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Definição e Epidemiologia do lúpus eritrematoso sistêmico
O lúpus eritematoso sistêmico (LES)é uma colagenose,grupo de doenças que tem como
baseo comprometimento do tecido conjuntivo. Nessecontexto, o LES caracteriza-sepor
um padrão inflamatório crônico, multissistêmico e marcado pela produção de
autoanticorpos os quais levam ao dano tecidual.
O que é Lúpus?
Lúpus é uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos
órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro. Em casos mais
graves, se não tratada adequadamente, pode matar. O nome científico da
doença é "Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)".
O que são doenças autoimunes?
Doenças autoimunes são aquelas em que o sistema imunológico da pessoa
ataca tecidos saudáveis do próprio corpo, por engano. As causas das
doenças autoimunes ainda não são conhecidas. A teoria mais aceita é que
fatores externos estejam envolvidos na ocorrência dessa condição,
principalmente quando há predisposição genética e o uso de alguns
medicamentos.
A maioria das doenças autoimunes são crônicas, ou seja, não são
transmissíveis, no entanto muitas delas podem ser controladas com
tratamento. Além disso, os sintomas das doenças autoimunes podem
aparecer e desaparecer continuamente, sem causa aparente.
O que causa o Lúpus?
Não se sabe ao certo que causa o Lúpus, tendo em vista que o sistema
imunológico atacar e destruir tecidos saudáveis do próprio corpo é um
comportamento anormal do organismo. No entanto, os estudos presentes
na literatura médica e científica nacional e mundial apontam que as
doenças autoimunes, o que inclui o Lúpus, podem ser uma combinação de
fatores, como:
 hormonais;
 infecciosos;
 genéticos;
 ambientais.
Quais são os fatores de risco para Lúpus?
O lúpus não é uma doença comum e que tenha fatores de risco pré-
determinados, uma vez que pode se manifestar em pessoas de qualquer
idade, raça e sexo. No entanto, existem algumas situações que podem
facilitar, de alguma forma, a incidência de lúpus:
 Gênero: a doença é mais comum em mulheres do que em homens, mas
pode se manifestar em ambos os sexos.
 Idade: a maior parte dos diagnósticos de lúpus acontece entre os 15 e os
40 anos, mas pode surgir em qualquer faixa etária.
 Etnia: lúpus é mais comum em pessoas afro-americanas, hispânicas e
asiáticas. Além disso, a incidência do lúpus chega a ser três a quatro vezes
maior em mulheres negras do que em mulheres brancas.
Fisiopatologia do LES
OLES é uma doença multifatorial, com o seu ponto principal um desequilíbrio do sistema
imunológico, causada principalmente por uma inter-relação de fatores. Entre eles
genéticos, hormonais e ambientais. Embora exista tal influencia, o ponto principal é a
produção anormal de autoanticorpos pelas células B. Alguns anticorpos são bem
específicos pra LES, como anti-DNA, o anti-smith e o anti-P.
Em relação aos fatores genéticos, no LES, os indivíduos possuem uma deficiência dos
componentes da cascata de complemento (C1q, C2 e C4), e tem-se que o C1q é o fator
mais associado mesmo que a alteração genética este seja menos frequente.
Outro fator muito associado é a questão hormonal, onde o estrogênio é responsável
pela diminuição da apoptose do linfócito B e pela sua atividade. Consequentemente,
sem a morte de linfócitos B, eles passama produzir continuamente os auto anticorpos.
Isso comprova o o risco aumentado para as mulheres que fazem o uso de
anticoncepcionais orais combinados e suplementação de TSH.
Além disso os fatores ambientais que estão ligados a essa patologia são relacionados a
exposição solar, pela apoptose dos queratinócitos causador de uma resposta
macrofitica gerando um processo inflamatório, aumentando a liberaçãode interleucinas
e fator de necrose tumoral, favorecendo assima produção de anticorpos por linfócitos
B autorreativos.
Outro fator ambiental seria voltado para medicamentos que podem gerar um Lupus
Farmacoinduzido, entre eles Hidralazina, Isoniazida, Procainamida entre outros.
Desta forma, essa relação de fatores vão ocasionar a perda da auto tolerância, ou seja,
o não reconhecimento dos próprios anticorpos. Assim, com a não apoptose dos
linfócitos B e a continua produção de auto anticorpos, vai ocorrer um aumento de
BAFF/Blys, relacionados a sobrevida dos Linfócitos B, e a diminuição dos linfócitos T
reguladores que são responsáveis pela apoptose do linfócito B.
Esses auto anticorpos produzidos em excesso, ativam o imuno complexo, que por sua
vez estimula a resposta imune inata, pelas IL1 /TNF gerando um processo inflamatório.
O imuno complexo ativa o sistema complemento, levando o maior consumo dos
complementos, dando inicio a um processo de quimiotaxia e inflamação tecidual,
causando uma diminuição no Clarence do imuno complexo e dos restos apoptóticos
Quais são os sintomas do Lúpus?
Os sintomas do lúpus podem surgir de repente ou se desenvolver
lentamente. Eles também podem ser moderados ou graves, temporários ou
permanentes. A maioria dos pacientes com lúpus apresenta sintomas
moderados, que surgem esporadicamente, em crises, nas quais os sintomas
se agravam por um tempo e depois desaparecem.
Os sintomas podem também variar de acordo com as partes do seu corpo
que forem afetadas pelo lúpus. Os sinais mais comuns são:
 Fadiga.
 Febre.
 Dor nas articulações.
 Rigidez muscular e inchaços.
 Rash cutâneo - vermelhidão na face em forma de "borboleta" sobre as
bochechas e a ponta do nariz. Afeta cerca de metade das pessoas com
lúpus. O rash piora com a luz do sol e também pode ser generalizado.
 Lesões na pele que surgem ou pioram quando expostas ao sol.
 Dificuldade para respirar.
 Dor no peito ao inspirar profundamente.
 Sensibilidade à luz do sol.
 Dor de cabeça,confusão mental e perda de memória.
 Linfonodos aumentados.
 Queda de cabelo.
 Feridas na boca.
 Desconforto geral, ansiedade, mal-estar.
Sintomas específicos
Outros sintomas do lúpus, mais específicos, dependem de qual é a parte do
corpo afetada:
 Cérebro e sistema nervoso: cefaleia, dormência, formigamento,
convulsões, problemas de visão, alterações de personalidade, psicose
lúpica.
 Trato digestivo: dor abdominal, náuseas e vômito.
 Coração: ritmo cardíaco anormal (arritmia).
 Pulmão: tosse com sangue e dificuldade para respirar.
 Pele: coloração irregular da pele, dedos que mudam de cor com o frio
(fenômeno de Raynaud).
 Alguns pacientes têm apenas sintomas de pele. Esse tipo é chamado de
lúpus discoide.
Como é feito o diagnóstico de Lúpus?
O diagnóstico para Lúpus não é tão simples, porque os sintomas podem
variar muito de pessoa para pessoa e mudam com o passar do tempo, o que
em muitas vezes confunde com os sinais de outras doenças.
Por isso, ainda não há nenhum exame ou teste específico para diagnosticar
o lúpus, mas isso pode ser feito com segurança a partir de exames de
sangue, urina e dos sintomas clínicos apresentados ao médico durante
exame físico.
Os exames para mais comuns e úteis para diagnosticar Lúpus são:
 Exame físico.
 Exames de anticorpos, incluindo teste de anticorpos antinucleares.
 Hemograma completo.
 Radiografia do tórax.
 Biópsia renal.
 Exame de urina.
Quais são as complicações possíveis do Lúpus?
Se não tratado corretamente, o Lúpus pode desenvolver complicações
graves a diversos órgãos e tecidos do corpo humano, podendo provocar,
inclusive, a morte da pessoa.
As principais complicações do Lúpus costumam acontecer nos seguintes
órgãos:
 Rins: a falência dos rins está entre as principais causas de morte por
complicações de lúpus nos primeiros cinco anos do diagnóstico da
doença. Alguns sintomas são comuns nessa fase: irritação, coceira
generalizada, dores no peito, falta de ar, náuseas, vômito e edemas.
 Cérebro: se a doença tiver chegado ao cérebro, a pessoa pode
apresentar alguns sintomas específicos, como dor de cabeça, confusão,
tontura, mudanças de comportamento, alucinações, derrames cerebrais
(AVC) e convulsões.
 Vasos sanguíneos: anemia, aumento no risco de sangramentos e
inflamação dos vasos (vasculite) estão entre as principais complicações
possíveis decorrentes de lúpus. Em alguns casos, é preciso doação de
sangue no tratamento.
 Pulmões: o lúpus também pode levar à pleurisia, que é uma inflamação
dos tecidos que revestem os pulmões e a caixa torácica, o que pode
provocar muita dor durante a respiração.
 Coração: pode ocorrer também, em alguns casos, a inflamação dos
músculos do coração e artérias, aumentando significativamente as
chances de um infarto.
Além disso, o lúpus pode acarretar outros problemas de saúde, ou
desenvolver os que já existem, como, por exemplo:
 Infecção: tanto a doença quanto o tratamento do Lúpus atacam o sistema
imunológico da pessoa, o que abre espaço para entrada de infecções. As
mais comuns são no trato urinário e respiratório.
 Câncer: o lúpus também pode provocar o surgimento de tumores ou
agravar os que a pessoa tiver.
 Necrose avascular: ocorre a morte das células que revestem os ossos,
causando pequenas fraturas e o rompimento de muitas articulações, em
especial as do quadril.
 Complicações na gravidez: as mulheres que sofrem de lúpus e
engravidam geralmente são capazes de manter a gravidez e dar à luz um
bebê saudável, desde que não sofram de doença renal ou cardíaca grave
e que o lúpus esteja sendo tratado adequadamente. No entanto, as
chances de perda na gravidez aumentam consideravelmente.
Diagnóstico do lúpus eritrematoso sistêmico
Para diagnosticar o Lúpus Eritematoso Sistêmico faz-se uso da classificação criada pela
American Rheumatism Association (ACR) ou de uma mais recente, a Systemic Lupus
International Collaborating Clinics (SLICC). A classificação da ACR para o LES e determina
que um paciente com 4 ou mais dos seus 11 critérios, deve ser diagnosticado com a
doença. Porém, nem todos os pacientes com esses critérios tinham lúpus e alguns
indivíduos eram diagnosticados apenas por conta da presença de autoanticorpos e de
distúrbios hematológicos. Assim, surge o SLICC, a qual alega que para diagnosticar um
paciente com LES é necessário que ele tenha pelo menos 4 dos 17 critérios, sendo um
deles imunológico, um clínicoe dois outros dos demais.Também, essanovaclassificação
estabeleceu que na presença de autoanticorpos ANA ou anti-dsDNA, o paciente
imediatamente recebe o diagnóstico de LES, sem precisar de outro critério. A SLICC
incluiu a hipocomplementenemia (baixo C4, C3 e CH50) como critério, o que não havia
na classificação da ACR.
Abaixo seguem as duas classificações mencionadas anteriormente.
Classificação da ACR
 Erupção malar
 Erupção discoide
 Fotossensibilidade
 Úlceras orais
 Artrite
 Serosite (pleurite ou pericardite)
 Distúrbio renal (proteinúria, presença de células ou seus componentes na urina)
 Distúrbio neurológico (psicose, convulsões)
 Distúrbio hematológico (anemia hemolítica com reticulose, leucopenia,
linfopenia, trombocitopenia)
 Distúrbio imunológico (anti-DNA, anti-Sm)
 Presença anticorpo antinuclear (ANA)
Classificação SLICC
 Critérios Clínicos: lúpus cutâneo agudo ou crônico, úlceras orais, alopecia,
sinovite, distúrbio renal (proteinúria), neurológico (convulsões, psicoses,mielite,
neuropatia central ou periférica, estado de confusão aguda), anemia hemolítica,
leucopenia ou linfopenia somada á trombocitopenia.
 Critérios Imunológicos: presença de ANA, anti-dsDNA, anti-Sm, anticorpo
antifosfolipidico, hipocomplementenemia, Coombs Direto positivo.
O SLICC tem sido mais aceito por ser mais sensível e intuitivo do que a classificação da
ACR.
Cuidados e dicas de saúde aos pacientes com
Lúpus
Existem alguns cuidados e dicas de saúde que podem melhorar a qualidade
de vida da pessoa que tem lúpus. É importante redobrar o cuidado com a
saúde, especialmente no coração, pulmões e rins, para evitar complicações
e problemas mais graves no futuro.
Além disso, é importante fazer uma análise frequente da imunização e testes
para verificar também a saúde dos ossos e outras doenças. Como o Lúpus
atinge o sistema imunológico, é importante fazer de tudo para que ele fique
sempre bem.
Veja algumas dicas outras que ajudam na qualidade de vida e no tratamento
do lúpus:
 A psicoterapia e os grupos de apoio podem ajudar a aliviar a depressão e
as alterações no humor que podem surgir em decorrência do lúpus.
 Descansar bastante é fundamental.
 Evitar o sol.
 Prática de atividades físicas regulares.
 Não fumar.
 Não consumir bebidas alcoólicas.
 Manter alimentação saudável, com dieta balanceada e rica em cálcio.
Como prevenir o Lúpus?
Ainda não existem formas conhecidas de se prevenir o Lúpus, tendo em
vista que as causas da doença ainda não são totalmente conhecidas e
também não há vacinas.
No entanto, evitar gatilhos para o Lúpus se desenvolver são fundamentais.
 Tenha hábitos e estilo de vidas saudáveis.
 Tenha alimentação saudável.
 Evite exposição ao sol.
 Cuide da sua saúde regularmente.
 Prevenção e promoção da saúde são as melhores formas de evitar
doenças.

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Definição e epidemiologia do lúpus eritrematoso sistêmico (LES

  • 1. Definição e Epidemiologia do lúpus eritrematoso sistêmico O lúpus eritematoso sistêmico (LES)é uma colagenose,grupo de doenças que tem como baseo comprometimento do tecido conjuntivo. Nessecontexto, o LES caracteriza-sepor um padrão inflamatório crônico, multissistêmico e marcado pela produção de autoanticorpos os quais levam ao dano tecidual. O que é Lúpus? Lúpus é uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro. Em casos mais graves, se não tratada adequadamente, pode matar. O nome científico da doença é "Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)". O que são doenças autoimunes? Doenças autoimunes são aquelas em que o sistema imunológico da pessoa ataca tecidos saudáveis do próprio corpo, por engano. As causas das doenças autoimunes ainda não são conhecidas. A teoria mais aceita é que fatores externos estejam envolvidos na ocorrência dessa condição, principalmente quando há predisposição genética e o uso de alguns medicamentos. A maioria das doenças autoimunes são crônicas, ou seja, não são transmissíveis, no entanto muitas delas podem ser controladas com tratamento. Além disso, os sintomas das doenças autoimunes podem aparecer e desaparecer continuamente, sem causa aparente. O que causa o Lúpus? Não se sabe ao certo que causa o Lúpus, tendo em vista que o sistema imunológico atacar e destruir tecidos saudáveis do próprio corpo é um comportamento anormal do organismo. No entanto, os estudos presentes na literatura médica e científica nacional e mundial apontam que as
  • 2. doenças autoimunes, o que inclui o Lúpus, podem ser uma combinação de fatores, como:  hormonais;  infecciosos;  genéticos;  ambientais. Quais são os fatores de risco para Lúpus? O lúpus não é uma doença comum e que tenha fatores de risco pré- determinados, uma vez que pode se manifestar em pessoas de qualquer idade, raça e sexo. No entanto, existem algumas situações que podem facilitar, de alguma forma, a incidência de lúpus:  Gênero: a doença é mais comum em mulheres do que em homens, mas pode se manifestar em ambos os sexos.  Idade: a maior parte dos diagnósticos de lúpus acontece entre os 15 e os 40 anos, mas pode surgir em qualquer faixa etária.  Etnia: lúpus é mais comum em pessoas afro-americanas, hispânicas e asiáticas. Além disso, a incidência do lúpus chega a ser três a quatro vezes maior em mulheres negras do que em mulheres brancas. Fisiopatologia do LES OLES é uma doença multifatorial, com o seu ponto principal um desequilíbrio do sistema imunológico, causada principalmente por uma inter-relação de fatores. Entre eles genéticos, hormonais e ambientais. Embora exista tal influencia, o ponto principal é a produção anormal de autoanticorpos pelas células B. Alguns anticorpos são bem específicos pra LES, como anti-DNA, o anti-smith e o anti-P.
  • 3. Em relação aos fatores genéticos, no LES, os indivíduos possuem uma deficiência dos componentes da cascata de complemento (C1q, C2 e C4), e tem-se que o C1q é o fator mais associado mesmo que a alteração genética este seja menos frequente. Outro fator muito associado é a questão hormonal, onde o estrogênio é responsável pela diminuição da apoptose do linfócito B e pela sua atividade. Consequentemente, sem a morte de linfócitos B, eles passama produzir continuamente os auto anticorpos. Isso comprova o o risco aumentado para as mulheres que fazem o uso de anticoncepcionais orais combinados e suplementação de TSH. Além disso os fatores ambientais que estão ligados a essa patologia são relacionados a exposição solar, pela apoptose dos queratinócitos causador de uma resposta macrofitica gerando um processo inflamatório, aumentando a liberaçãode interleucinas e fator de necrose tumoral, favorecendo assima produção de anticorpos por linfócitos B autorreativos. Outro fator ambiental seria voltado para medicamentos que podem gerar um Lupus Farmacoinduzido, entre eles Hidralazina, Isoniazida, Procainamida entre outros. Desta forma, essa relação de fatores vão ocasionar a perda da auto tolerância, ou seja, o não reconhecimento dos próprios anticorpos. Assim, com a não apoptose dos linfócitos B e a continua produção de auto anticorpos, vai ocorrer um aumento de BAFF/Blys, relacionados a sobrevida dos Linfócitos B, e a diminuição dos linfócitos T reguladores que são responsáveis pela apoptose do linfócito B. Esses auto anticorpos produzidos em excesso, ativam o imuno complexo, que por sua vez estimula a resposta imune inata, pelas IL1 /TNF gerando um processo inflamatório. O imuno complexo ativa o sistema complemento, levando o maior consumo dos complementos, dando inicio a um processo de quimiotaxia e inflamação tecidual, causando uma diminuição no Clarence do imuno complexo e dos restos apoptóticos
  • 4. Quais são os sintomas do Lúpus? Os sintomas do lúpus podem surgir de repente ou se desenvolver lentamente. Eles também podem ser moderados ou graves, temporários ou permanentes. A maioria dos pacientes com lúpus apresenta sintomas moderados, que surgem esporadicamente, em crises, nas quais os sintomas se agravam por um tempo e depois desaparecem. Os sintomas podem também variar de acordo com as partes do seu corpo que forem afetadas pelo lúpus. Os sinais mais comuns são:  Fadiga.  Febre.  Dor nas articulações.  Rigidez muscular e inchaços.  Rash cutâneo - vermelhidão na face em forma de "borboleta" sobre as bochechas e a ponta do nariz. Afeta cerca de metade das pessoas com lúpus. O rash piora com a luz do sol e também pode ser generalizado.  Lesões na pele que surgem ou pioram quando expostas ao sol.  Dificuldade para respirar.  Dor no peito ao inspirar profundamente.  Sensibilidade à luz do sol.  Dor de cabeça,confusão mental e perda de memória.  Linfonodos aumentados.  Queda de cabelo.  Feridas na boca.  Desconforto geral, ansiedade, mal-estar.
  • 5. Sintomas específicos Outros sintomas do lúpus, mais específicos, dependem de qual é a parte do corpo afetada:  Cérebro e sistema nervoso: cefaleia, dormência, formigamento, convulsões, problemas de visão, alterações de personalidade, psicose lúpica.  Trato digestivo: dor abdominal, náuseas e vômito.  Coração: ritmo cardíaco anormal (arritmia).  Pulmão: tosse com sangue e dificuldade para respirar.  Pele: coloração irregular da pele, dedos que mudam de cor com o frio (fenômeno de Raynaud).  Alguns pacientes têm apenas sintomas de pele. Esse tipo é chamado de lúpus discoide. Como é feito o diagnóstico de Lúpus? O diagnóstico para Lúpus não é tão simples, porque os sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa e mudam com o passar do tempo, o que em muitas vezes confunde com os sinais de outras doenças. Por isso, ainda não há nenhum exame ou teste específico para diagnosticar o lúpus, mas isso pode ser feito com segurança a partir de exames de sangue, urina e dos sintomas clínicos apresentados ao médico durante exame físico. Os exames para mais comuns e úteis para diagnosticar Lúpus são:  Exame físico.  Exames de anticorpos, incluindo teste de anticorpos antinucleares.  Hemograma completo.
  • 6.  Radiografia do tórax.  Biópsia renal.  Exame de urina. Quais são as complicações possíveis do Lúpus? Se não tratado corretamente, o Lúpus pode desenvolver complicações graves a diversos órgãos e tecidos do corpo humano, podendo provocar, inclusive, a morte da pessoa. As principais complicações do Lúpus costumam acontecer nos seguintes órgãos:  Rins: a falência dos rins está entre as principais causas de morte por complicações de lúpus nos primeiros cinco anos do diagnóstico da doença. Alguns sintomas são comuns nessa fase: irritação, coceira generalizada, dores no peito, falta de ar, náuseas, vômito e edemas.  Cérebro: se a doença tiver chegado ao cérebro, a pessoa pode apresentar alguns sintomas específicos, como dor de cabeça, confusão, tontura, mudanças de comportamento, alucinações, derrames cerebrais (AVC) e convulsões.  Vasos sanguíneos: anemia, aumento no risco de sangramentos e inflamação dos vasos (vasculite) estão entre as principais complicações possíveis decorrentes de lúpus. Em alguns casos, é preciso doação de sangue no tratamento.  Pulmões: o lúpus também pode levar à pleurisia, que é uma inflamação dos tecidos que revestem os pulmões e a caixa torácica, o que pode provocar muita dor durante a respiração.  Coração: pode ocorrer também, em alguns casos, a inflamação dos músculos do coração e artérias, aumentando significativamente as chances de um infarto. Além disso, o lúpus pode acarretar outros problemas de saúde, ou desenvolver os que já existem, como, por exemplo:
  • 7.  Infecção: tanto a doença quanto o tratamento do Lúpus atacam o sistema imunológico da pessoa, o que abre espaço para entrada de infecções. As mais comuns são no trato urinário e respiratório.  Câncer: o lúpus também pode provocar o surgimento de tumores ou agravar os que a pessoa tiver.  Necrose avascular: ocorre a morte das células que revestem os ossos, causando pequenas fraturas e o rompimento de muitas articulações, em especial as do quadril.  Complicações na gravidez: as mulheres que sofrem de lúpus e engravidam geralmente são capazes de manter a gravidez e dar à luz um bebê saudável, desde que não sofram de doença renal ou cardíaca grave e que o lúpus esteja sendo tratado adequadamente. No entanto, as chances de perda na gravidez aumentam consideravelmente. Diagnóstico do lúpus eritrematoso sistêmico Para diagnosticar o Lúpus Eritematoso Sistêmico faz-se uso da classificação criada pela American Rheumatism Association (ACR) ou de uma mais recente, a Systemic Lupus International Collaborating Clinics (SLICC). A classificação da ACR para o LES e determina que um paciente com 4 ou mais dos seus 11 critérios, deve ser diagnosticado com a doença. Porém, nem todos os pacientes com esses critérios tinham lúpus e alguns indivíduos eram diagnosticados apenas por conta da presença de autoanticorpos e de distúrbios hematológicos. Assim, surge o SLICC, a qual alega que para diagnosticar um paciente com LES é necessário que ele tenha pelo menos 4 dos 17 critérios, sendo um deles imunológico, um clínicoe dois outros dos demais.Também, essanovaclassificação estabeleceu que na presença de autoanticorpos ANA ou anti-dsDNA, o paciente imediatamente recebe o diagnóstico de LES, sem precisar de outro critério. A SLICC incluiu a hipocomplementenemia (baixo C4, C3 e CH50) como critério, o que não havia na classificação da ACR.
  • 8. Abaixo seguem as duas classificações mencionadas anteriormente. Classificação da ACR  Erupção malar  Erupção discoide  Fotossensibilidade  Úlceras orais  Artrite  Serosite (pleurite ou pericardite)  Distúrbio renal (proteinúria, presença de células ou seus componentes na urina)  Distúrbio neurológico (psicose, convulsões)  Distúrbio hematológico (anemia hemolítica com reticulose, leucopenia, linfopenia, trombocitopenia)  Distúrbio imunológico (anti-DNA, anti-Sm)  Presença anticorpo antinuclear (ANA) Classificação SLICC  Critérios Clínicos: lúpus cutâneo agudo ou crônico, úlceras orais, alopecia, sinovite, distúrbio renal (proteinúria), neurológico (convulsões, psicoses,mielite, neuropatia central ou periférica, estado de confusão aguda), anemia hemolítica, leucopenia ou linfopenia somada á trombocitopenia.  Critérios Imunológicos: presença de ANA, anti-dsDNA, anti-Sm, anticorpo antifosfolipidico, hipocomplementenemia, Coombs Direto positivo. O SLICC tem sido mais aceito por ser mais sensível e intuitivo do que a classificação da ACR. Cuidados e dicas de saúde aos pacientes com Lúpus
  • 9. Existem alguns cuidados e dicas de saúde que podem melhorar a qualidade de vida da pessoa que tem lúpus. É importante redobrar o cuidado com a saúde, especialmente no coração, pulmões e rins, para evitar complicações e problemas mais graves no futuro. Além disso, é importante fazer uma análise frequente da imunização e testes para verificar também a saúde dos ossos e outras doenças. Como o Lúpus atinge o sistema imunológico, é importante fazer de tudo para que ele fique sempre bem. Veja algumas dicas outras que ajudam na qualidade de vida e no tratamento do lúpus:  A psicoterapia e os grupos de apoio podem ajudar a aliviar a depressão e as alterações no humor que podem surgir em decorrência do lúpus.  Descansar bastante é fundamental.  Evitar o sol.  Prática de atividades físicas regulares.  Não fumar.  Não consumir bebidas alcoólicas.  Manter alimentação saudável, com dieta balanceada e rica em cálcio. Como prevenir o Lúpus? Ainda não existem formas conhecidas de se prevenir o Lúpus, tendo em vista que as causas da doença ainda não são totalmente conhecidas e também não há vacinas. No entanto, evitar gatilhos para o Lúpus se desenvolver são fundamentais.  Tenha hábitos e estilo de vidas saudáveis.  Tenha alimentação saudável.  Evite exposição ao sol.
  • 10.  Cuide da sua saúde regularmente.  Prevenção e promoção da saúde são as melhores formas de evitar doenças.