Sintese de trabalhos realizados por formandos na acção BE e a Web 2.0, sessão 1, cujos objectivos passavam por:
1. Precisar o conceito de formação on-line comparando-o com o conceito de formação
presencial
2. Identificar potencialidades/limitações/factores críticos da formação on-line
1. 22º Congresso Internacional
Bibliotecas Escolares e a Web 2.0
Feira Internacional de Lisboa
A formação online:
conceitos e potencialidades
Resumos das intervenções
Alfa e ómega de Maio de 2010
Rede de Bibliotecas Escolares
3. [PROGRAMA]
[Alfa de Maio]
[Auditório n.º 1 FIL]
8h15 – 9h00 Recepção dos Participantes
9h00 – 9h30 Abertura do Colóquio
Srª Ministra da Educação
Conselho Científico da Formação
Domingos Boieiro
Maria José Palmeira
9h30 – 11h00 Conferência 1
QUAIS AS DIFERENÇAS SUBSTANCIAIS ENTRE FORMAÇÃO
PRESENCIAL E FORMAÇÃO À DISTÂNCIA
Ana Farrajota
Ruth Gomes
11h00 – 11h30 Pausa
11h30 – 13h15 Conferência 2
QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA UM?
Esperança Alfaiate
Magda Fernandes
13h15 – 14h30 Almoço
14h30 – 16h30 Conferência 3
TODA A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA É ON-LINE
Cristiana Lopes
Lúcia Monteiro
16h30 – 16h45 Pausa
16h45- 18h15 Conferência 4
QUE MODELOS DE EDUCAÇÃO ONLINE EXISTEM? (E-LEARNING;
B-LEARNING; ...?)
Gonçalo Silva
José Cruz
20h00 Saurau Festivo
3
4. [PROGRAMA]
[Ómega de Maio]
[Auditório n.º 1 FIL]
9h00 – 10h30 Conferência 5
QUAIS OS FACTORES CRÍTICOS A TER EM CONTA QUANDO SE
OPTA PELO E-LEARNING
António Nogueira
José Morujão
10h30 – 11h00 Pausa
11h00 – 13h00 Conferência 6
EM QUE CONDIÇÕES E EM QUE SITUAÇÕES SERÁ MAIS ÚTIL UM
OU OUTRO TIPO DE FORMAÇÃO
Fátima Sebastião
Susana Silva
13h00 – 14h30 Almoço
14h30 – 16h30 Conferência 7
INTERACÇÃO E PRESENÇA SOCIAL EM AMBIENTES VIRTUAIS DE
APRENDIZAGEM
Paulo Reis, Universidade do Saber, Portugal
Maria João Raimundo, Universidade do Conhecimento, Portugal
16h30 – 16h45 Pausa
16h45- 18h15 Síntese dos trabalhos
Jornalistas – Isabel Marques e Alcina Correia
Entrevistas aos oradores
Jornalistas – Fátima Dias e Elisa Almeida
18h15 Encerramento
4
5. [Enquadramento do Congresso]
ngressoROGRAMA]
Desafios do século XXI: e-Learning e Web 2.0
Maria José Palmeira
Domingos Boieiro
Pela primeira vez em Portugal, entre os dias 29 de Abril e 2 de Maio
de 2010, na FIL, especialistas de renome internacional da cultura
tecnológica e
digital, falam sobre a temática do momento, desafios do século XXI:
elearning e Web2.0, mais concretamente sobre a implementação do
e-learning, na escola, e das ferramentas Web 2.0 no ensino, em
especial na biblioteca escolar.
No primeiro dia de trabalhos os oradores procuram centrar a
Desafios do discussão em torno destas questões estruturantes: Quais as
século XXI: e- diferenças substanciais entre formação presencial e formação à
Learning e Web distância? Quais as vantagens e desvantagens de cada um? Toda a
2.0 educação à distância é on-line? Que Modelos de educação online
existem? (e-learning; b-learning; ...?), Quais os factores críticos a ter
Maria José
em conta quando se opta pelo e-learning? Em que condições e em
Palmeira
que situações será mais útil um ou outro tipo de formação?
Domingos
O e-learning foi apresentado como uma modalidade de ensino à
Boieiro
distância que facilita a auto-aprendizagem, recorrendo a recursos
didácticos, apresentados em diferentes suportes tecnológicos de
informação, utilizados isoladamente ou articulados entre si e
difundidos através da internet. Aponta-se como grandes objectivos
desta modalidade de ensino a democratização do acesso à
educação; a redução de custos; o aumento da autonomia e
independência dos alunos; a contextualização do ensino e o
incentivo à educação permanente.
Na sua essência, esta modalidade de ensino aparenta consistir na
aplicação de recursos tecnológicos e de multimédia para o
5
6. [Enquadramento do Congresso]
ngressoROGRAMA]
enriquecimento da aprendizagem. Fazendo prevalecer a qualidade
dos conteúdos e o incentivo ao desenvolvimento de uma cultura de
aprendizagem permanente.
Pela intervenção da Srª Ministra da Educação, este tipo de
modalidade de ensino é facilitadora de uma aprendizagem que se
realiza de uma forma mais rápida face aos programas tradicionais
pelo facto do aluno poder avançar nos conteúdos de acordo com o
seu próprio ritmo. Além disso o aluno pode estruturar o seu tempo e
tirar maior aproveitamento do mesmo.
Defendem também que a emergência vertiginosa das novas
tecnologias de informação e da comunicação, nomeadamente a
Social Media Web 2.0, irão revolucionar a gestão da informação e do
conhecimento, obrigando os diferentes actores e agentes educativos
Desafios do
- alunos, professores e organizações a repensar os processos,
século XXI:
estratégias e metodologias de ensino. Reforça o conceito de troca de
e-Learning
e Web 2.0 informações e colaboração dos “internautas” com sites e serviços
virtuais. Destaca-se um conjunto de ferramentas de colaboração,
Maria José conteúdos de áudio e vídeo, uma mais valia para a partilha de
Palmeira conhecimento.
Domingos Assim sendo, o desafio que se coloca às bibliotecas escolares será o
Boieiro de potenciar os novos recursos interactivos de informação e
comunicação que caracterizam a WEB 2.0, para produzir, difundir e
partilhar informação e conhecimentos, implicando professores e
alunos num trabalho conjunto com a BE: construção de portefólios,
apresentações multimédias, webquests, wikis, blogs, podcasts, entre
outros.
Pelo resumo das comunicações dos oradores, há um denominador
comum: todos defendem a perspectiva de que as novas tecnologias
da informação e da comunicação só fazem sentido se permitirem
uma maior democratização no acesso às fontes de informação e
conhecimento, contribuindo assim para o aumento das capacidades
6
7. [Enquadramento do Congresso]
ngressoROGRAMA]
multiliterácicas dos cidadãos e consequente desenvolvimento das
sociedades.
Curioso foi o resumo de um dos oradores que apontou a biblioteca
escolar como o centro nevrálgico para experimentar diferentes
modos de aprender e fazer, conferindo-lhe um papel de indutora da
mudança para integrar estas ferramentas no “abcedário” das escolas
e da sociedade. Este especialista atribui à BE o papel de plataforma
de gestão da informação e do conhecimento. Assim sendo, à escola
e à biblioteca escolar em particular, caberá o papel de recorrer às
novas tecnologias, em especial à WWW (World Wide Web), para
quebrar as barreiras de espaço e tempo e ampliar o acesso à
informação, como caminho para a produção de conhecimento e
Desafios
ampliação das suas oportunidades.
do
Com a internet nas décadas de 70 a 80 do século passado, os
século
XXI: e- nossos comportamentos comunicacionais mudaram profundamente,
Learning com World Wide Web na passagem para um novo milénio mudaram
e Web também os nossos comportamentos educacionais e sociais.
2.0
Maria
José
Palmeira
Domingo
s Boieiro
7
8. [CONFERÊNCIA 1]
[9h30m | 11h00m]
Resumo: Nesta comunicação pretende-se estabelecer as diferenças
substanciais entre a formação presencial e a formação à distância.
Questionamos o tempo, o espaço, a qualidade dos materiais e os
suportes, a relação formador/formando, a actualização da informação,
os tipos de formação e os custos de ambas as modalidades de ensino.
Palavras chave: formação presencial ; formação à distancia
A formação presencial é ainda considerada por muitos como uma
formação de qualidade. Por oposição, a formação à distância é ainda
relegada para segundo plano, sendo vista por muitos com algum
QUAIS AS
cepticismo.
DIFERENÇAS No entanto, a web2.0 proporciona novos ambientes e novas
SUBSTANCIAIS experiências a nível temporal. A facilidade e rapidez de publicação e de
armazenamento de textos e ficheiros tornam a WEB um ambiente
ENTRE FORMAÇÃO social e acessível a todos os utilizadores e permite a cada um deles
PRESENCIAL E seleccionar e controlar a informação de acordo com as suas
necessidades e interesses.
FORMAÇÃO À
Quais são então as diferenças substanciais entre a formação
DISTÂNCIA presencial (FP) e a formação à distância (FAD)?
Ana Farrajota Em primeiro lugar, a questão do tempo. Na FP, o acesso é limitado no
Ruth Gomes tempo. Na FAD temos acesso 24 horas, sete dias por semana. Há
flexibilidade temporal na interacção (temporalidade síncrona que, em
conjunto com a temporalidade assíncrona, produz uma temporalidade
multisíncrona).
Em segundo lugar, o espaço. Na FP o espaço é físico, em geral uma
sala de aula presencial. A FAD processa-se em ambiente virtual,
projectado para a interacção colectiva, havendo flexibilidade e distância
física e geográfica entre os indivíduos
8
9. [CONFERÊNCIA 1]
[9h30m | 11h00m]
Em terceiro lugar, a questão da qualidade dos materiais e os suportes.
Na FP ela pode ser variável, pois o formador expõe os assuntos.
Existem, maioritariamente, documentos escritos. Os outros suportes
como o vídeo, o computador, a TV, o data show, continuam a ser
usados como suporte de um ensino de carácter expositivo, em que o
computador e a Internet são apenas usados como instrumentos de
consulta e de trabalho para realizar pesquisas e projectos. Pelo
contrário, na FAD ela é consistente, recorrendo a variados materiais e
tecnologias interactivas. Os materiais são em quantidade adequada e
actualizados com muita regularidade, uma vez que são o principal meio
QUAIS AS
que o formando tem para atingir os seus objectivos. Há um forte
DIFERENÇAS investimento feito em hardware, software e na conectividade.
SUBSTANCIAIS
Em quarto lugar, importa referir relação formador/formando. Na FP, o
ENTRE FORMAÇÃO formando está na presença física do formador, estando mais
PRESENCIAL E dependente dele, visto que este é o centro do processo
ensino/aprendizagem e a fonte principal de informação. Na FAD o
FORMAÇÃO À
formando aprende de uma forma mais autónoma, o formador
DISTÂNCIA direcciona os estudantes para os recursos a partir dos quais podem
Ana Farrajota aprender. A progressão na aprendizagem é de acordo com o seu
Ruth Gomes próprio ritmo de trabalho.
Em quinto lugar, a forma como é feita a actualização da informação. Na
FP é difícil, necessita de ser feita de forma presencial, directa. Na FAD
é fácil, pois não é necessário o contacto pessoal. Esta actualização é
mediada pelo computador, em espaço virtual e de forma assíncrona ou
síncrona.
Em sexto lugar, importa referir o tipo de formação. Na FP as aulas são
expositivas e teóricas, centradas no ensino, sendo a aprendizagem
individual. Na FAD, a utilização das novas tecnologias permite novas
formas de interacção, em que formando e formador aprendem (todos
9
10. [Conferência 1 ]
[9h30m | 11h00m]
ensinam a todos). É um processo pedagógico que desenvolve
actividades de auto-aprendizagem e de trabalho colaborativo.
Por último, mas não menos importante, a questão dos custos. Na
Formação presencial os custos são grandes. Na formação à distância
os custos são baixos.
Para concluir, é indiscutível que o desenvolvimento das Novas
Tecnologias está a dar lugar a novas alternativas educacionais e cria
formas de aprendizagem inovadoras e mais aliciantes. Podemos,
assim, referir alguns argumentos de peso para o investimento no
ensino à distância:
QUAIS AS
DIFERENÇAS Facilita o acesso à educação a um maior número de pessoas,
SUBSTANCIAIS alargando o nível cultural da população, democratizando o acesso às
fontes de informação e conhecimento. Num mundo global, em que a
ENTRE FORMAÇÃO aprendizagem e o conhecimento são os instrumentos mais eficazes
PRESENCIAL E para evitar a exclusão social, os alunos devem ser preparados
trabalhando numa abordagem multidisciplinar; por seu lado, os
FORMAÇÃO À
professores devem dominar uma série de novas competências e
DISTÂNCIA devem receber formação nesse sentido;
Ana Farrajota Proporciona formação profissional a pessoas que estão afastadas de
Ruth Gomes centros de formação presencial, evitando-se a necessidade de
deslocação e reduzindo-se os custos;
Prepara e forma os cidadãos ao longo da vida, sendo as TIC
facilitadoras da partilha de recursos e da criação de comunidades de
aprendizagem, e comunidades de prática.
10
11. [Conferência 2]
[11h30m | 13h15m]
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA FORMAÇÃO PRESENCIAL
E DA FORMAÇÃO À DISTÂNCIA
Resumo: Pretendemos, com esta comunicação, delinear as principais
vantagens e desvantagens da formação presencial e da formação à
distância.
Introdução:
Com o desenvolvimento das tecnologias de informação, o ensino dito
tradicional (presencial) vai dando lugar, cada vez com maior ênfase, ao
QUAIS AS
ensino à distância. O nascimento do ensino à distância teve, como
VANTAGENS E
objectivo, suprimir as carências do ensino tradicional (Santos, 2000).
DESVANTAGENS
Formação O ensino à distância pretende assim, reduzir as desigualdades de
presencial / oportunidades educativas servindo populações afastadas dos locais de
formação à ensino, quer por motivos geográficos quer profissionais.
distância Temos como exemplos, de ensinos já realizados em Portugal: a
Esperança Alfaiate telescola, em 1964, as Universiades de ensino à distância (UNIABE), e
Magda Fernandes mais recentemente o e-learning, o b-learning e as ferramentas Web
2.0.
Relativamente à terminologia utilizada podemos designar por
Professor, no ensino presencial e Formador no ensino à distância;
aluno, na formação presencial e formando no ensino à distância.
Iremos apresentar, as vantagens e desvantagens da formação à
distância e presencial.
A Formação à Distância apresenta como vantagens: (i) A
possibilidade de flexibilizar a frequência da formação, quer no Espaço,
quer no Tempo. Por exemplo, duas horas de formação podem ser
extensíveis para uma semana; (ii) É possível reunir formandos
provenientes de locais geograficamente distantes. (Não há o
constrangimento da distância). (iii) Permite economia de tempo e de
11
12. [Conferência 2]
[11h30m | 13h15m]
deslocação; (iv) É possível, através da formação em modo assíncrono,
fazer a formação ao longo de um Tempo, que pode ser gerido pelo
formando; (v) A possibilidade de se fazer a formação para grupos
minoritários; (vi) Propicia a aprendizagem colaborativa e/ou de auto-
aprendizagem. Todos aprendem com todos; (vii) Desenvolver
programas virtuais (simulações) do real. Temos como exemplo os
laboratórios virtuais e os laboratórios de controle remoto.
Desvantagens: (i) Limitada interacção humana por falta de contacto
social; (ii) O problema da conexão, que muitas vezes não é possível
estabelecer e que leva a algum desencanto por parte dos formandos;
QUAIS AS
(iii) O problema da existência de muitas pessoas ainda sem internet em
VANTAGENS E
casa; (iv) Dificuldades ligadas ao domínio das TIC em geral e da Net
DESVANTAGENS
Formação em particular, por parte dos formandos que, quando não
presencial / acompanhados por um líder, pode tornar penosa a participação na
formação à formação, pois não há o feedback que existe na formação presencial;
distância (v) A falta da afectividade que normalmente se estabelece na formação
Esperança Alfaiate em sala, onde formador e formandos estabelecem o seu
Magda Fernandes relacionamento; (vi) Ausência de manipulação directa dos elementos
em estudo; (vii) O modelo totalmente on-line exige do professor uma
disponibilidade total; (viii) O educador necessita de desenvolver skills e
ser o elemento integrador dos diversos elementos da comunidade
virtual; (ix) Existência de mecanismos que proporcionem um ensino
individualizado aos estudantes; (x) Desconfiança e falta de
credibilidade dos educadores por este método de ensino; (xi)
Necessidade de alteração de hábitos tradicionais de trabalho, por parte
dos professores, que deve ampliar o método colaborativo; (xii) O
professor deve dominar, para além dos métodos de ensino tradicional,
os métodos de ensino à distância.
A Formação Presencial apresenta como principais vantagens: (i)
Existe Feedback em cada formação presencial; (ii) Existe afectividade
12
13. [Conferência 2]
[11h30m | 13h15m]
que normalmente se estabelece na formação em sala, onde formador e
formandos estabelecem o seu relacionamento.
Desvantagens: (i) Não existe a possibilidade de flexibilizar a
frequência da formação, quer no Espaço, quer no Tempo; (ii) É
impossível reunir formandos provenientes de vários pontos do país (Há
o constrangimento da distância).
Existe formação, o “Blended Learning” (b-learning), que envolve a
combinação dos dois tipos de ensino e tenta beneficiar os pontos fortes
QUAIS AS
das duas modalidades de ensino.
VANTAGENS E
DESVANTAGENS
Formação Referências Bibliográficas
presencial / Santos, A. (2000). Ensino à Distância e tecnologias de Informação – e-
formação à Learning. Editora Lidl.
distância
Esperança Alfaiate
Magda Fernandes
13
14. [Conferência 3]
[14h30m | 16h30m]
Toda a educação à distância é on-line?
O ensino à distância e o e-learning
É um novo paradigma no campo educacional - o e-learning. Poderemos
dizer que é a "versão optimizada” da educação à distância. Em Portugal,
tivemos como exemplo de educação à distância a extinta telescola, alguns
TODA A
EDUCAÇÃO À cursos técnicos específicos (secretariado, técnico de televisão, etc.) ou
DISTÂNCIA É alguns cursos de línguas. Na educação à distância, o objectivo acaba por
ON-LINE? centrar-se na instrução, na transmissão de conhecimentos. Não se cria
Cristiana Lopes interacção entre o instrutor e o instruendo. No e-learning, o ensino, apesar
Lúcia de à distância, proporciona essa interacção e até permite colaboração entre
Monteiro os vários intervenientes. Promove uma aprendizagem autónoma,
fomentando um espírito de constante procura do saber - base da nossa
nova Sociedade da Informação e do Conhecimento.
História – Evolução - Futuro
As primeiras experiências de ensino à distância surgem com o ensino por
correspondência, em meados do século XIX. A utilização de materiais e
documentos em diferentes suportes surge por volta de 1970, com manuais
impressos, emissões de rádio e televisão e ainda cassetes (áudio e vídeo).
A interacção possível era entre o aluno e o professor, via telefone. A
evolução para o uso de multimédia interactivo surge com o correio
electrónico e a comunicação professor-aluno passa a ser frequente.
Só a partir de finais do século XX, podemos falar de educação à distância
on-line, a e-learning. Com a evolução da internet, os documentos são
distribuídos em rede e são utilizados fóruns electrónicos, blogues,
videoconferências, correio electrónico etc. A comunicação professor-aluno é
muito frequente e passa a existir a comunicação aluno-aluno(s). Essa
comunicação pode ser instantânea entre o emissor e o receptor (síncrona)
ou não (assíncrona), recorrendo-se a registo electrónico.
A constante evolução da tecnologia de suporte, com ferramentas e
funcionalidades várias, faz surgir novas gerações no conceito de educação à
14
15. [Conferência 3]
[14h30m | 16h30m]
distância, cada vez mais “on-line”. É a já chamada a geração m-learning,
com conteúdos distribuídos em sistemas wireless e que recorre a podcasts e
a dispositivos móveis (telemóveis, PDAs, leitores de Mp3, etc). A
comunicação entre todos os intervenientes no processo ensino-
aprendizagem é muito frequente, significativa e fundamental.
O caminho que a educação on-line seguirá, paralelamente ao
TODA A
desenvolvimento da Web 2.0, com certeza, será no sentido de que essa
EDUCAÇÃO À
comunicação entre os intervenientes possa proporcionar um trabalho cada
DISTÂNCIA É ON-
vez mais colaborativo. Todos os participantes se tornam produtores de
LINE?
Cristiana Lopes material de conhecimento e formam uma verdadeira comunidade de
Lúcia aprendizagem.
Monteiro
Lúcia Monteiro
Cristiana Lopes
15
16. [Conferência 4]
[16h45m | 18h15m]
Modelos de Educação
Embora nos encontremos ainda nos «primórdios da criação de uma
pedagogia online», é já possível reconhecer que a literatura da
especialidade distingue várias modalidades de educação online tendo em
conta o seu grau de virtualidade e de “assincronia”.
Fala-se, assim, por um lado, numa modalidade totalmente online e, por
outro, em modalidades híbridas, ecléticas ou mistas.
À primeira vista, o e-Learning corresponderá à primeira modalidade,
podendo ainda ser designada por uma panóplia de termos que não
Que modelos de interessa agora referir, e o b-Learning corresponderá ao segundo modelo
educação online porquanto inclui, necessariamente, aulas presenciais.
existem? (e- Carol Twigg (2003) identifica cinco modelos de educação/formação online:
learning; b- o modelo suplemento, que se caracteriza por ser presencial
learning, …) complementado com tecnologia;
o modelo substituição, que reduz o tempo presencial substituindo-o por
Gonçalo Silva tempo online;
José Cruz o modelo emporium, que troca as aulas presenciais por um centro de
recursos online assistido por tutores;
o modelo totalmente online, cujas actividades de aprendizagem são
totalmente virtuais;
o modelo buffet, que personaliza o ambiente de aprendizagem para dar
uma resposta individual a cada formando.
Portugal tem vindo a fazer, progressivamente, um grande esforço na
implementação de diversas modalidades de ensino presencial, a distância
e online, particularmente na sua modalidade híbrida, como é o caso desta
oficina de formação promovida pela DGIDC.
Queremos acreditar que a utilização correcta destes recursos e
plataformas promoverão nos formandos uma maior performance no
domínio das tecnologias para além dos ganhos específicos da área do
saber.
16
17. [Conferência 4]
[16h45m | 18h15m]
Quanto à natureza mais ou menos híbrida da educação online,
entendemos que o equilíbrio é a chave para o sucesso. A existência de
uma sessão inicial e de uma sessão final promovem o degelo, o
sentimento de pertença e o reconhecimento mais humano dos respectivos
formadores.
Gonçalo Silva
José Cruz
Que modelos de
educação online
existem? (e-
learning; b-
learning, …)
Gonçalo Silva
José Cruz
17
18. [Conferência 5]
[9h00m | 10h30m]
O Modelo de aprendizagem e-learning: factores de sucesso e aspectos
críticos na sociedade do século XXI
Vivemos na sociedade da informação e do conhecimento. Nesta sociedade, a
característica mais marcante é que o conhecimento e os serviços baseados no
conhecimento são os principais componentes de qualquer actividade
económica. Para que se tenha sucesso neste novo mundo, que exige
flexibilidade nas atitudes, trabalho criativo e cooperativo e uma permanente
“reciclagem” de conhecimentos e competências temos que implementar uma
nova sociedade: a “sociedade de aprendizagem”. A aprendizagem é o motor
que nos permitirá acompanhar as sociedades mais evoluídas no que diz
respeito ao desenvolvimento sustentável e, consequentemente, a uma
Quais os melhor qualidade de vida. Verifica-se, no entanto, nos modelos de ensino
factores críticos tradicionais, uma rigidez na sequenciação de conteúdos e de horários, o que
impossibilita muitos jovens de progredirem de forma mais rápida, de se
a ter em conta actualizarem e de aumentarem as suas qualificações. Também os alunos do
quando se opta ensino regular, não obstante o uso de recursos informáticos em algumas
pelo e-learning? aulas, continuam, a maior parte das vezes, sujeitos a um ensino massificado e
não respeitador do ritmo e das necessidades individuais. Há modelos de
aprendizagem à distância que, com redução de custos, com muito melhor
António Nogueira acessibilidade e rapidez na actualização e distribuição de informação deram já
José Morujão provas de ser tanto ou mais eficazes que os modelos tradicionais. Carlos Adão
e Jorge Bernardino, professores do Instituto Superior de Engenharia de
Coimbra, publicaram um artigo em que descrevem a estratégia de
implementação de um modelo de Blended-Learning (ensino combinado em
que predomina a aprendizagem online, que é complementada com algumas,
poucas, sessões presenciais) aplicado a uma disciplina nuclear de um curso de
engenharia. Nesta experiência piloto, os alunos puderam optar pelo formato
tradicional/presencial ou por um processo de aprendizagem à distância
usando a metodologia de Blended-Learning. Este modelo de Blended-Learning
foi implementado não como um complemento à actividade lectiva normal,
mas sim como um sistema planeado para decorrer à distância. Embora não
fosse muito significativo, registaram-se melhores resultados entre os alunos
que frequentaram a disciplina em regime de b-Learning. Há a considerar, além
disso, que alguns dos alunos do regime de b-Learning não teriam possibilidade
de frequentar a disciplina no formato tradicional. Assim, a existência da opção
de b-Learning, por si só, permitiu um incremento da taxa de sucesso na
disciplina.
Hoje em dia, a formação à distância funciona através de plataformas de
gestão da aprendizagem que é o interface físico entre o formando/aluno e a
entidade formadora, muitas vezes com tutores dinamizadores da formação.
Estas plataformas dispõem de ferramentas de comunicação (essenciais num
processo de formação) e que contrariam a ideia da falta de interacção, muito
18
19. [Conferência 5]
[9h00m | 10h30m]
disseminada pelos adversários do e-learning (formação/ensino online). De
facto regista-se a possibilidade de comunicação síncrona, através de chats, e
assíncrona, via fóruns, email, entre outros. Uma iniciativa de e-learning bem
desenhada deve promover a interacção não só entre os alunos mas, também,
entre alunos e professores, promovendo deste modo uma cultura e trabalho
colaborativos.
A utilização das novas tecnologias não está, porém, isenta de dificuldades e
obstáculos que importa minimizar. Um desses obstáculos diz respeito à
disseminação da informação e-learning. A falta de hábito e de competências
quanto ao uso proficiente das tecnologias era, de facto, uma questão
primordial. Porém, este problema está praticamente superado, não só porque
as TIC têm vindo a ser progressivamente utilizadas no meio escolar, mas
também pela facilidade com que os jovens integram estas tecnologias nas
Quais os suas práticas.
factores críticos O e-learning exige, antes de tudo, a adopção de novos modelos
paradigmáticos no contexto do processo de ensino-aprendizagem. Uma das
a ter em conta suas grandes virtualidades é o facto de procurar obter o máximo proveito das
quando se opta Tecnologias de Informação e Comunicação disponíveis, colocando-as ao
pelo e-learning? serviço dos alunos, como suporte na formação mas também no seu
desenvolvimento pessoal.
Outra grande vantagem do e-learning é que possibilita através de um simples
António Nogueira portátil a integração de várias linguagens e formas comunicacionais, no plano
José Morujão de estudos: música, filme, fotografia, texto, apresentações, … o que permite o
enriquecimento, a potenciação das aprendizagens. Os programas de e-
learning poderão também permitir uma aprendizagem mais rápida uma vez
que o aluno pode avançar no plano de estudos ao seu próprio ritmo. Além
disso pode gerir o tempo de acordo com as suas disponibilidades e
necessidades. Revela-se, pois, mais ágil que os programas tradicionais. O e-
learning desenvolve a autonomia e estimula, nos alunos, o autodidactismo e a
responsabilização pelo processo de aprendizagem. Permite, além disso,
reduzir as taxas de absentismo. Em certos níveis de ensino, particularmente
no Universitário, poderá proporcionar formas alternativas de frequência das
disciplinas, onde os alunos possam escolher a que melhor se adequa ao seu
perfil e estilo de aprendizagem. O e-learning incentiva ainda a educação
permanente.
Ao nível das bibliotecas, o e-learning apresenta enormes potencialidades. É
possível, em paralelo com o currículo, e com ele articulado, implementar
programas, nomeadamente ao nível das literacias.
O e-learning e o blended learning agilizam, facilitam e enriquecem as
aprendizagens. Democratizam o acesso à formação/educação. Permitem
formar mais jovens, independentemente da sua localização geográfica, com
menos custos e, provavelmente, com maior eficácia.
Todas estas potencialidades não estão, porém, isentas de alguns riscos que, se
forem devidamente calculados, constituem a matéria-prima para uma sólida
19
20. [Conferência 5]
[9h00m | 10h30m]
formação humana. É o caso da disciplina e da auto-organização que o
paradigma e-learning exige dos respectivos utilizadores. Outro aspecto critico
pode ser a dificuldade de socialização que estes ambientes de aprendizagem à
distancia proporcionam.
A consciência destes constrangimentos permitiram o desenvolvimento de
formas activas para minimizar os efeitos da ausência da interacção física. É o
caso da constituição das comunidades virtuais de aprendizagem, onde a
colaboração é a regra básica da reciprocidade e , portanto , da socialização.
Estamos indubitavelmente perante uma revolução que não é só tecnológica
mas, educativa e sociológica. Uma revolução que modifica o modo como nos
relacionamos com a informação e com o conhecimento. Uma revolução em
permanente devir, à qual a escola não pode virar as costas se quiser continuar
a ser construtora do futuro.
Quais os
factores críticos
a ter em conta
quando se opta
pelo e-learning?
António Nogueira
José Morujão
20
21. [Conferência 6]
[11h00m | 13h00m]
Esta comunicação resulta de uma reflexão sobre as condições ou
situações em que será mais útil a formação à distância ou a formação
em presença.
A formação à distância pode ser útil quando se dirige a adultos com
uma escolaridade de base sólida. Ela permite, entre outras coisas:
flexibilidade de horários; economia de tempo e de recursos
económicos; a frequência de uma acção que não esteja disponível na
nossa área geográfica; permite que todos aprendam com todos.
A formação à distância é útil no caso de adultos, uma vez que exige um
Em que grau de maturidade e de responsabilidade elevado. Na verdade, esta
condições e em formação requer do formando uma capacidade de gestão da
que situações informação e do tempo e até de selecção e organização de conteúdos
será mais útil e de metodologias, para além de capacidade de colaborar de forma
um ou outro tipo eficiente com os outros formandos.
de formação? Já a formação em presença é útil quando se trata de indivíduos que
não possuem uma escolaridade de base sólida, incapazes, por isso, de
Fátima Sebastião aprender sozinhos, com pouca ou nenhuma auto-disciplina e com
Susana Silva pouca capacidade de motivação.
Pensamos também que o ensino em presença é indispensável no caso
de crianças e adolescentes. Estão ainda em formação e a presença do
professor é essencial, uma vez que o professor transmite não só
informação mas também valores, educa através do que diz, de como
diz e da sua forma de estar.
Quanto ao ensino tradicional, presencial, também pode ser útil em
situações em que os alunos precisam do contacto humano, directo,
para se apoiar ou até motivar para as aprendizagens. Além disso, o
professor, no ensino tradicional, pode conhecer melhor os alunos e,
consequentemente, detectar melhor as suas dificuldades para reajustar
as metodologias ou até o programa da formação. Pode também
responder de modo mais adequado e mais imediato a situações ou
reacções imprevistas. A interacção com os outros alunos, o simples
21
22. [Conferência 6]
[11h00m | 13h00m]
contacto visual e presença podem ser importantes em situações em
que é importante a coesão e identificação de grupo.
Para além disso, a formação à distância em ambientes virtuais requer
ambientação aos novos espaços de aprendizagem e domínio de
competências operativas na área das TIC. Portanto, há ainda
resistência a este modelo de formação e situações em que se pode
revelar mais útil um modelo presencial.
Nas nossas escolas básicas e secundárias, o ideal seria generalizar o
uso de ferramentas e instrumentos tecnológicos que permitissem aos
Em que alunos desenvolver outras competências relacionadas com a
condições e em autonomia, a iniciativa, a capacidade de construir conhecimento e de
que situações produzir, para ultrapassar o modelo de ensino tradicional, que apela
será mais útil ainda muito à reprodução e memorização de conteúdos. O aluno do
um ou outro tipo ensino tradicional tem tendência a assumir um papel mais passivo face
de formação? à sua própria aprendizagem e a esperar que o professor seja de facto
aquele que ensina e não aquele que orienta.
Fátima Sebastião Seria importante a implementação de um ensino misto que recorresse
Susana Silva ao ensino presencial e a modalidades de aprendizagem em suporte
informático e em ambientes virtuais. Assim os mais jovens ficariam
melhor preparados para encarar, no futuro, com grande naturalidade a
formação à distância.
Em segundo lugar, a formação à distância é útil sobretudo quando se
trata de adultos que precisam de fazer formação contínua e podem
assim fazer a gestão do seu tempo e trabalhar ao seu ritmo, quando se
trata de formandos que, sem essa flexibilidade temporal que o ensino à
distância permite, dificilmente poderiam comprometer-se em processos
de aprendizagem demasiado rígidos para serem compatíveis com
horários de trabalho, horários familiares, etc.
Em terceiro lugar, a formação à distância apresenta-se útil do ponto de
vista económico, uma vez que abrange muitas pessoas, reduzindo
22
23. [Conferência 6]
[11h00m | 13h00m]
custos e permitindo uma economia de tempo e de recursos
orçamentais.
Em quarto lugar, a formação à distância é útil quando pretendemos
integrar-nos numa comunidade de pessoas com os mesmos interesses
sem estarmos condicionados por factores de proximidade geográfica,
sem estarmos dependentes da identificação local, como no tradicional
conceito sociológico de "comunidade".
Por último, o ensino à distância é útil quando se pretende que todos
ensinem a todos, todos aprendam com todos e todos sejam
Em que construtores da sua aprendizagem e não meros receptores passivos;
condições e em quando se procura potenciar o contributo de todos para a
que situações aprendizagem final; quando se procura criar espaços alternativos de
será mais útil construção do conhecimento.
um ou outro tipo Na verdade, um dos aspectos principais que distingue a formação
de formação? presencial e a formação à distância é sem dúvida o modo de
transmissão dos conteúdos e, consequentemente, a interacção e
Fátima Sebastião relação educativa que se estabelece entre formadores e formandos,
Susana Silva professores e alunos e alunos entre si. Durante muito tempo, o modelo
mais tradicional enfatizou sobretudo o processo de ensino. O processo
educacional centrou-se sobretudo no modo de ensinar e não nos
modos de aprender. As novas tecnologias da informação e
comunicação vieram permitir a alteração deste paradigma e introduzir
novas metodologias na pesquisa e tratamento de informação e na
produção de conhecimento. No processo educativo, os aprendentes já
não podem ser apenas reprodutores de informação, antes sendo
construtores do seu conhecimento. A educação on-line permite a
existência de comunidades virtuais de aprendizagem colaborativa,
onde a interacção entre formandos e formadores e entre formandos
entre si é de grande importância para o desenvolvimento da autonomia
e responsabilização do aluno no próprio processo de aprendizagem.
23
24. [Conferência 7]
[14h30m | 16h30m]
Palavras-chave: Presença social em ambientes virtuais, b-learning,
comunicação, interacção.
Este artigo parte da ideia que a presença social é possível de existir em
ambientes virtuais de aprendizagem. Contudo, interrogarmo-nos em que
medida a utilização de ferramentas Web 2.0 num curso on-line potencia a
criação de ambientes sociais, interactivos e culturais, promovendo uma
aprendizagem em contexto.
A presença social consiste na criação de um clima social agradável, onde todos
Interacção e os participantes do processo de ensino e de aprendizagem sejam capazes de
exprimir as suas dúvidas, ideias e sugestões, sem receio de ser
presença social incompreendidos e com a certeza de que com a sua participação estão a
em ambientes colaborar na construção deste processo. As situações de aprendizagem que
virtuais de procuram uma presença social não estão reféns de que elas sejam presenciais
ou virtuais.
aprendizagem
A adopção de ambientes virtuais de aprendizagem em contexto educativo
Paulo Reis tem vindo a mostrar um enorme potencial, sobretudo ao nível da
Universidade comunicação e interacção entre formadores e formandos. O ensino e a
do Saber, Portugal
aprendizagem on-line é uma alternativa ao ensino presencial que permite
Maria João
Raimundo, reflectir as diferentes funções que os actores educativos são chamados a
Universidade do desempenhar nos recentes ambientes de aprendizagem, bem como o
Conhecimento, estabelecimento de uma nova relação pedagógica dentro de um paradigma
Portugal emergente estruturado em torno da interacção e colaboração.
O que diferencia o sucesso do processo de ensino e de aprendizagem
presencial ou virtual é a interacção entre formador e formandos e entre
formandos, não o facto de um curso ser on-line e à distância ou numa sala de
aula convencional.
Nesta problemática estão subjacentes diversas questões que se prendem com
a utilização de ferramentas Web 2.0: potencia a interacção online, a
socialização online, a construção colaborativa do conhecimento e uma
aprendizagem em contexto.
Recorrendo a Azevedo (s/d); Francisco, Morgado, Machado & Mendes (s/d);
Fernandes (2002) podemos afirmar que as interacções ocorridas entre
formandos e formadores evidenciaram a Web 2.0 como um conceito social,
colaborativo e dinâmico, que vive da participação e da interacção entre
indivíduos e conteúdos, em espaços construídos e partilhados.
Figueiredo & Afonso (2005) refere que nestes contextos, desde que
apropriados pelos participantes, a utilização de ferramentas Web 2.0 na
construção de conhecimento proporciona a emergência de uma inteligência
colectiva.
24
25. [Conferência 7]
[14h30m | 16h30m]
As interacções entre participantes contribuem para a construção do
conhecimento e para a socialização entre aprendentes. Contudo, a utilização
da tecnologia por si só não é suficiente para promover a aprendizagem. O
papel do tutor é fundamental neste processo, na medida em que acompanha
os aprendentes e a construção e evolução do contexto. Para além do papel de
facilitador da aprendizagem, há que ter em consideração todo o planeamento
da actividade, recorrendo às ferramentas Web 2.0. Assim, o tutor deverá criar
o espaço e torná-lo acessível, planear tarefas de socialização e de construção
do conhecimento, acompanhar a evolução do contexto e desenhar novas
tarefas de acordo com esta evolução.
Interacção
e presença As características das ferramentas Web 2.0 vão ao encontro dos princípios de
uma aprendizagem em contexto. As contribuições e as interacções dos
social em aprendentes constroem o contexto onde decorre a aprendizagem.
ambientes A Web 2.0 é um ambiente que potencia a aprendizagem personalizada,
virtuais de permitindo comunicar, socializar e interagir com conteúdos e aprendentes,
aprendizagem desenvolvendo uma comunidade de aprendizagem que participa activamente
na construção do conhecimento, ou seja, possibilita a socialização, a
colaboração e a partilha num ambiente interactivo e dinâmico, construído
Paulo Reis pelos seus utilizadores.
Universidade
do Saber, Estas características intrínsecas da Web 2.0 potenciam contextos de
aprendizagem, na medida em que promovem a socialização, a interacção e a
Portugal
construção colaborativa do conhecimento.
Maria João
Em suma, a Web 2.0 potencia a aprendizagem personalizada, permitindo
Raimundo, comunicar, socializar e interagir com conteúdos e aprendentes,
Universidade do desenvolvendo uma comunidade de aprendizagem que participa activamente
Conhecimento, na construção do conhecimento, indo ao encontro das exigências da
Portugal sociedade de conhecimento em que vivemos.
Bibliografia
Azevedo, Wilson (s/d). E-Learning como elemento de interacção no processo educacional.
Banco de Textos de Elton Vergara Nunes
Francisco, Deise; Morgado, Lina; Machado, Glaucio & Mendes, António (s/d). Interacção e
presença social em ambientes virtuais de aprendizagem. Centro de Estudos em Educação &
Inovação, Universidade Aberta.
Figueiredo, A. D. & Afonso, A. P. (2005). Context and Learning: a Philosophical Framework, in
Figueiredo, A. D. & A. P. Afonso, Managing Learning in Virtual Settings: The Role of Context,
Information Science Publishing, Hershey, USA, pp.1-22.
Figueiredo, A. D. (2002). Redes e educação: a surpreendente riqueza de um conceito, in
Conselho Nacional de Educação (2002), Redes de Aprendizagem, Redes de Conhecimento,
Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação, Lisboa. Disponível em:
[http://eden.dei.uc.pt/~adf/cne2002.pdf]
25
26. Síntese dos trabalhos ]
[16h45m | 18h15m]
Num mundo onde tudo acontece à velocidade de um clik, as novas
tecnologias tomaram conta da vida de grande parte: no emprego, em
família, com os amigos. Estamos fisicamente mais distantes, mas
inevitavelmente mais próximos, ou pelo menos mais contactáveis. Nos
dias de hoje já é preciso sair do conforto da nossa casa para
aprendermos, para desenvolvermos competências de vária ordem,
para nos tornarmos mais eficientes e, deseja-se, cidadãos de pleno
direito.
Foi com os olhos postos nestes novos paradigmas que entre os dias 29
Jornalistas de Abril e 2 de Maio de 2010, na FIL, decorreu um Congresso
subordinado ao tema: elearning e Web2.0.
Isabel Marques
Alcina correia Durante essa semana, oradores de renome internacional, discutiram
assuntos como: diferenças substanciais entre formação presencial e
formação à distância; vantagens e desvantagens de cada uma;
modelos de educação existentes online; factores críticos a ter em conta
quando se opta pelo e-learning; condições e situações em que será
mais útil um ou outro tipo de formação; entre muitos outros.
Depois da conferência de abertura levada a cabo pela Dr.ª Maria João
Raimundo e Dr. Paulo Reis, a Dr.ª Ana Farrajota e a Dr.ª Ruth Gomes
debruçaram a sua atenção sobre as diferenças entre a formação
presencial e a formação à distância.
Estas duas oradoras salientaram o facto de a formação à distância ser
ainda vista com algum cepticismo. Contudo, não deixaram de salientar
que as novas tecnologias estão a dar lugar a novas possibilidades de
aprendizagem, possibilitando que todos tenham acesso à informação.
Referiram ainda algumas das diferenças entre uma formação e outra,
como o tempo que na formação à distância é mais flexível; o espaço
que a formação à distância transforma em espaço virtual; a relação do
formando com o formador, que na formação presencial é de maior
dependência, pois o formador é a fonte de informação; o tipo de
formação, expositivo na presencial, favorecendo a auto-aprendizagem
e o trabalho colaborativo na formação à distância.
Ao início da tarde a Dr.ª Esperança Alfaiate e a Dr.ª Magda Fernandes
apresentaram algumas da diferenças entre a formação presencial e à
distância. Na formação à distância salientaram que ela possibilita a
flexibilização da formação no espaço e no tempo, permitindo reunir
formandos de locais geograficamente distantes, assim como fazer
formação para grupos minoritários. Referiram contudo que há algumas
desvantagens neste tipo de formação, desde logo a limitada interacção
humana e falta de afectividade que normalmente se estabelece na
26
27. Síntese dos trabalhos ]
[16h45m | 18h15m]
sala. Salientaram também que a formação à distância implica a
existência de alguns “dispositivos” (computador, internet, algum
domínio das TIC), que não estão disponíveis para todos.
A Dr.ª Cristiana Lopes e a Dr.ª Lúcia Monteiro clarificaram a ideia de
que formação à distância e formação on-line não são obrigatoriamente
a mesma coisa. Ao longo da sua intervenção ficou clara a ideia de que
os novos paradigmas educacionais exigem que
professores/formadores e alunos/formandos se adaptem a novas
realidades e que configurem os seus perfis, pois têm de ser mais
interventivos, competentes e dominar as Novas Tecnologias,
independentemente de estarmos a falar de ensino à distância ou on-
Jornalistas line.
Isabel Marques
Os modelos de educação existentes on-line constituíram o assunto
Alcina correia trazido pelo Dr. Gonçalo Silva e pelo Dr. José Cruz. Na opinião destes
dois oradores, apesar de a formação on-line estar ainda no seu início, a
literatura da especialidade distingue várias modalidades de educação
online, ou seja, fala-se em modalidade totalmente online e em
modalidades híbridas, ecléticas ou mistas, correspondendo o e-
Learning à primeira modalidade e o b-Learning à segunda, pois inclui,
necessariamente, aulas presenciais.
Na comunicação O Modelo de aprendizagem e-learning: factores de
sucesso e aspectos críticos na sociedade do século XXI, o Dr. José
Morujão e Dr. António Nogueira realçaram a ideia de que, para que
todos os modelos apresentados obtenham os resultados desejados, há
que mudar de atitude e formas de trabalhar, adoptando as estratégias e
modelos que nos permitam a construção de uma verdadeira “sociedade
de aprendizagem”. Essas mudanças passam então pela rentabilização
das TIC, na modalidade e e-learning. Apontaram como grandes
vantagens da sua utilização o suporte à formação e ao
desenvolvimento pessoal, a integração de várias linguagens e formas
comunicacionais, maior rapidez de aprendizagem, respeito pelo ritmo
de aprendizagem próprio de cada um, a gestão do tempo, o
desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade, o contributo
para a redução do absentismo, o fomento da aprendizagem ao longo
da vida, o combate a obstáculos geográficos, entre outros. Sem
descurar algumas desvantagens também apresentadas por outros
oradores, salientaram também o papel das bibliotecas na
implementação deste modelo de aprendizagem.
A Dr.ª Susana Silva e a Dr.ª Fátima Sebastião identificaram as
condições ou situações em que a formação à distância ou a formação
em presença se revelam mais pertinentes. Focando as vantagens de
ambas, consideraram que a formação à distância se revela mais
adequada a adultos com uma escolaridade de base sólida, enquanto a
27
28. Síntese dos trabalhos ]
[16h45m | 18h15m]
formação em presença será mais pertinente para aqueles não
possuem uma escolaridade de base sólida, com dificuldade em
aprender sozinhos, com algum défice de auto-disciplina e de auto-
motivação. Neste último grupo incluem as crianças, visto que
consideram que a educação para os valores deve ser feita
presencialmente, através da presença física do adulto. Referiram
também a interacção e o contacto visual como aspectos favoráveis ao
ensino presencial. No que concerne o ensino em Portugal, defenderam
a implementação de um ensino misto que potencializasse as vantagens
de ambas as modalidades, possibilitando uma formação mais
completa. Concluíram referindo que o modo de transmissão dos
Jornalistas conteúdos e a interacção e relação educativa que se estabelece entre
formadores e formandos, professores e alunos e alunos entre si são os
Isabel Marques factores primordiais na distinção entre a formação presencial e a
Alcina correia formação à distância.
Sobre a interacção e presença social em ambientes virtuais de
aprendizagem, o Dr. Paulo Reis e a Dr.ª Maria João Raimundo
clarificaram o conceito de presença social, conducente à interacção em
ambientes virtuais. A interacção entre formador e formandos e entre
formandos foi apontada como sendo a grande diferença entre o
sucesso no ensino e aprendizagem presencial ou virtual. Fazendo
referência à utilização das ferramentas Web 2.0, concluem que essas
interacções contribuem para a construção do conhecimento e para a
socialização. Sublinham que para que isso seja possível, não bastará a
utilização das TIC, reforçando assim o papel dos tutores/formadores.
Ponderando todas as vantagens e eventuais constrangimentos,
concluíram afirmando que “a Web 2.0 potencia a aprendizagem
personalizada, permitindo comunicar, socializar e interagir com
conteúdos e aprendentes, desenvolvendo uma comunidade de
aprendizagem que participa activamente na construção do
conhecimento, indo ao encontro das exigências da sociedade de
conhecimento em que vivemos”.
28
29. [ Entrevistas … ]
Interacção e presença social em ambientes virtuais de aprendizagem
Aproveitando a circunstância de estar a decorrer na FIL um Congresso sob o
lema do e-learning e da Web 2.0,
conceitos com que os nossos leitores
estão pouco familiarizados,
aproveitámos a presença dos
Professores Doutores Mª João
Raimundo e Paulo Reis, investigadores
de renome internacional em
Jornalistas
representação do CEIPSAVA (Centro de Estudos e Investigação em Interacção
Fátima Dias e Presença Social em Ambientes Virtuais de Aprendizagem) para nos
Elisa Almeida ajudarem a clarificar de que forma as novas tecnologias de informação e da
comunicação estão a revolucionar a gestão da informação e do
conhecimento, obrigando os diferentes actores a repensar os processos,
estratégias e metodologias de ensino num novo paradigma educacional.
e-glocal - Partindo do pressuposto, assumido pelos eminentes conferencistas, de
que a presença social é possível em ambientes virtuais, gostaríamos de saber como
se constrói o sentimento de pertença à comunidade virtual de aprendizagem, uma
vez que estão ausentes da comunicação a observação facial e a linguagem corporal.
MJR e PR - Pertencer a uma comunidade pressupõe o estabelecimento de relações
no grupo.
Julgamos que as relações sociais, tal como o acto educativo, têm subjacente um acto
de comunicação mas não cremos que este acto de comunicação fique, num ambiente
virtual, fatalmente prejudicado pela ausência de alguns mecanismos,
nomeadamente, a linguagem corporal ou a oralidade. Na ausência da linguagem
corporal e da expressividade oral, poder-se-ão utilizar outras convenções, como os
vulgo “smiles”, elucidativas de, por exemplo, um estado de humor.
Por outro lado, o sentimento de pertença deverá ser motivado pelo formador,
através de estratégias próprias, enquanto intervenção inicial numa comunidade
virtual de aprendizagem.
Esta perspectiva está fortemente marcada na nossa intervenção - o papel do
formador no desenvolvimento de uma presença social em contexto virtual.
O seu papel é fundamental no processo, na medida em que acompanha os
aprendentes e a construção e evolução do contexto. Para além do papel de
facilitador da aprendizagem, há que ter em consideração todo o planeamento da
actividade, recorrendo às ferramentas Web 2.0. Assim, o formador deverá criar o
espaço e torná-lo acessível, planear tarefas de socialização e de construção do
29
30. [ Entrevistas … ]
conhecimento, acompanhar a evolução do contexto e desenhar novas tarefas de
acordo com esta evolução.
e-glocal - «A presença social consiste na criação de um clima social agradável». Que
estratégias são utilizadas pelos formadores/animadores das comunidades de
aprendizagem para fomentar esse clima?
MJR e PR - Alguns autores já estudaram o perfil ideal para um formador em
comunidades virtuais de aprendizagem. Invariavelmente, neste perfil é mencionada a
necessária capacidade de promover a interacção social entre os indivíduos.
Jornalistas Berge (1995) crê que um ambiente amigável é facilitador da aprendizagem, motivo
pelo qual o formador deverá incentivar as relações humanas, desenvolvendo
Isabel Marques
trabalho e coesão de grupo.
Alcina correia
Salmon (2000) propõe um modelo em que num primeiro nível os formandos devem
ser acolhidos e apoiados pelo formador no desenvolvimento do acesso/relação com
a plataforma e motivação para o tema, esclarecendo todas as suas dúvidas e
incertezas; num segundo nível, o formador deve promover o estabelecimento da
identidade on-line de cada formando e a interacção entre eles, reforçando, por
exemplo experiências e vivências em comum ou enriquecedoras para o grupo. A
partir deste momento os formandos poderão, e deverão, sentir-se motivados a
trocarem informações entre si, sendo que a promoção de discussões focadas em
determinado tema, tornam a interacção colaborativa. Este autor defende mesmo
que se o e-moderador não for capaz de promover a sociabilização entre pares, a
maioria nunca chegarão funcionar enquanto grupo.
Thomas, referido em Shepard (2003) estabelece que o formador deverá ter uma
atitude positiva, estabelecendo ligações, gerando entusiasmo, mantendo interesse e
ajudando nas dificuldades e proactiva, fazendo acontecer, catalisando e agindo
sempre que necessário.
Em suma, as intervenções iniciais do formador são fundamentais no processo de
criação do espírito de grupo e inerente clima social, acolhendo participantes,
incentivando o estabelecimento de identidades, motivando trabalho cooperativo,
apoiando nos momentos de dificuldade, ou dito de outra forma, afastando a
sensação de solidão e promovendo o sentimento de grupo.
e-glocal - Se o que diferencia «o sucesso do processo de ensino e de aprendizagem
presencial ou virtual é a interacção entre formador e formandos e entre
formandos, não o fato de um curso ser on-line e à distância ou numa sala de aula
convencional», podemos deduzir que podem também ocorrer casos de insucesso
ou problemas de indisciplina ou até de bullying em comunidades de aprendizagem
virtuais. Como lidar com essas situações (a existirem)?
30
31. [ Entrevistas … ]
MJR e PR -Sempre que se criam relações há lugar a comportamentos desviantes.
Numa comunidade, seja ela um grupo presencial ou virtual, podem acontecer actos
violentos ou de indisciplina. A maior diferença prende-se com o facto de que, na
presencial acresce-se a possibilidade de violência física, e na virtual, esta é,
obviamente, inviável. De toda a maneira, a violência/ofensa à integridade psicológica
não será menos agressiva e as palavras escritas serão capazes de injurias não menos
gravosas que as palavras faladas…
Relativamente à forma de lidar com uma situação destas, tal como na presencial, na
virtual não tem resposta fácil! Julgamos que, à semelhança da presencial, dependerá
do tipo de abuso ou agressão e da sensibilidade do formador para a resolver. O
Jornalistas melhor será sempre que se estabeleçam regras de participação claras e
Isabel Marques objectivamente bem definidas, logo na constituição do grupo, de forma a antecipar e
inviabilizar este tipo de episódio.
Alcina correia
e-glocal -Interacção, comunicação e colaboração parecem ser três conceitos que
valorizam, de sobremaneira, nesta comunicação. Gostaríamos que concretizassem
a sua mais-valia em contextos de aprendizagem virtual.
MJR e PR - Em ambientes colaborativos os intervenientes estarão envolvidos na sua
própria aprendizagem e as actividades propostas devem, preferencialmente, estar
direccionadas para situações de aplicação prática à sua vivência, articulando
aprendizagem com o contexto e as experiências.
Parece-nos consensual que a comunicação é um factor fundamental em qualquer
forma de aprendizagem, quer seja presencial ou virtual, constituindo-se a maior
diferença na forma – oral/corporal versus escrita.
A interacção e o trabalho cooperativo são um caminho, não só para encontrar um
produto colectivo, como para desenvolver uma visão mais ampla, identificando
incoerências e incompletudes, estimulando criatividade, novas descobertas e
diferentes alternativas. Em suma, os alunos serão co-autores de uma construção de
conhecimento e processo de aprendizagem, que se resultado de fontes comunitárias
será, invariavelmente, mais enriquecedor.
Neste contexto, emerge um novo paradigma de avaliação - a avaliação contextual – a
que corresponde ao vulgarmente designado na literatura de “avaliação autêntica”.
Neste tipo de avaliação destaca-se o facto de não incidir apenas nos produtos finais,
mas nas tarefas e procedimentos que acompanham o desenvolvimento da
actividade. Estamos na presença de uma verdadeira avaliação formadora que implica
interacção, comunicação e colaboração entre as partes, formador e formandos.
Foi no seguimento deste panorama que as ferramentas da Web 2.0 contribuíram
para o aparecimento de um novo conceito de e-Portfolios. A elaboração de um e-
31
32. [ Entrevistas … ]
Portfolio permite um grau de interacção elevado, uma vez que possibilita a
comunicação, interacção e colaboração online, promovendo o desenvolvimento de
competências e a construção de conhecimento.
e-glocal - Agradecemos a valiosa colaboração dos nossos entrevistados, certas de
que contribuirá para a clarificação desta temática, na actual sociedade da
informação e do conhecimento (e do relacionamento). Porque, também nas nossas
Bibliotecas Escolares, o futuro será em rede, porque o futuro será portátil, e-
learning e Web 2.0 farão parte do nosso quotidiano e o que agora se discute
passará a ser apenas um novo padrão comunicativo e de relacionamento.
Neste dia alfa e ómega de Maio de 2010, neste 22º Congresso Internacional
Jornalistas
«Bibliotecas Escolares e a Web 2.0», demos mais um passo no futuro. Dia a dia
Isabel Marques vamos construindo comunidades virtuais de aprendizagem com base em afinidades
Alcina correia de interesses, de conhecimentos, de partilha de projectos, num processo de
cooperação e permuta, independentemente das proximidades geográficas e
pertenças institucionais.
32