo,
para os tomadores. O BC, devido ao seu monopólio de emissão de
moeda, influencia de maneira decisiva a taxa de juros.
Uma taxa de juros alta, gera como conseqüências:
i. Sobe o custo para os tomadores de fundos;
ii. Aumenta o custo de oportunidade em estocar mercadorias dada a
atratividade de aplicar no mercado financeiro;
iii. Incentiva o ingresso de recursos de outros países;
iv. Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento,
estimulando a especulação no mercado financeiro;
v. Aumenta o custo da dívida pública interna.
O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros)
ECONOMIA – Micro e Macro
89
Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real: Paridade de Fisher
O equilíbrio do mercado monetário ilustrado nos gráficos anteriores refere-se à taxa de
juros nominal, resultando entre uma demanda e uma oferta nominal de moeda. Entretanto,
em diversas situações é preciso estabelecer a taxa real de juros. Esta é obtida descontando-
se da taxa nominal a inflação do período. Assim, a equação de Fisher apresenta uma
relação entre a taxa nominal de juros (i), a taxa de juros real (r) e a inflação esperada (e):
Essa relação permite esclarecer o mecanismo de transmissão da política monetária: 
Juros nominais  dadas as expectativas de inflação  Juros reais  efeitos sobre
consumo e investimento  efeitos sobre demanda agregada  Preços
O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros)
 
 
 
1
1
1
i
r


 

ECONOMIA – Micro e Macro
90
Apêndice
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Órgãos de Regulamentação e Fiscalização
do Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
91
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
CONSELHO
MONETÁRIO
NACIONAL (CMN)
BANCO
CENTRAL
(BACEN)
(CVM) COMISSÃO
VALORES
MOBILIÁRIOS
INSTITUIÇÕES
ESPECIAIS
B.B.
BNDES
CEF
Comissões
Consultivas
Responsável pelo
funcionamento do
mercado financeiro e
de suas instituições.
SUBSISTEMA
NORMATIVO
ECONOMIA – Micro e Macro
92
CMN: Conselho Monetário Nacional
Composição: Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
e Presidente do Banco Central.
• Controlar o volume dos meios de pagamentos;
• Controle do valor interno da moeda: inflação
• Regular o valor externo da moeda e o BP;
• Orientar a aplicação de recursos
• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras (IFs);
• Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública
(interna e externa);
• Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou
financeiros;
• Determinar as taxas de compulsório; redesconto de liquidez;
• Estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas operações com títulos públicos;
• Regulamentação, fiscalização e funcionamento de todas as IFs que operam no país.
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
ECONOMIA – Micro e Macro
93
Banco Central do Brasil: BACEN / BC
• Órgão executivo central do SFN
• Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez;
• Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção;
• Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento Monetário
/ Instrumentos de Política Monetária;
• Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda
metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN);
• Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos);
• Administração da dívida pública interna e externa do país;
• Representante junto as IFs internacionais;
É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no SFN e indiretamente
na economia.
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
ECONOMIA – Micro e Macro
94
CVM: Comissão de Valores Mobiliários (Lei 6404/76)
• Normatização e fiscalização do mercado de valores mobiliários (ações, debêntures e,
mais recentemente, fundos de investimento);
• Fiscalizar a emissão, registro, distribuição e negociação de títulos das S.A. de capital
aberto;
• Disciplinar o funcionamento das bolsas de valores.
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
• Subordinada ao Ministério da Fazenda, fiscaliza as companhias de seguros privados
(seguradoras) e as entidades abertas de previdência;
• Assumirá as funções de regulação do mercado de resseguros (MP em
questionamento), permitindo a privatização do IRB.
Superintendência de Previdência Complementar (PREVIC, antiga SPC)
• Ligada ao Ministério da Previdência e Assistência Social, fiscaliza as entidades
fechadas de previdência complementar, tenham elas patrocinadores públicos ou
privados.
ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
ECONOMIA – Micro e Macro
95
BB: BANCO DO BRASIL
• Adiministrar a Câmara de Compensação de cheques e outros papéis;
• Efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do
Orçamento Geral da União;
• A aquisição e o financiamento dos estoques de produção exportável;
• Agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do país;
• Operação de Fundos de Investimento Setorial;
• Crédito rural;
• Política de preços mínimos para produtos agropastoris;
• Execução do serviço da dívida pública consolidada;
• Compra e venda de moeda estrangeira por ordem própria ou do BC;
• Arrecadação de tributos federais e estaduais.
ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
ECONOMIA – Micro e Macro
96
BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
• Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país;
• Fortalecer o setor empresarial do país;
• Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de produção;
• Promover o crescimento e a diversificação das exportações;
• FINAME, FINEM e FINAC
CEF: Caixa Econômica Federal
• Políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico
 Banco de apoio ao trabalhador de baixa renda;
• Prestação de serviços de natureza social delegada pelo Governo Federal;
• FGTS, PIS, loterias, Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS)
ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
ECONOMIA – Micro e Macro
97
Instituições
Financeiras Bancárias
SUBSISTEMA
OPERATIVO
Composto pelas instituições
bancárias e não bancárias
que atuam em operações de
intermediação financeira.
Bolsas
Corretoras
Distribuidoras
Clearings
ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
ECONOMIA – Micro e Macro
98
• Bancos Comerciais
• Caixas Econômicas
• Bancos de Desenvolvimento
• Cooperativas de Crédito
• Bancos de Investimento
• Sociedades de Crédito,
Financiamento e Investimento –
Financeiras
• Sociedades Corretoras
• Sociedades Distribuidoras
• Sociedades de Arrendamento
Mercantil (leasing)
• Associações de Poupança e
Empréstimo
• Sociedades de Crédito
Imobiliário
• Fundos Mútuos de Investimento
• Entidades Fechadas de
Previdência Privada
• Seguradoras
• Companhias Hipotecárias
• Agências de Fomento
• Bancos Múltiplos
• Bancos Cooperativos
Composta por 18 agentes no total:
ECONOMIA – Micro e Macro
99
CARACTERIZAÇÃO DOS AGENTES OPERATIVOS SEGUNDO SUAATUAÇÃO
Bancos Comerciais
Caixas Econômicas
Bancos Cooperativos / Cooperativas de Crédito
Bancos Múltiplos com Carteira Comercial
Bancos de Desenvolvimento
Bancos de Investimento
Caixas Econômicas
Bancos Múltiplos com Carteira Comercial de Invest. e Desenv.
Sociedades de Crédito, Financeimento e Investimento - Financeiras
Caixas Econômicas
Bancos Múltiplos com Carteria de Aceite
Caixas Econômicas
Associações de Poupança e Empréstimo
Sociedades de Crédito Imobiliário
Cias Hipotecárias
Bancos múltiplos com carteira hipotecária
Sociedades Corretoras
Sociedades Distribuidoras
Bancos de Investimento
Bancos Múltiplos com Carteira de Investimento
Agentes autônomos de investimento
Seguradoras
Corretoras de Seguro
Entidades Abertas de Previdência Privada
Entidades Fechadas de Previdência Privada
Sociedades de Capitalização
Sociedades de Arrendamento Mercantil
Bancos Múltiplos com Carteira de Arrendamento Mercantil
Intermediação no Mercado de
Capitais
Seguros e Capitalização
Arrendamento mercantil
(leasing)
Crédito de Curto Prazo
Crédito de Médio e LP
Crédito para Financiamento de
Bens de Consumo Duráveis
Sistema Financeiro de
Habitação
ECONOMIA – Micro e Macro
100
Capítulo 12: Interligação entre o lado real
e o lado monetário - Análise IS-LM
Introdução
Análise IS-LM: Visão geral
Equilíbrio do lado real: Curva IS
Equilíbrio do lado monetário: Curva LM
Interligação entre o lado real e o lado monetário
Eficácia da Política Monetária e Política Fiscal
Eficácia das Políticas Econômicas e Formas da Oferta Agregada
ECONOMIA – Micro e Macro
101
Modelo IS LM
Mercado
Monetário i
Mercado
de Bens &
Serviços
Nível
de Produto
(Y)
Política
Monetária
Política
Fiscal
Este modelo procura explicar de que forma as taxas de juros e o produto total
(produto agregado ou renda agregada) são determinados, dado um nível de preços
fixos.
É um modelo de determinação simultânea de equilíbrio.
O Modelo IS-LM é também chamado Análise Hicks-Hansen, (devido aos Prêmios Nobel Sir J.R. Hicks e Alvin Hansen), a partir da teoria keynesiana.
ECONOMIA – Micro e Macro
102
a) Economia com desemprego de recursos (ou seja, com capacidade
ociosa e mão-de-obra desempregada);
b) Preços constantes;
c) (decorre de a) e b): políticas de crescimento levam a aumento da
produção, e não de preços;
d) Princípio da Demanda Efetiva: é a Demanda Agregada que determina
a renda de equilíbrio (a Oferta Agregada é “passiva”);
e) (decorre de b): todas as variáveis expressas em termos reais
(“deflacionadas”);
f) (decorre de e): taxa nominal de juros (i) = taxa real de juros (r)
Modelo IS LM: Hipóteses do Modelo
ECONOMIA – Micro e Macro
103
Componentes da Demanda Agregada:
• Consumo (função da Renda Disponível)
• Investimento (função da taxa de juros)
• Gastos Públicos: definido institucionalmente
• Impostos, Exportações e Importações: por simplificação, supõe-se no
modelo IS-LM que sejam exógenas
A Curva IS (Investment-Saving) representa os possíveis níveis de renda e de
taxa de juros que equilibram o mercado de bens e serviços. Ou seja, pontos onde
a Oferta Agregada é Igual à Demanda Agregada de bens e serviços.
• Queda na taxa de juros aumenta o investimento e, portanto, a renda
• Aumento na taxa de juros reduz o investimento e, portanto, a renda.
Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS)
ECONOMIA – Micro e Macro
104
Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS)
DA
(OA)
Y
r
I
r
Y
IS
I f r

 
  
 
 
0 1
C I r G
 
 
0 2 2
C I r G
 
 
2
r
 
1
r
 
2
Y
 
1
Y 2
I
1
I
2
r
1
r
2
r
1
r
2
Y
1
Y
A curva IS reflete a condição de equilíbrio no Mercado de
Bens, dado pelos pares ordenados (y,r). Assim, na curva IS
tem-se que:
r I Y
r I Y
    
  
OA DA

Os fatores que afetam a IS são:
i. Elasticidade demanda por Investimento em relação à taxa de
juros (declividade da função investimento);
ii.Multiplicador de gastos do governo.
1 2
r r

EOB

EDB 
ECONOMIA – Micro e Macro
105
Fatores que desclocam a curva IS: são as variáveis exógenas (C, I, G, T, X, M) que
não induzidos por uma variação na renda.
• Consumo autônomo (variação da riqueza, mudanças nas expectativas, etc)
• Política fiscal (Gastos G e Tributos T)
• Exportações (X) e Importações (M)
Mudanças na taxa de juros e no nível de renda são movimentos ao longo das curvas
IS e LM (r e Y são variáveis endógenas)
Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS)
r
Y
0
IS
2
r
1
r
2
Y
1
Y
1
IS
ECONOMIA – Micro e Macro
106
Modelo IS LM: Mercado Monetário (Curva LM)
0
s
M M

,
d
M f Y i
 
 
  
 
0 0
e ,
s d
M M M M f Y i
 
 
    
 
 
0
d
M Y
M
i
M
P
0
i
0
M
Oferta de moeda:
Demanda de moeda:
Equilíbrio:
A Curva LM (Liquidity Money), representa os possíveis pares de taxa de juros e
nível de renda que equilibram o mercado monetário. Assim, dada a curva de oferta e
demanda de moeda:
• M/P  dado o nível de renda, cai a taxa de juros
•  Y   demanda de moeda para transação, dada a oferta  aumenta a taxa
de juros.
EOM 
EDM

EOM: excesso de oferta de moeda : i tende a cair
EDM: excesso de demanda de moeda: i tende a se elevar
ECONOMIA – Micro e Macro
107
Modelo IS LM: Mercado Monetário (Curva LM)
LM: pares (i, Y) que equilibram o mercado monetário, dado os saldos monetários
reais (M/P).
Os fatores que afetam a inclinação da LM são as respostas à mudanças na taxa de
juros:
• quanto maior a variação na demanda de moeda em função de uma variação
na renda, mais inclinada é a LM;
• quanto menor a sensibilidade da demanda de moeda em relação a uma
variação na taxa de juros, mais inclinada é a LM.
M
i LM
EOM


EDM


Obs: a curva LM é traçada
para um dado estoque de
moeda.
EOM: excesso de oferta de moeda : i tende a cair
EDM: excesso de demanda de moeda: i tende a se elevar
ECONOMIA – Micro e Macro
108
Modelo IS LM: Equilíbrio
O modelo IS LM parte do modelo keynesiano e incorpora o mercado monetário.
Desta forma as regras de ajustamento do modelo são:
1. Desequilíbrios no mercado de bens (IS) são ajustados via quantidades,
alterando o nível de produto (renda);
2. Desequilíbrios no mercado monetário (LM) são corrigidos com variações nas
taxas de juros.
i
E
i
E
Y
Y
I
II
III
IV
IS
Pontos acima da IS: EOB  Y
Pontos abaixo da IS: EDB  Y
Pontos acima da LM: EOM   i
Pontos abaixo da LM: EDB   i
LM
LM
IS
ECONOMIA – Micro e Macro
109
Modelo IS LM: Política Monetária Expansionista/Contracionista
E2
E1
i
Y
1
Y 2
Y
1
i
2
i
1
LM
2
LM
IS
Oferta de Moeda Taxa de Juros (i ) Investimento Renda (Y )
Aumento (expansão) Redução Aumento Aumento
Redução (esterilização) Aumento Redução Redução
Um aumento da oferta de moeda torna o dinheiro
mais abundante no mercado, o que reduz a taxa de
juros, provocando três efeitos paralelos:
• sobre a IS: com a queda em i, o investimento
agregado se eleva, a DA e a renda Y se elevam
(movimento ao longo da IS);
• o aumento da renda real Y aumenta a demanda de
moeda por transações;
• aumenta a demanda de moeda por motivo
especulação devido a queda na taxa de juros.
ECONOMIA – Micro e Macro
110
Modelo IS LM: Política Fiscal Expansionista/Contracionista
Um aumento dos gastos do Governo desloca a IS
para à direita, sendo que o financiamento destes
gastos pode ser feito de três formas:
• pela emissão de títulos públicos, o que provoca
um aumento na taxa de juros;
• aumento de impostos (que desloca a IS para trás,
devido à queda da Renda Disponível e do
Consumo: o resultado final sobre a curva IS e sobre
a renda dependerá dos multiplicadores de G
(positivo) e de T (negativo);
• emissão de moeda, que desloca a curva LM para a
direita (“combinação de políticas”).
Política Fiscal Renda (Y ) Taxa de Juros (i ) Investimento
Expansionista Aumento Aumento Redução
Contracionista Redução Redução Aumento
1
Y 2
Y 3
Y
LM
•
•
2
IS
1
IS
1
i
2
i
G

i
Y
ECONOMIA – Micro e Macro
111
Modelo IS LM: Eficácia das Políticas Monetária e Fiscal
Três trechos importantantes da curva LM:
• Trecho clássico: LM não é sensível á taxa de juros e
portanto, a demanda especulativa por moeda é nula.
(política monetária eficaz e fiscal nula);
• Trecho keynesiano: armadilha de liquidez, a
elasticidade demanda por moeda em relação á taxa de
juros é infinita. (política monetária ineficaz e a fiscal
possui máxima eficiência;
• Trecho intermediário: combinação de políticas
monetária e fiscal.
1. Eficácia da Política Monetária:
• Diminui, quando a elasticidade demanda por moeda em relação à taxa de juros aumenta;
• Aumenta, quanto maior é a sensibilidade do investimento em relação a taxa de juros;
• Aumenta, na medida em que aumenta a velocidade-renda da moeda;
2. Eficácia da Política Fiscal:
• Diminui, quanto maior a elasticidade a elasticidade demanda por investimentos em relação à
taxa de juros (crowding out);
• Aumenta, quando aumenta a propensão marginal a consumir sobe (efeito muliplicador).
1
i
i
Y
LM
Clássico
(monetarista)
Keynesiano
(fiscalista)
Intermediário
IS
ECONOMIA – Micro e Macro
112
A taxa de juros é a variável que faz a ligação entre os dois mercados:
• Uma alteração exógena no mercado monetário determina uma
nova taxa de juros, que afetará o Investimento Agregado
(I=f(r)), e portanto alterando o equilíbrio do mercado de bens e
serviços;
• Por outro lado, uma alteração exógena no mercado de bens e
serviços, como por exemplo, aumento dos gastos públicos,
deslocará a Curva IS, elevando a taxa de juros, e afetará a
demanda de moeda, e consequentemente o equilíbrio do lado
monetário.
Modelo IS LM: Importância da Taxa de Juros
ECONOMIA – Micro e Macro
113
Capítulo 13: Inflação
Conceito
Distorções Provocadas
Causas
O Imposto Inflacionário
A curva de Phillips
ECONOMIA – Micro e Macro
114
Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível
geral de preços.
Custos gerados pela inflação:
• a distribuição de renda (concetração de renda);
• o Balanço de Pagamentos (desequilíbrio interno e externo);
• as expectativas (perda das expectativas);
• o mercado de capitais (desestímulo a aplicação);
• ilusão monetária: ocorre principalmente quando a inflação é alta
e estável, levando os agentes econômicos a tomarem decisões
equivocadas.
Inflação: Conceito
ECONOMIA – Micro e Macro
115
Distribuição de Renda
• Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não mantêm
aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na subsistência).
• Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados
pela inflação, garantem os lucros.
• O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas.
Balanço de Pagamentos
• Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços
internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido no
exterior. Assim, provocam o estímulo às importações e desestímulo às
exportações, diminuindo o saldo da balança comercial.
Inflação: Distorções
ECONOMIA – Micro e Macro
116
Formação de Expectativas
• O setor privado, em particular o setor empresarial, são bastante sensíveis com
relação aos investimentos, dado a imprevisibilidade da economia e portanto
dos lucros.
Mercado de Capitais
• Em um processo inflacionário, o poder de compra da moeda deteriora-se e
portanto há um estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis). E
desestímulo na aplicação no mercado de capitais financeiros (No Brasil, a
correção monetária minimizou esse desestímulo pois, os papéis públicos e
caderneta de poupança, passaram a ser reajustados por um índice próximo ao
crescimento da inflação).
Inflação: Distorções
ECONOMIA – Micro e Macro
117
Inflação: Tipos de inflação
I. Inflação de Demanda: excesso de demanda agregada em relação à
produção disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em
pleno emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens
e serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não,
necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços.
Nível Geral
de Preços
Y1
Y0
DA0
DA1
OA
Y
P1
P0
A curto prazo, a demanda agregada
é mais sensível à alterações de
política econômica que a oferta
agregada (longo prazo). Assim, a
política preconizada para combatela
seria a que provocasse redução
desta procura por bens e serviços.
s
cp
M C DA OA P
    
ECONOMIA – Micro e Macro
118
Inflação: Tipos de inflação
II. Inflação de Custos: inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o
mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos
preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio
(de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação
dos custos de produção.
Também pode se causada por aumentos
autônomos nos preços de matérias-
primas básicas, os chamados choques
de matérias-primas (crise do petróleo,
choques agrícolas). Política adotada:
Controle direto de preços (via política
salarial rígida, fiscalização sobre os
lucros dos oligopólios, controle de
preços dos produtos).
Custos de produção
insumos final
P P
  
Nível Geral
de Preços
Y0
OA0
DA
Y
P1
P0
OA1
Y1
ECONOMIA – Micro e Macro
119
Inflação: Tipos de inflação
III. Inflação de Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores,
que são sempre repassados aos preços correntes.
IV. Inflação de Expectativas: estaria associada aos aumentos de preços
provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende a
crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro.
V. Hiperinflação: os fatores que levam a uma hiperinflação são:
• Crise orçamentária;
• Governo não consegue se financiar via emissão de títulos;
• Neste caso o governo começa a se financiar via emissão de moedas.
Como acabar com uma hiperinflação?
• Fazer ajuste fiscal;
• Regras que acabem com a monetização do déficit;
• Reforma monetária;
• Âncora cambial
• Independência do BC (fim da monetização do déficit).
ECONOMIA – Micro e Macro
120
Sistema de Metas de Inflação (“Inflation Target”)
• “Bandas” fixadas para a inflação futura, controladas pela política
monetária, principalmente a partir da taxa de juros (SELIC);
• IT atinge diretamente o objetivo de longo prazo da política
monetária: transparência e também, consistente com visão
moderna das limitações da política monetária (demanda por
moeda é instável, assim como a relação entre moeda e inflação);
• Elege objetivo de estabilidade de preços como prioritário e impõe
a avaliação de impactos a longo prazo de ações a curto prazo
Núcleo da Inflação (“Core Inflation”)
• Índice de preços que expurga variações associadas aos choques de
oferta, que não representem pressões persistentes sobre os preços
Inflação: Política Monetária e Inflação
ECONOMIA – Micro e Macro
121
Receita para o Governo, devido ao monopólio que possui sobre as emissões de
moeda (paga seus compromissos com a emissão de moeda a custo zero).
Recai com maior intensidade sobre as classes sociais mais baixas (imposto
regressivo). Por não terem aplicações financeiras, não conseguem se defender
sobre a taxação implícita.
Sem Inflação (sem
Imposto Inflacionário)
Elevação do consumo das
classes sociais mais baixas.
Inflação: Imposto Inflacionário e Senhoriagem
Senhoriagem: arrecadação implícita que o governo (Banco Central) obtém por ter
o monopólio da emissão de moeda a custo praticamente zero.
Com taxas de inflação crescentes, governo perde receita por desvalorização da
arrecadação  Aumento do déficit público (Efeito Oliveira-Tanzi)  Aumento
das necessidades de arrecadação  Aumento da emissão  Aumento da inflação.
ECONOMIA – Micro e Macro
122
• Trade-off entre inflação e desemprego;
• O nível de produto está diretamente relacionado ao nível de
emprego;
onde:
 = taxa de inflação
 = sensibilidade da inflação em relação à taxa de desemprego
(quanto maior o beta, mais sensível a inflação em relação ao
desemprego, e portanto, menor é a taxa de sacrificio)
N = taxa natural de desemprego (taxa de desemprego compatível
com o pleno emprego)
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
 
N
   
  
ECONOMIA – Micro e Macro
123
Versão aceleracionista: os agentes se antecipam à inflação,
remarcando seus preços sem alterar a produção. Isto implica em
taxas de inflação crescentes, e neste caso:
1.  < N   e >  (inflação)
2.  = N   e =  (inflação inercial)
3.  > N   e <  (queda da inflação)
Conclusão: o nível de inflação está relacionado a um dado .
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
 
e
N
    
  
ECONOMIA – Micro e Macro
124
OBS: nem todo crescimento econômico afeta a taxa de desemprego, por
exemplo:
• crescimento populacional;
• aumento da produtividade.
Istes fatores são chamados de taxa normal de crescimento (N). Sendo assim, a
queda na taxa de desemprego deve ser feita através de outros fatores que superem
a taxa normal de desemprego.
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
N

0
e
  0
e
 
Taxa de desemprego

ECONOMIA – Micro e Macro
125
Abaixo de YPleno Emprego
Preços Rígidos (e aumento da Produção e
Emprego) – Teoria Keynesiana
No YPleno Emprego
Nível Geral
de Preços
YPLENOEMPREGO
Y0
Y
Oferta
Agregada OBS: Na realidade, esse trade-off
entre variações ou no preço ou na
quantidade, não se mostra assim,
tão claro.
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
As Variáveis reais (Produção e Emprego) não
se alteram
ECONOMIA – Micro e Macro
126
Modelo de Expectativas Adaptadas ou Adaptativas: a inflação esperada para o
próximo período é uma média ponderada da inflação observada nos últimos
períodos.
onde:  = taxa de inflação
e = inflação esperada (expectativa de inflação)
 = choques aleatórios (choques de oferta)
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
 
e
N
     
   
N

Taxa de
desemprego

Curva de Phillips
de longo prazo
ECONOMIA – Micro e Macro
127
Modelo de Expectativas Racionais: considera que os agentes não olham
somente o passado, mas também as informações disponíveis no presente. Assim,
espera-se que os agentes maximizem o uso das informações, ou seja, não existem
erros sistemáticos correlacionados.
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)

Taxa de
desemprego

Taxa de
desemprego

Curva de Phillips para variações não
antecipadas da oferta monetária
Curva de Phillips para variações
antecipadas da oferta monetária
ECONOMIA – Micro e Macro
128
Inflação: Inflação no Brasil e as Correntes Econômicas
Causas Principais
Ajuste fiscal (para reduzir déficit e
dívida pública, via reformas fiscal,
previdenciária, privatização);
Controle monetário (juros e moeda);
Liberalização do comércio exterior
(abertura comercial e valorização
cambial)
Indexação generalizada (formal e
informal)
Desindexação (para apagar a
"memória ou inércia inflacionária",
via congelamento de preços,
salários e tarifas: Planos Cruzado,
Bresser - ou troca de moeda: Plano
Real)
Controle de preços de oligopólios
Controle cambial
Reformas estruturais
Conflitos distributivos (pressões de
margens de lucro, pressões
salariais, pressões de tarifas e
preços públicos provocam inflação
de custos)
Estruturalistas
Desequilíbrio do setor público (o
déficit e a dívida pública provocam
descontrole monetário, causando
inflação de demanda)
Políticas Antiinflacionárias
Liberais
Inercialistas
Corrente
ECONOMIA – Micro e Macro
129
Capítulo 14: O Setor Externo
Fundamentos do Comércio Internacional
A Taxa de Câmbio
Variáveis que afetam as Exportações e as Importações Agregadas
Políticas Externas
O Balanço de Pagamentos
A Internacionalização da Economia
ECONOMIA – Micro e Macro
130
O que leva os países a comercializarem entre si ?
Teoria das Vantagens Comparativas: formulada por David Ricardo em 1817;
sugere que cada país deva especializar-se na produção daquela mercadoria em que é
relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor).
Desvantagens: é uma teoria estática, não leva em consideração a evolução das
estruturas de oferta e demanda, nem as relações de preços entre os produtos
negociados.
Teoria Moderna do Comércio Internacional (Modelo de Hecksher – Ohlin):
postula que as vantagens comparativas e, logo, a direção do comércio, estarão dadas
pela escassez ou abundância relativa dos fatores de produção.
O Setor Externo: Fundamentos do Comércio Internacional
ECONOMIA – Micro e Macro
131
Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da
moeda nacional ou vice-versa. No caso do Brasil é quanto se precisa em termos da
moeda nacional (Real) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira. Seu
preço é determinado pela oferta e demanda de divisas. Ex.:
Brasil: U$ 1,00 = R$ 3,10
Exterior: R$ 1,00 = U$ 0,32
Obs.: Como no Brasil a definição de câmbio é “diferente”; um aumento da taxa de
câmbio implica em desvalorização e uma redução implica em valorização...
Ex.: U$ 1,00 = R$ 3,10  U$ 1,00 = R$ 3,50  Desvalorização
Oferta de Divisas: depende do volume de exportações e da entrada de capitais
externos;
Demanda de Divisas: depende do volume das importações e da saída de capitais
externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de juros,
etc.).
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
ECONOMIA – Micro e Macro
132
OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS
Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira
(valorização cambial)
OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS
Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira
(desvalorização cambial)
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
ECONOMIA – Micro e Macro
133
Taxa Fixa de Câmbio: o Banco Central fixa a taxa de câmbio:
• Maior previsibilidade aos agentes do mercado.
• Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil
para controle da inflação.
Taxa de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado de
divisas (oferta e de demanda):
• Dirty Floating: (mais adotado) regime de câmbio flutuante, mas com
intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura
mantê-la em níveis relativamente estáveis;
• Minibanda cambiais: o regime é flutuante, porém dentro de limites
fixados pelo Banco Central.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
ECONOMIA – Micro e Macro
134
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
Câmbio Flutuante
(Flexível)
 BC fixa a taxa de câmbio;  O mercado determina a taxa de câmbio;
 BC é obrigado a disponibilizar
reservas cambiais.
 BC não é obrigado a disponibilizar reservas
cambiais.
 Maior controle da inflação (custo
das importações).
 Política monetária mais independente do
câmbio.
 Reservas cambiais mais protegidas de
ataques especulativos.
 Reservas cambiais vulneráveis a
ataques especulativos;
 A taxa de câmbio fica muito dependente da
volatilidade do mercado financeiro nacional e
internacional;
 A política monetária (taxa de
juros) fica dependente do volume de
reservas cambiais.
 Maior dificuldade de controle das pressões
inflacionárias, devido às desvalorizações
cambiais.
Desvantagens
Câmbio Fixo
Características
Vantagens
ECONOMIA – Micro e Macro
135
Valorização (apreciação)
Taxa de câmbio cai
(moeda nacional mais forte)
Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando
a concorrência com os nacionais (âncora cambial).
Pressão pela queda dos preços internos
(Aumenta a eficiência produtiva, pelo aumento da competição)
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio
sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)
+ Política de Abertura Comercial
(liberação de Importação)
Custos:
• Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu produto).
• Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência.
ECONOMIA – Micro e Macro
136
Desvalorização(depreciação)
Taxa de câmbio sobe
(moeda nacional mais fraca)
Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das Importações (leva
um certo tempo p/ essa resposta)
Pressão sobre os custos de produção
(Aumento no custo das Importações,
incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo. )
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio
sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)
Custos:
• Aumento do nível geral de preços – inflação de custos (pass-through)
ECONOMIA – Micro e Macro
137
As transações internacionais são influenciadas pelos preços internacionais. Os dois
preços internacionais mais importantes são a taxa de câmbio nominal e a taxa de
câmbio real.
• Taxa de câmbio nominal: é a taxa à qual se pode trocar a moeda de um país
pela moeda de outro país;
• Taxa de câmbio real: é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um
país pelos bens e serviços de outro país, ou seja, compara o preço de bens
domésticos e internacionais na economia doméstica. A taxa de câmbio real é o
preço em reais de uma cesta de bens estrangeiros, em relação à uma cesta
brasileira.
A taxa de câmbio real é um fator chave na determinação de quanto um país
exporta e importa.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
*
Tx de Câmbio Nominal*Preço Externo
Tx de Câmbio Real
Preço Interno
eP
R
P
  
ECONOMIA – Micro e Macro
138
Exemplo:
Preço de um automóvel produzido no Brasil = R$ 15.000,00
Preço de um automóvel produzido nos EUA = US$ 12.000,00
e = taxa de câmbio nominal = R$ 1,00/US$ 1,00
R = taxa de câmbio real = (1,00 X 12.000) / 15.000 = 0,8
Conclusão: o automóvel norte-americano é 20% mais barato que o brasileiro.
Supondo agora e = R$ 1,25/US$ 1,00  R = 1,0
Desvalorização real da moeda brasileira: o automóvel norte-americano passou a
ter o mesmo preço que o brasileiro.
O mesmo resultado poderia ser obtido com uma elevação do preço em US$ nos eua
e/ou com uma redução do preço em R$ no Brasil.
% R = % e + % P* - % P
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
ECONOMIA – Micro e Macro
139
A teoria da paridade do poder de compra é a teoria mais simples e
mais aceita para explicar as variações da taxa de câmbio.
• é baseada no princípio chamado de lei do preço único;
• de acordo com a lei do preço único, um bem precisa ter o mesmo
preço em todos os países, quando medido na mesma moeda.
• se o poder de compra de uma moeda é imutável no país e no resto
do mundo, então a taxa de câmbio real não pode mudar.
A taxa de câmbio nominal entre as moedas de dois países deve
refletir os diferentes níveis de preços destes países.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
(Paridade de Poder de Compra – PPP)
ECONOMIA – Micro e Macro
140
Seja:
i = taxa de juros doméstica no período de aplicação

Para cada unidade de moeda doméstica investida no ativo financeiro doméstico ganha-se
(1 + i) unidades de moeda doméstica ao final do período de aplicação

i*= taxa de juros estrangeira no período de aplicação
e = taxa nominal de câmbio

Para comprar o ativo financeiro estrangeiro, deve-se primeiro comprar moeda estrangeira

Para cada unidade de moeda doméstica obtém-se (1/e) unidades de moeda estrangeira

Ao final do período de aplicação, obtém-se (1/e)(1 + i*) unidades de moeda estrangeira

Ao final do período de aplicação, deve-se converter novamente o montante anterior em
unidades da moeda estrangeira para unidades da moeda doméstica
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
(Paridade da Taxa de Juros)
ECONOMIA – Micro e Macro
141
Caso espere-se que a taxa de câmbio nominal será ee ao final do período de aplicação, o
rendimento esperado em unidades de moeda doméstica da aplicação no ativo financeiro
estrangeiro é:
(1/e) (1 + i* ) ee

Ao avaliar,os as vantagens do ativo financeiro estrangeiro, não devemos levar em conta
apenas as taxas de juros doméstica e estrangeira, mas também a evolução esperada da taxa
de câmbio durante o período de aplicação

Supondo que os investidores financeiros desejam adquirir apenas o ativo financeiro que
apresenta a taxa de retorno mais elevada, eles serão indiferentes quanto a adquirir um ativo
financeiro doméstico ou um estrangeiro apenas quando estes gerarem a mesma taxa
esperada de retorno:
(1 + i ) = (1/ e)(1 + i*) ee

i  i* + ee – e
e
(ee – e)/e = taxa esperada de desvalorização cambial
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
(Paridade da Taxa de Juros)
ECONOMIA – Micro e Macro
142
Conclusão:
A taxa de juros doméstica deve ser aproximadamente igual à taxa de juros
estrangeira mais a taxa de desvalorização esperada para a moeda doméstica.
Entretanto, deve-se levar em conta não apenas o retorno esperado, mas também os
custos e riscos envolvidos
Exemplo:
i = 5,8%, i* =3,9%  5,8  3,9 + ee  ee  1,9%
• e > ee  deve-se comprar o ativo estrangeiro
Embora a compra do ativo financeiro estrangeiro gere uma quantidade menor de
moeda estrangeira ao final do período de aplicação, a moeda estrangeira valerá
proporcionalmente mais em termos da moeda local.
• e < ee  deve-se comprar o ativo doméstico
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
(Paridade da Taxa de Juros)
ECONOMIA – Micro e Macro
143
Qdo a taxa real de juro Interna aumenta em relação à Externa
Tendência de aumento do fluxo de capitais
financeiros internacionais para o país
Aumentando a oferta de divisas (dólar)
Promovendo uma queda na taxa de
Câmbio (valorização da moeda nacional)
Paralelamente, os
nacionais ficam
atraídos a investir no
mercado interno de
capitais, diminuindo
a saída de divisas do
país e, assim, a
demanda de divisas.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
(Paridade da Taxa de Juros)
ECONOMIA – Micro e Macro
144
Exportações:
onde:
P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares
Pi = preços internos (domésticos) em reais
e = taxa de câmbio (reais por dólar)
Yw= Renda Mundial
Sub = Subsídios e incentivos às exportações
Importações:
onde:
P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares
Pi = preços internos (domésticos) em reais
e = taxa de câmbio (reais por dólar)
Yw = Renda Nacional
Tm = Tarifas e barreiras às importações ( Tm )
O Setor Externo: Variáveis que afetam as Importações e
Exportações Agregadas
*, , , ,
i
X f P P e Yw Sub

   
 
  
 
*, , , ,
i
m
M f P P e Y T

   
 
  
 
ECONOMIA – Micro e Macro
145
Política Cambial
• Regime de taxas fixas de câmbio
• Regime de taxas flutuantes de câmbio (Dirty Floating)
• Regime de bandas cambiais (banda inferior e superior em que o câmbio pode flutuar)
Política Comercial
• Alterações das Tarifas sobre Importações:
Substituição de Importações: imposto sobre importações maiores;
Abertura comercial ou liberalização das importações: imposto
sobre importações menores);
• Regulamentação do Comércio Exterior
Entraves burocráticos
Barreiras qualitativas
O Setor Externo: Políticas Externas
ECONOMIA – Micro e Macro
146
Definição: registro contábil de todas as transações de um país com o resto do
mundo. Envolve tanto transações com bens e serviços como transações com capitais
físicos e financeiros.
Créditos:
Exportações de Bens e Serviços
Recebimento de Doações e Indenização de Estrangeiros
Recebimento de Empréstimos de Estrangeiros
Recebimento de Reembolso de Capital do Estrangeiro
Venda de Ativos para Estrangeiros
Recebimento de Fretes, etc
Débitos:
Importações de Bens e Serviços
Pagamentos de Doações e Indenizações a Estrangeiros
Pagamentos de Capital Emprestado por Estrangeiros
Reembolsos de Capital a Estrangeiros
Compras de Ativos de Estrangeiros
Pagamentos de fretes, etc
O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
ECONOMIA – Micro e Macro
147
O BP apresenta dois tipos de transações:
• Autônomas (espontâneas): motivadas pelos interesses dos
agentes (empresas, consumidores, governo);
• Compensatórias (induzidas): destinadas a financiar o saldo
final das transações autônomas (“zerar” as contas do BP)
O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
ECONOMIA – Micro e Macro
148
O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
A – Balança de Transações Correntes (BTC ou Saldo em Conta Corrente do BP = A1 + A2 + A3)
A1 – Balança Comercial
A1.1 – Exportações (FOB): débito
A1.2 – Importações (FOB): crédito
A2 – Balança de Serviços e Rendas
A2.1 – Transportes (fretes, etc) e Seguros
A2.2 – Viagens Internacionais e Turismo
A2.3 – Rendas de Capital (lucros, juros, dividendos, lucro reinvestido pelas multinacionais)
A2.4 – Royalties e licenças
A2.5 – Diversos (serviços governamentais – embaixadas, consuladodos, representações no exterior, etc)
A3 – Transferências Unilaterais Correntes (donativos)
B – Conta Capital e Financeira (Balança (movimento) de Capitais)
B1 – Investimentos direto líquido (instalação e participação do capital de multinacionais no país)
B2 – Reinvestimentos (reinvestimentos de multinaiconais já instaladas no país)
B3 – Empréstimos e Financiamentos a Longo e Médio Prazo (Banco Mundial, etc)
B4 – Empréstimos a Curto Prazo
B5 – Amortizações de Empréstimos e Financiamentos
B6 – Empréstimos de Regularização do FMI (problemas de liquidez)
B7 – Capitais a Curto Prazo (aplicações no mercado financeiro)
C – Erros e Omissões
Saldo do Balanço de Pagamentos (A + B + C)
D – Transações Compensatórias (Financiamento Oficial Compensatório)
D1 – Variação de Reservas = - SBP
ECONOMIA – Micro e Macro
149
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
A1. BALANÇA COMERCIAL 10,5 (3,5) (5,6) (6,8) (6,6) (1,2) (0,7) 2,7 13,1 24,8 33,7 44,8
Exportações FOB 43,5 46,5 47,7 53,0 51,1 48,0 55,1 58,2 60,4 73,1 96,5 118,3
Importações FOB (33,1) (50,0) (53,3) (59,7) (57,7) (49,2) (55,8) (55,6) (47,2) (48,3) (62,8) (73,6)
A2. SERVIÇOS E RENDAS (14,7) (18,5) (20,4) (25,5) (28,3) (25,8) (25,0) (27,5) (23,1) (23,5) (25,3) (34,1)
Juros (6,4) (8,2) (9,8) (10,6) (12,1) (15,2) (15,9) (14,9) (13,1) (13,0) (13,4) (13,5)
Lucros e Dividendos (2,5) (2,6) (2,4) (5,6) (6,9) (4,1) (3,6) (5,0) (5,2) (5,6) (7,3) (12,7)
Viagens Internacionais (1,2) (2,4) (3,6) (4,4) (4,3) (1,4) (2,1) (1,5) (0,4) 0,2 0,4 (0,9)
Outros (fretes, royalties, etc) (4,6) (5,3) (4,6) (4,9) (5,0) (5,1) (3,4) (6,1) (4,4) (5,0) (4,9) (7,0)
A3. TRANSF. UNILAT. CORR 2,4 3,6 2,4 1,8 1,5 1,7 1,5 1,6 2,4 2,9 3,3 3,6
BAL.TRANS.COR =A1+A2+A3 (1,8) (18,4) (23,5) (30,5) (33,4) (25,3) (24,2) (23,2) (7,6) 4,2 11,7 14,2
B. CAPITAL E FINANCEIRA 19.1 29,1 34,0 25,8 29,7 17,3 19,3 27,1 8 4,4 (7,3) (8,8)
Investimentos Diretos 8,1 4,7 9,4 17,1 26,1 30,1 29,8 24,9 16,6 10,1 18,2 12,7
Emprést/Financ. (líquido) 11,0 24,4 24,6 8,7 3,6 (12,8) (10,5) 2,2 (8,6) (5,7) (25,5) (21,5)
C=ERROS E OMISSÕES 0,3 2,2 (1,8) (3,3) (4,3) 0,2 2,6 (0,5) (0,07) (0,1) (2,1) (1,1)
SPB = A+B+C 17,6 12,9 8,7 (7,9) (8,0) (7,8) (2,3) (0,5) 0,3 8,5 2,2 4,3
D=- SBP =VAR. RESERVAS (17,6) (12,9) (8,7) 7,9 8,0 7,8 2,3 0,5 (0,3) (8,5) (2,2) (4,3)
FONTE: Banco Central
(US$ bilhões)
O Setor Externo: Balanço de Pagamentos do Brasil
ECONOMIA – Micro e Macro
150
O Setor Externo: Organismos Financeiros Internacionais
Mudanças na economia após a Segunda Guerra Mundial levaram ao surgimento de
órgãos de fomento ao desenvolvimento econômico e financeiro.
I. Acordo de Bretton Woods
• Estabeleceu o padrão dólar-ouro, consagrando o dólar como moeda internacional,
baseando sua conversibilidade nas reservas de ouro;
• 1971 – rompimento do acordo pelos EUA e adoção de taxas de câmbio flutuantes.
II. Fundo Monetário Internacional
• Tem como objetivo promover a cooperação monetária entre as nações;
• Ajuda a problemas conjunturais no BP e estimula o comércio internacional.
III. Banco Mundial (Banco Mundial de Reconstrução e Desenvolvimento – Bird)
• Captador e fornecedor de crédito para investimentos produtivos em países
subdesenvolvidos.
IV. Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt)
• Regras e instituições que regulem o comércio internacional.
ECONOMIA – Micro e Macro
151
Fluxos Comerciais e Financeiros internacionais crescem a taxas maiores que o
próprio crescimento da economia mundial. O Grau de Abertura aumenta que quase
todos os países.
Grau de Abertura = Exportações + Importações
PIB
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
Países 1980 1990 1998
ALEMANHA 28,7 30,8 25,7
ARGENTINA 8,0 7,5 11,7
AUSTRÁLIA 17,4 17,1 20,7
BRASIL 10,0 6,8 8,9
CANADÁ 27,4 25,4 40,6
CHILE 21,0 32,7 27,7
CHINA n.d. 15,7 20,1
COLÔMBIA 13,6 17,7 17,1
CORÉIA DO SUL 37,6 30,1 42,2
ESTADOS UNIDOS 10,4 10,4 12,1
FRANÇA 22,1 22,5 24,7
ÍNDIA 8,3 8,4 11,9
Fonte: Banco Mundial
ECONOMIA – Micro e Macro
152
Globalização Produtiva: produção e distribuição de valores dentro de
redes em escala mundial, com o acirramento da concorrência entre
grandes grupos multinacionais. Contribui para a melhoria do padrão
de vida em escala mundial.
Conseqüências Perversas:
• Aumento do desemprego estrutural em muitos países
• A tendência de desnacionalização do setor produtivo
• Concentração da produção e comércio em grandes empresas.
Necessidade de maior atuação do Estado (Regulamentação)
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
ECONOMIA – Micro e Macro
153
Globalização Financeira: crescimento do fluxo financeiro
internacional, baseado mais no mercado de capitais que no sistema de
crédito. São afetados por expectativas e políticas cambiais e
monetárias.
Principais características:
• perda da importância do crédito bancário e crescimento dos mercados de
títulos;
• crescimento dos chamados investidores institucionais (fundos de pensão,
seguradoras, fundos mútuos etc.)
• processo de liberalização financeira;
• crescimento da participação dos países emergentes nos mercados internacional
de títulos (beneficiado pelas baixas taxas de juros nos países desenvolvidos);
• inovações financeiras: derivativos, modelos de risco etc.;
• progressos na tecnologia de comunicação.
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
ECONOMIA – Micro e Macro
154
Vantagens:
• Eleva a liquidez internacional: maiores possibilidades de financiamento de
déficits em transações correntes;
• No Brasil, a entrada de capitais de curto prazo teve uma vantagem adicional:
ao possibilitar a valorização da taxa de câmbio, contribuiu para o sucesso do
Plano Real (âncora cambial).
Desvantagens:
• Eleva a vulnerabilidade externa do país frente a crises financeiras
internacionais. Exemplo: vulnerabilidade da economia brasileira nos anos 90;
• Taxas de câmbio e juros mais instáveis;
• Efeito contágio
• Conspira contra a globalização produtiva
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
ECONOMIA – Micro e Macro
155
Apêndice
O modelo Mundell-Fleming
ou IS LM BP
ECONOMIA – Micro e Macro
156
O modelo mais completo, chamado de Mundell-Fleming, inclui a
chamada curva BP, que, analogamente às curvas IS e LM, representa
as combinações da taxa de juros e nível de renda que equilibram o
setor externo (conta-corrente e o saldo da conta de capitais do
balanço de pagamentos (BP)). Incluem-se então no modelo as
variáveis taxa de câmbio, renda mundial, e taxas de juros
internacionais, bem como variações de preços externos e domésticos.
O Setor Externo: modelo IS LM BP
ECONOMIA – Micro e Macro
157
Setor externo na curva IS
Y* = renda internacional
Y = renda interna
Preço fixo: taxa de câmbio nominal (e) = taxa de câmbio real (R)  i = r
(economia pequena: não há influência na taxa de juros internacional)
Setor externo na curva LM: a curva LM não é influenciada pelo setor externo.
Assim a dedução da curva BP será dada por:
O Setor Externo: modelo IS LM BP
 
 
 
*
,
,
DA Y C I G X M
X f e Y
M f e Y
     


   
*
, ,
A
A
SBP TC MK
SBP TC e Y Y MK r
 
 
Transparências - ECONOMIA Micro e Macro - Parte II.ppt
Transparências - ECONOMIA Micro e Macro - Parte II.ppt
Transparências - ECONOMIA Micro e Macro - Parte II.ppt
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Transparências - ECONOMIA Micro e Macro - Parte II.ppt

  • 1. ECONOMIA – Micro e Macro 1 Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos Apresentação elaborada por: Roberto Name Ribeiro Francisco Carlos B. dos Santos
  • 2. ECONOMIA – Micro e Macro 2
  • 3. ECONOMIA – Micro e Macro 3 Capítulo 8: Fundamentos de Teoria e Política Macroeconômica Introdução Metas de Política Macroeconômica Estrutura da Análise Macroeconômica Instrumentos de Política Macroeconômica
  • 4. ECONOMIA – Micro e Macro 4 Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os principais agregados são: Teoria e Política Macroeconômica: Introdução • Renda • Emprego • Produto Nacional • Desemprego • Investimento • Estoque de Moeda • Poupança • Taxa de Juros • Consumo • Balanço de Pagamentos • Nível Geral de Preços • Taxa de Câmbio Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre estes.
  • 5. ECONOMIA – Micro e Macro 5 Teoria macroeconômica trata de questões de curto prazo, como por exemplo: • Desemprego e estabilização do nível geral de preços Teoria do desenvolvimento econômico cuida de questões de logo prazo, como: • Progresso tecnológico e política industrial Teoria e Política Macroeconômica: Introdução
  • 6. ECONOMIA – Micro e Macro 6 1. Crescimento econômico sustentável (PIB) - aumento do bem estar material - aumento do nível de emprego As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade de bens e serviços ofertados. Importante: Crescimento Econômico  Desenvolvimento Econômico Crescimento econômico: crescimento da renda nacional Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.) Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
  • 7. ECONOMIA – Micro e Macro 7 2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação) - inflação controlada não significa inflação zero; - inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as classes baixas e sobre as expectativas. Tipos de inflação: • demanda • custos • inercial Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços. Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
  • 8. ECONOMIA – Micro e Macro 8 3. Equilíbrio Externo Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode levar a uma moratória; Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco). 4. Distribuição Eqüitativa de Renda - política de longo prazo; - aumento do poder de compra das classes mais baixas; - desenvolvimento econômico. Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
  • 9. ECONOMIA – Micro e Macro 9 Os objetivos de política macroeconômica não são independentes, podendo ser conflitantes. Crescimento Econômico e Distribuição de renda Renda Aumenta Aumenta a renda dos pobres, sem reduzir a dos ricos (abranda conflitos sociais). Em países subdesenvolvidos (conflitante) Aumenta-se a parte dos lucros e da poupança dos mais ricos na renda nacional (Teoria do Bolo). Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
  • 10. ECONOMIA – Micro e Macro 10 Metas de Redução de Emprego e Estabilidade de Preços Com aumento de compras Reduz-se o desemprego. Aproximando do pleno emprego, os recursos tendem a escassear, provocando um aumento dos custos de produção. Podendo aumentar a inflação (exceto, quando estiver ocorrendo um significativo aumento de produtividade). Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos) O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a ser dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na sociedade de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política pelos representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior.
  • 11. ECONOMIA – Micro e Macro 11 Parte Real da Economia Parte Monetária da economia Mercado de Bens e Serviços Mercado de Trabalho Mercado Financeiro (monetário e títulos) Mercado de Divisas Produto Nacional Nível Geral de Preços Nível de Emprego Salários Nominais Mercados Var. Determinadas Taxa de Juros Estoque de Moeda Taxa de Câmbio Teoria e Política Macroeconômica: Estrutura da Análise Macroeconômica O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada) permitindo à economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda.
  • 12. ECONOMIA – Micro e Macro 12 • Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do governo; • Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na economia, a taxa de juros e o crédito; • Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio externo, saldo do BP equilibrado; • Política de Rendas: interferências na formação de Preços e Salários, desenvolvimento econômico. Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica
  • 13. ECONOMIA – Micro e Macro 13 Instrumentos disponíveis Arrecadação de tributos (política tributária) Inibe Consumo e Investimento Anti- inflacionárias Estimula consumo e Investimento Maior Crescimento Diminuição dos gastos Aumento da carga tributária Aumento dos gastos Diminuição da carga tributária RESULTADO Melhor Dist. de Renda Impostos progressivos Gastos em setores/ regiões mais atrasados Benefício a grupos menos favorecidos Controle de suas despesas (política de gastos) Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal)
  • 14. ECONOMIA – Micro e Macro 14 É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de estabilizar o nível geral de preços. Os instrumentos: • Emissões de moeda • Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos comerciais junto ao Banco Central) • Open market (compra/venda de títulos públicos) • Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais) • Regulamentação sobre crédito e tx. de juros. Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Monetária)
  • 15. ECONOMIA – Micro e Macro 15 Instrumentos disponíveis Inibe Consumo e Investimento Anti- inflacionárias Estimula consumo e Investimento Maior Crescimento Diminuir (Enxugar) Aumento da tx. Aumento do estoque Diminuição da tx. RESULTADO Melhor Dist. de Renda Solução mais complexa Estoque monetário Reservas compulsórias Open Market Venda de títulos Compra de títulos Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Monetária)
  • 16. ECONOMIA – Micro e Macro 16 Política Fiscal Política Monetária Como política econômica pode... Combinação Combinação Melhoria na distr. de renda Mais eficiente (tributação e gastos) Mais difusa e genérica Efeitos imediatos Não tem. Depende de mudança na Legislação e Princípio da anterioridade. Depende apenas de decisões diretas das autoridades monetárias. Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal X Política Monetária)
  • 17. ECONOMIA – Micro e Macro 17 Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.) Controle do Governo Política Comercial Instrumentos de incentivo às exportações e/ou estímulo/desestímulo às importações, sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci- mento de cotas etc. Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Cambial e Comercial)
  • 18. ECONOMIA – Micro e Macro 18 Os agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o que fariam, em resposta a influências normais do mercado. Normalmente, esses controles são utilizados como política de combate a inflação. Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel. Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política de Rendas)
  • 19. ECONOMIA – Micro e Macro 19 Capítulo 9: Contabilidade Social Introdução Principais Agregados Macroeconômicos • Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital • Economia a Dois Setores Com Formação de Capital • Economia a Três Setores: O Setor Público • Economia a Quatro Setores: O Setor Externo Valores Reais e Nominais Identidades Básicas da Contabilidade Nacional Aspectos Conceituais
  • 20. ECONOMIA – Micro e Macro 20 Contas Básicas: • Produto Interno Bruto • Renda Nacional Disponível • Transações Correntes com o Resto do Mundo • Capital Conta Complementar: • Conta Corrente das Administrações Públicas Contabilidade Social: Sistema de Contas Nacionais
  • 21. ECONOMIA – Micro e Macro 21 Definição: o objetivo do sistema de contas nacionais é permitir a mensuração e a agregação em uma única conta, onde a agregação é feita através dos preços. Característica: não considera os chamados bens e serviços intermediários (que são absorvidos na produção de outros produtos), ou seja, esse sistema considera apenas os bens e serviços finais. Pressupostos: 1. As contas procuram medir a produção corrente. Não são considerados bens produzidos em período anterior, apenas a remuneração do vendedor (que é remuneração a um serviço corrente); 2. As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano. Os agregados correspondem a variáveis fluxo (são consideradas ao longo de um período – dimensão temporal). 3. A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas como unidade de medida e instrumento de trocas. Contabilidade Social: Sistema de Contas Nacionais
  • 22. ECONOMIA – Micro e Macro 22 Economia fechada, sem governo e sem formação de capital Três óticas de mensuração: Produto = Despesa = Renda Produto Nacional (PN): é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo. PN =  pi qi Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as despesas realizadas pelos agentes: consumidores, empresas, governo e estrangeiros na compra de bens e serviços finais. DN = Despesas de Consumo (C) Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços, em um período de tempo. RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l) Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
  • 23. ECONOMIA – Micro e Macro 23 Famílias Unid. Produtoras Mercado de Bens e Serviços Mercado de Fatores de Produção Fornecimento de Bens e Serviços Fornecimento dos Serviços dos Fatores de Produção Despesas de Consumo de Bens e Serviços Remuneração aos Serviços dos Fatores de Produção Fluxo monetário Fluxo real RN = w + j + a + l DN = C PN = pi.qi Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
  • 24. ECONOMIA – Micro e Macro 24 Economia fechada, sem governo e sem formação de capital Como não existem estoques, tudo que se produz, se vende. PN = DN Como no agregado, são excluídas as compras de bens intermediários. A empresa gasta com pagamentos a fatores de produção tudo o que recebe pela venda de bens e serviços (PN=DN). Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de Valor Adicionado Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo. V. Adicionado = V. Bruto de Produção – Cons.de Prod. Intermed. (Receita de vendas) Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
  • 25. ECONOMIA – Micro e Macro 25 TRIGO FARINHA PÃO a) Receita de Vendas (VBP) 100 400 1.000 PN=DN= 1.000 b) Compras Intermediárias 0 100 400 Valor adicionado (a-b) 100 + 300 + 600 = 1.000 = RN Valores (x Mil) Renda paga pelo setor de trigo aos fatores de produção (VA trigo) Renda paga pelo setor de farinha aos fatores de produção (VA farinha) Renda paga pelo setor de panificação aos fatores de produção (VA pão) Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valor Adicionado)
  • 26. ECONOMIA – Micro e Macro 26 Existem 04 formas diferentes de medir o resultado econômico de um país, todas conduzindo a um mesmo valor numérico: Soma dos produtos finais das empresas produtoras (PN) Soma das despesas dos agentes com o Produto Nacional (DN) Soma de rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros (RN) Soma de valores adicionados dos setores de atividade (RN) Orgão Responsável no Brasil: IBGE Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
  • 27. ECONOMIA – Micro e Macro 27 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos Economia fechada, sem governo e com formação de capital Hipóteses: • As Famílias além de consumir podem poupar; • As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e investem em bens de capital. POUPANÇA (S): parcela da RN não consumida no período. Sendo assim: S = RN – C INVESTIMENTO (I): gasto com bens que aumentam a capacidade produtiva da economia (Capacidade de gerar Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de Capital). I = PN – C onde: PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento I = Ibk + E
  • 28. ECONOMIA – Micro e Macro 28 Observações sobre o investimento: 1. E = Et – Et-1 (Variável fluxo, medida ao ano); 2. Não se deve confundir Investimento no sentido vulgar com investimento no sentido econômico. Ex.: Investir em ações não representa aumento da capacidade produtiva, a não ser que se esteja investindo, por exemplo, em instalações. 3. O investimento em ativos de segunda mão (imóveis,...) não é contabilizado como investimento agregado, sendo apenas uma transferência de ativos, que se compensa: alguém “desinvestiu”. Esses bens já foram computados no passado. 4. Os bens de consumo duráveis (TV, automóveis,...), embora não sejam consumidos no presente e gerem fluxo de serviços no futuro, não são considerados como investimento (há controvérsias). Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
  • 29. ECONOMIA – Micro e Macro 29 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos Economia fechada, sem governo e com formação de capital DEPRECIAÇÃO (d): é o consumo de estoque (desgaste) de capital físico, em dado período. Conseqüência: sucata ou obsolescência. Investimento Bruto (IB) e Investimento Líquido (IL) IL = IB - d IL = Acumulação Líquida de Capital = Diferença entre novos inv. (IB) e depreciação PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E LÍQUIDO (PNL) PNL = PNB - d
  • 30. ECONOMIA – Micro e Macro 30 A identidade S = I “ex-post” Como: e e S = RN – C I = PN – C PN = RN Logo: S = I Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
  • 31. ECONOMIA – Micro e Macro 31 Ex.: PN = RN = 100. Com a venda do produto (PN) as empresas remuneram as famílias (RN). Se as famílias decidem consumir apenas 80 (C = 80): S = RN – C = 20 Parte de PN = 100 não foi comprada, pois as famílias não gastaram tudo. Assim: I = E = 20 e S = I = 20 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
  • 32. ECONOMIA – Micro e Macro 32 Ex.: PN = 100. Sendo: Bens de Consumo = 70 Bens de capital = 30 (Investimento) RN = 100 (As famílias receberam 100) Sobraram para as famílias 30 (corresponde à Poupança) S = I = 30 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
  • 33. ECONOMIA – Micro e Macro 33 Receita Fiscal: IMPOSTOS INDIRETOS (Ti): incidem sobre bens e serviços. Ex.: ICMS, IPI. IMPOSTOS DIRETOS (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas). Ex.: IR, IPTU. CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL: encargos trabalhistas recolhidos de empregados e empregadores. OUTRAS RECEITAS: taxas (Ex.: Multas, aluguéis, ...) Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
  • 34. ECONOMIA – Micro e Macro 34 Gastos do Governo: Gastos com ministérios, secretarias e autarquias = Receitas provêm de dotações orçamentárias. Gastos das empresas e sociedades de economia mista Provêm da venda de bens e serviços no mercado. Gastos com transferências e subsídios Se : Gastos > Receita Fiscal Gastos < Receita Fiscal Déficit Primário (Fiscal) Superávit Primário (Fiscal) Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
  • 35. ECONOMIA – Micro e Macro 35 PRODUTO NACIONAL A PREÇOS DE MERCADO (PNpm): é medido a partir dos valores pagos pelo consumidor. PRODUTO NACIONAL A CUSTO DE FATORES (PNcf): é medido a partir dos valores pagos que refletem os custos de produção, a remuneração dos fatores (w + j + a + l). Como é medido pela ótica dos rendimentos, é a própria RNcf. PNpm = RNcf + Ti - Sub Associa-se, normalmente, Renda Nacional à RNcf e Produto Nacional à PNpm Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
  • 36. ECONOMIA – Micro e Macro 36 CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA E LÍQUIDA Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público) Impostos Indiretos Impostos Diretos Índice de Carga Tributária Bruta = 100 pm PIB              Imp. Ind. Imp. Dir. Transf. + Sub. Índice de Carga Tributária Líquida = 100 pm PIB          
  • 37. ECONOMIA – Micro e Macro 37 EXPORTAÇÕES (X): são as compras dos estrangeiros de nossos bens e serviços. São os gastos do setor externo com nossas empresas. IMPORTAÇÃO (M): são as aquisições de bens do exterior. Parte da renda gerada no país que “vaza” para fora. RENDA ENVIADA AO EXTERIOR (RE): parte do que foi produzido internamente não pertence aos nacionais (Ex.: capital e tecnologia). A remuneração desses fatores vai para fora do país, na forma de remessa de lucro, royalties, juros. RENDA RECEBIDA DO EXTERIOR (RR): recebemos renda devido à produção de nossas empresas operando no exterior. RLEE = RE – RR (No Brasil, RLEE > 0) Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (O Setor Externo)
  • 38. ECONOMIA – Micro e Macro 38 PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB): é a renda devida à produção dentro dos limites territoriais do país. PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB): renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil. Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (O Setor Externo) PIB = PNB + RLEE RE > RR RLEE > 0 PIB > PNB Se : RE < RR RLEE < 0 PIB < PNB
  • 39. ECONOMIA – Micro e Macro 39 DN = C + I + G + X – M As importações (M) aparece devido ao fato de que elas estão embutidas nas demais despesas agregadas (C, I, G, X). A Despesa Agregada é apresentada a preços de mercado, já que são valores finais. No Brasil, utiliza-se mais o conceito de Despesa Interna que Nacional. Não é calculada a depreciação pois, são utilizados os conceitos agregados em termos brutos. DIBpm = C + I + G + X – M Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Despesa Nacional - DN)
  • 40. ECONOMIA – Micro e Macro 40 PN Nominal (ou PN Monetário): PN a preços correntes do ano PN2000 =  pi 2000 . qi 2000 - produto de 2000, avaliado a preços de 2000. PN2001 =  pi 2001 . qi 2001 - produto de 2001, avaliado a preços de 2001. PN Real (ou PN deflacionado): PN a preços constantes de determinado ano (chamado ano-base). PNREAL 2000 =  pi 2000 . qi 2000 PNREAL2001 =  pi 2000 . qi 2001 PNREAL2002 =  pi 2000 . qi 2002 Preços permanecem constantes em 2000. Elimina-se a influência dos preços (Inflação). Com isso tem-se o crescimento real Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais)
  • 41. ECONOMIA – Micro e Macro 41 PNREAL = PN Nominal x 100 Índice de Preços P/ deflacionar: Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais)
  • 42. ECONOMIA – Micro e Macro 42 PIB em dólares correntes: preços em dólares, à taxa de câmbio corrente. PIBBrasil =  PUS$ qBrasil (P US$ = preços em reais, convertidos em dólares pela taxa de câmbio corrente) PIB em dólares PPP (Purchasing Power Parity): produção do país, medida a preços das mercadorias nos USA (país base, ou de referência). PIBPPP Brasil =  PUS$USA qBrasil (preços em US$ nos USA) PIBPPP China =  PUS$USA qChina PIBPPP USA =  PUS$USA qUSA Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais)
  • 43. ECONOMIA – Micro e Macro 43 O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano mede o grau de desenvolvimento sócio-econômico dos países. Constitui-se de uma média aritmética de 3 índices, variando de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o padrão de desenvolvimento humano): -Índice de Expectativa de Vida -Índice do PIB per capita (em dólares PPP) -Índice de Educação (média ponderada: 75% Índice de Alfabetização 25% Índice de Escolaridade de jovens entre 7 e 22 anos ) Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
  • 44. ECONOMIA – Micro e Macro 44 Da Contabilidade Nacional para a Teoria Econômica Modelo Keynesiano Básico (Lado Real) Capítulo 10: O Mercado de Bens e Serviços
  • 45. ECONOMIA – Micro e Macro 45 Contabilidade Nacional: medição do produto efetivamente realizado (ex-post). Teoria Macroeconômica: refere-se ao produto potencial, desejado, planejado. Análise dos agregados ex-ante. Estuda as alternativas para levá-lo ao pleno emprego. O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
  • 46. ECONOMIA – Micro e Macro 46 Curva de Demanda Agregada de Bens e Serviços (DA): composta pela demanda de quatro agentes macroeconômicos: DA = C + I + G + (X – M) O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real (Modelo Keynesiano Básico) onde: C = consumo (famílias e empresas) I = investimento (bens de capital) G = gastos do governo (saúde, investimento, etc) X = exportações (bens e serviços) M = importações (bens e serviços) Nível Geral de Preços Q = PNREAL= y = Y/P Curva de Demanda Agregada (DA)     Renda Nominal Renda Real = Nível de Preços Y Y P P 
  • 47. ECONOMIA – Micro e Macro 47 Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA): quantidade de bens e serviços que os produtores estão dispostos a colocar no mercado. OA = Renda Nacional = Produto Nacional Real O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real A: aumenta Q, com P constante, caso haja desemprego de recursos; B: situação intermediária; C: aumenta P, com Q constante, caso os recursos estiverem plenamente empregados. Q = PNREAL= y = Y/P Nível Geral de Preços A B C Curva de Oferta Agregada (OA) Y PLENOEMPREGO
  • 48. ECONOMIA – Micro e Macro 48 A: trecho Keynesiano (desemprego) C: trecho Clássico (pleno emprego) Desemprego: quando a DA é insuficiente para absorver a produção agregada de pleno emprego. Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA) Nível Geral de Preços A C Curva de OA Simplificada YPLENOEMPREGO Y O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
  • 49. ECONOMIA – Micro e Macro 49 1ª. Desemprego de Recursos. A DA situa- se abaixo da OA de pleno emprego. Preços constantes e as variáveis consideradas em valores reais (deflacionadas). (A) 2ª. Curto Prazo. A curto prazo, o estoque dos fatores de produção são considerados constantes. Embora, a força de trabalho e a capacidade produtiva instalada sejam fixas, seus níveis de utilização variem. O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico Nível Geral de Preços YPLENOEMPREGO Y0 Y Curva de OA Simplificada A
  • 50. ECONOMIA – Micro e Macro 50 3ª. A curva de OA é fixada (decorrência da hipótese 2ª). OA = f(N,K,Tec). Como esses fatores de produção são constantes a curto prazo, a OA permanece fixa (não há deslocamentos, apenas movimentos ao longo da curva. 4ª. A curto prazo, apenas a demanda agregada provoca variações no nível de equilíbrio da renda nacional. (Corolário das anteriores) Para tirar a economia de uma situação de desemprego, a curto prazo, deve-se procurar elevar a DA. DA é mais sensível a curto prazo que a OA. Nível Geral de Preços YPLENOEMPREGO Y0 DA0 DA1 Y O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico
  • 51. ECONOMIA – Micro e Macro 51 PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA A DA determina a produção (Keynes). Inverte um dos principais postulados da Teoria Clássica, a chamada Lei de Say, pela qual a OA é que determina a procura. Nível Geral de Preços YPLENOEMPREGO Y0 DA0 DA1 Y O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico
  • 52. ECONOMIA – Micro e Macro 52 Função consumo (C): o consumo agregado é função crescente do nível de renda nacional (Y). O modelo mais simples supõe o consumo como uma função linear. onde: a = consumo autônomo (independe da renda) b = propensão marginal a consumir (declividade da reta), onde 0 < b < 1 A propensão marginal a consumir (PMgC) é o acréscimo de consumo, dado a um acréscimo na renda nacional. O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)   C f Y C a by    a b C Y
  • 53. ECONOMIA – Micro e Macro 53 Função poupança (S): é a parcela da renda nacional não consumida, em dado período de tempo. S = y – C sabemos que C = a + by e portanto: S = -a + (1 - b)y onde (1 – b) = propensão marginal a poupar O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) a    1 b  S y   1 S a b y    
  • 54. ECONOMIA – Micro e Macro 54 Função investimento (I): bens e serviços que visam a aumentar a produção futura. É também conhecido como Formação Bruta de Capital Fixo. O investimento pode ser dividido em: 1. Investimento visto como elemento da demanda agregada: é a fase que gasta apenas com instalações, equipamentos, etc, antes do investimento maturar e resultar em acréscimos de produção; 2. Investimento visto como elemento da oferta agregada: ocorre quando aumenta a capacidade produtiva, após a maturação do investimento. Hipóteses: I. A curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada; II. O investimento é autônomo ou independente da renda nacional. O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
  • 55. ECONOMIA – Micro e Macro 55 Função gastos do governo (G): os gastos do governo são autônomos em relação à renda nacional: G = constante ou G  f(y) Função impostos ou tributação (T): no modelo simplificado a tributação é autônoma, ou seja, não é induzida pela renda nacional: T = constante ou T  f(y) Neste caso a nova função consumo será: C = a + b (y – T) = a – byd onde yd = renda disponível Função exportação (X) e importação (M): são variáveis autônomas em relação a renda nacional (modelo simplificado): X = constante ou X  f(y*) M = constante ou M  f(y) O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
  • 56. ECONOMIA – Micro e Macro 56 Determinação do equilíbrio: observações importantes 1. A renda de equilíbrio ocorre quando OA = DA e não necessariamente é a renda de pleno emprego; 2. Decorre do exposto em (1) que o equilíbrio não indica necessariamente algo desejável, pois pode estar existindo um grande volume de recursos não empregados; 3. É um equilíbrio macroeconômico esperado, planejado (ex ante), e não o equilíbrio efetivo (ex post). O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
  • 57. ECONOMIA – Micro e Macro 57 Determinação do equilíbrio: o equilíbrio é determinado pela DA (curto prazo). Onde: y* = renda de equilíbrio (DA=OA) y* = renda de pleno emprego O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) DA C I G X M      DA OA  pe y * y   y OA  DA
  • 58. ECONOMIA – Micro e Macro 58 Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos com injeções: 1. Vazamentos: todo recurso que é retirado do fluxo básico, ou seja, toda renda recebida pelas famílias, que não é dirigida às empresas nacionais na compra de bens de consumo: poupança, impostos e importações; Vaz = S + T + M 2. Injeções: todo recurso que é injetado no fluxo básico e que não é originado da venda de bens de consumo às famílias: novos investimentos, gastos públicos e exportações. Inj = I + G + X O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
  • 59. ECONOMIA – Micro e Macro 59 Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos com injeções: • Vaz < Inj  crescimento da renda nacional • Vaz > Inj  queda da renda nacional • Vaz = Inj  equilíbrio estacionário O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) I G X   S T M   pe y * y   y OA  Vaz Inj
  • 60. ECONOMIA – Micro e Macro 60 Hipóteses do multiplicador: 1. O processo é iniciado por uma variação autônoma da DA, ou seja, um deslocamento da DA devido à variação autônoma de algum de seus elementos (C, I, G, X, M) ou devido a alguma injeção ou vazamento do fluxo de renda; 2. O funcionamento do multiplicador supõe uma economia em desemprego; 3. O lado monetário é invariável; 4. O multiplicador tem um efeito perverso: assim como a renda aumenta em um múltiplo, para aumentos da DA, o contrário também é válido. O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)
  • 61. ECONOMIA – Micro e Macro 61 Fórmula do multiplicador: onde k = multiplicador de gastos Assim, qualquer mudança nos gastos autônomos (C, I, G, X, M) implicará em uma mudança no nível de renda (Y) dado pelo multiplicador.   1 1 1 k b t m i          1 1 1 Y C I G X b t m i         O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)
  • 62. ECONOMIA – Micro e Macro 62 Teorema do Orçamento Equilibrado ou Teorema de Haavelmo “Não dá para avaliar política fiscal olhando apenas o déficit ou superávit do governo.” Se o governo efetuar gastos no mesmo montante dos tributos recolhidos, a renda em vez de permanecer constante, aumentará em um montante igual ao aumento de G e T. Assim: a) Se |kG| > |kT|  a renda aumentará quando G = T b) kG + kT = 1 1 e 1 1 G T y b y k k b G b T            O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)
  • 63. ECONOMIA – Micro e Macro 63 Hiatos Inflacionário e Deflacionário e Política Fiscal Pura: a análise dos hiatos permite estudar formas não monetárias de combater a inflação e o desemprego, ou seja, como a política fiscal pode estabilizar preços, emprego e nível de atividade. O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Hiatos) DA C I G X M      DA OA  pe y * y   y OA  DA Hiato Deflacionário DA C I G X M      DA OA  pe y * y   y OA  DA Hiato Inflacionário Hiato Deflacionário: refere-se à insuficiência da DA, em relação a OA de pleno emprego (ype) Hiato Inflacionário: é dado pelo excesso de DA, em relação a OA de pleno emprego (ype)
  • 64. ECONOMIA – Micro e Macro 64 a) O investimento depende da taxa de juros I = f (taxa de retorno esperada, taxa de juros), I/ Y < 0 Eficiência Marginal do Capital (EMC): é a taxa de retorno esperada sobre o investimento. É a taxa que iguala o valor presente dos retornos líquidos esperados que se pode obter com o investimento, ao preço de aquisição do equipamento. • EMC > 1  é vantagem a firma investir (compra de bens de capital) • EMC < 1  não é vantagem a firma investir b) Princípio do acelerador: o investimento é influenciado, basicamente, pela taxa de crescimento do produto, não pelo nível de produto. onde v = relação capital-produto capital-produto O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Teorias da Função Investimento)   1 onde t t t K I v Y Y v y v y        
  • 65. ECONOMIA – Micro e Macro 65 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Função Demanda por Investimentos) Fatores determinantes da decisão de investir Demanda de Investimentos (I) Taxa de Juros de Mercado (i) Eficiência Marginal do Capital (EMC) Preço de Aquisição do Ben de Capital Valor Presente dos Retornos Líquidos Esperados Faturamento Esperado Custos de Operação e Manutenção do Equipamento
  • 66. ECONOMIA – Micro e Macro 66 Moeda: Conceito e Funções Meios de Pagamento: Conceito e Composição Oferta de Moeda (Pelo BACEN e Bancos Comerciais) Demanda por Moeda Capítulo 11: O Lado Monetário
  • 67. ECONOMIA – Micro e Macro 67 Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bense serviços. Aceitação garantida por lei. Instrumento ou Meio de Troca Medida de Valor Reserva de Valor Promove e facilita o intercâmbio de bens e serviços. Evita a chamada economia de trocas ou escambo. Unidade de Conta. Permite apurar o valor Monetário. Liquidez absoluta. Efeitos da Inflação. O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
  • 68. ECONOMIA – Micro e Macro 68 Não precisa ter valor intrínseco ou ser lastreada em metal precioso, bastando ter a confiança (moeda fiduciária) e a aceitação geral pelos agentes econômicos. Reserva de Valor: o que determina a riqueza de um país é sua produção global e não o montante de moeda existente (Falácia da composição). O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
  • 69. ECONOMIA – Micro e Macro 69 Meios de Pagamento (Oferta de Moeda): representam todos os haveres com liquidez imediata em poder do público, exceto o setor bancário. São uma medida do nível de liquidez do sistema econômico. M = PMPP + DV Onde: M = meios de pagamento PMPP = papel moeda em poder do público (ativo de maior liquidez) DV = depósito a vista (moeda escritural ou moeda bancária), é o valor que o correntista tem, não é o cheque. O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
  • 70. ECONOMIA – Micro e Macro 70 M1 M2 M3 M4 = = = = Moeda em poder do Público (+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais Conceito M1 (+) Depósitos Especiais Remunerados (+) Depósitos de Poupança (+) Títulos emitidos por Instituições Depositárias Conceito M2 (+) Fundos de Renda Fixa (+) Posição líquida de títulos SELIC(Sistema Especial de Liquidação e Custódia) Conceito M3 (+) Títulos Públicos de alta liquidez O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
  • 71. ECONOMIA – Micro e Macro 71 OS ATIVOS ADICIONADOS AO CONCEITO M1 SÃO CHAMADOS QUASE-MOEDA OU NÃO MONETÁRIOS. VOLUME M4 BAIXO DENOTA RESTRIÇÕES ÀS FUNÇÕES DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA DO SISTEMA BANCÁRIO. ESTE CONCEITO É EXPRESSO NORMALMENTE COMO UM PERCENTUAL DO PIB. O AUMENTO DA RELAÇÃO M4/M1, QUE SE OBSERVA NOS PROCESSOS INFLACIONÁRIOS, CHAMA-SE DESMONETIZAÇÃO. A REDUÇÃO DE M4/M1, CHAMA-SE MONETIZAÇÃO. O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
  • 72. ECONOMIA – Micro e Macro 72 Quando se altera o saldo de M1 (PMPP + DV) Corresponde a uma queda ou aumento da oferta de moeda disponível. Ex.: Criação (C), Destruição (D) e (N) p/ qdo não houve (C nem D). Exportadores trocam dólares por reais no BC ............................ BC vende dólares aos importadores, recebendo reais em troca.. Empréstimo dos bancos comerciais ao setor privado................. Resgate de um empréstimo bancário.......................................... Saque por meio de cheque.......................................................... Depósito a longo prazo............................................................... Empresa paga Funcionários sacando contra seus depósitos a vista C D C D N D N O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e “Destruição” de Moeda)
  • 73. ECONOMIA – Micro e Macro 73 Setor não Bancário: as unidades familiares, as empresas, o Governo e o sistema financeiro não-monetário (BNDS, Banco de Investimento). Não recebem depósitos à vista, apenas transferem dinheiro dos emprestadores para os tomadores. Setor Bancário: pode criar ou destruir moeda. É permitido aos bancos comerciais manterem depósitos do público e emprestar uma quantia superior a suas reservas monetárias (podem emprestar parte de suas obrigações, que são os depósitos a vista). O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e “Destruição” de Moeda)
  • 74. ECONOMIA – Micro e Macro 74 BASE MONETÁRIA (B): total de moeda “física” injetada pelo Banco Central na economia. Também chamada de Passivo Monetário do Banco Central ou ainda High Powered Money (moeda de alta potência). Emissão Primária de Moeda, corresponde ao Passivo Não-Remunerado da Autoridade Monetária. B = PMPP + Reservas dos Bancos Comerciais As Reservas Bancárias Totais (R) são compostas por Encaixe em moeda corrente (R1), Reservas Voluntárias (R2) e Reservas Compulsórias (R3), dos bancos comerciais junto ao Banco Central. Assim: R = R1 + R2 + R3 PME = PMPP + R1 B = PMPP + R1+R2+R3 onde: PME = papel moeda emitido O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e “Destruição” de Moeda)
  • 75. ECONOMIA – Micro e Macro 75 O Lado Monetário: Meios de Pagamento (“Criação” e “Destruição” de Moeda) Fatores que afetam a Base Monetária: o aumento ou diminuição da base monetária se dá por variações do Ativo do Banco Central não compensadas por variações do Passivo Não Monetário. Exemplos: • Operações com Câmbio: quando o BC compra (vende) USD do mercado para as reservas internacionais há uma expansão (contração) da base monetária; • Operações com Títulos Públicos: quando o BC compra (vende) títulos públicos ao mercado há expansão (contração) da base monetária; • Operações do Tesouro Nacional: pagamentos ao (recebimentos do) Tesouro Nacional contraem (expandem) a base monetária; • Operações com o Sistema Financeiro: a concessão de redesconto bancário expande B e o recolhimento de compulsório sobre Depósitos a Prazo contrai B.
  • 76. ECONOMIA – Micro e Macro 76 Mostra o grau de expansão da base monetária (B), (moeda primária emitida), através dos empréstimos dos bancos comerciais, e conseqüente criação de meios de pagamentos (M1). Ou seja, os meios de pagamento são um múltiplo da base monetária: onde: m = multiplicador da base monetária c = taxa de retenção do público = PMPP / M d = taxa de depósitos à vista = DV / M R1 = taxa de encaixe dos bancos comerciais = R1 / DV R2 = taxa de reservas dos bancos comerciais = R2 / DV O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos Comerciais (O Multiplicador Monetário) 1 ( 1 2) m c d R R    1 M mB 
  • 77. ECONOMIA – Micro e Macro 77 Fatores que afetam o multiplicador: • Taxa de reservas bancárias (% reservas dos bancos comerciais sobre os depósitos à vista); • Taxa de retenção de moeda pelo público (% de moeda em poder do público sobre os meios de pagamento). Um aumento dessas taxas diminui o valor do multiplicador). Por exemplo, dados de dezembro de 2001, em R$ milhões: PMPP = 21.185 DV = 29.522 (R) = 15.018 O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos Comerciais (O Multiplicador Monetário) 1 21.185 29.522 50.707 1,4 21.185 15.018 36.203 M PMPP DV m B PMPP R          Portanto, um aumento de, por exemplo, R$ 1 bilhão da base monetária, leva a um aumento de R$ 1,4 bilhões no saldo dos meios de pagamentos.
  • 78. ECONOMIA – Micro e Macro 78 O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e Instrumentos de Política Monetária) Objetivos: a função da política monetária é regular o ritmo de crescimento da demanda agregada da economia no curto prazo, de tal maneira a impedir um crescimento mais rápido que o da oferta agregada, evitando assim preções no nível geral de preços (pressões inflacionárias). Para tanto o Banco Central se utiliza de alguns instrumentos: 1. Compulsório: é a parcela dos depósitos a vista que um banco deve manter obrigatoriamente depositada no Bacen, sem remuneração.; • Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de recursos para empréstimos e, assim, diminui a oferta de moeda. 2. Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de empréstimos do BC aos bancos comerciais em situações de falta temporária de liquidez (geralmente esta linha é punitiva); • Aumento da taxa de redesconto leva os bancos diminuirem a oferta de moeda
  • 79. ECONOMIA – Micro e Macro 79 O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e Instrumentos de Política Monetária) 3. Operações de Open Market ou Mercado Aberto: são compras ou vendas de títulos públicos realizadas pelo Bacen junto ao sistema bancário. É o instrumento de maior eficência no mercado financeiro para ajustar a liquidez do mercado monetário . • Quando o Bacen compra títulos públicos do mercado ele injeta reais, elevando a liquidez da economia devido ao aumento da oferta de moeda. • Quando o Bacen vende títulos públicos do mercado ele retira reais, diminuindo a liquidez da economia devido à redução da oferta de moeda 4. Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a disposição dos bancos em conceder crédito ou tomar posições no mercado de títulos, de câmbio ou futuros de acordo com: • Regulação do crédito; • Persuasão moral; • Supervisão e Fiscalização bancária
  • 80. ECONOMIA – Micro e Macro 80 Banco Central do Brasil: BACEN / BC • Órgão executivo central do SFN • Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez; • Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção; • Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento Monetário / Instrumentos de Política Monetária; • Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN); • Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos); • Administração da dívida pública interna e externa do país; • Representante junto as IFs internacionais; É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no SFN e indiretamente na economia. O Lado Monetário: BANCO CENTRAL
  • 81. ECONOMIA – Micro e Macro 81 Modelo Keynesiando de Demanda por Moeda Porque reter moeda, se existem alternativas de aplicação em ativos que produzem rendimentos ? Segundo Keynes os motivos são : • Transações: necessidade de manter moeda para pagar compromissos. Descompasso entre recebimentos e pagamentos (relação direta com a renda); • Precaução: devido as incertezas quanto à datas de recebimentos e de pagamentos (relação direta com a renda); • Especulação ou Portfólio: para aproveitar oportunidades de investimento (títulos, imóveis, etc.) – Relação inversa com a taxa de juros. A moeda é um ativo que não rende juros, mas possui valor estável. Os “títulos” pagam rendimento, mas seu valor oscila em função de mudanças da taxa de juros. Quando os juros sobem o preço dos títulos cai. Quando os juros estão baixos e um investidor espera (especula) que subirão logo, ele vende títulos e demanda moeda, visando preservar o valor de seu patrimônio. O Lado Monetário: Política Monetária (Demanda de Moeda)
  • 82. ECONOMIA – Micro e Macro 82 Assim, a demanda por moeda é função direta da renda e inversa da taxa de juros. A taxa de juros pode ser vista como o custo de oportunidade de reter moeda. Demanda por Moeda  Md = k.Y - h.i onde: k = sensibilidade da demanda monetária em relação à uma variação na renda h = sensibilidade da demanda por moeda em relação à uma variação na taxa de juros O Lado Monetário: Política Monetária (Demanda de Moeda) , L f Y i            0 L Y L i
  • 83. ECONOMIA – Micro e Macro 83 Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) – Modelo Clássico A equação de trocas estabelece uma relação entre o lado monetário e o lado real da economia. Mostra como a política monetária afeta o nível de produto e a taxa de inflação. O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário) MV Py  X = X Velocidade Renda da Moeda (número de vezes que a moeda passa de mãos em mãos, gerando renda (v)) Meios de Pagamento (Estoque de Moeda M1) Renda Nacional Real (PIB) Nível Geral de Preços PIB Monetário Nominal (Y)
  • 84. ECONOMIA – Micro e Macro 84 Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) – Modelo Clássico Para chegar-se a essa relação, parte-se do conceito de velocidade de circulação da moeda. É número de transações liquidadas com a mesma unidade monetária em um dado período. Ou seja, é o número de “giros” que a moeda dá, passando de mãos em mãos, criando renda nacional (PIB). Normalmente supõe-se a velocidade de circulação constante a curto prazo, pois depende de fatores como hábitos da coletividade (por exemplo, o uso de cartões de crédito), do grau de verticalização entre empresas,etc., que costumam mudar mais a longo prazo. Assim, supondo a velocidade de circulação constante a curto prazo, elevações na quantidade de moeda (M1), podem levar a aumentos dos nível do produto, ou de preços, ou de ambos, dependendo de que a economia esteja no seu produto potencial de pleno emprego, ou em desemprego • economia a pleno-emprego: eleva P • economia em desemprego: eleva y O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
  • 85. ECONOMIA – Micro e Macro 85 Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) Oferta de moeda: Demanda de moeda: Equilíbrio: M Renda Nominal Y Py  O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário) 0 s M M  d M kPy  0 0 e s d M M M M kPy    d M kPy  0 s M 1 s M 1 0 1 1 1 0 Supondo desemprego ou Supondo pleno emprego Y PY Y PY     0 0 0 Y PY  1 V k  1. Pleno emprego: M  P; (Y1 = P1Y0) 2. Desemprego: M  Y sem necessariamente P; (Y1 = P0Y1)
  • 86. ECONOMIA – Micro e Macro 86 Modelo Keynesiano Oferta de moeda: Demanda de moeda: Equilíbrio: O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário) 0 s M M  , d M f Y i          0 0 e , s d M M M M f Y i              0 d M Y M i 0 s M 0 i 1 i 1 s M I G X   i 0 i 1 i 0 M 1 M 0 I 1 I com pleno emprego: , com desemprego: , s P y M i I DA P y            I G X  
  • 87. ECONOMIA – Micro e Macro 87 Conclusões: • A Demanda de moeda de uma economia se eleva a medida que se produz mais renda, ou seja, quando a atividade produtiva agrega mais riqueza. • A Procura decresce quando os juros sobem, gerando maiores expectativas de lucros aos investidores. • A Procura diminui quando recrudesce o processo inflacionário, que destrói o poder de compra da moeda. • A oferta monetária é fixa em Ms, dada a base monetária (B) fixada pelo BC e os parâmetros comportamentais e regulatórios (D, R1, R2, R3). • No lado da demanda monetária, os parâmetros k, h e o nível de renda a curto prazo (Y) são dados. Portanto, a interação entre oferta e demanda no mercado monetário determinará a taxa de juros de equilíbrio (i0). O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
  • 88. ECONOMIA – Micro e Macro 88 Definição: a taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo. É uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do empréstimo, para os tomadores. O BC, devido ao seu monopólio de emissão de moeda, influencia de maneira decisiva a taxa de juros. Uma taxa de juros alta, gera como conseqüências: i. Sobe o custo para os tomadores de fundos; ii. Aumenta o custo de oportunidade em estocar mercadorias dada a atratividade de aplicar no mercado financeiro; iii. Incentiva o ingresso de recursos de outros países; iv. Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento, estimulando a especulação no mercado financeiro; v. Aumenta o custo da dívida pública interna. O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros)
  • 89. ECONOMIA – Micro e Macro 89 Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real: Paridade de Fisher O equilíbrio do mercado monetário ilustrado nos gráficos anteriores refere-se à taxa de juros nominal, resultando entre uma demanda e uma oferta nominal de moeda. Entretanto, em diversas situações é preciso estabelecer a taxa real de juros. Esta é obtida descontando- se da taxa nominal a inflação do período. Assim, a equação de Fisher apresenta uma relação entre a taxa nominal de juros (i), a taxa de juros real (r) e a inflação esperada (e): Essa relação permite esclarecer o mecanismo de transmissão da política monetária:  Juros nominais  dadas as expectativas de inflação  Juros reais  efeitos sobre consumo e investimento  efeitos sobre demanda agregada  Preços O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros)       1 1 1 i r     
  • 90. ECONOMIA – Micro e Macro 90 Apêndice Estrutura do Sistema Financeiro Nacional Órgãos de Regulamentação e Fiscalização do Mercado
  • 91. ECONOMIA – Micro e Macro 91 ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN) BANCO CENTRAL (BACEN) (CVM) COMISSÃO VALORES MOBILIÁRIOS INSTITUIÇÕES ESPECIAIS B.B. BNDES CEF Comissões Consultivas Responsável pelo funcionamento do mercado financeiro e de suas instituições. SUBSISTEMA NORMATIVO
  • 92. ECONOMIA – Micro e Macro 92 CMN: Conselho Monetário Nacional Composição: Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e Presidente do Banco Central. • Controlar o volume dos meios de pagamentos; • Controle do valor interno da moeda: inflação • Regular o valor externo da moeda e o BP; • Orientar a aplicação de recursos • Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras (IFs); • Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública (interna e externa); • Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros; • Determinar as taxas de compulsório; redesconto de liquidez; • Estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas operações com títulos públicos; • Regulamentação, fiscalização e funcionamento de todas as IFs que operam no país. ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
  • 93. ECONOMIA – Micro e Macro 93 Banco Central do Brasil: BACEN / BC • Órgão executivo central do SFN • Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez; • Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção; • Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento Monetário / Instrumentos de Política Monetária; • Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN); • Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos); • Administração da dívida pública interna e externa do país; • Representante junto as IFs internacionais; É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no SFN e indiretamente na economia. ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
  • 94. ECONOMIA – Micro e Macro 94 CVM: Comissão de Valores Mobiliários (Lei 6404/76) • Normatização e fiscalização do mercado de valores mobiliários (ações, debêntures e, mais recentemente, fundos de investimento); • Fiscalizar a emissão, registro, distribuição e negociação de títulos das S.A. de capital aberto; • Disciplinar o funcionamento das bolsas de valores. Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) • Subordinada ao Ministério da Fazenda, fiscaliza as companhias de seguros privados (seguradoras) e as entidades abertas de previdência; • Assumirá as funções de regulação do mercado de resseguros (MP em questionamento), permitindo a privatização do IRB. Superintendência de Previdência Complementar (PREVIC, antiga SPC) • Ligada ao Ministério da Previdência e Assistência Social, fiscaliza as entidades fechadas de previdência complementar, tenham elas patrocinadores públicos ou privados. ESTRUTURA DO SFN – DIVISÃO NORMATIVA
  • 95. ECONOMIA – Micro e Macro 95 BB: BANCO DO BRASIL • Adiministrar a Câmara de Compensação de cheques e outros papéis; • Efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da União; • A aquisição e o financiamento dos estoques de produção exportável; • Agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do país; • Operação de Fundos de Investimento Setorial; • Crédito rural; • Política de preços mínimos para produtos agropastoris; • Execução do serviço da dívida pública consolidada; • Compra e venda de moeda estrangeira por ordem própria ou do BC; • Arrecadação de tributos federais e estaduais. ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
  • 96. ECONOMIA – Micro e Macro 96 BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social • Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país; • Fortalecer o setor empresarial do país; • Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de produção; • Promover o crescimento e a diversificação das exportações; • FINAME, FINEM e FINAC CEF: Caixa Econômica Federal • Políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico  Banco de apoio ao trabalhador de baixa renda; • Prestação de serviços de natureza social delegada pelo Governo Federal; • FGTS, PIS, loterias, Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS) ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
  • 97. ECONOMIA – Micro e Macro 97 Instituições Financeiras Bancárias SUBSISTEMA OPERATIVO Composto pelas instituições bancárias e não bancárias que atuam em operações de intermediação financeira. Bolsas Corretoras Distribuidoras Clearings ESTRUTURA DO SFN – SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
  • 98. ECONOMIA – Micro e Macro 98 • Bancos Comerciais • Caixas Econômicas • Bancos de Desenvolvimento • Cooperativas de Crédito • Bancos de Investimento • Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras • Sociedades Corretoras • Sociedades Distribuidoras • Sociedades de Arrendamento Mercantil (leasing) • Associações de Poupança e Empréstimo • Sociedades de Crédito Imobiliário • Fundos Mútuos de Investimento • Entidades Fechadas de Previdência Privada • Seguradoras • Companhias Hipotecárias • Agências de Fomento • Bancos Múltiplos • Bancos Cooperativos Composta por 18 agentes no total:
  • 99. ECONOMIA – Micro e Macro 99 CARACTERIZAÇÃO DOS AGENTES OPERATIVOS SEGUNDO SUAATUAÇÃO Bancos Comerciais Caixas Econômicas Bancos Cooperativos / Cooperativas de Crédito Bancos Múltiplos com Carteira Comercial Bancos de Desenvolvimento Bancos de Investimento Caixas Econômicas Bancos Múltiplos com Carteira Comercial de Invest. e Desenv. Sociedades de Crédito, Financeimento e Investimento - Financeiras Caixas Econômicas Bancos Múltiplos com Carteria de Aceite Caixas Econômicas Associações de Poupança e Empréstimo Sociedades de Crédito Imobiliário Cias Hipotecárias Bancos múltiplos com carteira hipotecária Sociedades Corretoras Sociedades Distribuidoras Bancos de Investimento Bancos Múltiplos com Carteira de Investimento Agentes autônomos de investimento Seguradoras Corretoras de Seguro Entidades Abertas de Previdência Privada Entidades Fechadas de Previdência Privada Sociedades de Capitalização Sociedades de Arrendamento Mercantil Bancos Múltiplos com Carteira de Arrendamento Mercantil Intermediação no Mercado de Capitais Seguros e Capitalização Arrendamento mercantil (leasing) Crédito de Curto Prazo Crédito de Médio e LP Crédito para Financiamento de Bens de Consumo Duráveis Sistema Financeiro de Habitação
  • 100. ECONOMIA – Micro e Macro 100 Capítulo 12: Interligação entre o lado real e o lado monetário - Análise IS-LM Introdução Análise IS-LM: Visão geral Equilíbrio do lado real: Curva IS Equilíbrio do lado monetário: Curva LM Interligação entre o lado real e o lado monetário Eficácia da Política Monetária e Política Fiscal Eficácia das Políticas Econômicas e Formas da Oferta Agregada
  • 101. ECONOMIA – Micro e Macro 101 Modelo IS LM Mercado Monetário i Mercado de Bens & Serviços Nível de Produto (Y) Política Monetária Política Fiscal Este modelo procura explicar de que forma as taxas de juros e o produto total (produto agregado ou renda agregada) são determinados, dado um nível de preços fixos. É um modelo de determinação simultânea de equilíbrio. O Modelo IS-LM é também chamado Análise Hicks-Hansen, (devido aos Prêmios Nobel Sir J.R. Hicks e Alvin Hansen), a partir da teoria keynesiana.
  • 102. ECONOMIA – Micro e Macro 102 a) Economia com desemprego de recursos (ou seja, com capacidade ociosa e mão-de-obra desempregada); b) Preços constantes; c) (decorre de a) e b): políticas de crescimento levam a aumento da produção, e não de preços; d) Princípio da Demanda Efetiva: é a Demanda Agregada que determina a renda de equilíbrio (a Oferta Agregada é “passiva”); e) (decorre de b): todas as variáveis expressas em termos reais (“deflacionadas”); f) (decorre de e): taxa nominal de juros (i) = taxa real de juros (r) Modelo IS LM: Hipóteses do Modelo
  • 103. ECONOMIA – Micro e Macro 103 Componentes da Demanda Agregada: • Consumo (função da Renda Disponível) • Investimento (função da taxa de juros) • Gastos Públicos: definido institucionalmente • Impostos, Exportações e Importações: por simplificação, supõe-se no modelo IS-LM que sejam exógenas A Curva IS (Investment-Saving) representa os possíveis níveis de renda e de taxa de juros que equilibram o mercado de bens e serviços. Ou seja, pontos onde a Oferta Agregada é Igual à Demanda Agregada de bens e serviços. • Queda na taxa de juros aumenta o investimento e, portanto, a renda • Aumento na taxa de juros reduz o investimento e, portanto, a renda. Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS)
  • 104. ECONOMIA – Micro e Macro 104 Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS) DA (OA) Y r I r Y IS I f r           0 1 C I r G     0 2 2 C I r G     2 r   1 r   2 Y   1 Y 2 I 1 I 2 r 1 r 2 r 1 r 2 Y 1 Y A curva IS reflete a condição de equilíbrio no Mercado de Bens, dado pelos pares ordenados (y,r). Assim, na curva IS tem-se que: r I Y r I Y         OA DA  Os fatores que afetam a IS são: i. Elasticidade demanda por Investimento em relação à taxa de juros (declividade da função investimento); ii.Multiplicador de gastos do governo. 1 2 r r  EOB  EDB 
  • 105. ECONOMIA – Micro e Macro 105 Fatores que desclocam a curva IS: são as variáveis exógenas (C, I, G, T, X, M) que não induzidos por uma variação na renda. • Consumo autônomo (variação da riqueza, mudanças nas expectativas, etc) • Política fiscal (Gastos G e Tributos T) • Exportações (X) e Importações (M) Mudanças na taxa de juros e no nível de renda são movimentos ao longo das curvas IS e LM (r e Y são variáveis endógenas) Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS) r Y 0 IS 2 r 1 r 2 Y 1 Y 1 IS
  • 106. ECONOMIA – Micro e Macro 106 Modelo IS LM: Mercado Monetário (Curva LM) 0 s M M  , d M f Y i          0 0 e , s d M M M M f Y i              0 d M Y M i M P 0 i 0 M Oferta de moeda: Demanda de moeda: Equilíbrio: A Curva LM (Liquidity Money), representa os possíveis pares de taxa de juros e nível de renda que equilibram o mercado monetário. Assim, dada a curva de oferta e demanda de moeda: • M/P  dado o nível de renda, cai a taxa de juros •  Y   demanda de moeda para transação, dada a oferta  aumenta a taxa de juros. EOM  EDM  EOM: excesso de oferta de moeda : i tende a cair EDM: excesso de demanda de moeda: i tende a se elevar
  • 107. ECONOMIA – Micro e Macro 107 Modelo IS LM: Mercado Monetário (Curva LM) LM: pares (i, Y) que equilibram o mercado monetário, dado os saldos monetários reais (M/P). Os fatores que afetam a inclinação da LM são as respostas à mudanças na taxa de juros: • quanto maior a variação na demanda de moeda em função de uma variação na renda, mais inclinada é a LM; • quanto menor a sensibilidade da demanda de moeda em relação a uma variação na taxa de juros, mais inclinada é a LM. M i LM EOM   EDM   Obs: a curva LM é traçada para um dado estoque de moeda. EOM: excesso de oferta de moeda : i tende a cair EDM: excesso de demanda de moeda: i tende a se elevar
  • 108. ECONOMIA – Micro e Macro 108 Modelo IS LM: Equilíbrio O modelo IS LM parte do modelo keynesiano e incorpora o mercado monetário. Desta forma as regras de ajustamento do modelo são: 1. Desequilíbrios no mercado de bens (IS) são ajustados via quantidades, alterando o nível de produto (renda); 2. Desequilíbrios no mercado monetário (LM) são corrigidos com variações nas taxas de juros. i E i E Y Y I II III IV IS Pontos acima da IS: EOB  Y Pontos abaixo da IS: EDB  Y Pontos acima da LM: EOM   i Pontos abaixo da LM: EDB   i LM LM IS
  • 109. ECONOMIA – Micro e Macro 109 Modelo IS LM: Política Monetária Expansionista/Contracionista E2 E1 i Y 1 Y 2 Y 1 i 2 i 1 LM 2 LM IS Oferta de Moeda Taxa de Juros (i ) Investimento Renda (Y ) Aumento (expansão) Redução Aumento Aumento Redução (esterilização) Aumento Redução Redução Um aumento da oferta de moeda torna o dinheiro mais abundante no mercado, o que reduz a taxa de juros, provocando três efeitos paralelos: • sobre a IS: com a queda em i, o investimento agregado se eleva, a DA e a renda Y se elevam (movimento ao longo da IS); • o aumento da renda real Y aumenta a demanda de moeda por transações; • aumenta a demanda de moeda por motivo especulação devido a queda na taxa de juros.
  • 110. ECONOMIA – Micro e Macro 110 Modelo IS LM: Política Fiscal Expansionista/Contracionista Um aumento dos gastos do Governo desloca a IS para à direita, sendo que o financiamento destes gastos pode ser feito de três formas: • pela emissão de títulos públicos, o que provoca um aumento na taxa de juros; • aumento de impostos (que desloca a IS para trás, devido à queda da Renda Disponível e do Consumo: o resultado final sobre a curva IS e sobre a renda dependerá dos multiplicadores de G (positivo) e de T (negativo); • emissão de moeda, que desloca a curva LM para a direita (“combinação de políticas”). Política Fiscal Renda (Y ) Taxa de Juros (i ) Investimento Expansionista Aumento Aumento Redução Contracionista Redução Redução Aumento 1 Y 2 Y 3 Y LM • • 2 IS 1 IS 1 i 2 i G  i Y
  • 111. ECONOMIA – Micro e Macro 111 Modelo IS LM: Eficácia das Políticas Monetária e Fiscal Três trechos importantantes da curva LM: • Trecho clássico: LM não é sensível á taxa de juros e portanto, a demanda especulativa por moeda é nula. (política monetária eficaz e fiscal nula); • Trecho keynesiano: armadilha de liquidez, a elasticidade demanda por moeda em relação á taxa de juros é infinita. (política monetária ineficaz e a fiscal possui máxima eficiência; • Trecho intermediário: combinação de políticas monetária e fiscal. 1. Eficácia da Política Monetária: • Diminui, quando a elasticidade demanda por moeda em relação à taxa de juros aumenta; • Aumenta, quanto maior é a sensibilidade do investimento em relação a taxa de juros; • Aumenta, na medida em que aumenta a velocidade-renda da moeda; 2. Eficácia da Política Fiscal: • Diminui, quanto maior a elasticidade a elasticidade demanda por investimentos em relação à taxa de juros (crowding out); • Aumenta, quando aumenta a propensão marginal a consumir sobe (efeito muliplicador). 1 i i Y LM Clássico (monetarista) Keynesiano (fiscalista) Intermediário IS
  • 112. ECONOMIA – Micro e Macro 112 A taxa de juros é a variável que faz a ligação entre os dois mercados: • Uma alteração exógena no mercado monetário determina uma nova taxa de juros, que afetará o Investimento Agregado (I=f(r)), e portanto alterando o equilíbrio do mercado de bens e serviços; • Por outro lado, uma alteração exógena no mercado de bens e serviços, como por exemplo, aumento dos gastos públicos, deslocará a Curva IS, elevando a taxa de juros, e afetará a demanda de moeda, e consequentemente o equilíbrio do lado monetário. Modelo IS LM: Importância da Taxa de Juros
  • 113. ECONOMIA – Micro e Macro 113 Capítulo 13: Inflação Conceito Distorções Provocadas Causas O Imposto Inflacionário A curva de Phillips
  • 114. ECONOMIA – Micro e Macro 114 Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Custos gerados pela inflação: • a distribuição de renda (concetração de renda); • o Balanço de Pagamentos (desequilíbrio interno e externo); • as expectativas (perda das expectativas); • o mercado de capitais (desestímulo a aplicação); • ilusão monetária: ocorre principalmente quando a inflação é alta e estável, levando os agentes econômicos a tomarem decisões equivocadas. Inflação: Conceito
  • 115. ECONOMIA – Micro e Macro 115 Distribuição de Renda • Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não mantêm aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na subsistência). • Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados pela inflação, garantem os lucros. • O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas. Balanço de Pagamentos • Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido no exterior. Assim, provocam o estímulo às importações e desestímulo às exportações, diminuindo o saldo da balança comercial. Inflação: Distorções
  • 116. ECONOMIA – Micro e Macro 116 Formação de Expectativas • O setor privado, em particular o setor empresarial, são bastante sensíveis com relação aos investimentos, dado a imprevisibilidade da economia e portanto dos lucros. Mercado de Capitais • Em um processo inflacionário, o poder de compra da moeda deteriora-se e portanto há um estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis). E desestímulo na aplicação no mercado de capitais financeiros (No Brasil, a correção monetária minimizou esse desestímulo pois, os papéis públicos e caderneta de poupança, passaram a ser reajustados por um índice próximo ao crescimento da inflação). Inflação: Distorções
  • 117. ECONOMIA – Micro e Macro 117 Inflação: Tipos de inflação I. Inflação de Demanda: excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens e serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não, necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços. Nível Geral de Preços Y1 Y0 DA0 DA1 OA Y P1 P0 A curto prazo, a demanda agregada é mais sensível à alterações de política econômica que a oferta agregada (longo prazo). Assim, a política preconizada para combatela seria a que provocasse redução desta procura por bens e serviços. s cp M C DA OA P     
  • 118. ECONOMIA – Micro e Macro 118 Inflação: Tipos de inflação II. Inflação de Custos: inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio (de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção. Também pode se causada por aumentos autônomos nos preços de matérias- primas básicas, os chamados choques de matérias-primas (crise do petróleo, choques agrícolas). Política adotada: Controle direto de preços (via política salarial rígida, fiscalização sobre os lucros dos oligopólios, controle de preços dos produtos). Custos de produção insumos final P P    Nível Geral de Preços Y0 OA0 DA Y P1 P0 OA1 Y1
  • 119. ECONOMIA – Micro e Macro 119 Inflação: Tipos de inflação III. Inflação de Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços correntes. IV. Inflação de Expectativas: estaria associada aos aumentos de preços provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende a crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro. V. Hiperinflação: os fatores que levam a uma hiperinflação são: • Crise orçamentária; • Governo não consegue se financiar via emissão de títulos; • Neste caso o governo começa a se financiar via emissão de moedas. Como acabar com uma hiperinflação? • Fazer ajuste fiscal; • Regras que acabem com a monetização do déficit; • Reforma monetária; • Âncora cambial • Independência do BC (fim da monetização do déficit).
  • 120. ECONOMIA – Micro e Macro 120 Sistema de Metas de Inflação (“Inflation Target”) • “Bandas” fixadas para a inflação futura, controladas pela política monetária, principalmente a partir da taxa de juros (SELIC); • IT atinge diretamente o objetivo de longo prazo da política monetária: transparência e também, consistente com visão moderna das limitações da política monetária (demanda por moeda é instável, assim como a relação entre moeda e inflação); • Elege objetivo de estabilidade de preços como prioritário e impõe a avaliação de impactos a longo prazo de ações a curto prazo Núcleo da Inflação (“Core Inflation”) • Índice de preços que expurga variações associadas aos choques de oferta, que não representem pressões persistentes sobre os preços Inflação: Política Monetária e Inflação
  • 121. ECONOMIA – Micro e Macro 121 Receita para o Governo, devido ao monopólio que possui sobre as emissões de moeda (paga seus compromissos com a emissão de moeda a custo zero). Recai com maior intensidade sobre as classes sociais mais baixas (imposto regressivo). Por não terem aplicações financeiras, não conseguem se defender sobre a taxação implícita. Sem Inflação (sem Imposto Inflacionário) Elevação do consumo das classes sociais mais baixas. Inflação: Imposto Inflacionário e Senhoriagem Senhoriagem: arrecadação implícita que o governo (Banco Central) obtém por ter o monopólio da emissão de moeda a custo praticamente zero. Com taxas de inflação crescentes, governo perde receita por desvalorização da arrecadação  Aumento do déficit público (Efeito Oliveira-Tanzi)  Aumento das necessidades de arrecadação  Aumento da emissão  Aumento da inflação.
  • 122. ECONOMIA – Micro e Macro 122 • Trade-off entre inflação e desemprego; • O nível de produto está diretamente relacionado ao nível de emprego; onde:  = taxa de inflação  = sensibilidade da inflação em relação à taxa de desemprego (quanto maior o beta, mais sensível a inflação em relação ao desemprego, e portanto, menor é a taxa de sacrificio) N = taxa natural de desemprego (taxa de desemprego compatível com o pleno emprego) Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)   N       
  • 123. ECONOMIA – Micro e Macro 123 Versão aceleracionista: os agentes se antecipam à inflação, remarcando seus preços sem alterar a produção. Isto implica em taxas de inflação crescentes, e neste caso: 1.  < N   e >  (inflação) 2.  = N   e =  (inflação inercial) 3.  > N   e <  (queda da inflação) Conclusão: o nível de inflação está relacionado a um dado . Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)   e N        
  • 124. ECONOMIA – Micro e Macro 124 OBS: nem todo crescimento econômico afeta a taxa de desemprego, por exemplo: • crescimento populacional; • aumento da produtividade. Istes fatores são chamados de taxa normal de crescimento (N). Sendo assim, a queda na taxa de desemprego deve ser feita através de outros fatores que superem a taxa normal de desemprego. Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips) N  0 e   0 e   Taxa de desemprego 
  • 125. ECONOMIA – Micro e Macro 125 Abaixo de YPleno Emprego Preços Rígidos (e aumento da Produção e Emprego) – Teoria Keynesiana No YPleno Emprego Nível Geral de Preços YPLENOEMPREGO Y0 Y Oferta Agregada OBS: Na realidade, esse trade-off entre variações ou no preço ou na quantidade, não se mostra assim, tão claro. Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips) As Variáveis reais (Produção e Emprego) não se alteram
  • 126. ECONOMIA – Micro e Macro 126 Modelo de Expectativas Adaptadas ou Adaptativas: a inflação esperada para o próximo período é uma média ponderada da inflação observada nos últimos períodos. onde:  = taxa de inflação e = inflação esperada (expectativa de inflação)  = choques aleatórios (choques de oferta) Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)   e N           N  Taxa de desemprego  Curva de Phillips de longo prazo
  • 127. ECONOMIA – Micro e Macro 127 Modelo de Expectativas Racionais: considera que os agentes não olham somente o passado, mas também as informações disponíveis no presente. Assim, espera-se que os agentes maximizem o uso das informações, ou seja, não existem erros sistemáticos correlacionados. Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)  Taxa de desemprego  Taxa de desemprego  Curva de Phillips para variações não antecipadas da oferta monetária Curva de Phillips para variações antecipadas da oferta monetária
  • 128. ECONOMIA – Micro e Macro 128 Inflação: Inflação no Brasil e as Correntes Econômicas Causas Principais Ajuste fiscal (para reduzir déficit e dívida pública, via reformas fiscal, previdenciária, privatização); Controle monetário (juros e moeda); Liberalização do comércio exterior (abertura comercial e valorização cambial) Indexação generalizada (formal e informal) Desindexação (para apagar a "memória ou inércia inflacionária", via congelamento de preços, salários e tarifas: Planos Cruzado, Bresser - ou troca de moeda: Plano Real) Controle de preços de oligopólios Controle cambial Reformas estruturais Conflitos distributivos (pressões de margens de lucro, pressões salariais, pressões de tarifas e preços públicos provocam inflação de custos) Estruturalistas Desequilíbrio do setor público (o déficit e a dívida pública provocam descontrole monetário, causando inflação de demanda) Políticas Antiinflacionárias Liberais Inercialistas Corrente
  • 129. ECONOMIA – Micro e Macro 129 Capítulo 14: O Setor Externo Fundamentos do Comércio Internacional A Taxa de Câmbio Variáveis que afetam as Exportações e as Importações Agregadas Políticas Externas O Balanço de Pagamentos A Internacionalização da Economia
  • 130. ECONOMIA – Micro e Macro 130 O que leva os países a comercializarem entre si ? Teoria das Vantagens Comparativas: formulada por David Ricardo em 1817; sugere que cada país deva especializar-se na produção daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor). Desvantagens: é uma teoria estática, não leva em consideração a evolução das estruturas de oferta e demanda, nem as relações de preços entre os produtos negociados. Teoria Moderna do Comércio Internacional (Modelo de Hecksher – Ohlin): postula que as vantagens comparativas e, logo, a direção do comércio, estarão dadas pela escassez ou abundância relativa dos fatores de produção. O Setor Externo: Fundamentos do Comércio Internacional
  • 131. ECONOMIA – Micro e Macro 131 Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da moeda nacional ou vice-versa. No caso do Brasil é quanto se precisa em termos da moeda nacional (Real) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira. Seu preço é determinado pela oferta e demanda de divisas. Ex.: Brasil: U$ 1,00 = R$ 3,10 Exterior: R$ 1,00 = U$ 0,32 Obs.: Como no Brasil a definição de câmbio é “diferente”; um aumento da taxa de câmbio implica em desvalorização e uma redução implica em valorização... Ex.: U$ 1,00 = R$ 3,10  U$ 1,00 = R$ 3,50  Desvalorização Oferta de Divisas: depende do volume de exportações e da entrada de capitais externos; Demanda de Divisas: depende do volume das importações e da saída de capitais externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de juros, etc.). O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
  • 132. ECONOMIA – Micro e Macro 132 OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira (valorização cambial) OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira (desvalorização cambial) O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
  • 133. ECONOMIA – Micro e Macro 133 Taxa Fixa de Câmbio: o Banco Central fixa a taxa de câmbio: • Maior previsibilidade aos agentes do mercado. • Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil para controle da inflação. Taxa de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado de divisas (oferta e de demanda): • Dirty Floating: (mais adotado) regime de câmbio flutuante, mas com intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura mantê-la em níveis relativamente estáveis; • Minibanda cambiais: o regime é flutuante, porém dentro de limites fixados pelo Banco Central. O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
  • 134. ECONOMIA – Micro e Macro 134 O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais Câmbio Flutuante (Flexível)  BC fixa a taxa de câmbio;  O mercado determina a taxa de câmbio;  BC é obrigado a disponibilizar reservas cambiais.  BC não é obrigado a disponibilizar reservas cambiais.  Maior controle da inflação (custo das importações).  Política monetária mais independente do câmbio.  Reservas cambiais mais protegidas de ataques especulativos.  Reservas cambiais vulneráveis a ataques especulativos;  A taxa de câmbio fica muito dependente da volatilidade do mercado financeiro nacional e internacional;  A política monetária (taxa de juros) fica dependente do volume de reservas cambiais.  Maior dificuldade de controle das pressões inflacionárias, devido às desvalorizações cambiais. Desvantagens Câmbio Fixo Características Vantagens
  • 135. ECONOMIA – Micro e Macro 135 Valorização (apreciação) Taxa de câmbio cai (moeda nacional mais forte) Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial). Pressão pela queda dos preços internos (Aumenta a eficiência produtiva, pelo aumento da competição) O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação) + Política de Abertura Comercial (liberação de Importação) Custos: • Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu produto). • Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência.
  • 136. ECONOMIA – Micro e Macro 136 Desvalorização(depreciação) Taxa de câmbio sobe (moeda nacional mais fraca) Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das Importações (leva um certo tempo p/ essa resposta) Pressão sobre os custos de produção (Aumento no custo das Importações, incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo. ) O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação) Custos: • Aumento do nível geral de preços – inflação de custos (pass-through)
  • 137. ECONOMIA – Micro e Macro 137 As transações internacionais são influenciadas pelos preços internacionais. Os dois preços internacionais mais importantes são a taxa de câmbio nominal e a taxa de câmbio real. • Taxa de câmbio nominal: é a taxa à qual se pode trocar a moeda de um país pela moeda de outro país; • Taxa de câmbio real: é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um país pelos bens e serviços de outro país, ou seja, compara o preço de bens domésticos e internacionais na economia doméstica. A taxa de câmbio real é o preço em reais de uma cesta de bens estrangeiros, em relação à uma cesta brasileira. A taxa de câmbio real é um fator chave na determinação de quanto um país exporta e importa. O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal * Tx de Câmbio Nominal*Preço Externo Tx de Câmbio Real Preço Interno eP R P   
  • 138. ECONOMIA – Micro e Macro 138 Exemplo: Preço de um automóvel produzido no Brasil = R$ 15.000,00 Preço de um automóvel produzido nos EUA = US$ 12.000,00 e = taxa de câmbio nominal = R$ 1,00/US$ 1,00 R = taxa de câmbio real = (1,00 X 12.000) / 15.000 = 0,8 Conclusão: o automóvel norte-americano é 20% mais barato que o brasileiro. Supondo agora e = R$ 1,25/US$ 1,00  R = 1,0 Desvalorização real da moeda brasileira: o automóvel norte-americano passou a ter o mesmo preço que o brasileiro. O mesmo resultado poderia ser obtido com uma elevação do preço em US$ nos eua e/ou com uma redução do preço em R$ no Brasil. % R = % e + % P* - % P O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
  • 139. ECONOMIA – Micro e Macro 139 A teoria da paridade do poder de compra é a teoria mais simples e mais aceita para explicar as variações da taxa de câmbio. • é baseada no princípio chamado de lei do preço único; • de acordo com a lei do preço único, um bem precisa ter o mesmo preço em todos os países, quando medido na mesma moeda. • se o poder de compra de uma moeda é imutável no país e no resto do mundo, então a taxa de câmbio real não pode mudar. A taxa de câmbio nominal entre as moedas de dois países deve refletir os diferentes níveis de preços destes países. O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade de Poder de Compra – PPP)
  • 140. ECONOMIA – Micro e Macro 140 Seja: i = taxa de juros doméstica no período de aplicação  Para cada unidade de moeda doméstica investida no ativo financeiro doméstico ganha-se (1 + i) unidades de moeda doméstica ao final do período de aplicação  i*= taxa de juros estrangeira no período de aplicação e = taxa nominal de câmbio  Para comprar o ativo financeiro estrangeiro, deve-se primeiro comprar moeda estrangeira  Para cada unidade de moeda doméstica obtém-se (1/e) unidades de moeda estrangeira  Ao final do período de aplicação, obtém-se (1/e)(1 + i*) unidades de moeda estrangeira  Ao final do período de aplicação, deve-se converter novamente o montante anterior em unidades da moeda estrangeira para unidades da moeda doméstica O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros)
  • 141. ECONOMIA – Micro e Macro 141 Caso espere-se que a taxa de câmbio nominal será ee ao final do período de aplicação, o rendimento esperado em unidades de moeda doméstica da aplicação no ativo financeiro estrangeiro é: (1/e) (1 + i* ) ee  Ao avaliar,os as vantagens do ativo financeiro estrangeiro, não devemos levar em conta apenas as taxas de juros doméstica e estrangeira, mas também a evolução esperada da taxa de câmbio durante o período de aplicação  Supondo que os investidores financeiros desejam adquirir apenas o ativo financeiro que apresenta a taxa de retorno mais elevada, eles serão indiferentes quanto a adquirir um ativo financeiro doméstico ou um estrangeiro apenas quando estes gerarem a mesma taxa esperada de retorno: (1 + i ) = (1/ e)(1 + i*) ee  i  i* + ee – e e (ee – e)/e = taxa esperada de desvalorização cambial O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros)
  • 142. ECONOMIA – Micro e Macro 142 Conclusão: A taxa de juros doméstica deve ser aproximadamente igual à taxa de juros estrangeira mais a taxa de desvalorização esperada para a moeda doméstica. Entretanto, deve-se levar em conta não apenas o retorno esperado, mas também os custos e riscos envolvidos Exemplo: i = 5,8%, i* =3,9%  5,8  3,9 + ee  ee  1,9% • e > ee  deve-se comprar o ativo estrangeiro Embora a compra do ativo financeiro estrangeiro gere uma quantidade menor de moeda estrangeira ao final do período de aplicação, a moeda estrangeira valerá proporcionalmente mais em termos da moeda local. • e < ee  deve-se comprar o ativo doméstico O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros)
  • 143. ECONOMIA – Micro e Macro 143 Qdo a taxa real de juro Interna aumenta em relação à Externa Tendência de aumento do fluxo de capitais financeiros internacionais para o país Aumentando a oferta de divisas (dólar) Promovendo uma queda na taxa de Câmbio (valorização da moeda nacional) Paralelamente, os nacionais ficam atraídos a investir no mercado interno de capitais, diminuindo a saída de divisas do país e, assim, a demanda de divisas. O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros)
  • 144. ECONOMIA – Micro e Macro 144 Exportações: onde: P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares Pi = preços internos (domésticos) em reais e = taxa de câmbio (reais por dólar) Yw= Renda Mundial Sub = Subsídios e incentivos às exportações Importações: onde: P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares Pi = preços internos (domésticos) em reais e = taxa de câmbio (reais por dólar) Yw = Renda Nacional Tm = Tarifas e barreiras às importações ( Tm ) O Setor Externo: Variáveis que afetam as Importações e Exportações Agregadas *, , , , i X f P P e Yw Sub             *, , , , i m M f P P e Y T            
  • 145. ECONOMIA – Micro e Macro 145 Política Cambial • Regime de taxas fixas de câmbio • Regime de taxas flutuantes de câmbio (Dirty Floating) • Regime de bandas cambiais (banda inferior e superior em que o câmbio pode flutuar) Política Comercial • Alterações das Tarifas sobre Importações: Substituição de Importações: imposto sobre importações maiores; Abertura comercial ou liberalização das importações: imposto sobre importações menores); • Regulamentação do Comércio Exterior Entraves burocráticos Barreiras qualitativas O Setor Externo: Políticas Externas
  • 146. ECONOMIA – Micro e Macro 146 Definição: registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo. Envolve tanto transações com bens e serviços como transações com capitais físicos e financeiros. Créditos: Exportações de Bens e Serviços Recebimento de Doações e Indenização de Estrangeiros Recebimento de Empréstimos de Estrangeiros Recebimento de Reembolso de Capital do Estrangeiro Venda de Ativos para Estrangeiros Recebimento de Fretes, etc Débitos: Importações de Bens e Serviços Pagamentos de Doações e Indenizações a Estrangeiros Pagamentos de Capital Emprestado por Estrangeiros Reembolsos de Capital a Estrangeiros Compras de Ativos de Estrangeiros Pagamentos de fretes, etc O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
  • 147. ECONOMIA – Micro e Macro 147 O BP apresenta dois tipos de transações: • Autônomas (espontâneas): motivadas pelos interesses dos agentes (empresas, consumidores, governo); • Compensatórias (induzidas): destinadas a financiar o saldo final das transações autônomas (“zerar” as contas do BP) O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
  • 148. ECONOMIA – Micro e Macro 148 O Setor Externo: Balanço de Pagamentos A – Balança de Transações Correntes (BTC ou Saldo em Conta Corrente do BP = A1 + A2 + A3) A1 – Balança Comercial A1.1 – Exportações (FOB): débito A1.2 – Importações (FOB): crédito A2 – Balança de Serviços e Rendas A2.1 – Transportes (fretes, etc) e Seguros A2.2 – Viagens Internacionais e Turismo A2.3 – Rendas de Capital (lucros, juros, dividendos, lucro reinvestido pelas multinacionais) A2.4 – Royalties e licenças A2.5 – Diversos (serviços governamentais – embaixadas, consuladodos, representações no exterior, etc) A3 – Transferências Unilaterais Correntes (donativos) B – Conta Capital e Financeira (Balança (movimento) de Capitais) B1 – Investimentos direto líquido (instalação e participação do capital de multinacionais no país) B2 – Reinvestimentos (reinvestimentos de multinaiconais já instaladas no país) B3 – Empréstimos e Financiamentos a Longo e Médio Prazo (Banco Mundial, etc) B4 – Empréstimos a Curto Prazo B5 – Amortizações de Empréstimos e Financiamentos B6 – Empréstimos de Regularização do FMI (problemas de liquidez) B7 – Capitais a Curto Prazo (aplicações no mercado financeiro) C – Erros e Omissões Saldo do Balanço de Pagamentos (A + B + C) D – Transações Compensatórias (Financiamento Oficial Compensatório) D1 – Variação de Reservas = - SBP
  • 149. ECONOMIA – Micro e Macro 149 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 A1. BALANÇA COMERCIAL 10,5 (3,5) (5,6) (6,8) (6,6) (1,2) (0,7) 2,7 13,1 24,8 33,7 44,8 Exportações FOB 43,5 46,5 47,7 53,0 51,1 48,0 55,1 58,2 60,4 73,1 96,5 118,3 Importações FOB (33,1) (50,0) (53,3) (59,7) (57,7) (49,2) (55,8) (55,6) (47,2) (48,3) (62,8) (73,6) A2. SERVIÇOS E RENDAS (14,7) (18,5) (20,4) (25,5) (28,3) (25,8) (25,0) (27,5) (23,1) (23,5) (25,3) (34,1) Juros (6,4) (8,2) (9,8) (10,6) (12,1) (15,2) (15,9) (14,9) (13,1) (13,0) (13,4) (13,5) Lucros e Dividendos (2,5) (2,6) (2,4) (5,6) (6,9) (4,1) (3,6) (5,0) (5,2) (5,6) (7,3) (12,7) Viagens Internacionais (1,2) (2,4) (3,6) (4,4) (4,3) (1,4) (2,1) (1,5) (0,4) 0,2 0,4 (0,9) Outros (fretes, royalties, etc) (4,6) (5,3) (4,6) (4,9) (5,0) (5,1) (3,4) (6,1) (4,4) (5,0) (4,9) (7,0) A3. TRANSF. UNILAT. CORR 2,4 3,6 2,4 1,8 1,5 1,7 1,5 1,6 2,4 2,9 3,3 3,6 BAL.TRANS.COR =A1+A2+A3 (1,8) (18,4) (23,5) (30,5) (33,4) (25,3) (24,2) (23,2) (7,6) 4,2 11,7 14,2 B. CAPITAL E FINANCEIRA 19.1 29,1 34,0 25,8 29,7 17,3 19,3 27,1 8 4,4 (7,3) (8,8) Investimentos Diretos 8,1 4,7 9,4 17,1 26,1 30,1 29,8 24,9 16,6 10,1 18,2 12,7 Emprést/Financ. (líquido) 11,0 24,4 24,6 8,7 3,6 (12,8) (10,5) 2,2 (8,6) (5,7) (25,5) (21,5) C=ERROS E OMISSÕES 0,3 2,2 (1,8) (3,3) (4,3) 0,2 2,6 (0,5) (0,07) (0,1) (2,1) (1,1) SPB = A+B+C 17,6 12,9 8,7 (7,9) (8,0) (7,8) (2,3) (0,5) 0,3 8,5 2,2 4,3 D=- SBP =VAR. RESERVAS (17,6) (12,9) (8,7) 7,9 8,0 7,8 2,3 0,5 (0,3) (8,5) (2,2) (4,3) FONTE: Banco Central (US$ bilhões) O Setor Externo: Balanço de Pagamentos do Brasil
  • 150. ECONOMIA – Micro e Macro 150 O Setor Externo: Organismos Financeiros Internacionais Mudanças na economia após a Segunda Guerra Mundial levaram ao surgimento de órgãos de fomento ao desenvolvimento econômico e financeiro. I. Acordo de Bretton Woods • Estabeleceu o padrão dólar-ouro, consagrando o dólar como moeda internacional, baseando sua conversibilidade nas reservas de ouro; • 1971 – rompimento do acordo pelos EUA e adoção de taxas de câmbio flutuantes. II. Fundo Monetário Internacional • Tem como objetivo promover a cooperação monetária entre as nações; • Ajuda a problemas conjunturais no BP e estimula o comércio internacional. III. Banco Mundial (Banco Mundial de Reconstrução e Desenvolvimento – Bird) • Captador e fornecedor de crédito para investimentos produtivos em países subdesenvolvidos. IV. Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt) • Regras e instituições que regulem o comércio internacional.
  • 151. ECONOMIA – Micro e Macro 151 Fluxos Comerciais e Financeiros internacionais crescem a taxas maiores que o próprio crescimento da economia mundial. O Grau de Abertura aumenta que quase todos os países. Grau de Abertura = Exportações + Importações PIB O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira Países 1980 1990 1998 ALEMANHA 28,7 30,8 25,7 ARGENTINA 8,0 7,5 11,7 AUSTRÁLIA 17,4 17,1 20,7 BRASIL 10,0 6,8 8,9 CANADÁ 27,4 25,4 40,6 CHILE 21,0 32,7 27,7 CHINA n.d. 15,7 20,1 COLÔMBIA 13,6 17,7 17,1 CORÉIA DO SUL 37,6 30,1 42,2 ESTADOS UNIDOS 10,4 10,4 12,1 FRANÇA 22,1 22,5 24,7 ÍNDIA 8,3 8,4 11,9 Fonte: Banco Mundial
  • 152. ECONOMIA – Micro e Macro 152 Globalização Produtiva: produção e distribuição de valores dentro de redes em escala mundial, com o acirramento da concorrência entre grandes grupos multinacionais. Contribui para a melhoria do padrão de vida em escala mundial. Conseqüências Perversas: • Aumento do desemprego estrutural em muitos países • A tendência de desnacionalização do setor produtivo • Concentração da produção e comércio em grandes empresas. Necessidade de maior atuação do Estado (Regulamentação) O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
  • 153. ECONOMIA – Micro e Macro 153 Globalização Financeira: crescimento do fluxo financeiro internacional, baseado mais no mercado de capitais que no sistema de crédito. São afetados por expectativas e políticas cambiais e monetárias. Principais características: • perda da importância do crédito bancário e crescimento dos mercados de títulos; • crescimento dos chamados investidores institucionais (fundos de pensão, seguradoras, fundos mútuos etc.) • processo de liberalização financeira; • crescimento da participação dos países emergentes nos mercados internacional de títulos (beneficiado pelas baixas taxas de juros nos países desenvolvidos); • inovações financeiras: derivativos, modelos de risco etc.; • progressos na tecnologia de comunicação. O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
  • 154. ECONOMIA – Micro e Macro 154 Vantagens: • Eleva a liquidez internacional: maiores possibilidades de financiamento de déficits em transações correntes; • No Brasil, a entrada de capitais de curto prazo teve uma vantagem adicional: ao possibilitar a valorização da taxa de câmbio, contribuiu para o sucesso do Plano Real (âncora cambial). Desvantagens: • Eleva a vulnerabilidade externa do país frente a crises financeiras internacionais. Exemplo: vulnerabilidade da economia brasileira nos anos 90; • Taxas de câmbio e juros mais instáveis; • Efeito contágio • Conspira contra a globalização produtiva O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
  • 155. ECONOMIA – Micro e Macro 155 Apêndice O modelo Mundell-Fleming ou IS LM BP
  • 156. ECONOMIA – Micro e Macro 156 O modelo mais completo, chamado de Mundell-Fleming, inclui a chamada curva BP, que, analogamente às curvas IS e LM, representa as combinações da taxa de juros e nível de renda que equilibram o setor externo (conta-corrente e o saldo da conta de capitais do balanço de pagamentos (BP)). Incluem-se então no modelo as variáveis taxa de câmbio, renda mundial, e taxas de juros internacionais, bem como variações de preços externos e domésticos. O Setor Externo: modelo IS LM BP
  • 157. ECONOMIA – Micro e Macro 157 Setor externo na curva IS Y* = renda internacional Y = renda interna Preço fixo: taxa de câmbio nominal (e) = taxa de câmbio real (R)  i = r (economia pequena: não há influência na taxa de juros internacional) Setor externo na curva LM: a curva LM não é influenciada pelo setor externo. Assim a dedução da curva BP será dada por: O Setor Externo: modelo IS LM BP       * , , DA Y C I G X M X f e Y M f e Y             * , , A A SBP TC MK SBP TC e Y Y MK r    