Pesquisa da USP demonstra que o óleo extraído da borra de café é viável para produção de biodiesel em pequena escala. O processo extrai o óleo usando etanol e o converte em biodiesel usando um catalisador alcalino. A pesquisa mostra que 1kg de borra produz até 100ml de óleo, gerando cerca de 12ml de biodiesel.
1. CLIPPING — 15/02/2011
Acesse: www.cncafe.com.br
Borra de café é matéria-prima para produção de biodiesel
Correio do Brasil
15/02/2011
Redação, com Agência USP
Pesquisa do Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia da USP demonstra que o óleo
essencial extraído da borra de café é uma matéria-prima viável para a produção de biodiesel. A
elaboração do combustível a partir do resíduo foi testada pela professora de química Denise Moreira
dos Santos em escala laboratorial. O estudo recomenda a produção do biodiesel em pequenas
comunidades, para o abastecimento de tratores e máquinas agrícolas.
– No Brasil, há um grande consumo de café, calculado em 2 a 3 xícaras diárias por habitante, por
isso a produção de resíduo é intensa em bares, restaurantes, casas comerciais e residências –,
conta a professora.
– O óleo essencial, responsável pelo aroma do café, já é utilizado em química fina, mas sua extração
diretamente de grãos de alta qualidade é muito cara.
A borra do café também contém óleos essenciais, que podem contaminar o solo quando o resíduo é
descartado no meio ambiente.
O processo de obtenção do biodiesel é o mesmo adotado com outras matérias-primas.
– O óleo essencial é extraído da borra de café por meio da utilização de etanol como solvente. Após
a extração, o óleo é posto em contato com um catalisador alcalino, que realiza uma reação de
tranesterificação com a qual se obtém o biodiesel.
As características dos ácidos graxos do óleo essencial do café são semelhantes aos da soja, embora
estejam presentes em menor quantidade.
A partir de um quilo de borra de café é possível extrair até 100 mililitros de óleo, o que geraria cerca
de 12 mililitros de biodiesel.
– No Brasil são consumidas aproximadamente 18 milhões de sacas de 60 quilos de café, num total
de 1,08 milhões de toneladas, o que irá gerar uma quantidade considerável de resíduos –, aponta a
professora.
– Todo o experimento para obtenção de biodiesel foi realizado em escala laboratorial –, explica
Denise, que é professora do curso técnico de Química do Centro Estadual de Educação Tecnológica
Paula Souza (CEETPS), em São Paulo.
– O objetivo da pesquisa é mostrar aos alunos que é possível aproveitar um resíduo que é
descartado no ambiente para a produção de energia.
Segundo a professora, a implantação do processo de produção do biocombustível em escala
industrial dependeria de um trabalho de conscientização da população para não jogar fora a borra de
café, que seria recolhida para extração do óleo.
Conselho Nacional do Café – CNC
SGAN, Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA – Salas 5 e 6 - CEP 70830-903 – Brasília (DF)
Ass. Imprensa: (61) 2109-1637 / 8114-6632 – Fax: (61) 2109-1638
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
2. – Sua utilização é indicada para pequenas comunidades agrícolas, que produziriam seu próprio
biodiesel para movimentar máquinas –, sugere.
Denise lembra que em algumas fazendas de café, a borra é armazenada no referigerador para ser
usada como fertilizante.
– Entretanto, seu uso frequente pode fazer com que os óleos essenciais contaminem o solo –, alerta.
– O aproveitamento desse resíduo para gerar energia pode não ser uma solução mundial, mas está
ao alcance de pequenas localidades.
Conab antecipa propostas de preços mínimos
Ascom Conab
15/02/2011
Raimundo Estevam
A Conab está antecipando a elaboração dos estudos de preços mínimos de produtos da safra de
inverno e regionais, como trigo, aveia, centeio, girassol, guaraná, castanha de caju, café e outros. A
intenção é fechar as propostas dos preços mínimos até o fim deste mês.
O objetivo do trabalho é atender orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) de antecipação do lançamento do Plano Safra 2011/2012 para o primeiro semestre deste
ano.
Para desenvolver o trabalho, os técnicos da Superintendência de Gestão da Oferta (Sugof) levam
em consideração aspectos relacionados à conjuntura do mercado interno e externo, a oferta e
demanda nacional e mundial, a evolução dos preços e os custos de produção, além da paridade de
importação e exportação.
Segundo o superintendente da Sugof, Carlos Eduardo Tavares, o cenário atual do comportamento
do mercado sofre influência de fatores externos e internos, tais como o clima, com secas
prolongadas e invernos rigorosos, a crescente demanda puxada principalmente pela China e
especulações observadas nas bolsas de commodities mundiais.
Receita com grão verde sobe 74,4% em jan; volume cresce 24%
Agência Estado
15/02/2011
Tomas Okuda
A receita cambial com exportação de café verde apresentou elevação de 74,41% em janeiro
passado, em comparação com o mesmo mês de 2010. O faturamento alcançou US$ 562,8 milhões,
ante US$ 322,7 milhões, conforme relatório da Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério
da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O volume embarcado no período teve alta de
23,92%, para 155.251 mil toneladas ante 125.286 mil de t em janeiro de 2010.
O preço médio de exportação teve elevação de 40,75% no período, de US$ 2.576/t para US$
3.625/t. A receita cambial cresceu entre todos os 15 principais destinos do café verde brasileiro em
janeiro, com exceção da Eslovênia, cujo valor caiu 9,56%, para US$ 7,4 milhões. Os destaques de
alta, em termos porcentuais foram: Rússia (166,55%), Canadá (165,14%), Bélgica (136,17%) e
Reino Unido (136,05%).
Conselho Nacional do Café – CNC
SGAN, Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA – Salas 5 e 6 - CEP 70830-903 – Brasília (DF)
Ass. Imprensa: (61) 2109-1637 / 8114-6632 – Fax: (61) 2109-1638
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
3. O principal comprador de café verde brasileiro em janeiro, em volume, foi a Alemanha, que
apresentou aumento de 18,83% ante janeiro de 2010. O segundo principal importador foram os
Estados Unidos (alta de 47,66%). Entre os principais compradores, cresceu significativamente o
volume embarcado para Canadá (95,86%), Rússia (85,23%), Reino Unido (63,07%) e Bélgica
(61,40%). Em termos porcentuais, houve queda no volume vendido para apenas cinco destinos:
Eslovênia (-31,57%), Suécia (-11,86%), Japão (-11,52%), França (-7,04%) e Países Baixos (-5,43%).
Acompanhe a seguir os resultados das exportações de café verde por destino:
Janeiro 2011 Janeiro 2010
PAÍSES
US$ MIL t US$/t US$ MIL t US$/t
Alemanha 118.065 32.898 3.589 72.258 27.685 2.610
EUA 117.771 31.675 3.718 56.155 21.451 2.618
Itália 63.639 16.594 3.835 38.519 14.662 2.627
Bélgica 45.520 11.038 4.124 19.274 6.839 2.818
Japão 33.953 9.005 3.770 29.355 10.177 2.884
Espanha 15.461 4.523 3.418 7.895 3.118 2.532
Rússia 11.387 2.821 4.037 4.272 1.523 2.805
Canadá 10.656 2.936 3.629 4.019 1.499 2.681
Suécia 10.518 2.869 3.666 8.791 3.255 2.701
Venezuela 10.008 2.393 4.182 - - -
França 9.976 2.893 3.448 7.922 3.112 2.546
R. Unido 8.630 2.084 4.141 3.656 1.278 2.861
P. Baixos 8.450 2.297 3.679 6.343 2.429 2.611
Cpréia/Sul 8.180 2.052 3.986 4.485 1.696 2.644
Eslovênia 7.364 2.729 2.698 8.142 3.988 2.042
Sub-total 479.578 128.807 3.723 271.086 102.712 2.639
Outros 83.253 26.444 3.148 51.620 22.574 2.287
Total 562.831 155.251 3.625 322.706 125.286 2.576
Fonte: Análise das Informações de Comércio Exterior (Alice)
Elaboração: Decom/SPC/Mapa
Receita com solúvel cai 12% em janeiro; volume reduz 16%
Agência Estado
15/02/2011
Tomas Okuda
A receita cambial com exportação de café solúvel apresentou queda de 12,08% em janeiro passado,
em relação ao mesmo mês de 2010. Os industriais faturaram US$ 29,3 milhões, em comparação
Conselho Nacional do Café – CNC
SGAN, Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA – Salas 5 e 6 - CEP 70830-903 – Brasília (DF)
Ass. Imprensa: (61) 2109-1637 / 8114-6632 – Fax: (61) 2109-1638
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck