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1. Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
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CLIPPING – 25/02/2015
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Procafé: escurecimento e queda de chumbinho podem ser agravados por estiagem
Fundação Procafé
25/02/2015
J.B. Matiello e S.R. de Almeida, Engs. Agrs. da Fundação Procafé
Nestes dois últimos meses, em janeiro e fevereiro de 2015, muitos produtores e técnicos vem
relatando o escurecimento e grande queda de chumbinhos em cafeeiros, creditando este problema
ao efeito do stress hídrico. As observações em campo tem evidenciado que parte do problema se
deve à falta de chuvas, porém a base tem sido a falta de reservas da planta e não a falta de água em
si.
Cafeeiros que floresceram desfolhados ou debilitados por alta produção no ano passado, agora
mostram os frutinhos pequenos enegrecidos e depois caem. Muitos caem ainda verdes, tendo na
inserção do seu pedúnculo no fruto uma camada farinhosa típica. Alguns técnicos chegam a
recomendar aplicações fungicidas, pensando tratar-se de ação de patógenos. No entanto, ao analisar
como o problema se apresenta, fica claro que não se trata disso e sim do que acabamos de apontar,
a falta de reservas. Mesmo por que, em condições de baixa umidade, a ação de fungos fica restrita
pelo clima.
O enegrecimento e queda de chumbinhos é mais critico em cafeeiros e em ramos onde ocorrem
diferentes floradas. Pesquisa realizada sobre a queda de frutinhos em diferentes condições de ramos
mostrou que o problema foi maior nas plantas desfolhadas e nos ramos de frutificação desigualada
(quadros 1e 2). A explicação para isso está no que se chama de efeito dreno. Os frutos maiores
possuem os vasos do pedúnculo mais facilmente condutores das reservas tendo, assim, prioridade
na sua utilização, ficando os menores sem essas reservas, acabando por serem “expulsos”. Em
palestras, costumamos fazer a comparação com uma porca que tem 11 leitões e apenas 10 tetas
com alimento. Os mais fortes vão tomar as tetas e o mais fraco acaba sucumbindo.
Recentemente, verificou-se que em ramos da face dos cafeeiros, mais batida pelo sol da tarde, essa
queda era maior, isto indicando que a pior condição das reservas nesta parte da planta, estava sendo
influenciada pelo maior stress hídrico. Deste modo, fica explicada a correlação entre stress hídrico e
enegrecimento e queda de chumbinhos, embora, novamente, lembramos que a base principal da
queda é a falta de reservas e a desigualdade de floradas.
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Nível pluviométrico melhora na região da Cooparaiso
CaféPoint
25/02/2015
O nível pluviométrico está praticamente dentro da média
histórica até o dia 20 neste mês de fevereiro na região da
Cooparaiso (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São
Sebastião do Paraíso-MG). O Departamento Agrotécnico da
Cooparaiso divulgou ontem (23/2) seu mais recente Boletim de
Análise de Precipitações e Temperatura.
Apesar da melhora no clima, a Cooperativa destaca que os cafezais ainda sentem os efeitos da
irregularidade das chuvas e o atraso em seu desenvolvimento não poderá ser revertido. A análise
refere-se ao período entre 11 e 20 de fevereiro na área de abrangência da Cooparaiso.
Para os próximos dias, a previsão na cidade de São Sebastião do Paraíso é de sol com algumas
nuvens e possibilidade de chuvas rápidas. Veja as informações disponibilizadas pela Cooparaiso no
site do CaféPoint, através do link http://www.cafepoint.com.br/clima/giro-meteorologico/nivel-
pluviometrico-melhora-na-regiao-da-cooparaiso-93533n.aspx.
O simples ato de tomar um cafezinho ficou para trás
Valor Econômico
25/02/2015
Por Paulo Pedroso
Original: http://www.valor.com.br/cultura/3924606/o-simples-ato-de-tomar-um-cafezinho-ficou-para-tras
Um grão de café flerta com a morte pelo menos três vezes antes de chegar à nossa' xícara. A
primeira, no pós-colheita, quando ocorrem fermentações indesejadas durante a secagem. A segunda,
na torra, que em geral é excessiva e destrói propriedades como doçura e frescor. E a terceira, na
extração, quando máquinas desreguladas e profissionais mal treinados podem enterrar de vez as
qualidades da bebida. Esses exemplos são usados pelo cafeicultor e educador mineiro Bruno Souza
(foto: montagem P1 / reprodução Facebook) para enfatizar a importância de todo o processo.
Esse conhecimento virou tema de discussões apaixonadas. É o que estudiosos chamam de a
"terceira onda do café". A bebida, que tem como característica primordial a capacidade reanimadora -
e deu nome a estabelecimentos onde funcionava como ela de relacionamentos -, hoje passou a
despertar tamanho interesse nos consumidores que a paixão muitas vezes beira o fetichismo. Não é
raro encontrar em cafeterias jovens ostentando tatuagens de xícaras, cafezais e até moléculas de
café. O ato simples de tomar um cafezinho ficou para trás. O consumidor quer saber a procedência, o
tipo de grão e que sensação a experiência irá lhe proporcionar. O fenômeno é mundial, e foi
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impulsionado por redes de cafeterias que passaram a utilizar grãos mais nobres, da espécie arábica,
e a oferecer, além de maior variedade, ambientes confortáveis que favorecem o convívio e a
socialização.
O salto qualitativo fez surgir uma nova classificação, o Café Especial (ou Specialty Coffee, nos EUA),
que vai além da simples "gourmetização" e se tornou alvo de produtores. Para obter esse novo status
que aos poucos se torna uma exigência de consumidores e torrefadores, não basta vencer os
inimigos descritos por Souza. Devem-se cumprir requisitos que vão desde origens e características
físicas dos grãos, como tamanho e cor, até fatores ambientais, como produção e relação com a mão
de obra. É preciso se submeter a sistemas internacionais de pontuação, concursos e, quem sabe, ser
mencionado em publicações especializadas como "Roast Magazine", "Barista Magazine" e "Coffee
Review".
Souza faz parte de uma família do cerrado mineiro envolvida com cafeicultura há quatro gerações e é
um dos responsáveis pela recuperação da imagem do café brasileiro no exterior. Em 2002, viajou
para os EUA para conhecer o mercado americano contribuindo para que torrefações mais famosas,
como a Intelligentsia, de Chicago, aumentassem significativamente seu consumo de grãos brasileiros.
Quando Souza retornou ao Brasil, em 2011, criou a Academia do Café, em Belo Horizonte, um
espaço com tecnologia de ponta para formação técnica com certificação da SCAA (Specialty Coffee
Association of America).
Na Califórnia, numa feira da indústria cafeeira, Souza conheceu outro brasileiro com papel importante
para a mudança de hábitos no consumo do café. Embora sua família estivesse envolvida no ramo
cafeeiro desde o século XIX, Marco Suplicy (foto: montagem P1 / reprodução Facebook) só estreou
na cena paulistana em 2003, quando abriu a cafeteria que leva seu sobrenome. Adotou parâmetros
como foco na qualidade da bebida, treinamento de baristas e torra da matéria-prima com sistema "on
demand". Além disso, propagou o conceito de microlotes - pequenas produções vindas de diferentes
fazendas, colhidas em condições excepcionais. Há dois anos, capitalizou a empresa admitindo um
grupo de investidores e concentrou sua atuação na garantia da qualidade e na distribuição para as
lojas da rede que já passam de uma dezena e chegaram aos principais aeroportos brasileiros.
Embora o crescimento pareça inevitável para quem quer se manter no topo de qualquer atividade
comercial, a carioca radicada em São Paulo, Isabela Raposeiras (foto: montagem P1 / reprodução
Facebook), tem se destacado com apenas uma loja do seu Coffee Lab, na Vila Madalena. Ali
funciona uma cafeteria com microtorrefação e espaço para cursos que ensinam desde como preparar
café em casa até segredos da torra para profissionais.
Isabela aproximou alunos e clientes. Um deles, o torrefador norueguês Tim Wendelboe, esteve em
São Paulo recentemente para uma sessão de "cupping", o ritual de provas onde se pode fazer
sucções ruidosas sem ser visto como mal-educado. A degustação ocorreu no estúdio da Fazenda
Ambiental Fortaleza (FAF), em São Paulo, onde o produtor Felipe Croce (foto: montagem P1 /
reprodução Facebook) apresentou mais de uma dezena de variedades.
Aos 35 anos, o norueguês já tem três livros publicados e títulos de campeão mundial de baristas em
2004 e de degustadores em 2005. As amostras sorvidas em pequenas colheres suscitaram
observações que fariam um enófilo se sentir intimidado. São aromas florais, cítricos, químicos e
láticos, que, entre centenas de outros, têm relação com o terreno, a variedade e o processo de
secagem. Wendelboe enalteceu alguns exemplares, solicitou amostras e não deixou de criticar a
qualidade da água utilizada, substituída pelo anfitrião por outra mais leve. Na sua cafeteria em Oslo,
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ou em lugares "hypados" de Tóquio ou Nova York que servem seus cafés, pode-se apreciar suas
criações, muitas vezes originárias de um "terroir" específico. A água conta muito. Isabela elogia a
água da Noruega. O chef dinamarquês René Redzepi serve os cafés de Wendelboe no seu
restaurante Noma, eleito quatro vezes o melhor do mundo pela revista inglesa "Restaurant".
O perfil de torra conhecido como nórdico não é unanimidade, no entanto. Para alguns críticos, a
matéria-prima é subtorrada, o que gera acidez exagerada no paladar. Croce diz que não existe um
estilo melhor que o outro. Além de Wendelboe, ele vende para torrefadores como Blue Bottle, do
Oregon, e Coutume, de Paris, que produzem resultados diferentes a partir do mesmo grão.
Criado em Chicago, nos EUA, onde viveu quase duas décadas, Croce está à frente de um negócio de
cinco gerações, localizado em Mococa, Sul de Minas Gerais. Aos 27 anos, é responsável pela
presença de cafés em quase 30 países.Em São Paulo, aos poucos, surgem novos empreendimentos,
geralmente tocados por jovens egressos do Coffee Lab, Suplicy, Santo Grão e Octavio Café. Um
deles é o Sofá Café, que, com apenas dois anos, já está entre os três melhores da cidade.
Recentemente, o engenheiro florestal Diego Gonzales, proprietário da casa, surpreendeu os
competidores com a abertura de uma unidade em Boston, nos EUA, além das três que já tem por
aqui. Para uma cidade que tem o café como sinônimo de sua história, a nova onda ainda é discreta
em relação a grandes centros, como Nova York, Londres e Tóquio.
Até Paris, que até recentemente era criticada pelos seus cafés, concentra hoje uma boa quantidade
de jovens torrefadores. Em Roma, no Sant’Eustachio Il Caffè, pode-se provar "blends" da variedade
arábica vindos do Brasil e da América Central. O proprietário, Roberto Ricci, reforça o fato de que o
crescimento da Starbucks estimulou os donos de cafeterias a melhorar a qualidade dos produtos.
Para ele, é preciso respeitar a cultura local. O amargor, que muitas vezes é criticado nos tradicionais
espressos, precisa apenas ser equilibrado, pois faz parte do paladar deles, diz.
Se a Starbucks tirou os proprietários de cafeterias da acomodação, a Nespresso fez sua parte com os
consumidores quando apresentou uma solução prática e visualmente limpa, conferindo sofisticação
ao ato de preparar e oferecer uma gama variada de cafés em casa. Recentemente em Belo
Horizonte, no Salão Internacional do Café, o especialista belga que vive em Barcelona Kim
Ossenblok, conhecido pelo blog Barista Kim, fez uma palestra para um auditório lotado.
O engenheiro químico e "coffee hunter" Ensei Neto (foto: montagem P1 / reprodução Facebook), que
já fez parte do comitê de normas técnicas da SCAA (Specialty Coffee Association of America), diz que
ainda veremos nossos melhores grãos ficando mais por aqui. Seus cursos recebem profissionais que
querem se enquadrar em novos patamares de qualidade. E sua voz é a voz da maioria dos militantes
dessa revolução cafeeira. É preciso questionar algumas convicções e desmontar mitos, como o de
que o café amargo é forte, o forte é bom e assim por diante. Não é fácil - é cultural e, sobretudo,
emocional, já que ao longo da vida construímos memórias gustativas e olfativas que nos remetem a
sensações de bem-estar, e nos apegamos a elas.
Cinco xícaras de café por dia podem prevenir Parkinson e câncer de fígado
Zero Hora
25/02/2015
Talvez pareça uma quantidade exagerada, mas cinco xícaras de café por dia
podem prevenir uma série de doenças, segundo um relatório de saúde realizado
pelo governo americano.
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Especialistas que compõem o Dietary Guidelines Advisory Committee — um grupo que ajuda os EUA
a formular diretrizes alimentares desde merendas escolares a rótulos de embalagens — indicam que
o consumo pode diminuir o risco de desenvolver diabetes, doença cardíaca, Parkinson e câncer de
fígado.
— Eu não quero dizer que o café cura o câncer. Ninguém pensa isso. Mas não há nenhuma
evidência de que o consumo da bebida aumenta o risco da doença. O que sabemos é que acontece
justamente o contrário, explica o nutricionista Tom Brenna, da Universidade de Cornell.
A recomendação do comitê é que o consumo ideal diário de café seja de três a cinco xícaras.
Segundo os cientistas, não foram encontrados maiores benefícios nos casos em que o consumo de
café foi maior do que o indicado.
Eles ainda ressaltam que grávidas devem consultar o médico para saber a quantidade indicada da
bebida, mas sugerem que duas xícaras seja o suficiente.
Estudos comprovam que a ingestão não exagerada de café pode trazer outros benefícios para a
saúde, como: menor incidência de zumbido no ouvido, redução do risco de câncer de fígado e
prevenção de doenças.
Uganda: exportação de café deve cair 30% em fevereiro, para 250 mil sacas
Agência Estado
25/02/2015
As exportações de café por Uganda devem cair 30% em fevereiro ante igual mês do ano passado,
em virtude de uma seca que afetou o rendimento das lavouras, informou Autoridade para
Desenvolvimento de Café do país (UCDA, na sigla em inglês). No mês, os embarques de café devem
somar 250 mil sacas de 60 quilos, abaixo das 354,8 mil sacas exportadas em fevereiro do ano
passado.
Entre outubro e janeiro, período que compreende os quatro primeiros meses da temporada 2014/15,
as exportações apresentaram retração de 12% em volume, para 985,02 mil sacas. O valor dos
embarques alcançou US$ 130 milhões, um incremento de 14% na comparação com igual período da
safra anterior. A temporada de café de Uganda, principal exportador africano da commodity, vai de
outubro de um ano a setembro do ano seguinte.
A redução das exportações de Uganda acontece em um momento de estoques apertados no
mercado mundial de café, após uma forte estiagem ter reduzido a produção do Brasil. O governo de
Uganda pretende que sejam plantadas 300 milhões de pés de café nos próximos três anos, em um
programa de renovação das lavouras. O objetivo do projeto é aumentar a produção e exportação do
grão, além de dar ao país maior espaço no mercado internacional de café. Fonte: Dow Jones
Newswires.