La pollution maritime - Trabalho de Frances 8º ano
Os lusíadas tempestade - Português 9º ano
1.
2. A Tempestade é um episódio naturalista, em que se
entrelaçam o planos da viagem e o dos deuses, a
realidade e a fantasia.
É o último dos grandes perigos que Vasco da Gama teve
que ultrapassar antes de cumprir a sua missão, a
chegada à India.
Camões terá aproveitado a sua experiência de viajante,
para descrever de forma tão realista a natureza em
fúria (relâmpagos, raios trovões, ventos, ondas
alterosas) e, sobretudo, a aflição, os gritos, o temor e o
desacordo dos marinheiros, incapazes de controlar a
situação, devido à violência dos ventos.
3. Perante este som (o apito) que anuncia o perigo, os
marinheiros assumem os seus postos, começando a grande
agitação e precipitação. Surge uma primeira ordem do
mestre para recolher as velas.
Porém, eis que a tempestade se abate sobre as naus.
O mestre dá novamente a mesma ordem, mas
imediatamente os ventos desfazem as velas.
A tempestade é cada vez mais violenta, primeiro o “vento
cresce” e logo surge a tempestade com outros ventos
indignados. O ruído provocado pela tempestade é tão
violento que o mundo parece destruído.
4. Na terceira ordem, o mestre manda os homens retirar a
água que já inunda a nau e bem ordena “rijamente”, mas
o caos a bordo já está instalado.
Verifica-se uma gradação crescente que ocorre na
descrição da formação da tempestade e se reflecte nas
ordens do mestre.
Os soldados e os marinheiros tentam enfrentar a
tempestade, mas os esforços parecem em vão. Três
marinheiros fortes e experientes tentam assumir o
leme, mas não conseguem fazer frente à força da
tempestade.
5. Os ventos são tão fortes que tentam derrubar a Torre
de Babel (mastro central). A “pequena grandura dum
bote” mostra até que ponto as naus são frágeis, perante
um mar imenso e revolto, mas fortes pois resistem à
tempestade.
A nau de Paulo da Gama leva o mastro partido e está
toda alagada, como aliás a nau de Coelho. Os homens
apelam a Deus para os salvar.
6. A descrição remete para os movimentos ascendentes e
descendentes das naus, as quais ora elevam-se no céu,
como descem às «íntimas entranhas» do Inferno. Os
ventos – Noto, Austro, Bóreas, Áquilo – parecem querer
destruir o mundo.
No céu, raios fortes e fulminantes iluminam a noite e
entoam sons tenebrosos.
Também ressente os efeitos da tempestade. Junto à
costa, as aves, num canto triste, levantam voo e fogem; no
mar, os golfinhos refugiam-se nas profundezas, onde não
deixam de estar em perigo. Junto à costa, a tempestade
também provoca estragos: são derrubados montes e
arrancadas árvores velhas, bem enraizadas. No mar, as
areias são revolvidas.
7. Vendo que perto da Índia a armada se perdia, Vasco da
Gama apela à ajuda de Deus, Senhor das causas
impossíveis.
Enumera outros povos ajudados por Deus em momentos
adversos e, por isso, pede que o povo português também
seja amparado.
Pergunta ainda por que motivo Deus se sente ofendido,
já que a expansão marítima tem como propósito a
expansão da Fé Cristã.
8. Finalmente, lamenta o triste destino que lhes reserva,
dizendo que melhor teria sido se tivessem lutado nas
guerras a Norte de África, onde a morte lhes teria
trazido honra e reconhecimento.
O poeta retoma a descrição da tempestade, a qual se
torna ainda mais violenta.
9. Vénus, que visitava a terra e o mar, apercebe-se da
aflição dos portugueses e decide intervir .
Imediatamente atribui a responsabilidade daquela
tempestade a Baco.
Em seguida, ordena às Ninfas que acorram ao local da
tempestade para seduzir os ventos e convencê-los a
abrandar. Para isso, as Ninfas embelezam-se com
grinaldas de flores coloridas nas cabeças.
10. Os ventos, seduzidos pela beleza, cedem imediatamente
ao pedido das belas Ninfas e abrandam.
Finalmente, já pela manhã, os marinheiros avistam terra.
O piloto Melindano (de Melinde) dirige-se a Vasco da
Gama, dizendo tratar-se da terra de Calecut, sendo que
ali se cumpre o objectivo dos portugueses.
Vasco da Gama, emocionado, põe-se de joelhos e
agradece a Deus.
11. Neste episódio após as festas de despedida, a armada
larga de Melinde para prosseguir a viagem até à Índia,
levando a bordo um piloto melindano.
Entretanto Baco desce ao palácio de Neptuno, a fim de
incitar os deuses marinhos contra os portugueses, pois
os vê quase a atingir o império que ele tinha na Índia.
Baco é recebido por Neptuno no seu palácio e explica-lhe
os motivos da sua vinda.
Neptuno e Tritão convocam todos os deuses marinhos
para o concílio.
Assim que se encontram todos reunidos, Baco profere o
seu discurso, apresentando honesta e claramente as
razões da sua presença.
12. As lágrimas interrompem-lhe a dado momento as suas
palavras, fazendo com que de imediato todos os deuses se
inflamassem tomando o seu partido.
Neptuno manda a Éolo que solte os ventos, gerando assim
uma tempestade que destrua os portugueses.
Sem nada pressentirem, os portugueses contam histórias
para evitarem o sono, entre as quais a dos Doze de
Inglaterra. Quando se apercebem da chegada da
tempestade, a fúria com que os ventos investem é tal que
não lhes dá tempo de recolher as velas, rompendo-as e
partindo-lhes os mastros.
É tal a fúria dos elementos que nada lhes resiste. As
areias no fundo dos mares vêem-se revolvidas, as árvores
arrancadas e com as raízes para o céu e os montes
derrubados.
13. Na armada a situação é caótica. As gentes gritam e vêem
perto a perdição, com as naus alagam e os mastros
derribados. Vendo-se perdido, Vasco da Gama pede
ajuda à Divina Guarda.
Vénus apercebe-se do perigo em que os portugueses se
encontram e, adivinhando que se trata de mais uma
acção de Baco, manda as Ninfas amorosas abrandarem a
ira dos ventos. Quando a tempestade se acalma,
amanhecia e o piloto melindano avista a costa de Calecut.
O canto termina com a oração de agradecimento de
Vasco da Gama e com uma reflexão do poeta acerca do
verdadeiro valor da glória.
14. 1.
• A nível do tom de voz do mestre: o tom de voz vai-
se tornando cada vez mais alto de acordo com a
gravidade da situação
• A nível das atitudes do homens: começam por
sentir grande aflição instalando-se depois o pânico
e a desorientação.
15. 2.1
• O movimento da águas: est. 74, 5º a 8º verso
“ Nos altíssimos mares, que cresceram, a pequena
grandura dum batel. Mostra a possante nau, que move
espanto, vendo que se sustém nas ondas tanto.”
• A intensidade dos raios: est. 84, 5º a 6º verso4
“ Relâmpagos medonhos não cessavam, feros trovões,
que vem representado.”
2.2
O recurso estilístico utilizado é a adjectivação
Ex: “Feros trovões, que vem representado.”
16. 3.1
Interpreto que Vasco da Gama dirige-se a sua
“Divina Guarda” pedindo clemência e
argumentando que aquela é uma viagem ao
serviço de Deus
3.2
Qualifica-os de “ditosos” porque morreram por
causas nobres, defendendo a sua pátria e
libertando-se da lei da morte enquanto que eles
que morrem no mar não alcançam a glória.
17. 4.1
• A nível mitológico: entre Vénus e Baco, as ninfas e o vento;
• A nível de acção central: entre os marinheiros e a
tempestade;
4.2
• Os intervenientes mitológicos: as ninfas (a pedido de Vénus)
seduzem os ventos (enviados por Neptuno a pedido de Baco
para destruir as naus);
• Os intervenientes na acção central: os marinheiros tentam
manter os barcos equilibrados e quando já não há nada a
fazer pedem a ajuda de Deus;
4.3
Ao nível mitológico havia um equilíbrio de forças no entanto a
nível de acão central o homem luta contra uma força muito
superior à sua capacidade de luta (a tempestade);
4.4
Se Vénus e as Ninfas conseguirem acalmar a tempestade,
Vasco da Gama e a sua armada podem seguir viagem
calmamente, impedindo Baco de destruir a armada portuguesa.
18. 1.
A imagem que é sugerida é que tudo aconteceu de repente
e que não há salvação possível.
2.
“Amorosa estrela, sol claro, …,”sugerem um ambiente
calmo.
3.
A tenebrosa tempestade queria destruir o mundo