1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 27/01/2015
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Estiagem e calor vão afetar produção de café da safra 2016/17
Valor Econômico
27/01/2015
Carine Ferreira
A safra brasileira de café do ciclo 2015/16 nem começou a
ser colhida e o setor já volta suas preocupações para a
próxima temporada, a 2016/17. A razão é que, pelo
segundo ano consecutivo, o clima - quente e seco -
castiga as lavouras brasileiras. Segundo o Conselho
Nacional do Café (CNC), os cafezais apresentam baixo
índice de desenvolvimento para a colheita do próximo ano,
reflexo do clima desfavorável.
Conforme a entidade, há relatos de que o número de
internódios - gemas de crescimento do caule dos cafeeiros
para a formação dos grãos da colheita 2016/17 - está em cinco a seis. Se o desenvolvimento fosse o
esperado, seriam entre oito e dez. Normalmente, a previsão é que, ao fim de março, existam 15
internódios num cafeeiro, "mas isso será impossível no atual cenário, o que, certamente, impactará
negativamente na safra do ano que vem", diz o CNC, em relatório semanal.
Ainda é muito cedo para fazer previsões sobre a safra 2016/17, que será colhida a partir de maio do
ano que vem, mas o presidente-executivo do CNC, Silas Brasileiro (foto: Ruy Baron/Valor), disse ao
Valor que o estoque de passagem será muito "estreito" em 2016, caso se confirme que a próxima
safra ficará no mesmo patamar que a 2015/16, estimada preliminarmente entre 40 milhões e 43
milhões de sacas no país.
Mês que vem, o CNC deve divulgar um levantamento sobre a safra deste ano. A Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab) estimou em seu primeiro levantamento para a safra 2015/16 um volume
de 44,11 milhões a 46,61 milhões de sacas, ante 45,3 milhões do ciclo anterior.
Se as chuvas previstas para os próximos dias forem regulares e em bons volumes, a situação das
lavouras da safra 2015/16 poderá ser amenizada. Entretanto deverá haver, mesmo assim, quebra na
produção, diz José Donizeti Alves, professor do Departamento de Biologia da Universidade Federal
de Lavras (Ufla). Ele estima uma safra de café arábica este ano no país cerca de 20% menor - entre
25 milhões e 28 milhões de sacas, ante as 32,3 milhões colhidas em 2014, conforme os dados da
Conab.
Um dos motivos para a menor produção na atual safra é que, no ano passado, a seca também
afetou, além da formação dos grãos, o crescimento dos ramos do cafeeiro - que ocorre no período de
janeiro a março -, explica Alves. "Mesmo se tivéssemos chuvas e temperaturas mais amenas, já
teríamos queda [em função do menor crescimento dos ramos] de cerca de 4 a 5 milhões de sacas".
As chuvas abaixo da média histórica - cerca de 50% menos - no período das floradas (setembro a
novembro), principalmente em Minas Gerais e em São Paulo, também afetaram os cafezais, afirma o
professor da Ufla. Com o menor volume de chuvas, ocorreram várias pequenas floradas de forma
tardia, o que também encurtou o tempo para a frutificação da planta. Assim, não haverá tempo
suficiente para que os grãos cresçam mais este ano e fiquem graúdos.
Uma outra razão para a quebra na produção cafeeira são as podas feitas no segundo semestre de
2014. Em decorrência da seca, muitos produtores optaram por podar algumas plantas que iriam
produzir pouco. Assim, elas não produzirão este ano, observa Alves. Ele estima que cerca de 15% a
18% das lavouras de arábica em Minas Gerais foram podadas.
2. Conselho Nacional do Café – CNC
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Além da seca, o forte calor está deixando as folhas murchas e queimadas. O calor também leva as
folhas a caírem dos cafeeiros.
O cafeicultor Marcelo Veneroso, de Santo Antônio de Amparo, no Sul de Minas, estima que sua
colheita este ano ficará em torno de 4 mil sacas, ante 5 mil em 2014. Com foco em cafés especiais,
ele diz que, com o clima adverso, é difícil calcular quanto da colheita poderá comprometer em vendas
futuras. Além disso, ele avalia que, apesar de preços mais altos, o problema é ter custos maiores e
volume menor para comercializar.
Investimento em marketing é uma das reivindicações do setor de café
Ascom Mapa
27/01/2015
Foi realizada nesta segunda-feira (26) a
última reunião com os setores ligados à
agropecuária brasileira programada pela
ministra da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Kátia Abreu. Desta vez, ela
conversou com representantes dos
produtores e das indústrias de café.
Os produtores de café verde comemoraram o
recorde nas exportações, que em 2014
chegaram a mais de U$ 6 milhões.
Entretanto, para o café com valor agregado,
como os cafés especiais e o café solúvel,
ainda há algumas dificuldades. Os representantes de indústrias reclamaram da falta de investimento
em marketing para que o produto seja reconhecido tanto no exterior, quanto no Brasil.
Falta de infraestrutura, alta carga tributária e importação do produto já industrializado também são
outras questões que dificultam a concorrência do café brasileiro. Kátia Abreu afirmou que vai tentar
parceria com o Ministério do Turismo para implementar o marketing do café nas Olimpíadas de 2016.
Ela solicitou também que os representantes de café solúvel entreguem ao Mapa um plano de
desenvolvimento do produto para verificar a possibilidade de colocá-lo em prática. A ministra falou
ainda que vai reajustar a política de Preços Mínimos, não somente para o café, mas para os demais
produtos agrícolas, e que, para isso, deve ser realizado um estudo envolvendo universidades e a
Conab.
Nos últimos dias, Kátia se reuniu com os setores de grãos, leite, aves e suínos, florestas plantadas e
cana-de-açúcar e álcool.
Emergência fitossanitária é declarada para São Paulo e Espírito Santo
Mapa - Assessoria de Comunicação Social
27/01/2015
Maycon Fidalgo
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou, nesta segunda-feira (26),
estado de emergência fitossanitária para São Paulo e Espírito Santo, relativo ao risco iminente de
surto da praga Hypothenemus hampei, conhecida popularmente como broca-do-café, que ataca
cafeeiros. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) por meio das portarias 11 e 12 e
tem duração de um ano.
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A declaração de emergência fitossanitária considerou a gravidade da praga, pelo ciclo curto que ela
tem e a grande capacidade de proliferação. A broca-do-café causa perdas na produtividade e
qualidade do café, com efeitos negativos sobre a economia agropecuária.
De acordo com Luís Rangel, diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), existe uma lista de
produtos de menor toxicidade para controle desta praga, que estão na fase final de registro pelo
Mapa, aguardando o parecer conclusivo da Anvisa para o fim de março. “Além disso, a assistência
técnica tem recomendado boas práticas para evitar a proliferação da praga como a limpeza dos
terrenos de frutos atacados, interrompendo o ciclo de vida do inseto”, diz Rangel.
Medidas – As portarias publicadas nesta segunda-feira estendem a São Paulo e Espírito Santo as
orientações para o manejo da broca-do-café e permissões previstas na portaria nº 711, de julho do
ano passado. O documento traz as medidas emergenciais de defesa sanitária vegetal e permite o
controle químico da praga com inseticida a base de Ciantraniliprole a ser realizado em talhões da
lavoura – áreas específicas onde têm plantas da mesma idade – por meio do monitoramento.
O combate à praga é feito com aplicações de produtos com efeito residual e limpeza de frutos caídos
no chão dos cafezais. O produto deve estar biodisponível – com efeito de longa duração – para atingir
o alvo (praga) no momento de sua migração do chão até o fruto na planta. O produto disponibilizado
para esta emergência, o Ciantraniliprole, possui essa característica e ainda é de baixa toxicidade.
Acesse o link a seguir para ler o texto com as medidas emergenciais de defesa sanitária vegetal na
íntegra: http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/PORTARIA%20711.pdf.
Histórico – O aparecimento da praga remonta à década de 1950. A broca-do-café só foi considerada
controlada com o advento de produtos químicos eficientes, como os organoclorados. “Estes produtos,
no entanto, estão banidos da agricultura por problemas ambientais. A falta de alternativas eficientes
suscitou o reaparecimento desta praga como relevante para a qualidade do café”, explica Rangel.
Café especial: vencedor do Cup of Excellence Naturals 2014 bate recorde
P1 / Ascom BSCA
27/01/2015
Paulo A. C. Kawasaki
O café produzido pelos irmãos Sebastião (ao centro,
com o diploma, na foto) e Antônio Márcio da Silva,
em cinco hectares do Sítio Baixadão, no município
de Cristina, região da Mantiqueira de Minas Gerais, é
o campeão do 4º Concurso de Qualidade Cafés do
Brasil “Cup of Excellence Naturals 2014”. Com uma
nota de 95,18 pontos, esse café bateu o recorde
mundial do principal concurso de qualidade para
cafés naturais (colhidos e secos com casca),
certame realizado pela Associação Brasileira de
Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil), Alliance for Coffee
Excellence (ACE) e o Sebrae.
No total, o concurso teve 23 vencedores — a lista
pode ser conferida no site da BSCA, através do
endereço http://bsca.com.br/cup-of-excellence-late-
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harvest.php?id=25 — eleitos pelo júri internacional, que, de 19 a 23 de janeiro, no Centro
Universitário Uniaraxá, em Araxá (MG), analisou as 44 amostras finalistas. Além da nota recorde para
o campeão, o certame também registrou a maior pontuação média histórica para os cafés naturais,
que foi de 88,24 pontos.
Realizado exclusivamente no Brasil, o Cup of Excellence Naturals vem revelando cafés complexos,
de acordo com o presidente da BSCA, Silvio Leite. “As amostras apresentaram diversidade de
sabores e com intensidade. São cafés frutados, que despertaram o aroma de frutas secas, como
uvas passas e ameixas, fazendo com que alguns juízes internacionais, em suas análises, os
comparassem ao panetone”, descreve.
A trader de cafés especiais da Starbucks Coffee Trading Company, Ann Traumann, considerou
“incrível” sua primeira experiência no concurso. “O Cup of Excellence é bem mais que apenas uma
competição. Todos os dias, aprendi algo novo sobre café. O evento me permitiu melhorar as
habilidades de prova para calibrá-las com os juízes internacionais, que são apaixonados pela bebida,
para descobrir e compreender a produção no país que acolhe o evento e, ainda, para criar novos
relacionamentos”, diz.
Ann comenta, ainda, que nunca esquecerá essa semana passada no Brasil, período em que
conheceu e reconheceu o trabalho dos cafeicultores nacionais. “Descobri muitos lotes de cafés
naturais maravilhosos. Os produtores brasileiros mostraram e me provaram que o Brasil é um país de
cafés especiais”, explica a trader da Starbucks, uma das maiores redes de café do mundo.
O presidente da BSCA revela que os jurados internacionais ficaram muito impressionados com os
produtos que provaram. “A reação do júri após a degustação confirma a minha convicção de que os
cafés especiais naturais brasileiros são o que considero como a grande descoberta de sabores. E, a
partir daí, podemos alçar grandes voos no mercado”, conclui.
AUDITORIA E APOIO
O 4º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil “Cup of Excellence Naturals 2014” foi auditado pela Safe
Trace Café e teve a Cooperativa Agropecuária de Araxá (Capal) e a Federação dos Cafeicultores do
Cerrado como instituições anfitriãs. Além disso, contou com o apoio institucional da CarmoCoffees,
da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), da Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé) e do Conselho Nacional do
Café (CNC).
Professor da UFLA prevê prejuízos na safra de café em 2015 e 2016
Ascom Ufla
27/01/2015
Cibele Aguiar
O artigo intitulado “O raio cai duas vezes no mesmo lugar”, de autoria do professor José Donizeti
Alves, do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), está chamando a
atenção da imprensa e dos envolvidos no mercado de café. O artigo traz uma perspectiva negativa
para a safra atual – 2015 e também para a safra futura – 2016. O texto original foi publicado na Rede
Social do Café, na Plataforma Peabirus, a maior rede de construção coletiva em assuntos ligados à
cafeicultura.
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“Quando se fala no volume da safra de café para o ano de 2015, a frase que me vem à cabeça é uma
só. Ao contrário do que se imagina, o raio cai duas vezes no mesmo lugar”. De acordo com o
professor, no contexto da cafeicultura, isto quer dizer que o calor e a seca do início de 2014 estão se
repetindo e, como tal, irão afetar, da mesma maneira, a safra de 2015, e com vários agravantes.
O professor destaca no texto que no final de 2013 as chuvas estavam normais, porém, no final de
2014, o volume de chuva estava muito abaixo da média, impondo déficits hídricos acentuados em
varias regiões de Minas Gerais e São Paulo, desde o início do ano. Como consequência, houve, além
da queda na produção de 2014, uma forte queda na taxa de crescimento de ramos (justamente
daqueles que irão produzir neste ano), vários eventos de florada, floradas tardias, abortamento de
flores, queda de chumbinho, seca de ponteiros, entre outros.
O professor Donizeti reforça que na ausência de condições para adubar a lavoura e, em vista de um
forte depauperamento das plantas, muitos cafeicultores prevendo que não iriam produzir nada ou
quase nada, optaram por podar a lavoura. “A semelhança do que ocorreu no início de 2014, seca e
muito calor estão se repetindo neste primeiro mês do ano. O agravante neste caso, é que, hoje, as
lavouras não se encontram no bom estádio vegetativo e reprodutivo daquelas do início de 2014.
Muito pelo contrário, em vista das intempéries (calor e seca) que já estavam instaladas desde o ano
passado e da ausência de tratos culturais desde o inicio da primavera, hoje as lavouras encontram-
se, a exceção das irrigadas, com baixo vigor vegetativo”.
Em sua avaliação, esses dois agravantes, sem sombra de dúvidas, afetarão, em maior dimensão o
volume da próxima safra e, em um segundo plano, a safra de 2016. Destaca-se que em função do
forte calor e seca neste mês de janeiro, o enchimento dos grãos já começou a ser prejudicado. Isto
equivale a dizer que as percentagens de frutos chochos e de frutos pequenos serão bem maiores que
a comumente esperada, caso esses dois fatores não estivessem presentes.
Além disso, em função das várias floradas e, principalmente, da principal florada ter ocorrido
tardiamente, haverá uma grande desuniformidade de maturação e um menor período de
desenvolvimento dos frutos. Esses dois fatores contribuirão para depreciar a qualidade do café.
Para complicar a vida dos cafeicultores, o professor prevê que a safra 2015 terá uma quebra
significativa comparada ao ano anterior. “Se quiserem um número bastante realístico, é possível que
ela varie na faixa de 25 a 28 milhões de sacas de café arábica. Chuvas regulares nos próximos
meses teriam a capacidade de reverter, em parte, a percentagem de frutos chochos e pequenos”,
destaca.
Lavouras de café do Espírito Santo terão chuva apenas em fevereiro
Somar Meteorologia
27/01/2015
Desde o início do ano o Espírito Santo, maior produtor de café conilon do
Brasil, tem enfrentado uma forte seca e altas temperaturas, o que tem
prejudicado as lavouras cafeeiras do Estado. Segundo dados da Somar
Meteorologia, em algumas áreas, onde deveria ter chovido cerca de
150mm não caiu uma gota de água nesse ano. E a previsão indica que
apenas a partir de fevereiro as chuvas voltarão para o estado capixaba.
6. Conselho Nacional do Café – CNC
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Atualmente o Espírito Santo tem uma das piores condições de solo do Brasil, a água disponível na
terra está abaixo de 10%, ou seja, o solo está praticamente seco, o que desfavorece o
desenvolvimento das plantas. Segundo o CNC (Conselho Nacional do Café), a produção do grão
esse ano pode ser menor do que a projetada, porque os meses de janeiro e fevereiro são
fundamentais para as lavouras e as atuais condições climáticas vão trazer prejuízos para a
produtividade.
O primeiro levantamento da safra de café feito pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)
indica que o Brasil teve ter uma produção entre 44,11 e 46,61 milhões de sacas de 60kg. Desse total,
o café conilon deve alcançar uma produção de até 12,21 milhões de sacas de 60kg.
Porém, o órgão também ressalta que números mais próximos da realidade serão vistos no próximo
levantamento, que será feito entre abril e maio, quando os efeitos do clima estarão mais claros e será
possível ter uma projeção melhor em relação a safra desse ano. A maior concentração da colheita de
café no Brasil se verifica entre maio, junho e julho.
As chuvas retornam em fevereiro, na primeira semana do mês que vem a previsão da Somar
Meteorologia é que chova em torno de 30mm no Espírito Santo, valor ainda baixo para recuperar
totalmente a umidade do solo, mas que traz um alívio para os produtores. Já entre os dias 5 e 9 de
fevereiro, o volume acumulado poderá chegar a 70mm, podendo até recuperar algumas lavouras.
Programa Certifica Minas Café já conta com 1.487 propriedades no Estado
Agência Minas
27/01/2015
Minas Gerais possui 1.487 propriedades de café certificadas pelo Instituto
Mineiro de Agropecuária (IMA) quanto às boas praticas de produção. Esta
atividade faz parte do Programa Certifica Minas Café, do Governo de Minas
Gerais, que é executado pelo IMA e Emater-MG – ambos vinculados à
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O
Certifica Minas Café tem como principal objetivo implantar boas práticas de
produção nas propriedades cafeeiras mineiras, de modo a aumentar a
visibilidade e a competitividade do café mineiro nos mercados nacional e
internacional.
O coordenador do Certifica Minas Café na Gerência de Certificação do IMA, Rogério Fernandes,
explica que o programa de certificação é um grande exemplo de como uma iniciativa governamental
tem potencial para mudar a realidade de um sistema produtivo, melhorando a vida do produtor. “Mais
importante do que as possibilidades de ágio e ganho de mercado, a grande marca do Certifica Minas
Café é a melhoria na gestão das propriedades e na relação socioambiental do sistema de produção,
alcançadas quando os produtores cumprem as normas da certificação” afirma.
Uma grande conquista alcançada pelo Certifica Minas Café, em 2014, foi a conclusão de uma
parceria com a UTZ Certified – certificadora de reconhecimento internacional. Por meio desta
parceria, as 1.487 propriedades certificadas podem formar grupos de certificação e solicitar a
equivalência com a UTZ Certified – ANO 1, sem necessidade de uma nova auditoria. Desta forma, os
produtores terão acesso ao mercado externo, com possibilidade de ágio na venda de seus cafés.
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Além da assistência técnica da Emater e das auditorias internas do IMA - ambas realizadas sem ônus
aos produtores - o programa contou, em 2014, também com a atuação das certificadoras externas
IMO Control, Savassi e a World Quality Services (WQS).
Embrapa e UnB descobrem uma proteína de café com efeito similar ao da morfina
Embrapa Café - Gerência de Transferência de Tecnologia
27/01/2015
Fernanda Diniz
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Universidade de Brasília - UnB identificaram
fragmentos de proteína (peptídeos) inéditos no café com efeito similar ao da morfina, ou seja,
apresentam atividade analgésica e ansiolítica, com um diferencial positivo: maior tempo de duração
desses efeitos em experimentos com camundongos. O pedido de patente de sete peptídeos
identificados neste estudo foi encaminhado ao INPI - Instituto Nacional de Propriedade Intelectual no
dia 18 de agosto de 2014, sob o título de "Peptídeos opióides" (PI20140203524-BR).
A caracterização dessas moléculas faz parte da tese de doutorado do estudante Felipe Vinecky,
desenvolvida no Departamento de Biologia Molecular da UnB e na Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia, sob a coordenação do pesquisador Carlos Bloch Júnior. A identificação dos peptídeos
se deu quando Felipe estava em busca de genes de café associados à melhoria da qualidade do
produto, como parte de um projeto desenvolvido em parceria entre a Embrapa e o Centro de
Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD, sigla em
francês).
Ao analisar as sequências gênicas e correspondentes traduzidos protéicos, Felipe e Carlos Bloch
observaram que algumas delas continham fragmentos internos (encriptados) com estruturas
semelhantes a de alguns opióides endógenos de humanos, como por exemplo, a encefalina.
Decidiram, então, sintetizar análogos estruturais para avaliar experimentalmente suas funções
biológicas e efeitos fisiológicos em mamíferos.
Da mesma forma, um concentrado protéico presente no endosperma (maior parte da semente) do
café foi submetido à digestão enzimática in vitro para simular o processo digestivo em humanos e,
assim, deduzir como poderia ser o processo real de biodisponibilização e atividade final dessas
moléculas dentro do organismo.
A partir dos análogos sintéticos, foram realizados testes com camundongos na Universidade de
Brasília, que comprovaram ser o efeito similar ao da morfina. Foi demonstrado, porém, que o tempo
de duração do efeito analgésico é significativamente superior, cerca de quatro horas. Além disso, nas
condições experimentais avaliadas, não foram observados efeitos colaterais que merecessem
registro. Outros experimentos mais direcionados a esse tipo de questão terão que ser executados
para avaliar esse aspecto com o devido rigor cientifico.
Novo conceito em desenvolvimento: proteínas-mãe e peptídeos encriptados
O estudo de proteínas nas quais são identificados fragmentos internos funcionais (peptídeos
encriptados) é parte de um novo conceito em desenvolvimento na área de biomoléculas que foi
iniciado há mais de uma década pela equipe do Laboratório de Espectrometria de Massa da Unidade
(LEM), patenteado em 2006 e publicado em 2012 (confira no endereço:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23029273)
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"Mal comparando, seria como uma Matrioshka (boneca russa) molecular. Dentro da molécula maior
existem outras menores, porém com formas e atividades diferentes da maior de todas ou da maior
imediatamente anterior", explica Carlos Bloch. Tal metodologia foi desenvolvida na Embrapa
Recursos Genéticos e Biotecnologia a partir do conhecimento das vias bioquímicas de
processamento, reparo e degradação de ácidos nucléicos e proteínas associado às técnicas de
bioquímica analítica dominadas pela equipe do Laboratório.
Mais um resultado do genoma do café – É importante ressaltar que nada disso teria sido possível
sem o sequenciamento do genoma funcional do café, em 2004, capitaneado pelo pesquisador da
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Alan Andrade, que resultou num banco de dados com
mais de 200 mil sequências gênicas, das quais cerca de 30 mil já estão identificadas.
O genoma do café foi uma iniciativa do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café,
com o apoio da FAPESP (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo), FINEP
(Financiadora de Estudos e Projetos), INCT Café (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café)
e Instituto UNIEMP (Fórum permanente das relações Universidade-Empresa).
Esse banco fica à disposição das instituições de pesquisa e não é a primeira vez em que é utilizado
com sucesso em prol de descobertas científicas importantes e pedidos de patente. Em 2010, o
pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Eduardo Romano, em parceria com a
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificou genes de tolerância à seca, que podem
ser transferidas a outras culturas, como cana, soja etc.
Em 2013 e 2014, dois pedidos de patentes de autoria de outra pesquisadora da Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia, Juliana Dantas, também foram encaminhados ao INPI. Neste caso,
tratam-se de genes promotores capazes de otimizar o desenvolvimento de organismos
geneticamente modificados, fazendo com que o gene inserido se expresse apenas em partes
específicas das plantas, como flores, frutos etc, e não na planta inteira.
Enfim, o sequenciamento do genoma funcional do café abriu portas para inúmeros resultados
científicos em prol da agropecuária e outros setores da economia, pois disponibilizou para a ciência
um manancial rico e bem organizado de genes. "Essa biblioteca genética tem sido de extrema
importância para as nossas pesquisas e já estamos em busca de outros resultados com diferentes
parceiros públicos e privados", informa Bloch.
Descoberta com potenciais para aplicações biotecnológicas – Os peptídeos apresentam
potencial biotecnológico para aplicação nas indústrias alimentícia e de nutracêuticos. As
características funcionais similares a atividades ansiolíticas e de aumento da saciedade podem ser de
interesse nutricional e animal, contribuindo para o manejo animal humanitário aplicável à pecuária de
corte, especialmente para atenuar o estresse prévio ao abate.
Santos, o grande porto do café
A Tribuna - Editorial
27/01/2015
A exportação de café pelo Porto de Santos foi responsável pelo notável desenvolvimento da Cidade
na virada do século 19 para o século 20. Basta observar o crescimento demográfico registrado: em
1872, a população local era de 9.151 habitantes; em 1913, 41 anos depois, multiplicou-se por dez,
atingiu 88.967 pessoas. Tudo isso foi causado pelo café, produzido no interior paulista e escoado
para o Porto de Santos pela Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, inaugurada em 1867.
9. Conselho Nacional do Café – CNC
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Os efeitos positivos não se limitaram ao movimento portuário, e à necessária construção do
complexo, realizada pela Companhia Docas de Santos. Foi implantada na cidade uma importante
rede de negócios, que envolvia comissários, exportadores, corretores, bancos, armazéns gerais.
Empregos foram gerados, a renda cresceu, a cidade foi modernizada, principalmente a partir do plano
de Saturnino de Brito, nos primeiros anos do Século 20.
De lá para cá, a situação alterou-se. O café deixou de ser o principal produto de exportação brasileira,
e a rede de negócios existentes da cidade enfraqueceu-se. No entanto, o café permanece como uma
importante commodity, e os números relativos à sua produção e exportação mostram sua força. O
Brasil continua a ser o principal produtor mundial, sendo responsável por 38% de todo o consumo de
café no planeta, considerando o volume exportado e o que é vendido internamente.
Em 2014, que foi um ano difícil para as commodities brasileiras, o café despontou. Enquanto os
principais produtos tiveram recuos nos volumes exportados pelo Porto de Santos (como açúcar,
carnes, milho, sucos cítricos) ou pequeno crescimento (soja), o embarque de café em grãos
aumentou 38%. Em 2014 foi registrado o recorde histórico em volume exportado do produto no País,
com mais de 36 milhões de sacas de 60kg, proporcionando uma receita de US$ 6,576 bilhões, 26%
maior do que em 2013.
Santos é, sem dúvida, o grande porto do café brasileiro. Nele foi embarcado, em 2014, 79,1% do total
exportado, número que cresceu mais de 20% em relação ao ano anterior, demonstrando a
importância estratégica do complexo portuário santista para a exportação do produto. Para a pauta
exportadora brasileira, o café segue com destaque. Não é, evidentemente, o principal produto
embarcado (em 2014 sua participação nas exportações totais do País foi de 2,9%, representando
6,6% do agronegócio), mas ainda assim relevante.
E o Brasil tem se mostrado cada vez mais qualificado nas questões técnicas de plantio e cultivo (com
crescimento da produtividade e qualidade), na pesquisa e na capacidade de venda no mercado
internacional. Abrem-se ainda oportunidades crescentes para os cafés diferenciados (gourmet), que
representaram 22% das exportações. O desafio é agregar valor ao café, como fazem vários países
do mundo.