A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos que causa febre alta e outros sintomas. Ao longo da história, teve surtos devastadores no Brasil nos séculos XVI-XIX, sendo estudada por cientistas como Oswaldo Cruz e Hideyo Noguchi. Foi descoberto que é causada por um vírus e desenvolvida uma vacina eficaz no século XX, controlando a doença no país.
2. É uma doença infecciosa não contagiosa, causada
por um arbovírus do gênero Flavivirus , pertencente à
família Flaviridae.
As manifestações da doença são repentinas: febre
alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular,
náuseas e vômitos por cerca de três dias.
3. Transmissão:
É Transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou
silvestres, sua manifestação é idêntica em ambos os
casos de transmissão;
4. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre
amarela é principalmente o mosquito Haemagogus.
Já no meio urbano, a transmissão se dá através do
mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue).
6. Os séculos XV e XVI marcam o começo de um período histórico
chamado Idade Moderna, que se estende até o final do século XVIII.
O primeiro acontecimento significativo da Idade Moderna foram as
Grandes Navegações.
7. Em cerca de 2 meses após os espanhóis travarem
guerra contra os indígenas , na batalha de Vega real
ou Santo Serro .
Na ilha espanhola (Haiti), irrompeu uma epidemia de
Febre amarela.
9. O Jesuíta Raymound Bréton foi o primeiro a se
referir á febre amarela com relativa precisão ;
Afirmou que a primeira epidemia ocorreu em 1635
entre os imigrantes franceses na ilha de Guadalupe,
conhecida como ‘’Coup de bare’’.
10. Em um Manuscrito Maia em Yucatan no México, foi
o primeiro relato de Febre amarela.
11. A primeira epidemia de Febre amarela no Brasil -
Ocorrência de febre amarela no Brasil – Recife ,
Olinda e outras cidades de PE;
12. Epidemia de Febre amarela na Bahia;
Houve relatos de sua presença ali até meados de
1692, período em que cerca de 25 mil pessoas
adoeceram e 900 morreram.
13. Visando controlar a primeira epidemia de que se tem notícia
em território brasileiro, foi posta em prática a primeira campanha
profilática no Novo Continente, elaborada por João Ferreira da
Rosa.
14. Primeira Campanha sanitária, Recomendações para a
execução das campanhas:
1)Limpeza das casas, ruas e praias;
2)Dos que morreram da doença dos males;
3)Do que se há de praticar nos navios que entram;
4)Sobre o reconhecimento das escravas e mais mulheres de
ambas estas povoações do Recife e Santo Antônio.
15. História da Febre Amarela
Durante mais de um século não se encontram relatos
sobre a infecção amarílica no Brasil, o que sugere o
seu desaparecimento, pelo menos sob a forma
epidêmica
16. Nos séculos 17 e 18, houve várias expedições ao interior
do Brasil;
De 1750 a 1777, o Brasil sofreu uma grande
reestruturação promovida pelo Marquês de Pombal;
O final do século 18 foi marcado por movimentos de
independência em Minas Gerais e Bahia.
Revolução Francesa.
18. Em setembro de 1849, irrompeu uma epidemia em Salvador,
atribuída à chegada de um navio americano ;
Período da propagação da doença no país: 1849 – 1861-
Invadindo primeiramente os portos marítimos, seguindo, com
raras exceções o caminho da navegação marítima.
19. Em fevereiro de 1850, a febre amarela se apossara da cidade
e das praias da região do RJ.
Segundo estimativa, atingiu 90.658 habitantes do Rio de
Janeiro, causando 4.160 mortes, de acordo com os dados
oficiais.
20. Regulamento Sanitário, o qual estabelecia normas para a
execução da segunda campanha contra a febre amarela
organizada no Brasil.
O êxito alcançado com a campanha motivou o governo a
organizar a defesa sanitária do país. Pela Lei nº 598, de 14 de
setembro de 1850, foi criada uma Comissão de Engenheiros.
22. Chegada da família real portuguesa, que fugia do conflito entre a
frança napoleônica e a inglaterra.
Campanha abolicionista que culmina na lei aúrea.
Fundação do partido republicano nacional após a guerra do
paraguai;
Decadência da monarquia brasileira;
Fim da mão-de-obra escrava e sua substituição por trabalho
assalariado.
23. Oswaldo Cruz, médico e sanitarista brasileiro, fundador da medicina
experimental no Brasil, nasceu em São Luís do Paraitinga (SP), em 5
de agosto de 1872. Seu nome completo era Oswaldo Gonçalves Cruz.
Aos 14 anos ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Durante os seis anos em que freqüentou o curso, não demonstrou
grande interesse pela clínica, mas sentiu-se completamente fascinado
pelo mundo microscópico, que começava a ser revelado pelas
descobertas de Louis Pasteur, Robert Koch e outros investigadores.
24. Clinicou no Rio de Janeiro até meados de 1896, quando
viajou para a França. Em Paris, estagiou no Instituto Pasteur
e, em seguida, na Alemanha. Regressou ao Brasil em 1899,
quando foi designado para organizar o combate ao surto de
peste bubônica em Santos (SP) e em outras cidades
portuárias. Nomeado em 1902 para dirigir o Instituto
Soroterápico, atual Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
25. Osvaldo Cruz assumiu o cargo de diretor técnico e
administrativo do instituto de Manguinhos.
26. Osvaldo Cruz assumiu o cargo de diretor técnico e
administrativo do instituto de Manguinhos.
Foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública, que foi
criado o Serviço de Profilaxia da febre amarela.
No ano seguinte, criou-se o serviço de profilaxia da
Febre Amarela.
27. Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma ferrovia construída
que foi construída neste período para ligar Porto Velho a Guajará-
Mirim, no atual estado de Rondônia.
Ficou conhecida à época como a "Ferrovia do Diabo" devido
às milhares de mortes de trabalhadores ocorridas durante a sua
construção devido às doenças tropicais, como a Febre Amarela e
a Malária, complementar à lenda de que sob cada um de seus
dormentes existia um cadáver.
28.
29. Osvaldo Cruz foi em convite da Companhia Estrada de ferro
Madeira Mamoré e da companhia Port. Of Pará para a região
amazônica, a fim de estudar as condições sanitárias e indicar
as medidas de saneamento necessárias para o saneamento
da região compreendida entre os Rios Madeira e Mamoré.
30. Ele nasceu na aldeia de Sanjogata e morava em uma fazenda
muito pobre. Quando tinha 2 anos de idade, Hideyo Noguchi sofreu
um acidente onde se queimou gravemente, especialmente seu
corpo e seu braço esquerdo. Em 1897 obteve seu diploma, após
passar com mérito em dois exames na Escola de Medicina de
Tóquio. Depois entrou no Instituto de Doenças Infecciosas, em
Tóquio, então dirigido pelo Professor Kitasato, descobridor dos
organismos provocadores do tétano e da pestilência.Noguchi foi um
dos pesquisadores que descobriram que o antídoto para picadas de
cobra poderia ser produzido a partir do próprio veneno da cobra, o
soro antiofídico.
31. Em 1904, Hideyo Noguchi se mudou para Nova York, onde
ganhou até naturalização americana e concentrou suas pesquisas
sobre a sífilis, uma doença que não era bem compreendida na
época.
Em 1927, fez uma grande descoberta onde comprovou que a
febre amarela se tratava de uma doença viral e não bacterial como
antes pensava.
E foi durante suas pesquisas sobre a febre Amarela, que ele
acabou contraindo a doença, que o levou à sua morte em 1928, na
África, em Accra, hoje chamada de Gana. Infelizmente, acabou
sendo morto pelo seu próprio “objeto de estudo”.
32. Hideyo Negushi identificou em Quaiaquil (Equador) o
Leptospira icteroides e anunciou ser a febre amarela uma
Lepstospirose, semelhante á doença de Weil, embora
transmitida pelo mosquito.
33. Já extintas as Comissões Sanitárias Federais, o governo
convidou a Divisão sanitária Internacional da Fundação
Rockefeller para vim estudar o problema da Febre amarela no
Brasil, especialmente no Nordeste.
O contrato foi renovado até dezembro de 1939 e graças á sua
rigorosa execução do combate ao Aedes Aegypti, é que foi
possível o êxito alcançado no combate a doença e a seu vetor
humano.
.
34. P R O V Á V E L R O TA D A D I S S E M I N A Ç Ã O D A O N D A
E P I Z O Ó T I C O - E P I D Ê M I C A D E F E B R E A M A R E L A
N O B R A S I L – 1 9 3 2 -
35. Médicos da Fundação Rockefeller, trabalhando com macacos,
descobriram que o agente causador da febre amarela é um vírus.
Após a descoberta do agente infeccioso causal, os
pesquisadores passaram, então, a investir na produção de uma
vacina e, em 1937, a Fundação Rockefeller passou a produzir a
vacina contra febre amarela em larga escala.
36. Epidemia de Febre Amarela – no Rio de Janeiro.
Nessa ocasião, o modelo profilático oswaldiano repetiu-se com
sucesso, agora sob o comando de Clementino Fraga, Diretor-
Geral de Saúde Pública.
37. Os estudos preliminares sobre o uso do vírus 17 D na
vacinação humana foram feitos em membros da Fundação
Rockefeller, em Nova York.
38. Em janeiro de 1937, Dr. Smith trouxe para o Brasil, o vírus 17 D, para
que fossem efetuadas vacinas.
Osvaldo cruz passou a preparar a vacina 17 D, que é a empregada no
Brasil. Em junho deste ano, iniciou-se uma vacinação em larga escala em
Varginha, com os melhores resultados, o que levou aos dirigentes da Febre
amarela a estenderem a vacinação com o vírus 17 D a outros Estados.
39. A fundação Rockfeller em cooperação com o serviço Nacional
de febre amarela, escolheu uma região considerada livre de vírus
amarílico e onde pudesse realizar os estudos sobre a duração da
imunidade conferida pela vacina com o vírus 17 D – Pouso alegre.
E o resultado final das provas revelou-se que 97,1% das
pessoas vacinadas possuíam anticorpos demonstráveis para o
vírus da febre amarela.
40. No XIV congresso internacional de história de medicina com
sede em Roma(Itália) ratificou que Carlos J. Finlay, de Cuba, é o
único e somente a ele corresponde o descobrimento do agente
transmissor da febre amarela e a aplicação de sua doutrina e
saneamento do trópico
41. Na comissão de peritos em Vacina contra Febre Amarela, a
OMS, reunida em genebra concluiu: Que devido á presença da
Febre amarela entre animais das selvas, o vírus não pode ser
erradicado, e as vacinações repetidas da população serão
necessárias por tempo indeterminado.
42. Neste ano outro vetor, o Aedes albopictus, foi identificado no Brasil,
atingindo vários estados. Esse mosquito é considerado um vetor potencial
da febre amarela silvestre.
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45. Ninguém ignora tudo. Ninguém
sabe tudo. Todos nós sabemos
alguma coisa. Todos nós
ignoramos alguma coisa. Por isso
aprendemos sempre.
Paulo Freire