Chuvas e frio prejudicam lavouras de café no sul de Minas Gerais e região de Mogiana em São Paulo, acelerando a maturação dos frutos e aumentando a queda e fermentação dos mesmos. Isso pode reduzir a qualidade e quantidade da safra. Exportação mundial de café cai 6,8% em maio ante o mesmo mês do ano passado. Colheita do arábica avança no Brasil, mas liquidez segue baixa, enquanto preço do conilon pode chegar a R$400 devido à pouca of
Chuvas e frio prejudicam lavouras de café no Sul de Minas e Mogiana
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Procafé: chuva e frio prejudicam lavouras de café
Fundação Procafé
30/06/2016
Por J.B. Matiello, J.E. Paiva, S.R. Almeida, Rodrigo N. Paiva, Iran B. Ferreira e Marcelo Jordão
Filho, engenheiros agrônomos da Fundação Procafé
Em final de maio e inicio de junho foram
registradas chuvas anormais na principal
região cafeeira de café arábica do país,
no Sul de Minas e na Mogiana – SP. O
exemplo da Estação em Varginha mostra
chuvas totais de cerca de 90 mm, com precipitações distribuídas em 11 dias, quase
seguidamente.
A massa fria, que trouxe a chuva, provocou aumento na umidade e queda de temperatura,
fatores que provocaram, em conjunto, efeitos prejudiciais às lavouras de café, aqui sendo
destacadas as principais observações de campo realizadas.
1 – Aceleração na maturação dos frutos
Os quais passaram, mais rapidamente, de maduros para secos, reduzindo a possibilidade de
preparo de cafés CD. Ao nosso ver, esse fenômeno foi provocado pelo ataque de fungos
saprófitas na casca, facilitado pela umidade. Ocorre que, neste ano, já havia, antes da chuva,
aparecido uma anormalidade, de causa provável fisiológica, onde a casca dos frutos mostrava
muitas manchas marrons, que formavam inúmeras lesões, as quais podem ter agravado o
ataque dos fungos saprófitas, causadores de morte e apodrecimento de tecidos e, em
consequência, aumentando a produção de etileno na casca.
2 – Fermentação em frutos
Com a umidade constante, os frutos, ao passarem de maduros a passa/secos, foram mais
atacados por fungos causadores de fermentações indesejáveis, como Penicillium, Fusarium e
Aspergillus, que levam à depreciação da bebida. Este aspecto foi mais grave em regiões mais
problemática para qualidade, como as de menor altitude na região.
3 – Queda maior de frutos ao chão
Provocada pela umidade das chuvas e associação com os ventos. Os frutos, úmidos e no
estágio de secos, ficam mais pesados e seu pedúnculo mais fraco, caindo caem em maior
quantidade. Esse efeito foi maior em variedades de maturação precoce, como o Mundo Novo.
4 – Ativação dos frutos verdes
A retomada da umidade no solo, depois de cerca de 40 dias sem chuva, parece ter ativado o
crescimento dos frutos verdes, observando-se, no geral, que boa parte cresceu mais,
engrossando a sua casca. Por outro lado, alguns que se encontravam com lesões e,
especialmente, pela produção de etileno nos frutos próximos, secos, houve uma aceleração da
sua maturação. Isso e, mais, um ataque de Colletotrichum oportunista, especialmente, em
frutos já lesionados, por outras doenças ou pragas (Cochonilhas e ácaros) provocaram a
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passagem de uma parte deles de verde a secos.
5 – Antecipação do ataque de Phoma e bacteriose
Com a umidade e queda da temperatura houve favorecimento à antecipação do ataque dessas
doenças, com efeito sobre a folhagem, a ramagem ponteira e algumas gemas florais iniciais.
6 – Queda severa de folhas
A queda de folhas, mesmo em lavouras com boas condições vegetativas, como aquelas
podadas no sistema safra zero, foi provocada pelo choque hídrico, pela morte de fungos
epífitas sobre a folhagem/ramagem e pelo ataque de doenças.
7 – Emissão de ramificações secundárias em ramos produtivos
Por efeito do frio intenso, alguns ramos tiveram as últimas folhas (novinhas) queimadas ou com
crescimento paralisado, levando à quebra da dominância apical, com isso surgindo ramificação
secundárias abundantes, em muitas lavouras, com transformação de gemas florais em
vegetativas.
8 – Florações pequenas extemporâneas
Depois do stress hídrico que vinha acontecendo, especialmente regiões mais quentes e em
ponteiros das plantas, houve uma pequena abertura de floração, ainda fora de época.
Analisados os problemas constatados, em conjunto, os quais ocorreram em maior ou menor
grau dependendo das condições das lavouras, pode-se observar que as perdas qualitativas, no
tipo, aspecto e bebida do café desta safra, ficam bem evidentes.
As perdas quantitativas ainda deverão ser melhor avaliadas, pois dependem do
prosseguimento da colheita, da eficiência no recolhimento do café de varrição e, no que se
refere à próxima safra, vai depender do nível de enfolhamento remanescente, de forma critica,
lá na frente, no período de pré-florada.
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OIC: exportação mundial de café cai 6,8% em maio
Agência Estado
30/06/2016
Tomas Okuda
A exportação mundial de café apresentou
queda de 6,8% em maio, em comparação
com o mesmo mês de 2015. Foram
embarcadas 9,316 milhões de sacas de 60
kg em comparação com 9,992 milhões de
sacas em maio de 2015. A informação foi divulgada hoje pela Organização Internacional do
Café (OIC).
Do total embarcado em maio, 5,951 milhões de sacas foram de café arábica (menos 5,1% ante
2015, ou 6,269 milhões de sacas). A exportação de robusta no mês passado foi de 3,365
milhões de sacas (queda de 9,6%), pois em maio de 2015 foram embarcadas 3,724 milhões de
sacas.
A exportação mundial nos oito primeiros meses do ano agrícola 2015/16 (outubro de 2015 a
maio de 2016) registrou aumento de 1,6% em comparação com o mesmo período anterior, de
74,717 milhões para 75,948 milhões de sacas.
CEPEA: colheita do café arábica avança, mas liquidez é baixa
Cepea/Esalq USP
30/06/2016
A colheita de café arábica segue firme, favorecida pelo clima, mas a
liquidez segue lenta no Brasil. Grande parte dos produtores está se
preparando e reservando os grãos para o cumprimento de contratos
com entregas já programadas.
O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor, posto na
capital paulista, fechou a R$ 498,35/saca de 60 kg nessa quarta-feira,
29, alta de 1,82% em relação à quarta anterior.
Para o robusta, o clima seco no Espírito Santo, além de ter reduzido a produção, facilitou o
andamento da colheita, que já se aproxima dos 90%, segundo colaboradores do Cepea.
A qualidade da atual temporada 2016/17, porém, foi bastante prejudicada, com alguns agentes
renegociando contratos e aceitando até mesmo receber cafés de qualidade inferior. Em
Rondônia, a qualidade do grão colhido também é baixa.
Entre 22 e 29 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a
retirar no Espírito Santo subiu 0,96%, a R$ 397,58/saca de 60 kg nessa quarta. (Fonte: Cepea
– www.cepea.esalq.usp.br)
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Saca de café conilon pode chegar a R$ 400, avalia consultor
Canal Rural
30/06/2016
Larissa Pansani
A colheita da safra de café conilon já está finalizada e começaram a ser contabilizados os
prejuízos causados pela estiagem no Espírito Santo e na Bahia.
Durante entrevista para a segunda edição do Mercado & Companhia desta terça, dia 28, o
diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, disse que o preço pago hoje pela saca de
robusta, que está em torno de R$ 395, patamar historicamente alto para o produto, pode
romper os R$ 400 devido à pouca oferta.
Bonfá afirmou ainda que a frequência das chuvas nas regiões produtoras de conilon está tão
preocupante, que as floradas da próxima safra já foram afetadas. Na opinião do analista, se
não chover no segundo semestre, toda a safra pode ficar comprometida.
Arábica — Para o café arábica, a situação não é tão alarmante, mas a perda de qualidade
pode interferir na entrega dos contratos negociados no mercado futuro. Ele aconselha ao
cafeicultor vender o produto disponível no mercado físico, ou então fechar o contrato com a
certeza de que pode honrar o combinado.
Acordo permite exportação de café e carne aos EUA com menos burocracia
Valor Econômico
30/06/2016
Juliano Basile
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços,
Daniel Godinho, especificou os produtos que exigiam certificação sanitária e fitossanitária para
serem comercializados com os Estados Unidos e que perderam essa exigência a partir de
acordo firmado nessa quarta-feira entre autoridades dos dois países.
São eles o café, a carne bovina, o trigo em grãos e preparações alimentícias. Com o acordo,
esses produtos poderão ser exportados para os Estados Unidos com mais facilidade e menos
procedimentos burocráticos.
Godinho esteve reunido nessa quarta-feira com autoridades do Departamento de Comércio dos
Estados Unidos para discutir medidas de facilitação comercial.
Após o encontro, Godinho voltou a falar sobre câmbio e disse que a queda do dólar em relação
ao real não afeta os planos dos exportadores brasileiros. “Nenhum analista e nem nós no
governo esperávamos que o dólar regresse para patamares inferiores aos de 2014”, disse.
“Mas eu não ouvi reclamações de exportadores sobre esse nível de câmbio”, completou.