O documento discute polifarmácia e as medicações mais utilizadas. Ele fornece informações sobre a diferença entre remédios e medicamentos, benefícios e malefícios de chás, quando idosos e crianças podem tomar chás, e formas farmacêuticas de medicamentos. O documento também discute medicamentos genéricos versus de referência, classificação de medicamentos de acordo com prescrição médica, e diferenças entre farmácias e drogarias.
2. QUAL A DIFERENÇA ENTRE REMÉDIO E MEDICAMENTO?
A idéia de remédio está associada a todo e qualquer tipo de cuidado utilizado para curar ou aliviar doenças, sintomas,
desconforto e mal-estar.
Alguns exemplos de remédio são: banho quente ou massagem para diminuir as tensões; chazinho caseiro e repouso
em caso de resfriado; hábitos alimentares saudáveis e prática de atividades físicas para evitar o desenvolvimento de
doenças crônicas não transmissíveis; medicamentos para curar doenças, entre outros.
Já os medicamentos são substâncias ou preparações elaboradas em farmácias (medicamentos manipulados) ou
indústrias (medicamentos industriais), que devem seguir determinações legais de segurança, eficácia e qualidade.
Assim, um preparado caseiro com plantas medicinais pode ser um remédio, mas ainda não é um medicamento; para
isso, deve atender uma série de exigências do Ministério da Saúde, visando garantir a segurança dos consumidores.
Todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento
3. Benefícios e malefícios - chás
Sene
Benefício: auxilia no combate à prisão de ventre
Malefício: pode causar diarreia em crianças e idosos se consumida sem moderação
Canela
Benefício: auxilia no combate a resfriados
Malefício: acelera o ritmo dos batimentos cardíacos, um risco para idosos e crianças
Babosa
Benefício: auxilia na cicratrização da pele e couro cabeludo
Malefícios: se ingerida, pode causar hemorragia digestiva
Cabacinho
Benefício: Sua inalação ajuda a combater a sinusite
Malefício: o contato com a espuma, formada a partir da fervura das folhas, pode causar hemorragia nasal
4. Idosos e crianças podem tomar chás, sem maiores problemas?
Não. Como o organismo de bebês e pessoas de idade é bastante frágil, eles só devem tomar chás em pequenas
quantidades e sempre com supervisão de um médico ou de um nutricionista. Em geral, os idosos tomam um pouco de
chá de erva- cidreira (também chamada de capim-limão) para estimular o sono e os bebês têm direito a um chazinho
de camomila para combater as cólicas de estômago ou de intestino.
Os chás digestivos podem ser tomados durante as refeições?
Não. É contra-indicada a ingestão de líquidos junto com as refeições. Se a pessoa tem dificuldades na digestão,será
suficiente, ao longo do dia, ingerir chás digestivos. Ou até 30 minutos antes e duas horas após ter comido.
5. O QUE SÃO FORMAS FARMACÊUTICAS?
São as diferentes formas físicas que os medicamentos podem ser apresentados, para possibilitar o seu uso pelo
paciente.
Quais são as formas farmacêuticas? • Comprimidos • Cápsulas, pós e granulados • Xaropes • Soluções (gotas,
nasais, colírios, bochechos e gargarejos • e injetáveis) • Supositórios, óvulos e cápsulas ginecológicas • Aerossóis •
Pomadas e suspensões
POR QUE EXISTEM AS DIFERENTES FORMAS FARMACÊUTICAS? • Para facilitar a administração. • Garantir a
precisão da dose. • Proteger a substância durante o percurso pelo organismo. • Garantir a presença no local de ação.
• Facilitar a ingestão da substância ativa
6. QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS MEDICAMENTOS GENÉRICOS, DE REFERÊNCIA E SIMILARES?
Medicamento de Referência • Medicamento inovador que possui marca registrada, com qualidade, eficácia
terapêutica e segurança comprovadas através de testes científicos. Registrado pela Anvisa. • Ele servirá de parâmetro
para registros de posteriores medicamentos similares e genéricos, quando sua patente* expirar.
-------------------------------------------------------------- REFERÊNCIA = INOVADOR para SIMILAR E GENÉRICO
--------------- Medicamento Similar • São produzidos após vencer a patente dos medicamentos de referência e são
identificados por um nome de marca. • Possuem eficácia, segurança e qualidade comprovadas através de testes
científicos e são registrados pela Anvisa. • Possuem o mesmo fármaco e indicação terapêutica do medicamento de
referência, podendo diferir em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade,
embalagem, rotulagem, excipientes e veículos. • Não podem ser substituídos pelo medicamento de referência nem
pelo medicamento genérico.
-------------------------------------------------------------- SIMILAR ≠ REFERÊNCIA E GENÉRICO --------------------------------------
7. Medicamento Genérico
• É igual ao medicamento de referência e possui qualidade, eficácia terapêutica e segurança comprovadas
através de testes científicos. Registrado pela Anvisa. • Não possui nome de marca, somente a denominação
química de acordo com a Denominação Comum Brasileira (DCB). • Pode ser substituído pelo medicamento de
referência pelo profissional farmacêutico ou vice-versa.
--------------------------------------------------- GENÉRICO = REFERÊNCIA ---------------------------------------------------------
IMPORTANTE Todo medicamento genérico traz na sua embalagem uma faixa amarela com o “G” de genérico
em destaque e a identificação “Medicamento Genérico”.
8. OS MEDICAMENTOS SEGUNDO O TIPO DE PRESCRIÇÃO
As embalagens também são utilizadas para informar a classificação de venda dos medicamentos.
Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) São medicamentos que não necessitam de prescrição,
mas devem ser utilizados de acordo com a orientação de um profissional farmacêutico. A
embalagem destes medicamentos não possui tarja.
Medicamentos DE VENDA SOB PRESCRIÇÃO - Devem ser prescritos pelo profissional médico ou
dentista e são divididos em dois grupos: • Sem retenção de receita - apresentam TARJA
VERMELHA na embalagem contendo o seguinte texto: VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
• Com retenção de receita - apresentam TARJA VERMELHA ou TARJA PRETA na embalagem
contendo o seguinte texto: VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SÓ PODE SER VENDIDO COM
RETENÇÃO DA RECEITA.
9. Você sabia?
O uso de algumas classes de medicamentos ou ainda a associação do uso de várias medicações, chamada de
polifarmácia, também aumenta o risco de quedas no idoso.
Alterações no nível de consciência, da frequência cardíaca ou pressão arterial, sonolência excessiva, tontura,
sudorese, podem ser efeitos adversos de medicamentos, com potencial aumento no risco de quedas. Esses
sintomas devem ser comunicados ao seu médico para que mudanças na prescrição possam ser instituídas, se
isso for necessário.
Como prevenir quedas em idosos – Albert Einstein
https://youtu.be/X7P9geYRPdw
QUAL A DIFERENÇA ENTRE FARMÁCIA E DROGARIA?
17. As necessidades podem mudar de cor por causa de pigmentos de alimentos, remédios ou por causa de doenças. Em
condições normais, a cor do xixi é amarela ou amarela-escuro. Quanto mais clara for a urina, melhor é a hidratação do
organismo.
Quando o xixi se apresenta numa cor castanho-escuro pode ser sinal de problema no fígado. O xixi turvo
indica infecção urinária, nefrite ou inflamação nos rins. A urina leitosa é sinal de infecção do trato urinário e
pode indicar também infecção por bactérias, ou a presença de cristais, gordura, leucócitos ou hemácias.
Quando o xixi apresenta sangue, pode indicar cistite, próstata dilatada, tumor renal, tuberculose, cálculos da bexiga,
infecção renal ou câncer do rim. O xixi marrom escuro é sinal de transtorno hepático ou cirrose. Todas estas
condições devem ser avaliadas pelas pessoas. No caso de mudanças na cor do xixi, procure logo um médico.
No caso do cocô, a mudança pode acontecer na forma, na cor e na consistência. As fezes podem indicar problemas
com a alimentação e doenças. Em condições normais, as fezes apresentam a coloração castanho-escura.
As fezes esbranquiçadas podem apontar para problemas no sistema biliar, hepatites, cistos hepáticos e
cirrose. O cocô preto pode indicar sangramento no sistema digestivo, úlceras gástricas, entre outros
problemas. Por fim, as fezes avermelhadas indicam sangramento na parte inferior do trato gastrointestinal.
18. Os laxantes são medicamentos que têm como função o estímulo à evacuação das fezes, ou seja, eles ajudam a
eliminar as fezes com mais facilidade em casos de constipação. Esse tipo de medicamento deve ser tomado com
orientação médica, mas muitas pessoas utilizam os laxantes com foco no emagrecimento, o que pode trazer sérios
problemas de saúde.
Existem vários tipos de laxantes à venda nas farmácias, e não é necessário ter uma receita médica para comprar o
medicamento. Os principais laxantes são salinos, estimulantes ou lubrificantes. No organismo, o laxante age para
evacuar o cólon. A medicação é recomendada para pessoas que precisam passar por exame retal ou do intestino.
Laxante para redução de peso
Pesquisas indicam que muitas pessoas utilizam o laxante para a perda de peso. Nos Estados Unidos, por exemplo,
diversas marcas de laxante fazem propaganda enfatizando a promessa de perda de peso. Por esse motivo, os
laxantes têm sido frequentemente associados a distúrbios alimentares, como a bulimia e a anorexia nervosa.
19. Tipos de Laxantes
O que diferencia os laxantes é o seu mecanismo de ação e ingrediente ativo. Os laxantes podem ser encontrados na
forma de comprimidos, remédios líquidos e supositórios.
Os principais agentes dos medicamentos são:
Agente produtor de volume fecal – Inclui uma grande quantidade de fibras.
Surfactantes – Age de forma a fazer com que a água e a gordura do organismo se juntem nas fezes, tornando-as
mais fáceis de serem evacuadas.
Lubrificantes – Tornam as fezes mais líquidas.
Hidratantes – Juntam mais água no intestino.
Existem ainda os agentes salinos e os hiperosmóticos. Use laxantes apenas em casos de prisão de ventre crônica.
Em situações mais graves, o uso de laxante pode provocar paralisia intestinal, síndrome do intestino irritável e
pancreatite.
28. Tratamento farmacológico
Na Doença de Alzheimer, acredita-se que parte dos sintomas decorra de alterações em uma substância presente no
cérebro chamada de acetilcolina, que se encontra reduzida em pacientes com a doença. Um modo possível de tratar
a doença é utilizar medicações que inibam a degradação dessa substância.
A primeira medicação, testada há mais de 30 anos, foi a fisostigmina, que apesar de proporcionar melhora da
memória foi inutilizada por provocar muitos efeitos colaterais.
A primeira droga utilizada em larga escala e aprovada pela agências reguladoras, em 1993, foi a tacrina. Porém, essa
medicação caiu em desuso com o advento de novas medicações, pela dificuldade na administração e pelo risco de
complicações e efeitos adversos.
As medicações que atuam na acetilcolina, e que estão aprovadas para uso no Brasil nos casos de demências leve e
moderada, são a rivastigmina, a donepezila e a galantamina (conhecidas como inibidores da acetilcolinesterase ou
anticolinesterásicos)
29. A memantina é outra medicação aprovada para o tratamento da demência da Doença de Alzheimer. Ela atua
reduzindo um mecanismo específico de toxicidade das células cerebrais. É possível também que facilite a
neurotransmissão e a neuroplasticidade. O uso da memantina, isoladamente ou associada aos anticolinesterásicos, é
indicado no tratamento das pessoas com Doença de Alzheimer nas fases moderada a grave.
Para o tratamento da demência da Doença de Alzheimer nas fases leve a moderada, até o momento, a memantina
tem demonstrado resultados conflitantes entre os estudos. Portanto, não há respaldo na literatura científica para o uso
da memantina nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer.
Os sintomas comportamentais e psicológicos podem ser tratados com medicações específicas e controladas. Muitas
medicações, com expectativa de bons resultados, podem ser indicadas para o tratamento e o controle de agitação,
agressividade, alterações do sono, depressão, ansiedade, apatia, delírios e alucinações.
Outras medicações e substâncias
Não são incomuns prescrições de outras substâncias e medicações para o tratamento da demência da Doença de
Alzheimer. As evidências, até o momento, são de ineficácia do tratamento com ginkgo biloba, selegilina, vitamina E,
Ômega 3, redutores da homocisteína, estrogênio, anti-inflamatórios e estatina. Sendo assim, o uso dessas
substâncias e medicações, com fim específico de tratamento para a demência, não é recomendado.
30. É importante lembrar e compreender que atualmente não existe cura para a doença. Porém, ela pode e deve ser
tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. A grande barreira para se
curar a doença está na própria genética humana. No cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não
se renovam.
Por isso, nada há a fazer diante da morte das células produtoras da dopamina na substância negra. A grande arma da
medicina para combater o Parkinson são os remédios e cirurgias, além da fisioterapia e a terapia ocupacional. Todas
elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é muito importante para os que têm problemas com a
fala e a voz.
a) Levodopa ou L-Dopa ainda é o medicamento mais importante para amenizar os sintomas da doença. A levodopa
se transforma em dopamina no cérebro, e supre parcialmente a falta daquele neurotransmissor. Infelizmente, o uso
prolongado de muitos anos pode causar reações secundárias bastante severas, como os movimentos involuntários
anormais. Além da levodopa, existem diversos outros que complementam o arsenal de medicamentos para combater
os sintomas da doença. (Veja tabela de medicamentos no final desta página)
B) Cirurgias
As cirurgias também podem ser bastante benéficas para determinados pacientes. As cirurgias consistem em lesões
no núcleo pálido interno (Palidotomia) ou do tálamo ventro-lateral (Talamotomia), que estão envolvidos no mecanismo
40. Os anti-inflamatórios são remédios indicados para o tratamento da dor e de inflamações. Existem diversos tipos de
anti-inflamatórios, entre eles o diclofenaco, o ibuprofeno, a indometacina, a nimesulida, o cetoprofeno e o etodolaco.
Essas fómulas começaram a ser descobertas em 1970, quando chegou-se ao mecanismo de ação da aspirina. Os
compostos funcionam como inibidores de uma enzima chamada ciclooxigenase (COX), que produz substâncias que
causam inflamação.
Por aliviarem a dor, os anti-inflamatórios passaram a ser utilizados sem indicação médica, o que levou à preocupação,
pois o uso crônico destes medicamentos pode causar perfurações, úlceras e sangramentos estomacais.
Hoje, existem remédios que atuam apenas para inibir a enzima presente nas inflamações, mas que não interferem
nas enzimas presentes no estômago. Esse tipo de fórmula não causa lesão gástrica.
Entre os remédios mais indicados estão: o celecoxib, o valdecoxib, o etoricoxib e o lumiracoxib. Vale ressaltar que, em
qualquer condição, o uso contínuo de anti-inflamatórios não é recomendado.