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E.E. Prof.ª Irene Dias Ribeiro O Evangelho Segundo Jesus Cristo Autor: José Saramago Fernanda Cristina de Oliveira Gallante Leandro Fernandes da Silva Marcelo Henrique Barbosa Baptista Vinicius Felipe da Silva Melo 3ªD - 2011
Biografia José de Souza Saramago Nasceu em 16/11/ 1922, em Azinhaga, Golegã, Portugal. Mudou-se para Lisboa. Era autodidata e exerceu varias profissões. Trabalhou em conceituados noticiários, como o  Diário de Lisboa. Foi diretor do Diário de Notícias.
Alcança notoriedade com o livro Levantado do chão, em  1980. Teve o livro Evangelho Segundo Jesus Cristo censurado  pelo governo português. Ganhou premio Nobel. Faleceu no dia 18 de junho de 2010, aos 87 anos,  vitima de leucemia crônica. Escreveu vários romances: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) A Jangada de Pedra (1986) O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) Ensaio sobre  a Cegueira (1995) Todos os Nomes (1997) O Homem Duplicado (2002)
Resumo
O Evangelho Segundo Jesus Cristo - José Saramago (resumo) José e Maria acabam fazendo sexo e assim a pureza da “Virgem” é abalada. Maria encontra na rua um mendigo, alto e misterioso que lhe entrega uma tigela, colocando antes terra nela, dizendo: “Que o Senhor te abençoe, mulher, e te dê todos os filhos que a teu marido te aprouver.” No momento em que a recebe, Maria observa que a tigela tem um brilho incomum, embora seja feita de barro. Maria chega em casa conta o sucedido no encontro com o mendigo e revela que está grávida. No nascimento de Jesus temos a reinterpretação do episódio dos três reis magos. O menino Jesus tem um choro sofrido e surgem três pastores, o primeiro trouxe leite, o segundo trouxe queijo e o terceiro, que Maria parece reconhecer como sendo o misterioso mendigo, trás pão e diz: “Com estas minhas mãos amassei este pão que trago, com o fogo que só dentro da terra há o cozi.” Na infância Jesus cresce rodeado de vários irmãos e irmãs. Quando Jesus atinge a adolescência seu pai, José, morre crucificado. Quando Herodes mandou matar os meninos que nascessem em Belém, mais ou menos na época em que Jesus nascera; José, sabendo do perigo que sua esposa e seu vindouro filho corriam, fugiu para que Jesus nascesse num lugar afastado do alcance dos soldados de Herodes. Na pressa com que fugira levando Maria, sequer avisara os outros camponeses, depois disso, José passou a se sentir culpado pela morte daquelas crianças, pelo pecado da omissão. Assim, quando soldados romanos o prendem por engano e o levam ao martírio não sente vontade de defender-se.
Na juventude, Jesus conhece o amor por meio de Maria de Magdala (Madalena). Os dois se amam. Surgem os milagres de Jesus: O milagre do vinho (numa “festa de arromba” o vinho acaba, os convidados reclamam e Jesus opera o milagre da transformação da água em vinho), o milagre dos pães (dividiu um único pão entre vários mendigos que não conseguiam fazê-lo). Quando Jesus vai morar numa aldeia de pescadores, observa-se que quando Jesus entra no barco os peixes se lançam para dentro, assim, a cada dia, Jesus vai com um dos pescadores, de modo que todos tenham sua boa pescaria.  Certa vez, num dia de muito nevoeiro, Jesus parte sozinho para o mar. Mais adiante o nevoeiro se dissipa e Jesus e numa “roda maior de luz, a barca pára, é o centro do mar. Sentado no banco da popa, está Deus.” Deus revela a Jesus sua descendência divina, e a seguir Deus explica o motivo que o levou a ter um filho: para que sua glória aumentasse entre os homens, pois passados quatro mil anos, Deus era deus apenas para um pequeno povo “que vive numa diminuta parte do mundo”. Deus, pois, tem um plano para o seu filho, que levará o conhecimento de sua figura para todos os outros povos. E, por fim, revela que o papel que Jesus tem nesse plano é o de mártir: “E qual foi o papel que me destinaste no teu plano? O de mártir, meu filho, o de vítima, que é o que melhor há para fazer espalhar uma crença e afervorar uma fé.” Jesus pergunta se outras pessoas terão que morrer para que a fé se propague, Deus confirma que sim e durante vários parágrafos e páginas segue-se uma lista dos martirizados durante os séculos que se seguiram até a expansão e o domínio do Cristianismo. Explica também os modos com que muitos serão martirizados (fogueira, decapitação, enforcamento, cravados com flechas, a pedradas, esquartejados, etc.). Deus ainda fala das guerras religiosas, das Cruzadas, da Inquisição.
Jesus, diante de tal revelação de mortandade, recusa o seu papel no plano, mas Deus reafirma o seu destino. Próximo a Jesus está o Diabo, que diz: “É preciso ser Deus para gostar tanto de sangue”. O Diabo, que não era ninguém menos do que aquele mendigo misterioso, ainda oferece a Deus o seu perdão e voltar a ser um de seus arcanjos diletos, mas Deus recusa afirmando que a bondade só existe em oposição à maldade e que Deus só será adorado porque existe um Diabo a ser temido. Jesus e o Diabo voltam na mesma barca. Antes, ao entrarem, o Diabo fala que há uma coisa no alforje de Jesus que pertence ao Diabo, mas que um dia voltará ao poder de Jesus. Ao olhar no seu alforje, Jesus encontra a velha tigela de barro. Após quarenta dias Jesus retorna para a aldeia dos pescadores, pronto para cumprir o seu destino. O milagre de Lázaro, a traição de Judas e a negação de Pedro são apresentados numa nova versão que dessacraliza esses episódios.  Jesus é crucificado, e já desfalecendo após o momento em que um soldado que lhe dá vinagre numa esponja para que beba e diminua seu sofrimento, morre sem ver que aos pés da cruz estava a tigela que servia agora para recolher o sangue que escorria da cruz.
Personagens Jesus: Protagonista e salvador da humanidade. É uma  Pessoa humilde, honesta e tem ideias fixas. Maria: Virgem que perdeu a santidade por fazer sexo.  É a mãe de Jesus. Muitas vezes a personagem censura  Jesus, mesmo sendo inferior a ele por ser uma mulher. José: Pai de Jesus. Homem batalhador que morre por  tentar salvar o amigo
Deus: Figura divina e bondosa, porém se apresenta  como um ser ambicioso por conquistas. Diabo: Figura sobrenatural, maligna e tem muita lábia,  quase consegue confundir Deus. Maria Madalena: Prostituta, perdoada por seus pecados  pelo próprio Jesus que era seu marido. Discípulos: Apoio de Jesus na propagação do evangelho  e da missão dada por Deus a Jesus.
Enredo O livro conta uma história humanizada da vida de Jesus e alude a uma sua eventual relação com Maria Madalena. Ao adotar essa perspectiva, de humanização de Cristo, distante da representação tradicional do Evangelho e evidenciando o seu caráter frágil e vulnerável Saramago põe de lado todo o sofrimento de Cristo e que, "no fundo”, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama.
         Tempo       Cronológico e Psicológico: Cronológico : Jesus na infância:  “Quando chegou aos cinco anos, o filho de José começou a ir à escola. Todas as manhãs, logo ao nascer do dia, a mãe levava-o ao encarregado da sinagoga, que, sendo os estudos do nível elementar, bastava para o efeito, e era ali, na própria sinagoga, feita sala de aula, que ele e os outros rapazinhos de Nazaré, até aos dez anos, realizavam a sentença do sábio...”
Jesus na adolescência: “Jesus lançou-se para o chão, a chorar, Os inocentes, os inocentes, dizia ele, parece incrível que um simples rapaz de treze anos, idade em que o egoísmo facilmente se explica e desculpa, possa ter sofrido tão forte abalo por causa duma notícia que, se tivermos em conta o que sabemos do nosso mundo contemporâneo, deixaria indiferente a maior parte da gente.”
Jesus na fase adulta: “E eis que, enfim, ia Jesus nos seus vinte e cinco anos, pareceu que o universo todo começou de súbito a mover-se, novos sinais se sucederam, uns atrás dos outros, como se alguém, com repentina pressa, pretendesse reaver um tempo que houvesse malgastado.”  
Psicológico : “Mil vezes a experiência tem demonstrado, mesmo em pessoas não particularmente dadas à reflexão, que a melhor maneira de chegar a uma boa ideia é ir deixando discorrer o pensamento ao sabor dos seus próprios acasos e inclinações, mas vigiando-o com uma atenção que convém parecer distraída, como se se estivesse a pensar noutra coisa, e de repente salta-se em cima do desprevenido achado como um tigre sobre a presa”
Espaço No antigo Oriente Médio, a história se passa em cidades que estão hoje dentro das fronteiras da Jordânia, de Israel e da Autoridade Nacional Palestina (ANP) “... fora em peregrinação a Jerusalém descera até Belém...” “... o deserto de Judeia queimava e requeimava a antiquíssima cicatriz duma terra...” “...João nunca se demorava muitos dias num mesmo lugar, mas que o mais provável, em todos os casos, seria encontrá-lo batizando nas margens do Jordão, desceram dos altos de Betânia para o sítio de Betabara, que está à beira do Mar Morto, com a ideia de irem depois subindo o rio, sempre, até ao Mar da Galileia...”
Foco Narrativo Terceira pessoa, narrador onisciente e vários  flashbacks durante história.
Estilo O autor possui um grande senso crítico da sociedade,  e muitas vezes faz uso de ironias: “O filho de José e de Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo de sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo”. Ausência de pontuações e marcações nos diálogos: “Aproximou-se o pastor e disse, Com estas minhas  mãos trabalhei o leite e fabriquei o queijo”.
O estilo da escrita de José Saramago muitas vezes subverte a estrutura da língua portuguesa, atitude raramente valorizada pelos professores quando manifestada pelos alunos.  José Saramago “A escola deveria ensinar a ouvir. Cabe a ela ensinar o aluno a escrever corretamente e também explicar por que as regras são assim, e não de outra maneira. Mas a escola não será o lugar onde se subverte e revoluciona a estrutura da língua. Essa tarefa pertence aos escritores, se estes consideram que têm motivos para o fazer.”
Verossimilhança Acontecimentos bíblicos (com algumas alterações). Bodas de Canaã “Enchei de água aquelas talhas, eram seis talhas De pedra que serviam para a purificação, e eles encheram-na até em cima...Então Jesus verteu em cada talha uma parte do vinho que tinha no copo...” A crucificação de Cristo “...puseram-lhe os braços abertos sobre o patíbulo, e quando o primeiro cravo, sob a bruta pancada do martelo lhe perfurou o pulso pelo intervalo entre os dois ossos...”
Inquisições e Cruzadas “...esses exércitos são as cruzadas, Assim é, E  conquistaram o que queriam, Não, Mas mataram muita  gente, E os das cruzadas morreram outros tantos, se  não Mais...” “...A inquisição, também chamada Tribunal do Santo  Ofício, é o mal necessário, O instrumento crudelíssimo  com que debelaremos a infecção que um dia, e por longo tempo, se instalará no corpo da tua Igreja...”
Inferiorização da mulher "...José em casa, era isto pela hora do sol-pôr, e estava comendo seu jantar, sentado no chão e metendo a mão no prato como então era geral costume, e Maria, de pé, esperava que ele acabasse para depois  ela comer, e ambos calados, um porque não tinha nada que dizer, outro porque não sabia como dizer o que tinha em mente, aconteceu vir bater à cancela do pátio um pobre desses de pedir,..."
Movimento Literário Modernismo e Pós - Modernismo O livro faz denuncia a realidade do homem e é uma inovação filosófica.
Conclusões e críticas Por fim, concluímos que a obra é muito chocante principalmente para os cristão que se magoam com as palavras usadas por Saramago para contar a sua versão da bíblia. Porém o foco de Saramago não é envolver Deus, mas sim fazer uma crítica a maneira como a sociedade se comporta nos dias atuais. O livro deixa mensagens subliminares no pensamento dos leitores, como o papel do diabo, que, seria o de marketing,  utilizado pelas Igrejas sensacionalistas. Ele insere-se na competição religiosa, afinal trata-se de um mercado, e sua figura é explorada para ganhar adeptos.
Referências Bibliográficas: www.colegioweb.com.br www.portalsaofrancisco.com.br www.educacao.uol.com.br www.wikipedia.org revistaescola.abril.com.br

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  • 1. E.E. Prof.ª Irene Dias Ribeiro O Evangelho Segundo Jesus Cristo Autor: José Saramago Fernanda Cristina de Oliveira Gallante Leandro Fernandes da Silva Marcelo Henrique Barbosa Baptista Vinicius Felipe da Silva Melo 3ªD - 2011
  • 2. Biografia José de Souza Saramago Nasceu em 16/11/ 1922, em Azinhaga, Golegã, Portugal. Mudou-se para Lisboa. Era autodidata e exerceu varias profissões. Trabalhou em conceituados noticiários, como o Diário de Lisboa. Foi diretor do Diário de Notícias.
  • 3. Alcança notoriedade com o livro Levantado do chão, em 1980. Teve o livro Evangelho Segundo Jesus Cristo censurado pelo governo português. Ganhou premio Nobel. Faleceu no dia 18 de junho de 2010, aos 87 anos, vitima de leucemia crônica. Escreveu vários romances: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) A Jangada de Pedra (1986) O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) Ensaio sobre a Cegueira (1995) Todos os Nomes (1997) O Homem Duplicado (2002)
  • 5. O Evangelho Segundo Jesus Cristo - José Saramago (resumo) José e Maria acabam fazendo sexo e assim a pureza da “Virgem” é abalada. Maria encontra na rua um mendigo, alto e misterioso que lhe entrega uma tigela, colocando antes terra nela, dizendo: “Que o Senhor te abençoe, mulher, e te dê todos os filhos que a teu marido te aprouver.” No momento em que a recebe, Maria observa que a tigela tem um brilho incomum, embora seja feita de barro. Maria chega em casa conta o sucedido no encontro com o mendigo e revela que está grávida. No nascimento de Jesus temos a reinterpretação do episódio dos três reis magos. O menino Jesus tem um choro sofrido e surgem três pastores, o primeiro trouxe leite, o segundo trouxe queijo e o terceiro, que Maria parece reconhecer como sendo o misterioso mendigo, trás pão e diz: “Com estas minhas mãos amassei este pão que trago, com o fogo que só dentro da terra há o cozi.” Na infância Jesus cresce rodeado de vários irmãos e irmãs. Quando Jesus atinge a adolescência seu pai, José, morre crucificado. Quando Herodes mandou matar os meninos que nascessem em Belém, mais ou menos na época em que Jesus nascera; José, sabendo do perigo que sua esposa e seu vindouro filho corriam, fugiu para que Jesus nascesse num lugar afastado do alcance dos soldados de Herodes. Na pressa com que fugira levando Maria, sequer avisara os outros camponeses, depois disso, José passou a se sentir culpado pela morte daquelas crianças, pelo pecado da omissão. Assim, quando soldados romanos o prendem por engano e o levam ao martírio não sente vontade de defender-se.
  • 6. Na juventude, Jesus conhece o amor por meio de Maria de Magdala (Madalena). Os dois se amam. Surgem os milagres de Jesus: O milagre do vinho (numa “festa de arromba” o vinho acaba, os convidados reclamam e Jesus opera o milagre da transformação da água em vinho), o milagre dos pães (dividiu um único pão entre vários mendigos que não conseguiam fazê-lo). Quando Jesus vai morar numa aldeia de pescadores, observa-se que quando Jesus entra no barco os peixes se lançam para dentro, assim, a cada dia, Jesus vai com um dos pescadores, de modo que todos tenham sua boa pescaria. Certa vez, num dia de muito nevoeiro, Jesus parte sozinho para o mar. Mais adiante o nevoeiro se dissipa e Jesus e numa “roda maior de luz, a barca pára, é o centro do mar. Sentado no banco da popa, está Deus.” Deus revela a Jesus sua descendência divina, e a seguir Deus explica o motivo que o levou a ter um filho: para que sua glória aumentasse entre os homens, pois passados quatro mil anos, Deus era deus apenas para um pequeno povo “que vive numa diminuta parte do mundo”. Deus, pois, tem um plano para o seu filho, que levará o conhecimento de sua figura para todos os outros povos. E, por fim, revela que o papel que Jesus tem nesse plano é o de mártir: “E qual foi o papel que me destinaste no teu plano? O de mártir, meu filho, o de vítima, que é o que melhor há para fazer espalhar uma crença e afervorar uma fé.” Jesus pergunta se outras pessoas terão que morrer para que a fé se propague, Deus confirma que sim e durante vários parágrafos e páginas segue-se uma lista dos martirizados durante os séculos que se seguiram até a expansão e o domínio do Cristianismo. Explica também os modos com que muitos serão martirizados (fogueira, decapitação, enforcamento, cravados com flechas, a pedradas, esquartejados, etc.). Deus ainda fala das guerras religiosas, das Cruzadas, da Inquisição.
  • 7. Jesus, diante de tal revelação de mortandade, recusa o seu papel no plano, mas Deus reafirma o seu destino. Próximo a Jesus está o Diabo, que diz: “É preciso ser Deus para gostar tanto de sangue”. O Diabo, que não era ninguém menos do que aquele mendigo misterioso, ainda oferece a Deus o seu perdão e voltar a ser um de seus arcanjos diletos, mas Deus recusa afirmando que a bondade só existe em oposição à maldade e que Deus só será adorado porque existe um Diabo a ser temido. Jesus e o Diabo voltam na mesma barca. Antes, ao entrarem, o Diabo fala que há uma coisa no alforje de Jesus que pertence ao Diabo, mas que um dia voltará ao poder de Jesus. Ao olhar no seu alforje, Jesus encontra a velha tigela de barro. Após quarenta dias Jesus retorna para a aldeia dos pescadores, pronto para cumprir o seu destino. O milagre de Lázaro, a traição de Judas e a negação de Pedro são apresentados numa nova versão que dessacraliza esses episódios. Jesus é crucificado, e já desfalecendo após o momento em que um soldado que lhe dá vinagre numa esponja para que beba e diminua seu sofrimento, morre sem ver que aos pés da cruz estava a tigela que servia agora para recolher o sangue que escorria da cruz.
  • 8. Personagens Jesus: Protagonista e salvador da humanidade. É uma Pessoa humilde, honesta e tem ideias fixas. Maria: Virgem que perdeu a santidade por fazer sexo. É a mãe de Jesus. Muitas vezes a personagem censura Jesus, mesmo sendo inferior a ele por ser uma mulher. José: Pai de Jesus. Homem batalhador que morre por tentar salvar o amigo
  • 9. Deus: Figura divina e bondosa, porém se apresenta como um ser ambicioso por conquistas. Diabo: Figura sobrenatural, maligna e tem muita lábia, quase consegue confundir Deus. Maria Madalena: Prostituta, perdoada por seus pecados pelo próprio Jesus que era seu marido. Discípulos: Apoio de Jesus na propagação do evangelho e da missão dada por Deus a Jesus.
  • 10. Enredo O livro conta uma história humanizada da vida de Jesus e alude a uma sua eventual relação com Maria Madalena. Ao adotar essa perspectiva, de humanização de Cristo, distante da representação tradicional do Evangelho e evidenciando o seu caráter frágil e vulnerável Saramago põe de lado todo o sofrimento de Cristo e que, "no fundo”, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama.
  • 11. Tempo Cronológico e Psicológico: Cronológico : Jesus na infância: “Quando chegou aos cinco anos, o filho de José começou a ir à escola. Todas as manhãs, logo ao nascer do dia, a mãe levava-o ao encarregado da sinagoga, que, sendo os estudos do nível elementar, bastava para o efeito, e era ali, na própria sinagoga, feita sala de aula, que ele e os outros rapazinhos de Nazaré, até aos dez anos, realizavam a sentença do sábio...”
  • 12. Jesus na adolescência: “Jesus lançou-se para o chão, a chorar, Os inocentes, os inocentes, dizia ele, parece incrível que um simples rapaz de treze anos, idade em que o egoísmo facilmente se explica e desculpa, possa ter sofrido tão forte abalo por causa duma notícia que, se tivermos em conta o que sabemos do nosso mundo contemporâneo, deixaria indiferente a maior parte da gente.”
  • 13. Jesus na fase adulta: “E eis que, enfim, ia Jesus nos seus vinte e cinco anos, pareceu que o universo todo começou de súbito a mover-se, novos sinais se sucederam, uns atrás dos outros, como se alguém, com repentina pressa, pretendesse reaver um tempo que houvesse malgastado.”  
  • 14. Psicológico : “Mil vezes a experiência tem demonstrado, mesmo em pessoas não particularmente dadas à reflexão, que a melhor maneira de chegar a uma boa ideia é ir deixando discorrer o pensamento ao sabor dos seus próprios acasos e inclinações, mas vigiando-o com uma atenção que convém parecer distraída, como se se estivesse a pensar noutra coisa, e de repente salta-se em cima do desprevenido achado como um tigre sobre a presa”
  • 15. Espaço No antigo Oriente Médio, a história se passa em cidades que estão hoje dentro das fronteiras da Jordânia, de Israel e da Autoridade Nacional Palestina (ANP) “... fora em peregrinação a Jerusalém descera até Belém...” “... o deserto de Judeia queimava e requeimava a antiquíssima cicatriz duma terra...” “...João nunca se demorava muitos dias num mesmo lugar, mas que o mais provável, em todos os casos, seria encontrá-lo batizando nas margens do Jordão, desceram dos altos de Betânia para o sítio de Betabara, que está à beira do Mar Morto, com a ideia de irem depois subindo o rio, sempre, até ao Mar da Galileia...”
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  • 17. Foco Narrativo Terceira pessoa, narrador onisciente e vários flashbacks durante história.
  • 18. Estilo O autor possui um grande senso crítico da sociedade, e muitas vezes faz uso de ironias: “O filho de José e de Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo de sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo”. Ausência de pontuações e marcações nos diálogos: “Aproximou-se o pastor e disse, Com estas minhas mãos trabalhei o leite e fabriquei o queijo”.
  • 19. O estilo da escrita de José Saramago muitas vezes subverte a estrutura da língua portuguesa, atitude raramente valorizada pelos professores quando manifestada pelos alunos. José Saramago “A escola deveria ensinar a ouvir. Cabe a ela ensinar o aluno a escrever corretamente e também explicar por que as regras são assim, e não de outra maneira. Mas a escola não será o lugar onde se subverte e revoluciona a estrutura da língua. Essa tarefa pertence aos escritores, se estes consideram que têm motivos para o fazer.”
  • 20. Verossimilhança Acontecimentos bíblicos (com algumas alterações). Bodas de Canaã “Enchei de água aquelas talhas, eram seis talhas De pedra que serviam para a purificação, e eles encheram-na até em cima...Então Jesus verteu em cada talha uma parte do vinho que tinha no copo...” A crucificação de Cristo “...puseram-lhe os braços abertos sobre o patíbulo, e quando o primeiro cravo, sob a bruta pancada do martelo lhe perfurou o pulso pelo intervalo entre os dois ossos...”
  • 21. Inquisições e Cruzadas “...esses exércitos são as cruzadas, Assim é, E conquistaram o que queriam, Não, Mas mataram muita gente, E os das cruzadas morreram outros tantos, se não Mais...” “...A inquisição, também chamada Tribunal do Santo Ofício, é o mal necessário, O instrumento crudelíssimo com que debelaremos a infecção que um dia, e por longo tempo, se instalará no corpo da tua Igreja...”
  • 22. Inferiorização da mulher "...José em casa, era isto pela hora do sol-pôr, e estava comendo seu jantar, sentado no chão e metendo a mão no prato como então era geral costume, e Maria, de pé, esperava que ele acabasse para depois ela comer, e ambos calados, um porque não tinha nada que dizer, outro porque não sabia como dizer o que tinha em mente, aconteceu vir bater à cancela do pátio um pobre desses de pedir,..."
  • 23. Movimento Literário Modernismo e Pós - Modernismo O livro faz denuncia a realidade do homem e é uma inovação filosófica.
  • 24. Conclusões e críticas Por fim, concluímos que a obra é muito chocante principalmente para os cristão que se magoam com as palavras usadas por Saramago para contar a sua versão da bíblia. Porém o foco de Saramago não é envolver Deus, mas sim fazer uma crítica a maneira como a sociedade se comporta nos dias atuais. O livro deixa mensagens subliminares no pensamento dos leitores, como o papel do diabo, que, seria o de marketing, utilizado pelas Igrejas sensacionalistas. Ele insere-se na competição religiosa, afinal trata-se de um mercado, e sua figura é explorada para ganhar adeptos.
  • 25. Referências Bibliográficas: www.colegioweb.com.br www.portalsaofrancisco.com.br www.educacao.uol.com.br www.wikipedia.org revistaescola.abril.com.br