1) O documento discute as correntes de pensamento naturalista e contratualista que explicam a vida em sociedade. 2) A corrente contratualista defende que o homem vive em sociedade por vontade própria através de um contrato social. 3) Filósofos contratualistas como Maquiavel, Hobbes e Rousseau influenciaram o pensamento político ao defenderem que o Estado nasce de um contrato entre as pessoas.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
ciência política - introdução
1. Ciência Política A
Aula 1
2ºBimestre – 2017
Profº Me. Matheus Petrolli
Profº Me. Matheus Petrolli - 2ºBimestre/2017 1
2. CORRENTES DE PENSAMENTO que explicam a vida em
sociedade:
NATURALISTA – Sustenta a existência de uma sociedade
natural, isto é, há uma exigência da própria natureza do homem,
que o induz a viver agregadamente junto a seus semelhantes.
Filósofos Naturalistas: Aristóteles, Cícero, Santo Thomas de
Aquino.
CONTRATUALISTA – Defende a posição de que o homem vive
em sociedade por vontade própria, isto é, mediante um ato
consciente de vontade (um contrato).
.
3. Filósofos Contratualistas
Maquiavel, defensor do Estado como entidade nascida do contrato
entre o povo e o príncipe.
Thomas Hobbes (1588-1679), cuja obra “O Leviatã” é considerada a
primeira sistematização da doutrina contratualista. Afirmou que todo
Estado nasce do contrato mútuo entre os homens.
John Locke (1632-1704) autor de O Governo Civil;
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) autor de O contrato social.
4. Contratualismo
O contratualismo é, acima de tudo, uma teoria prescritiva
acerca da melhor ordem política.
A ideia do contrato como instituidor da relação social e,
portanto, expressão de vínculo necessário entres os
indivíduos foi discutida e defendida por vários
pensadores:
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•Para legitimar o poder do Estado, uma das
teorias que é comum na época é a teoria
contratualista.
•Os filósofos contratualistas partem da análise do
homem em estado de natureza, isto é, antes de
qualquer sociabilidade, quando por hipótese,
desfruta de todas as coisas, realiza os seus
desejos e é dono de um poder ilimitado.
6. Maquiavel sec. XVI
• Maquiavel não admitia um fundamento anterior
e exterior à política (Deus, Natureza ou Razão).
• Toda cidade é dividida por dois desejos: o dos
grandes de oprimir e comandar e o do povo de
não ser oprimido e nem comandado.
• A cidade é tecida por lutas internas. Assim, não
é uma comunidade homogênea nascida da
vontade divina, da ordem natural ou da razão
humana.
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7. • Opõem-se ao conceito da boa comunidade política constituída
para o bem comum e a justiça.
• A sociedade é dividida e não pode ser vista como uma
comunidade una, indivisa, homogênea, voltada para o bem
comum.
• A política é obra dos conflitos existentes na própria sociedade
e a sua finalidade não é, como diziam os pensadores gregos,
romanos e cristãos, a justiça e o bem comum, mas a tomada e
manutenção do poder.
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8. •O verdadeiro príncipe é aquele que sabe tomar e
conservar o poder.
•O príncipe precisa ter virtú, ou seja, as qualidades
para tomar e permanecer no poder, mesmo que
use a violência, a mentira, a astúcia e a força.
•O príncipe não pode ser odiado, mas respeitado e
temido.
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9. Virtú e Fortuna
• A virtú não consiste num conjunto fixo de qualidades morais opostas à
fortuna.
• Virtú é a capacidade do príncipe para ser flexível às
circunstâncias, mudando com elas para agarrar e dominar a
fortuna.
• Um príncipe deve mudar com a sorte, deve ser volúvel, inconstante.
Dependendo das circunstâncias, será cruel ou generoso, mentirá ou será
honrado, deverá ceder à vontade dos outros ou ser inflexível.
10. •A fortuna é sempre favorável para quem
deseja agarrá-la. É a sorte que se oferece
como presente para quem é ousado e está
disposto a vencê-la.
•O ethos ou o caráter do príncipe deve
variar com as circunstâncias.
11. Excertos da obra O Príncipe
“(...) O que melhor souber valer-se das qualidades da
raposa se sairá melhor. Mas é necessário disfarçar
muito bem esta qualidade e ser bom simulador e
dissimulador. E tão simples são os homens, e
obedecem tanto às necessidades presentes, que
aquele que engana sempre encontrará quem se
deixe enganar.” (Nicolau Maquiavel – O Príncipe)