3. • A peste negra ficou conhecida na história
como uma doença responsável por uma das
mais trágicas epidemias que a Europa teve.
Chegando pela Península Itálica, em 1348,
essa doença se espalhou pela Europa toda.
5. • Conforme alguns pesquisadores, a peste
negra é originária da Mongólia, onde pulgas
hospedeiras da bactéria Yersinia pestis (ou
Pasteurella Pestis) infectaram ratos que
entraram em contato com as cidades e
pessoas.
10. • Na Ásia, os animais de transporte e as peças
de roupa dos comerciantes serviam de abrigo
para as pulgas infectadas. Nos navios, os ratos
eram os principais transmissores dessa
poderosa doença.
11. • Estes ratos encontraram nas cidades
européias um ambiente favorável, pois essas
cidades não tinham a mínima higiene. O
esgoto corria a céu aberto e o lixo acumulava-
se nas ruas. Rapidamente a população de
ratos aumentou significativamente.
19. • O contato humano com a doença desenvolve-
se principalmente pela mordida de ratos e
pulgas, ou pela transmissão aérea. Em sua
variação bubônica, a bactéria cai na corrente
sanguínea, ataca o sistema linfático
provocando a morte de diversas células, e cria
dolorosos inchaços entre as axilas e a virilha.
21. • Com o passar do tempo, esses inchaços,
conhecidos como bubões, se espalham por
todo corpo. Os doentes também tinham
vômito e febre alta. Quando ataca o sistema
circulatório, o infectado tem uma expectativa
de vida de aproximadamente uma semana.
23. • Além de atacar o sistema linfático, essa
doença também pode atingir o homem pelas
vias aéreas atacando diretamente o sistema
respiratório. Essa segunda versão da doença,
conhecida como peste pneumônica, tem um
efeito ainda mais devastador e encurta a vida
do doente em um ou dois dias.
24. • Em outros casos, a peste negra também pode
atingir o sistema sanguíneo. Desconhecendo
as origens biológicas da doença, muitos
culpavam os grupos sociais marginalizados da
Baixa Idade Média por terem trazido a doença
à Europa.
29. • Na época, as cidades medievais agrupavam
desordeiramente uma grande quantidade de
pessoas. O lixo e o esgoto corriam a céu
aberto, atraindo insetos e roedores
portadores da peste. Os hábitos de higiene
pessoal ofereciam grande risco, pois os
banhos não faziam parte da rotina das
pessoas.
34. • Os que sobreviviam à doença tinham que, enfrentar
a falta de alimentos e a crise econômica instalada
nas cidades. Por isso, muitas cidades tentavam se
precaver da epidemia criando locais de quarentena
para os doentes, impedindo a chegada de pessoas e
dificultando o acesso à cidade. Sem muitas opções
de tratamento, os doentes se apegavam às orações e
rituais que os salvassem da peste negra.
36. • O preconceito com a doença era tão grande
que os doentes eram, muitas vezes,
abandonados, pela própria família, nas
florestas ou em locais afastados. A doença foi
sendo controlada no final do século XIV, com
a adoção de medidas higiênicas nas cidades
medievais.
39. • Sobre a Peste Negra o Escritor Giovanni
Bocaccio dise: "Apareciam, no começo, tanto
em homens como nas mulheres, ou na virilha
ou nas axilas, algumas inchações. Algumas
destas cresciam como maçãs, outras como um
ovo; cresciam umas mais, outras menos;
chamava-as o povo de bubões.
40. • Em seguida o aspecto da doença começou a
alterar-se; começou a colocar manchas de cor
negra ou lívidas nos enfermos. Tais manchas
estavam nos braços, nas coxas e em outros
lugares do corpo. Em algumas pessoas as
manchas apareciam grandes e esparsas; em
outras eram pequenas e abundantes.
43. • E, do mesmo modo como, a princípio, o bubão
fora e ainda era indício inevitável de morte,
também as manchas passaram a ser mortais".
• Para dar sepultura à grande quantidade de
corpos já não era suficiente a terra sagrada
junto às Igrejas; por isso passaram-se a
construir igrejas nos cemitérios;