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Mercado de Capitais
Curso: Administração
Prof.: José Salviano Borges
Catalão, 02 de setembro de 2022
Microeconomia e
Macroeconomia
 A macroeconomia é o estudo do comportamento da economia como um
todo. Examina as forças que afetam empresas, consumidores e
trabalhadores no seu conjunto. A macroeconomia contrasta com a
microeconomia, que estuda os preços, as quantidades e os mercados
individualmente. (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012, p. 326)
3
Microeconomia e Macroeconomia
 Nota-se então que ambas se diferenciam pela perspectiva que adotam para
observar a economia;
 A macroeconomia encara as coisas de uma forma mais ampla, ou seja, as
maiores preocupações estão relacionadas aos Estados, economias nacionais e
relações internacionais, ou seja, analisa os aspectos microeconômicos e forma
agregada;
 A partir da análise macroeconômica que surgem indicadores como PIB
(Produto interno Bruto), inflação, juros, câmbio, balança comercial, entre
outros;
4
 A microeconomia, por outro lado, se encarrega de estudar os detalhes;
 Estuda o indivíduo e suas ações, empresas e outras partes do processo
produtivo;
 A microeconomia desenvolve estudos a partir de teorias importantes:
 Teoria do consumidor: busca entender o comportamento e as escolhas das pessoas
na economia;
 Teoria de empresa: focada nas corporações e na relação entre capital e trabalho;
 Teoria da produção: análise minuciosa da evolução do processo produtivo.
5
 Cada grande área da economia levanta tipos de perguntas bastante distintos;
 A macroeconomia se interessa, por exemplo:
 Pelo resultado das contas públicas e suas consequências para a dívida pública, para
os juros, investimentos e para o resultado da produção (o PIB);
 A microeconomia olha para questões como:
 diferenças salariais entre diferentes grupos da sociedade (homens e mulheres,
brancos e negros);
 funcionamento dos diversos setores econômicos;
 Motivações das decisões dos consumidores.
6
 Deve-se lembrar sempre que ambos os conceitos são complementares entre
si;
 Todos os indicadores macroeconômicos que vemos diariamente em jornais,
noticiários ou em seu smartphone são resultados de um enorme conjunto de
ações tomadas por indivíduos, firmas e instituições;
 Assim, os resultados macroeconômicos podem ser melhor analisados no
contexto microeconômico, e vice-versa;
7
 Uma maneira fácil de verificar esta inter-relação é por meio do fluxo
monetário da economia;
 Neste fluxo, é apresentado uma visão esquemática dos agentes econômicos,
onde as decisões são tomadas pelas:
 Famílias: donas dos recursos produtivos necessários à produção, e como
consumidores, gerando demanda pelos bens e serviços produzidos e ofertados pelas
empresas;
 Empresas: donas dos meios de produção que compram os recursos produtivos para
processá-los e transformá-los em bens e serviços, procurados pelos consumidores;
8
9
 Os agentes interagem nos mercados de
bens e serviços, onde as famílias
buscam satisfazer suas necessidades e
desejos comprando mercadorias e
serviços ofertados pelas empresas;
 A segunda interação desses agentes
acontece no mercado de fatores de
produção, no qual as famílias (donas
dos recursos produtivos) ofertam esses
recursos às empresas;
 Observe que no fluxo monetário, os
recursos produtivos são fornecidos por
meio de remunerações ou incentivos
monetários;
 Tais recursos logo são processados e
transformados pelas empresas em bens
e serviços, que são ofertados às
famílias;
 Assim, o ciclo do fluxo monetário vai se fechando continuamente, pois os
donos do recurso recebem o recurso monetário, que se torna a fonte de renda
para o consumo do que as empresas oferecem;
 Observe ainda que toda esta análise está presente na microeconomia, uma
vez que a mesma estuda o comportamento dos interesses econômicos dos
consumidores e dos produtores, em função da dinâmica do mercado;
10
 Será que o fluxo apresentado anteriormente é harmônico, ou seja, não
apresenta grandes oscilações?
 No mundo real, a economia apresenta ciclos de crescimento (aquecimento do
mercado) e decrescimento (crises econômicas), em função das oscilações no
comportamento dos agentes econômicos;
11
 Grande parte das oscilações acontecem pelos seguintes motivos:
 Mudanças no nível de poupança das famílias - quando as famílias desejam
economizar mais do que o normal ocorre uma redução no fluxo monetário reduzindo
as compras. Assim as empresas apresentam grandes estoques de produto e logo
começam a reduzir sua produção, que por sua vez reduz a demanda de recursos
produtivos, reduzindo assim a renda das famílias.
 Mudanças nos tributos cobrados pelo governo uma arrecadação do governo
maior do que a habitual gera uma redução da renda das reduzindo o fluxo
monetário;
 Mudanças no saldo líquido da balança comercial - se há um aumento nas
importações, mantendo as exportações, ocorrerá a diminuição da renda disponível
na economia, uma vez que parte da renda vai para o exterior por meio da compra de
produtos importados. Isso acontece porque essa renda paga pelos produtos
importados beneficia as empresas lá de fora, no exterior, e não as empresas
nacionais, logo, é um fluxo negativo.
12
 Nesse contexto é que a análise macroeconômica começa a interagir com a
microeconômica;
 Por meio de análises no contexto macroeconômico o governo desenvolve
políticas econômicas, podendo interferir no fluxo monetário, buscando
impedir os vazamentos do fluxo econômico, influenciando, entre outras coisas
o mercado de capitais
13
 Vazamento da poupança:
 O sistema financeiro aumenta o nível de empréstimos para incentivar o
consumo;
 Vazamento do saldo líquido da Balança Comercial:
 Por meio de incentivos e políticas de comércio exterior, busca-se aumentar as
exportações;
14
 Lembre-se, precisamos compreender a mecânica econômica para
compreender melhor o funcionamento do mercado de capitais, uma vez que
este está relacionado com a moeda local;
 Para entender e aplicar no mercado de capitais, temos de analisar como está
a economia atualmente, se políticas monetárias estão sendo aplicadas para
evitar uma crise financeira ou se o mercado está em ascensão;
15
 Assim, a macroeconomia é uma ferramenta de análise efetiva para delinear
políticas monetárias;
 No contexto macroeconômico, a política econômica utiliza dados vindos de
grandes agregados macroeconômicos, visando dinamizar as atividades econômicas
da microeconomia;
 Ou seja, analisando os agregados macroeconômicos dinamiza-se as atividades
econômicas dos agentes econômicos atuantes no mercado;
 A microeconomia analisa o comportamento individual dos agentes econômicos
quando observa-se suas particularidades (comportamento do consumidor,
comportamento da empresa e articulação do governo nas atividades econômicas);
 Note, mais uma vez, que as duas estão relacionadas e que uma não pode existir
sem a outra;
16
Macroeconomia
Política Monetária
Introdução
 A política macroeconômica é basicamente o que define as políticas
econômicas aplicadas de um país, sendo dividida, basicamente em:
 Política fiscal;
 Política monetária;
19
Política Fiscal
 Principal instrumento de política econômica do setor público, sendo basicamente
resumida como o planejamento orçamentário do Estado;
 Orçamento é a diferença entre receita e despesas em um período;
 O orçamento pode indicar um superávit ou um déficit;
 As alterações de receita e gastos podem ser feitas em inúmeros segmentos da
economia, podendo:
 Diminuir a tributação para setores específicos da indústria de forma a incentivar o
investimento daquele segmento;
 Aumentar os gastos com infraestrutura (rodovias, portos, sistema de transmissão de
energia, etc);
20
 Quando se tem um superávit, existe a sinalização de que as contas estão sendo pagas e
de que está sobrando dinheiro, o que permite que se pague a dívida pública;
 Além disso, o setor público teria uma folga para investir em áreas precisam de
impulso, ou então para reduzir impostos e estimular a economia.
 Com a redução de impostos, sobra mais dinheiro para os agentes consumirem ou
investirem, o que aumenta o PIB – soma de tudo que foi produzido no país.
 Da mesma forma que o aumento de investimento direto por parte do governo tem a
tendência de promover crescimento do PIB.
 Porém, o crescimento do PIB pode resultar em pressões inflacionárias, principalmente se for
puxado pelo crescimento do consumo, pois o aumento da demanda (procura) por produtos
leva a um aumento do nível de preços (inflação).
21
Política Monetária
 Esta está relacionada, de forma geral, à disponibilidade de dinheiro na
economia;
 Assim, as políticas monetárias que visam aumentar o dinheiro em circulação
são consideradas política monetária expansionistas; E o contrário, é
considerado política monetária contracionista;
 As variações nas taxas de juros é um bom exemplo de política monetária.
Quando o Banco Central reduz a taxa Selic, está incentivando o aumento do
crédito, fazendo assim que tenha-se uma maior circulação de dinheiro;
 A mesma ideia vale quando falamos de papel-moeda;
22
Conclusão
 Ambas as políticas caminham juntas e não podem ser analisadas
separadamente;
 A partir das mesmas induz-se o crescimento econômico e o aumento do bem
estar da população;
 Entre os objetivos dessas políticas, podemos destacar:
 Crescimento do PIB;
 Queda do desemprego;
 Estabilização inflacionária;
23
Tripé Econômico Brasileiro
Introdução
 O tripé macroeconômico é o conjunto de três pilares que sustentam a
condução da política econômica brasileira:
 Câmbio flutuante;
 Meta de Inflação;
 Meta fiscal (superávit);
 O tripé econômico foi lançado em 1999, por Armínio Fraga – presidente do
Banco Central na época - para combater a crise fiscal que assolava o país;
25
 Armínio Fraga, então presidente do BC, em entrevista ao programa Roda Viva em
14 de junho de 1999, conforme reproduzimos abaixo:
 “O que se tem hoje é uma mudança que dá à taxa de câmbio uma função
diferente da função que ela tinha antes. Antes o Governo dizia para a taxa de
câmbio: ‘Você toma conta da inflação’ e dizia para a taxa de juros: ‘Você toma
conta do balanço de pagamentos’, que é um regime de taxa de câmbio fixa. Hoje
nós estamos escalando o time de forma diferente. Nós estamos dizendo para taxa
de câmbio: ‘você toma conta do balanço de pagamentos’ e para taxa de juros:
‘você toma conta da inflação’. Agora, nada disso funciona sem uma boa política
fiscal.”

26
27
Câmbio Flutuante
 O câmbio flutuante nada mais é do que a determinação do preço de uma
moeda, baseado primariamente pelas leis de oferta e demanda;
 Assim, a taxa cambial do Real (o seu preço em divisa estrangeira), depende
exclusivamente da procura por reais no mercado internacional, em relação às
outras moedas;
 O câmbio flutuante é adotado por grande maioria dos países, sendo
responsável por definir o valor do dólar, euro, libra, e assim por diante;
28
 Um exemplo: quando investidores estrangeiros e turistas trocam dólares por
reais para gastar no Brasil, dizemos que o real se fortaleceu ante o dólar,
pois sua demanda cresceu.
 Pela mesma lógica, se o interesse por investir ou viajar ao Brasil cai e as
pessoas começam a trocar reais por dólares para gastar no exterior, o real
sofre desvalorização ante o dólar.
29
Meta de Inflação
 Esta serve como referência para o avanço dos preços, medido pelo Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE;
 Quem define a meta é o Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelo
ministro da economia, presidente do BC e secretário especial de Fazenda, do
Ministro da Economia;
 Todo ano é determinado um valor central para a meta de inflação a uma
faixa de tolerância de 1,5 pontos percentual, para mais ou para menos, tendo
assim o teto e o piso da meta, respectivamente;
30
 Por exemplo: se a meta de inflação para 2022 é de 3,0%, o resultado do IPCA
acumulado de janeiro a dezembro deve estar entre 1,5% e 4,5%.
 A partir daí, o BC é responsável por executar a política monetária de forma a
manter o IPCA dentro desta faixa, usando como ferramenta principal a taxa
básica de juros, a taxa Selic.
 Para isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne
periodicamente para avaliar a situação da economia e decidir se eleva, corta
ou mantém a Selic estável.
 Quando há um quadro de inflação acelerada, o Copom eleva a Selic para
tornar o crédito mais caro e desaquecer a economia, o que pressiona o
consumo e desacelera os preços.
 Por outro lado, se a inflação está próxima do piso, o Copom corta a Selic de
forma a baratear o crédito, facilitar empréstimos e investimentos e aquecer a
atividade econômica.
31
Meta Fiscal
 A meta fiscal é determinada pelo Congresso, através da Lei Orçamentária Anual (LOA);
 Basicamente, podemos defini-la como a regra que limita quanto o governo pode gastar por
ano em serviços públicos, investimentos, pagamentos de salários, entre outras despesas;
 A princípio, o objetivo da meta fiscal é forçar o Executivo a atingir o superávit primário, ou
seja, garantir que a arrecadação do governo seja maior que o gasto público no ano;
 Obs.: O termo primário significa que o cálculo desconsidera o pagamento dos juros da dívida
pública, que são aplicados posteriormente;
 No entanto, devido ao grave quadro de desequilíbrio das contas públicas brasileiras nos
últimos anos, a meta fiscal tem sido utilizada para limitar o crescimento do déficit fiscal.
32
33
Pedaladas Fiscais
34
 O governo precisa repassar dinheiro para os bancos – públicos e privados – que por
sua vez, cuidam dos programas e benefícios sociais;
 Nos anos que antecederam o impeachment o governo atrasou vários desses
repasses. A suspeita é que os atrasos funcionariam como uma forma de cumprir as
metas fiscais ;
 Assim, o dinheiro não repassado era usado para aumentar artificialmente
o superávit primário. E a essa prática de atraso de repasses com o objetivo de
maquiar as contas públicas foi dado o nome de pedaladas fiscais;
 Segundo o TCU, cerca de R$ 40 bilhões estiveram envolvidos nessas manobras,
entre os anos de 2012 e 2014. Atrasos semelhantes foram registrados em governos
anteriores, mas envolveram somas de recursos muito menores;
 Na interpretação de alguns especialistas, esse uso de dinheiro dos bancos para
cobrir o atraso dos repasses do governo é um tipo de financiamento da União. Em
outras palavras, é como se os bancos tivessem emprestado dinheiro ao governo. O
problema é que o artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe empréstimos
entre a União e instituições financeiras que ela controla.
35
Trabalho Avaliativo
 Faça uma pesquisa mostrando como era a economia do país, antes da
implantação do tripé econômico brasileiro.
 Data da entrega: 23/09/2022
37

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Macroeconomia e Mercado de Capitais

  • 1. Mercado de Capitais Curso: Administração Prof.: José Salviano Borges Catalão, 02 de setembro de 2022
  • 3.  A macroeconomia é o estudo do comportamento da economia como um todo. Examina as forças que afetam empresas, consumidores e trabalhadores no seu conjunto. A macroeconomia contrasta com a microeconomia, que estuda os preços, as quantidades e os mercados individualmente. (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012, p. 326) 3 Microeconomia e Macroeconomia
  • 4.  Nota-se então que ambas se diferenciam pela perspectiva que adotam para observar a economia;  A macroeconomia encara as coisas de uma forma mais ampla, ou seja, as maiores preocupações estão relacionadas aos Estados, economias nacionais e relações internacionais, ou seja, analisa os aspectos microeconômicos e forma agregada;  A partir da análise macroeconômica que surgem indicadores como PIB (Produto interno Bruto), inflação, juros, câmbio, balança comercial, entre outros; 4
  • 5.  A microeconomia, por outro lado, se encarrega de estudar os detalhes;  Estuda o indivíduo e suas ações, empresas e outras partes do processo produtivo;  A microeconomia desenvolve estudos a partir de teorias importantes:  Teoria do consumidor: busca entender o comportamento e as escolhas das pessoas na economia;  Teoria de empresa: focada nas corporações e na relação entre capital e trabalho;  Teoria da produção: análise minuciosa da evolução do processo produtivo. 5
  • 6.  Cada grande área da economia levanta tipos de perguntas bastante distintos;  A macroeconomia se interessa, por exemplo:  Pelo resultado das contas públicas e suas consequências para a dívida pública, para os juros, investimentos e para o resultado da produção (o PIB);  A microeconomia olha para questões como:  diferenças salariais entre diferentes grupos da sociedade (homens e mulheres, brancos e negros);  funcionamento dos diversos setores econômicos;  Motivações das decisões dos consumidores. 6
  • 7.  Deve-se lembrar sempre que ambos os conceitos são complementares entre si;  Todos os indicadores macroeconômicos que vemos diariamente em jornais, noticiários ou em seu smartphone são resultados de um enorme conjunto de ações tomadas por indivíduos, firmas e instituições;  Assim, os resultados macroeconômicos podem ser melhor analisados no contexto microeconômico, e vice-versa; 7
  • 8.  Uma maneira fácil de verificar esta inter-relação é por meio do fluxo monetário da economia;  Neste fluxo, é apresentado uma visão esquemática dos agentes econômicos, onde as decisões são tomadas pelas:  Famílias: donas dos recursos produtivos necessários à produção, e como consumidores, gerando demanda pelos bens e serviços produzidos e ofertados pelas empresas;  Empresas: donas dos meios de produção que compram os recursos produtivos para processá-los e transformá-los em bens e serviços, procurados pelos consumidores; 8
  • 9. 9  Os agentes interagem nos mercados de bens e serviços, onde as famílias buscam satisfazer suas necessidades e desejos comprando mercadorias e serviços ofertados pelas empresas;  A segunda interação desses agentes acontece no mercado de fatores de produção, no qual as famílias (donas dos recursos produtivos) ofertam esses recursos às empresas;  Observe que no fluxo monetário, os recursos produtivos são fornecidos por meio de remunerações ou incentivos monetários;  Tais recursos logo são processados e transformados pelas empresas em bens e serviços, que são ofertados às famílias;
  • 10.  Assim, o ciclo do fluxo monetário vai se fechando continuamente, pois os donos do recurso recebem o recurso monetário, que se torna a fonte de renda para o consumo do que as empresas oferecem;  Observe ainda que toda esta análise está presente na microeconomia, uma vez que a mesma estuda o comportamento dos interesses econômicos dos consumidores e dos produtores, em função da dinâmica do mercado; 10
  • 11.  Será que o fluxo apresentado anteriormente é harmônico, ou seja, não apresenta grandes oscilações?  No mundo real, a economia apresenta ciclos de crescimento (aquecimento do mercado) e decrescimento (crises econômicas), em função das oscilações no comportamento dos agentes econômicos; 11
  • 12.  Grande parte das oscilações acontecem pelos seguintes motivos:  Mudanças no nível de poupança das famílias - quando as famílias desejam economizar mais do que o normal ocorre uma redução no fluxo monetário reduzindo as compras. Assim as empresas apresentam grandes estoques de produto e logo começam a reduzir sua produção, que por sua vez reduz a demanda de recursos produtivos, reduzindo assim a renda das famílias.  Mudanças nos tributos cobrados pelo governo uma arrecadação do governo maior do que a habitual gera uma redução da renda das reduzindo o fluxo monetário;  Mudanças no saldo líquido da balança comercial - se há um aumento nas importações, mantendo as exportações, ocorrerá a diminuição da renda disponível na economia, uma vez que parte da renda vai para o exterior por meio da compra de produtos importados. Isso acontece porque essa renda paga pelos produtos importados beneficia as empresas lá de fora, no exterior, e não as empresas nacionais, logo, é um fluxo negativo. 12
  • 13.  Nesse contexto é que a análise macroeconômica começa a interagir com a microeconômica;  Por meio de análises no contexto macroeconômico o governo desenvolve políticas econômicas, podendo interferir no fluxo monetário, buscando impedir os vazamentos do fluxo econômico, influenciando, entre outras coisas o mercado de capitais 13
  • 14.  Vazamento da poupança:  O sistema financeiro aumenta o nível de empréstimos para incentivar o consumo;  Vazamento do saldo líquido da Balança Comercial:  Por meio de incentivos e políticas de comércio exterior, busca-se aumentar as exportações; 14
  • 15.  Lembre-se, precisamos compreender a mecânica econômica para compreender melhor o funcionamento do mercado de capitais, uma vez que este está relacionado com a moeda local;  Para entender e aplicar no mercado de capitais, temos de analisar como está a economia atualmente, se políticas monetárias estão sendo aplicadas para evitar uma crise financeira ou se o mercado está em ascensão; 15
  • 16.  Assim, a macroeconomia é uma ferramenta de análise efetiva para delinear políticas monetárias;  No contexto macroeconômico, a política econômica utiliza dados vindos de grandes agregados macroeconômicos, visando dinamizar as atividades econômicas da microeconomia;  Ou seja, analisando os agregados macroeconômicos dinamiza-se as atividades econômicas dos agentes econômicos atuantes no mercado;  A microeconomia analisa o comportamento individual dos agentes econômicos quando observa-se suas particularidades (comportamento do consumidor, comportamento da empresa e articulação do governo nas atividades econômicas);  Note, mais uma vez, que as duas estão relacionadas e que uma não pode existir sem a outra; 16
  • 19. Introdução  A política macroeconômica é basicamente o que define as políticas econômicas aplicadas de um país, sendo dividida, basicamente em:  Política fiscal;  Política monetária; 19
  • 20. Política Fiscal  Principal instrumento de política econômica do setor público, sendo basicamente resumida como o planejamento orçamentário do Estado;  Orçamento é a diferença entre receita e despesas em um período;  O orçamento pode indicar um superávit ou um déficit;  As alterações de receita e gastos podem ser feitas em inúmeros segmentos da economia, podendo:  Diminuir a tributação para setores específicos da indústria de forma a incentivar o investimento daquele segmento;  Aumentar os gastos com infraestrutura (rodovias, portos, sistema de transmissão de energia, etc); 20
  • 21.  Quando se tem um superávit, existe a sinalização de que as contas estão sendo pagas e de que está sobrando dinheiro, o que permite que se pague a dívida pública;  Além disso, o setor público teria uma folga para investir em áreas precisam de impulso, ou então para reduzir impostos e estimular a economia.  Com a redução de impostos, sobra mais dinheiro para os agentes consumirem ou investirem, o que aumenta o PIB – soma de tudo que foi produzido no país.  Da mesma forma que o aumento de investimento direto por parte do governo tem a tendência de promover crescimento do PIB.  Porém, o crescimento do PIB pode resultar em pressões inflacionárias, principalmente se for puxado pelo crescimento do consumo, pois o aumento da demanda (procura) por produtos leva a um aumento do nível de preços (inflação). 21
  • 22. Política Monetária  Esta está relacionada, de forma geral, à disponibilidade de dinheiro na economia;  Assim, as políticas monetárias que visam aumentar o dinheiro em circulação são consideradas política monetária expansionistas; E o contrário, é considerado política monetária contracionista;  As variações nas taxas de juros é um bom exemplo de política monetária. Quando o Banco Central reduz a taxa Selic, está incentivando o aumento do crédito, fazendo assim que tenha-se uma maior circulação de dinheiro;  A mesma ideia vale quando falamos de papel-moeda; 22
  • 23. Conclusão  Ambas as políticas caminham juntas e não podem ser analisadas separadamente;  A partir das mesmas induz-se o crescimento econômico e o aumento do bem estar da população;  Entre os objetivos dessas políticas, podemos destacar:  Crescimento do PIB;  Queda do desemprego;  Estabilização inflacionária; 23
  • 25. Introdução  O tripé macroeconômico é o conjunto de três pilares que sustentam a condução da política econômica brasileira:  Câmbio flutuante;  Meta de Inflação;  Meta fiscal (superávit);  O tripé econômico foi lançado em 1999, por Armínio Fraga – presidente do Banco Central na época - para combater a crise fiscal que assolava o país; 25
  • 26.  Armínio Fraga, então presidente do BC, em entrevista ao programa Roda Viva em 14 de junho de 1999, conforme reproduzimos abaixo:  “O que se tem hoje é uma mudança que dá à taxa de câmbio uma função diferente da função que ela tinha antes. Antes o Governo dizia para a taxa de câmbio: ‘Você toma conta da inflação’ e dizia para a taxa de juros: ‘Você toma conta do balanço de pagamentos’, que é um regime de taxa de câmbio fixa. Hoje nós estamos escalando o time de forma diferente. Nós estamos dizendo para taxa de câmbio: ‘você toma conta do balanço de pagamentos’ e para taxa de juros: ‘você toma conta da inflação’. Agora, nada disso funciona sem uma boa política fiscal.”  26
  • 27. 27
  • 28. Câmbio Flutuante  O câmbio flutuante nada mais é do que a determinação do preço de uma moeda, baseado primariamente pelas leis de oferta e demanda;  Assim, a taxa cambial do Real (o seu preço em divisa estrangeira), depende exclusivamente da procura por reais no mercado internacional, em relação às outras moedas;  O câmbio flutuante é adotado por grande maioria dos países, sendo responsável por definir o valor do dólar, euro, libra, e assim por diante; 28
  • 29.  Um exemplo: quando investidores estrangeiros e turistas trocam dólares por reais para gastar no Brasil, dizemos que o real se fortaleceu ante o dólar, pois sua demanda cresceu.  Pela mesma lógica, se o interesse por investir ou viajar ao Brasil cai e as pessoas começam a trocar reais por dólares para gastar no exterior, o real sofre desvalorização ante o dólar. 29
  • 30. Meta de Inflação  Esta serve como referência para o avanço dos preços, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE;  Quem define a meta é o Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelo ministro da economia, presidente do BC e secretário especial de Fazenda, do Ministro da Economia;  Todo ano é determinado um valor central para a meta de inflação a uma faixa de tolerância de 1,5 pontos percentual, para mais ou para menos, tendo assim o teto e o piso da meta, respectivamente; 30
  • 31.  Por exemplo: se a meta de inflação para 2022 é de 3,0%, o resultado do IPCA acumulado de janeiro a dezembro deve estar entre 1,5% e 4,5%.  A partir daí, o BC é responsável por executar a política monetária de forma a manter o IPCA dentro desta faixa, usando como ferramenta principal a taxa básica de juros, a taxa Selic.  Para isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne periodicamente para avaliar a situação da economia e decidir se eleva, corta ou mantém a Selic estável.  Quando há um quadro de inflação acelerada, o Copom eleva a Selic para tornar o crédito mais caro e desaquecer a economia, o que pressiona o consumo e desacelera os preços.  Por outro lado, se a inflação está próxima do piso, o Copom corta a Selic de forma a baratear o crédito, facilitar empréstimos e investimentos e aquecer a atividade econômica. 31
  • 32. Meta Fiscal  A meta fiscal é determinada pelo Congresso, através da Lei Orçamentária Anual (LOA);  Basicamente, podemos defini-la como a regra que limita quanto o governo pode gastar por ano em serviços públicos, investimentos, pagamentos de salários, entre outras despesas;  A princípio, o objetivo da meta fiscal é forçar o Executivo a atingir o superávit primário, ou seja, garantir que a arrecadação do governo seja maior que o gasto público no ano;  Obs.: O termo primário significa que o cálculo desconsidera o pagamento dos juros da dívida pública, que são aplicados posteriormente;  No entanto, devido ao grave quadro de desequilíbrio das contas públicas brasileiras nos últimos anos, a meta fiscal tem sido utilizada para limitar o crescimento do déficit fiscal. 32
  • 34. 34
  • 35.  O governo precisa repassar dinheiro para os bancos – públicos e privados – que por sua vez, cuidam dos programas e benefícios sociais;  Nos anos que antecederam o impeachment o governo atrasou vários desses repasses. A suspeita é que os atrasos funcionariam como uma forma de cumprir as metas fiscais ;  Assim, o dinheiro não repassado era usado para aumentar artificialmente o superávit primário. E a essa prática de atraso de repasses com o objetivo de maquiar as contas públicas foi dado o nome de pedaladas fiscais;  Segundo o TCU, cerca de R$ 40 bilhões estiveram envolvidos nessas manobras, entre os anos de 2012 e 2014. Atrasos semelhantes foram registrados em governos anteriores, mas envolveram somas de recursos muito menores;  Na interpretação de alguns especialistas, esse uso de dinheiro dos bancos para cobrir o atraso dos repasses do governo é um tipo de financiamento da União. Em outras palavras, é como se os bancos tivessem emprestado dinheiro ao governo. O problema é que o artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe empréstimos entre a União e instituições financeiras que ela controla. 35
  • 37.  Faça uma pesquisa mostrando como era a economia do país, antes da implantação do tripé econômico brasileiro.  Data da entrega: 23/09/2022 37