1. JB NEWS
Informativo Nr. 378
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quintas-feiras 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC) 13 de setembro de 2011
Índice desta terça-feira:
1. Almanaque
2. A Carbonária (Ir. Xico Trolha)
3. A Maçonaria e a revisão de seu papel Histórico (Ir. Paulo A.P.
Queiroga)
4. Buscando o significado do Templo Maçônico ( Ir. Lázaro Curvêlo
Chaves)
5. Destaques JB
3. 604 - É eleito o Papa Sabiniano.
1276 - Pedro Julião, bispo português mas também médico e matemático, é eleito
papa com o nome de João XXI.
1500 - Expedição de Pedro Álvares Cabral chega a Calecute, após descobrir o
Brasil.
1541 - Regresso de Calvino a Genebra.
1598 - Filipe III toma posse do trono de Portugal e Espanha.
1765 - Tremor de terra em Lisboa, de menor intensidade que o verificado no dia
1 de Janeiro.
1906 - Primeiro vôo do 14 Bis de Santos Dumont em Paris (v. História da
aviação).
1922 - A temperatura mais alta da Terra é registrada em Al Aziziyah, uma área
desértica na Líbia: 58 graus Celsius.
1923 - Primo de Rivera encabeça golpe de estado na Espanha, inciando período
ditatorial.
1931 - Milícia de cristãos-socialistas tenta tomar o poder na Áustria.
1937 - Fundação do Moto Club de São Luís, clube do futebol do Maranhão.
1939 - Realizado o primeiro vôo completo de helicóptero
1943 - Criação do território federal do Rio Branco, atual estado de Roraima.
1944 - Bombardeiros dos Estado Unidos atacaram a fábrica da Buna Werke
associada com Auschwitz III, destruindo-a parcialmente.
1948 - Margaret Chase Smith é eleita para o Senado do Estados Unidos,
tornando-se a primeira mulher a servir em ambas as casas do Congresso.
4. 1965 - Louis Armstrong ganha o prêmio Grammy com Hello, Dolly!
1966 - Termina a estabilidade do emprego (após 10 anos) e se institui o Criação
do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS.
1987 - Acidente radioativo de Goiânia.
1991 - Última ação do Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive.
1993 - Israel e palestinos firmam os Acordo de Paz de Oslo, abrindo caminho
para a retirada israelense de partes de Gaza.
2007 - A Team McLaren é multada em cem milhões de dólares e perde todos os
pontos no mundial de construtores da Fórmula 1 da temporada de 2007.
Eventos culturais e ficcionais
1969 - Estreia da série de desenhos Scooby-Doo, com a série Scooby-Doo, Cadê
Você?.
2005 - Estreia da série de TV Sobrenatural, na emissora de TV a cabo The CW
Television Network.
Dia Nacional da Cachaça (Brasil)
Dia Mundial do Agrônomo
Dia do Programador (exceto em anos bissextos)
Aniversário da cidade de Machado (Minas Gerais), Brasil
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1740:
Fundada a Grande Loja Nacional ―Os Três Globos‖ em Berlin, organizada
por Frederico, mais tarde conhecido como o Grande.
1821:
Bula Ecclesiam, do Papa VII, condenando a Maçonaria.
1834:
O Grande Oriente Brazileiro, do Passeio, adota oficialmente o Rito
Escocês Antigo e Aceito.
1872:
5. Por causa das irregularidades nas eleições, desfaz-se o Grande Oriente
Unido. O Visconde de Rio Branco, continua Grão-Mestre no Grande
Oriente do Brasil e Saldanha da Marinho , no Grande Oriente dos
Benedetinos, ainda como Grande Oriente Unido.
1877:
O Grande Oriente de França, republicano e radical, abre ofensiva contra a
Igreja. A nova Constituição rejeita a obrigatoriedade da crença em Deus e
na imortalidade da alma. O Grande Oriente de França se afasta da
Maçonaria tradicional.
1944:
Fundação (12/9) da Loja Vitória da Razão nr. 1188, de Itaberaí GO que
trabalha no REAA (GOEG/GOB)
1985:
Fundaçao da Loja Luz e Saber nr. 2380, de Goiânia, que trabalha no Rito
Adnhiramita (GOEG/GOB).
6. CARBONÁRIA
XICO TROLHA
Sobre a Carbonária, o único escritor, no Brasil, que se dedicou
realmente em trazer algum esclarecimento, foi o Irmão Adelino
de Figueiredo Lima, um dos primeiros contestadores de algumas
das mazelas que debilitaram a nossa Ordem e que ainda debilitam.
Todavia, este trabalho não comporta esse tipo de assunto por isso
é que vamos transcrever apenas uma pequena introdução que ele
fez da Carbonária:
"Nenhuma Sociedade Secreta fascinou tanto as multidões
sequiosas de sua liberdade, ou da independência política
conquistada à custa de lágrimas e sangue, quanto a Maçonaria
Florestal, mais conhecida como "Carbonária", por ter sido
fundada pelos carvoeiros da Hannover, como associação de
defesa e de ação contra os opressores e assaltantes de sua classe.
Constituída no último Quartel do Séc. XV, ela só veio a entrar na
7. História, como organização de caráter político, após a Grande
Revolução Francesa.
Na Itália, ela adquiriu fama de violenta e sanguinária, e
introduzida na França por ordem de Napoleão, não tardou em
converter-se na mais poderosa força oposicionista ao
expansionismo do grande corso, lutando contra ele na França, na
Áustria, na Espanha e em Portugal.
O nome de "Maçonaria Florestal", veio-lhe depois que
irrompeu, na Itália e na França. "Maçonaria", porque os Maçons
a propagavam e a protegiam, "Florestal", porque as Iniciações
dos seus Membros, lembravam as dos antigos Carvoeiros de
Hannover, realizadas nas florestas mais densas, a cobertos das
vistas estranhas.
Os Carbonários, antes de serem investidos nos Segredos da
Ordem, passavam por duras provas e prestavam os mais terríveis
juramentos, como este, que eram assinados com próprio sangue:
"Juro perante esta assembléia de homens livres, que cumprirei as
ordens que receber, sem as discutir e sem hesitar, oferecendo o
meu sangue em holocausto, à libertação da Pátria, à destruição
do inimigo e à felicidade do Povo. Se faltar a este juramento, ou
trair os desígnios da Poderosa Maçonaria Florestal, que a língua
me seja arrancada e o meu corpo submetido ao fogo lento por
não ter sabido honrar a Pátria que foi meu berço."
Só depois deste juramento é que o Candidato recebia as
insígnias de "Bom Primo", — (as insígnias de Bom Primo
consistiam de um balandrau preto e Capuz, tendo bordado, em
branco, no peito, um punhal (o punhal de São Constantino), com
o cabo no formato cruciforme entrelaçado a uma cruz cristã.) O
punhal de São Constantino não constava somente de um desenho
bordado no Peito do Balandrau Preto, era também uma arma
branca, que todos os Carbonários usavam — também em suas
execuções — como símbolo da Ordem a qual pertenciam.
O Balandrau Preto, dos líderes, ao invés do Punhal e da
Cruz entrelaçados — possuía bordado no peito, em dourado, um
sol radiante.
O brado de guerra dos Carbonários consistia em, cada um,
levantar o seu punhal bem alto. Normalmente as reuniões dos
tribunais carbonários eram realizadas, a exemplo dos carvoeiros
8. de Hannover, no passado, em plena floresta, bem distante dos
olhares curiosos e indevidos.
Seus julgamentos eram implacáveis e seus réus, se
condenados, eram executados com a máxima eficiência. O
Carbonário era, as vezes, juiz e carrasco ao mesmo tempo. Seus
afiliados (jamais podiam trair a Ordem. Os que traíram, sempre
foram exemplarmente executados) se tornavam Carbonário ou
executor das ordens de "Alta Venda". Em cada país a
Organização da "Maçonaria Florestal" obedecia ao esquema
italiano:
"Alta Venda", corpo deliberativo superior, composto de um
Delegado da cada "Barraca", composta por sua vez por um
Delegado de cada "Cabana"; e as "Cabanas" eram formadas por
um Delegado de cada "Choça". Acima da "Alta Venda" estava
porém, a "Jovem Itália", composta por um triunvirato que nas
lutas pela Unificação e pela queda do Poder Temporal dos Papas,
era constituído por Cavour, Mazzini e Garibaldi.
A Carbonária Italiana, a princípio, foi protegida pelo
Carbonário Lucien Charles Napoleão Murat — General de
Napoleão Bonaparte — e Princípe de Monte Corvo, filho do
Marechal Murat, nascido em Milão, em 1803. Ele abandonou a
Itália em 1815, com a derrocada de Napoleão em Waterloo, em
18.07.1815, tendo sido capturado na Espanha. Após sua
libertação, seguiu para os Estados Unidos, em 1825. Ali se casou,
tendo retornado a Paris em 1848.
Mais tarde, Murat foi eleito Grão Mestre do Grande Oriente,
conseguindo um progresso muito grande no erguimento da
Obediência, com a fundação de muitas novas Lojas.
Um dos elementos que se deve destacar na Carbonária
Italiana — não pelos seus atos patrióticos, mas sim pela sua
traição à Carbonária — é o Conde Peregrino Rossi. Rossi teve
duas atitudes distintas: na mocidade, foi um dos mais ativistas e
propagandistas dos ideais da Carbonária, merecendo o respeito de
todos os Bons Primos. Todavia, de um momento para outro,
bandeou-se para as hostes inimigas.
Rossi aliou-se ao Papa Gregório XVI com a finalidade de
conseguir do Papa, condenações às ações dos Jesuítas. Nesse
ínterim, morre Gregório XVI e sobe ao Trono de São Pedro o
9. Papa Pio IX, ao qual Rossi se afiliou de corpo e alma. Rossi, que
fora até Roma para combater o jesuitismo, volta um fiel defensor
dos Irmãos de Inácio de Loyola.
É proscrito da Carbonária em 1820 e se torna um novo
Saulo, convertendo-se aos ideais do Papa.
— Era o novo Judas —, gritavam em todas as "Barracas", de
punhal em riste, os Bons Primos, seus antigos companheiros.
Conhecedor que era dos métodos de seus antigos
companheiros, Rossi teve muita facilidade de nominar seus
líderes e encher as prisões da Cidade Eterna, dando um tremendo
golpe no movimento revolucionário.
Rossi cada vez mais se dedicava a uma ação repressiva, sem
pensar que — desde a mais humilde "Choça" à mais pujante
"Barraca", e com Giuseppe Mazzini tendo o controle de todas as
"Altas Vendas" — os punhais de São Constantino eram
levantados e descreviam no ar o ângulo reto das decisões fatais. A
sentença estava lavrada, terrível e implacável.
Havia sido marcada uma reunião para o dia 15 de novembro,
a 1 hora da tarde, com o Ministro Conde Peregrino Rossi.
Dissera Rossi no dia anterior: "— Se me deixarem falar, se
me derem tempo para pronunciar o meu discurso, não só a Itália
estará salva, como ficará definitivamente morta a demagogia da
Península". A demagogia da península era o movimento
Carbonário.
"La causa del Papa es la causa del Dio". E o Conde
Peregrino Rossi desceu as escadarias e entrou na carruagem que o
levaria ao Parlamento.
Chegando à praça, a carruagem atravessou lentamente a
multidão e entrou pela porta do Palácio e foi parar em frente ao
vestíbulo, onde Peregrino Rossi foi saudado por assobios e gritos
enraivecidos:
— Abaixo o traidor !
— Morte ao vendilhão da Pátria !
Só então Rossi se apercebeu que nem toda a consciência
nacional estava encarcerada na Civiltá Véchia.
Esboçou um sorriso contrafeito para a multidão e quando se
dispunha a continuar a marcha, recebeu um golpe na carótida,
especialidade dos Bons Primos, que o fez tombar agonizante.
10. No bolso interno da sobrecasaca, ao ser recolhido o cadáver,
foi encontrada a sentença de morte:
"Juraste lutar pela unificação da Itália e traíste o juramento !
Lembrando: 'Juro que jamais abandonarei as armas ou
desertarei do Movimento Patriótico, enquanto a Itália não for
livre e entregue a um governo do Povo, para o Povo. Se eu faltar
a esse juramento, prestado de minha livre e espontânea vontade,
que o pescoço me seja cortado e o meu nome desonrado e
apregoado como o mais vil traidor à Pátria e aos Bons Primos da
Carbonária Italiana'. Com coisas sérias não se brinca !"
Como vimos, a Carbonária estava a léguas de distância da
Maçonaria, mas apesar disso, sempre foi confundida com a
Maçonaria, até por Maçons bisonhos que acreditam que no
passado a Maçonaria executava Irmãos e profanos que não
rezassem por sua cartilha. De vez em quando, ouvimos um Irmão
dizer que a Maçonaria precisa voltar a ser o que era no passado, e
executar os maus elementos da sociedade.
A Maçonaria em tempo algum executou os maus elementos
da sociedade. Quem, às vezes fez isso, foi a Carbonária, a Santa
Vehme, a Maçonaria não. A Maçonaria sempre foi pacífica,
respeitadora da lei e ordem. Só usando sua estrutura fechada para
conspirar contra os maus regimes políticos e algumas instituições
nocivas, mas sempre ordeira e pacificamente. Seus membros, sim,
às vezes, independentemente de suas Lojas, se filiavam a
movimentos ou grupos vingadores.
— texto extraído do livro "Itambé, Berço Heróico da Maçonaria no Brasil",
Ed. "A Trolha", 1996
11. Ir Paulo A. P. Queiroga
ARLS Presidente Roosevelt nº 25 –
Belo Horizonte MG
Sabe-se, tanto no mundo profano, quanto nos intramuros de nossa Augusta
Ordem, que a Maçonaria é universal em seus princípios e valores.
Por um lado, a universalidade é manifesta nas referências às distantes
civilizações da idade antiga, pilares de seu simbolismo.
Por outro e na perspectiva histórica, a Maçonaria é universal também a partir
de sua constituição como Maçons Livres, regulamentada no século XVIII pela
conhecida Constituição de Andersen.
Com esse lídimo, em pleno Iluminismo da Razão no ocidente, a Maçonaria se
habilita como sociedade civil, se espalha pelo mundo e se consolida como
Fraternidade Universal.
A Maçonaria obteve eco de seus princípios e valores em diversas culturas,
chegando a assumir posições de vanguarda em determinados períodos. A
Maçonaria e seus membros já foram sujeitos efetivos da História Ocidental.
Porém, sob uma perspectiva rasa, as macroreferências históricas que
dignificam a Maçonaria e que mantemos em nossas mentes, aparentemente se
esgotaram na Revolução Francesa, na Independência dos Estados Unidos e
de alguns países da América Latina e nas ações pragmáticas do estadista
Franklin Delano Roosevelt, durante na primeira metade do século XX.
Atualmente, a Maçonaria está imersa no olho-do-furacão da civilização
tecnológica. Os fatos são instantâneos e em tempo real em tudo, em todo o
planeta e atingindo a todos. Será que a Maçonaria está acompanhando esta
dinâmica, por vezes, perversa?
E no Brasil...
12. Sob o ponto de vista histórico, a Maçonaria no Brasil não é diferente. Suas
grandes ações no âmbito político institucional, salvo melhor juízo, ou talvez,
com algumas exceções, pereceram junto com a República Velha.
Décadas depois, durante o regime militar instalado no golpe de 1964, uma
parte da Maçonaria, assim como a alta cúpula do clero e uma parcela dos
intelectuais se associaram a uma campanha político-ideológica de cunho
militarista, cujas raízes permanecem subliminarmente, até hoje, até em nossos
rituais.
Em nome da doutrina da Segurança Nacional, e do princípio de legalidade, a
Maçonaria, que um dia foi vanguarda da História, esteve, neste período, se não
conivente, pelo menos, omissa em relação aos crimes cometidos contra
aqueles que, nos chamados “anos de chumbo” morriam ou eram torturados
física e psicologicamente, por defenderem, exatamente a Liberdade, um dos
nossos postulados fundamentais.
Não é aqui o lugar e nem é tampouco o momento de levantar cadáveres de
nossas culpas históricas. No entanto, é hora, de fazermos uma reflexão sobre
os valores que sustentam as colunas de nossa Ordem e adequá-los à
contemporaneidade, sob pena de, no futuro, nos perdermos em nossa própria
memória.
Muitos de nossos Irmãos vivem hoje dificuldade de se posicionar como ser
histórico, sujeito livre e ativo de sua vida. Neste ambiente, a Maçonaria pode
ser a porta e o instrumento para o Irmão Maçom renortear seu papel histórico.
Para acompanhar as rápidas mudanças de paradigmas na contemporaneidade
é exigida das cabeças pensantes da Maçonaria uma reflexão aprofundada;
uma atenção especial quanto ao seu papel histórico no presente e no futuro.
Ritos e tradição
A Maçonaria tem suas colunas calcadas na tradição. E, hoje, por razões
conjunturais, ela está, de certa forma, distanciada dos principais atores do
poder e da História. Assim é natural e compreensivo que, para sua própria
sobrevivência, ela recorra aos rituais e às suas conquistas históricas, ainda que
remotas, para manter viva a chama de seus propósitos fundamentais e fazer
valer a sábia sentença judaica: ”Oh! como é bom e agradável ver unidos os
Irmãos”.
Embora necessário e sadio o esforço de manter as tradições por meio dos
rituais, isso é pouco, se comparado ao imenso potencial que Maçonaria possui
de mobilização política e pela bagagem de articulação política que ela adquiriu
ao longo da História.
Com todo o respeito e a consciência que possuímos da importância
e até da necessidade dos rituais como forma de perpetuidade dos
princípios maçônicos, não nos é confortável para nossas
consciências evocarmos, por exemplo, as poderosas forças das
cadeias de união para auxílio espiritual a este ou aquele Irmão,
13. cunhada, sobrinhos e sobrinhas, quando continuamos a dar as
costas à corrupção e à injustiça social que está à nossa frente,
debaixo de nossas marquises já endurecidas pelo egoísmo e pela
indiferença.
Uma das formas da Lei Moral do filósofo alemão, Emanuel Kant
(século XVIII) diz: “Age apenas segundo uma máxima tal que
possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal".
Será que quando apenas nos mantemos confinados em nossas
Lojas repetindo rituais, nos esquecendo da subvida de uma
população inteira, estamos de fato sendo morais e coerentes com
os nossos juramentos?
Ainda sob a ótica kantiana, será que o mundo seria melhor se todos
se fechassem em Lojas e em grupos excludentes repetindo rituais,
sem se lembrar que os princípios da Maçonaria envolvem
principalmente o “outro” e é exatamente isso que a torna Universal?
Assistimos Irmãos maçons candidatos a cargos públicos; pedindo
votos em nome do espírito de corpo da Maçonaria e utilizando-se
do desgastado discurso de saúde, habitação, educação, reformas
etc. Pergunte a esses quantas vezes eles visitaram uma Loja para
tratar da prática humana real da Liberdade, da Igualdade e da
Fraternidade e da Justiça social?
Não estamos fazendo apologias aos heróis, que hoje se tornaram
figuras lendárias. Mas, pelo menos precisamos, com urgência de
uma reflexão aprofundada, de um planejamento e de ações em
nome da justiça social, que devem se constituir como compromisso
moral predominante da Maçonaria contemporânea.
A farsa da democracia e o quadro social onde a Maçonaria pode ser
ativa
Não há democracia sem justiça social. Na democracia, da palavra
grega “demos”, que significa povo, em tese, é ele, o povo, quem
detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.
Embora se baseie nos princípios do governo da maioria, ela deve
proteger os direitos fundamentais dos indivíduos e das minorias. Em
tese, os princípios de Liberdade Igualdade e Fraternidade não
podem ser dissociados da democracia.
Como regime político, a democracia deve sujeitar os governos ao Estado de
Direito e assegurar a todos os cidadãos a mesma proteção legal e que os seus
direitos tenham a efetiva proteção do Poder Judiciário.
14. No entanto, enfrentamos uma verdadeira farsa das democracias em
todo mundo.
Os partidos submetem seus candidatos ao voto, passando aos eleitores a
ilusão de que nele estão depositados os destinos da nação. Quando sabe-se
que, na realidade, as campanhas deste ou daquele partido são todas elas
financiadas pelo mesmo poder econômico.
Independentemente do partido ou coligação vitoriosa, o exercício do mando
real permanece nas mãos de uma minoria. Essa minoria poderosa mantém o
nosso país com um dos piores índices de distribuição de renda do mundo.
Apesar de todo o discurso desenvolvimentista do governo federal, a triste
realidade brasileira sensibiliza até os corações mais duros e as mentes mais
alienadas.
A Maçonaria, como sociedade civil que defende e prega os princípios de
Liberdade Igualdade e Fraternidade, não pode e não deve se calar frente aos
crimes sociais friamente cometidos em nosso país e que contam com a
cumplicidade dos grandes veículos de comunicação, também peças delegadas
deste poder econômico devastador e perverso.
Desigualdade social: As novas bandeiras da Maçonaria
Os índices da desigualdade divulgados em julho deste ano pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD são
alarmantes.
Segundo o relatório, o Brasil tem o terceiro pior índice
de distribuição de renda do mundo. “Dos 15 países do mundo nos
quais a distância entre ricos e pobres é maior, 10 estão na América
Latina e Caribe. O Brasil tem o terceiro pior Índice de Gini - que
mede o nível de desigualdade e, quanto mais perto de 1, mais
desigual - do mundo, com 0,56, empatando nessa posição com o
Equador”. A América Latina é a região mais desigual do planeta.
O relatório, denominado "Atuar sobre o futuro: romper a
transmissão intergeneracional da desigualdade" mostra que a
concentração de renda na região é influenciada pela falta de acesso
aos serviços básicos e de infraestrutura, baixa renda, além da
estrutura fiscal injusta e da falta de mobilidade educacional entre as
gerações.
Juntamente com uma densa campanha pela probidade nos setor
público, aí estão os motes de nossa mobilização Maçônica, em
âmbito municipal, regional, estadual e federal.
No mundo, cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto; existem1 bilhão
de analfabetos; 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões
são extremamente pobres, com renda percapta anual bem menor que 275
dólares; 1,5 bilhão de pessoas sem água potável; 1 bilhão de pessoas
passando fome;150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos
15. (uma para cada três no mundo); 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano
antes dos seus 5 anos de vida.
No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional. A cada cinco
minutos, morre uma criança. Como não se importar com esta triste realidade?.
A maioria, cerca de 280 a 290 por dia, morre de doenças da fome.. É o que
corresponde, de acordo com o Unicef, a dois Boeings 737 de crianças mortas
por dia.
Então perguntamos: é possível para um maçom fingir que este fato não existe?
E se fossem nossos Irmãos, filhos, sobrinhos e sobrinhas, agiríamos de forma
diferente
Esta é a essência de nossa reflexão para recuperarmos o tempo histórico,
institucional e pessoal que hoje perdemos, por descaso ou, quando não é o
pior, por alienação.
Nosso trabalho como maçom neste sentido pode ser iniciado através de uma
pesquisa preliminar sobre ações estruturantes contra a corrupção, a fome e a
pobreza. Algumas ações já existem e podem, com nossa adesão serem
fortalecidas, se encampadas por verdadeiros homens livres e de bons
costumes.
São vários os programas aos quais poderemos aderir como verdadeiros
maçons, sem a vaidosa ilusão de estarmos “reinventando a roda”.
Uma mobilização de toda a Maçonaria contra a corrupção no Poder público
pode se tornar uma atitude mais cívica e mais patriótica do que, por exemplo
um silencioso e alienante desfile em datas comemorativas, sem qualquer
resíduo social ou institucional nem para a Maçonaria e seus irmãos, tampouco
para a sociedade.
Programas de geração de emprego e renda, atenção básica à saúde, banco de
alimentos, aumento do salário mínimo, incentivo para o primeiro emprego,
recuperação do meio ambiente, intensificação da reforma agrária, ampliação do
acesso e qualidade da educação, alfabetização para jovens e adultos, incentivo
ao turismo rural.
Essas são algumas das ramificações que abraçadas pela Maçonaria poderão
ser instrumentos que irão redimir a Ordem e as nossas culpas pelas omissões
históricas desta poderosa instituição.
A motivação primordial destas reflexões é a possibilidade de
compartilhar com os Irmãos desta indignação e me valer do
princípio da Liberdade para expô-las. Afinal, o homem que não é
livre não pode pensar e viver em Moral. A liberdade é o seu
pressuposto essencial.
16. Ir Lázaro Curvêlo Chaves
"O estudo, a busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido
sermos crianças por toda a vida. "
( Albert Einstein )
Buscando o significado do Templo Maçônico
Quando fui convidado a ingressar na Maçonaria, minha
experiência prática com algo que considerava remotamente
similar limitava-se à Ordem Rosacruz, de que sou membro desde
1977. Ser membro da Ordem Rosacruz é buscar crescimento
individual na direção de uma união mística com Deus. Para tanto
17. estudam-se longos trabalhos e tratados, medita-se
individualmente no recôndito do lar e nos momentos em que há
disponibilidade para isso e fazem-se alguns exercícios voltados a
nos lembrar constantemente da existência de um plano de
realidade além deste imediato que condiciona e sustenta este
plano de realidade em que vivemos. Naturalmente existe um forte
estímulo a que se busque a freqüência a um dos organismos
afiliados (Lojas, Capítulos e Pronaoi), devidamente compostos
com oficiais, etc.
Sabendo de uma proposta de se fazer o mesmo com a
Maçonaria, num primeiro momento me animei muito e fui assim
contribuindo com uma Obediência emergente através do auxílio,
modesto, na elaboração e retificação de textos monográficos a
partir de alguns aportes que me iam sendo transmitidos
gradualmente à medida em que isto ia sendo considerado
possível. Sendo a filosofia e a ciência maçônicas reputadas pelos
místicos como perfeita, seria interessantíssimo trabalhar numa
proposta voltada a democratizar este saber, fazer com que chegue
a todas as pessoas que por ele se interessem.
Após minha iniciação e algumas visitas a Lojas Maçônicas
percebo que se trata de algo definitivamente não passível de
transmissão através de qualquer material escrito. Pode-se estudar
alguns aspectos como a Cabala, a Astrologia, ou a Numerologia
exaustivamente. Pode-se ainda conhecer muito sobre a história
natural, do misticismo e do ocultismo universal. Pode-se, enfim,
conhecer muito acerca dos propósitos e encaminhamentos os mais
diversos ou mesmo sobre vários aspectos da Maçonaria sem que
necessariamente se seja maçom. Todos estes são aspectos e
estudos que se recomenda ao maçom – assim como ao profano.
Contudo, para uma boa compreensão, sempre em processo
de aperfeiçoamento e crescimento perene, é fundamental a
freqüência a uma Loja Maçônica. Sendo muito importante ainda a
participação, como visitante ou convidado, dos trabalhos de
outras Lojas além da que freqüenta.
Tomo com exemplo do que pretendo trazer à reflexão as
Instruções de Aprendiz e o muito que elas suscitam ao Iniciado.
Antes de examinar brevemente algumas questões que se
apresentam ao maçom na etapa de seu trabalho existencial, abro
18. um parêntese: ao longo dos milênios, na história do mundo, temos
nos deparado com problemas dos mais diversos graus,
principalmente devido à intolerância ou ignorância que já destruiu
bibliotecas e assassinou sábios iniciados ou profissionais
competentes nas mais diversas áreas. Tudo isso mais acidentes e
incidentes graves como o dilúvio (referido de maneiras diversas
nas mais diversas culturas e civilizações), terremotos, incêndios,
secas e enchentes ao longo dos tempos. De que maneira se
preservaria um conhecimento arcano diante de tais e tantos
problemas? Numa sentença, reproduzindo toda a cultura e as
informações possíveis em vários pontos diferentes, sempre sob a
guarda de gente disposta a defender estes valores. Com um dado
suplementar: nenhum idioma resiste intocado por mais de 500
anos. Leia, por exemplo, a Carta de Pero Vaz de Caminha no
português original de 1500. O idioma se parecia mais com o
holandês do que com o português atual!
É certo que a Maçonaria contemporânea está datada no
tempo histórico. O registro da primeira Loja Maçônica
formalmente estabelecida no mundo data de 24 de junho de 1717.
As organizações similares ou que a ela convergem antes daquela
data não devem ser chamadas de ―maçônicas‖. Assim, como nos
diz também José Castellani, não é correto supor que a Maçonaria
tenha origem pré-histórica, egípcia, essênia, medieval ou outra
qualquer. Contudo a Maçonaria enquanto filosofia, em seus
aportes para a ciência e o conhecimento tem raízes antiqüíssimas.
No Templo maçônico encontramos, por sobre miríades de
referências ao judaísmo, muitos aportes caldeus, egípcios, persas,
gregos, etc.
Supondo, como proposta inicial de trabalho, tratar-se de
uma organização surgida em fins da Idade Média, dentro das
Corporações de Ofício de Construtores que, por motivos diversos
fortaleciam-se e auxiliavam-se mutuamente num mundo que saía
do feudalismo e ingressava no capitalismo, que saía dos reinos e
impérios para ingressar na república moderna, incorporou o
conhecimento arcano preservado pelos mais diversos grupos de
sábios de todo o mundo no eixo Europa – África – Ásia Menor.
Fica em aberto, a aprofundar-se, o estudo de quando, como e por
que motivos as Corporações de Ofício e os místicos, alquimistas,
19. cabalistas e ocultistas se uniram tão poderosamente. O primeiro
traço comum que se percebe está no resguardo e proteção de um
saber que é maior que cada um e traz a herança de antigas
civilizações e culturas. Naturalmente, embora guardando algumas
similitudes e dramáticas diferenças, merecem estudo mais
aprofundado o caso do extremo Oriente (China e Japão), assim
como o do Novo Continente (América).
Vejamos como o quadro se apresenta àquele que inicia
seus estudos. Percebe-se que o Ap.’. fica sob a alçada de
Instrução do P.’. V.’., na Coluna da Severidade, cuja coroa é
BINAH, a Terceira Sephirah da Cabala. Na Instrução em si, o V.’.
M.’. no topo da Coluna da Suavidade, cuja coroa é KETHER,
solicita auxílio aos demais ooff.’. da Loja, segundo uma
seqüência lógica que se compreende mais intuitiva que
racionalmente, para as etapas sucessivas dos estudos. Veremos
que o encaminhamento criativo, masculino, é dado pelo S.’. V.’.,
na Coluna da Misericórdia, cuja coroa é CHOKMAH.
Em linhas gerais: V.’. M.’. – KETHER. S.’. V.’. –
CHOKMAH. P.’. V.’. – BINAH. Estes se colocam na posição do
triângulo supremo das Sephiroth da Cabala. O segundo triângulo
das Sephiroth cabalísticas aparentemente se compõe: S.’. – em
CHESED, Or.’. – em GEBURAH e M.’. C.’. – em TIPHARETH.
Percebe-se, portanto, que a primeira motivação das orientações
iniciais reside num bom conhecimento das Sephiroth cabalísticas,
que são visitadas uma a uma durante a reunião, sempre buscando
enfatizar as características primordiais de cada Sephirah.
A orientação da construção – Norte – Sul – Leste – Oeste
e suas dimensões fazem pensar ainda mais na preservação de
valores universais para toda a espécie humana. A cobertura deste
saber sob o manto de pp tt e ss volta-se, novamente e
sempre, a preservá-lo, a protegê-lo do alcance de quem
potencialmente o profanaria. O zelo, a forte ligação à necessidade
de proteção de coisas sagradas perpassa todo o conhecimento
maçônico que, repito, não é passível de transmissão meramente
intelectual ou individualizada de forma monográfica como ocorre
na Ordem Rosacruz. Todos os procedimentos, por tradição,
20. costume e em nome da eficácia devem transcorrer-se na Loja! As
pp.’. emitidas por cada um dos MM.’. são importantíssimas e
fundamentais, mas incompreensíveis fora do contexto em que se
apresentam. O aspecto físico do T.’., sem que a L.’. esteja
formada, ou seja, sem que os Of.’. estejam em seus postos,
também é incompreensível de forma isolada. O que se protege
com os ss.’., tt.’. e pp.’. é precisamente o todo, o conjunto. Este
saber é transmitido em Loja e é de se presumir, pelo que lemos e
deduzimos a partir desta primeira abordagem, que se vá tornar
cada vez mais sofisticado, cada vez mais profundo, girando em
torno de um triângulo composto (1) pelos objetos físicos
existentes e expostos, (2) pelas pessoas que participam e
finalmente (3) pela dinâmica de todo o processo. O conhecimento
monográfico pode enriquecer o saber transmitido de maneira
tradicional, mas jamais pode precedê-lo ou mesmo prescindir
dele.
A descoberta deste fato, possível apenas após a iniciação,
naturalmente, fez-me entrar em contradição com a Obediência
que me iniciou, uma vez que ela propõe a transmissão do
conhecimento maçônico através de monografias, a exemplo do
que faz a Ordem Rosacruz. Hoje percebo ser isto impraticável.
Como reproduzir as condições do triângulo ―objetos – pessoas –
dinâmica‖ em monografias individualizadas?
Há um motivo para que o conhecimento seja preservado e
transmitido da maneira que vem sendo há tanto tempo. Cabe
respeitar e buscar compreender a partir de dentro. Não há como se
efetivar uma modificação qualquer que seja de fora para dentro.
21. PALESTRA DO IR. HERCULE SPOLADORE.
O Ir. Hercule Spoladore que finalizou sábado o VI Encontro de
Cultura Maçônica na Loja Templários da Nova Era estará
nesta terça-feira às 20h00 na ARLS Ordem e Fraternidade nr. 98
(GOSC). Vai falar sobre ―Paradoxos, Paradigmas e Distorções
da Maçonaria no Brasil”.
22. O Venerável Mestre Ir Marcelo Damian, estará à disposição
para qualquer dúvida através do celular (48) 9144-7400, sobre
essa interessante palestra do escritor e palestrante paranaense, que
é membro da Academia Maçônica Paranaense e Brasileira
Maçônica de Letras.
O Templo em que a Loja Ordem e Fraternidade trabalha se situa
na Servidão do Palmeiras, em Itacorubí, podendo ser facilmente
localizado no mapa que se encontra no site WWW.lof98.com.br
Na dúvida ligue para o Ir. Damian.
Ir Sergio Quirino
Depois de Lisboa, a fim de tratar de assuntos relacionados com a
Expedição Maçônica designada para novembro, o Ir. Sergio
Quirino deu um pulinho em Madri para saborear uma paella de
mariscos, visitar a Grande Loja da Espanha, e antes de retornar a
Belo Horizonte, passa por Buenos Aires para um aperton em las
manos y un fraternal abrazo a los Hermanos Argentinos.
23. VISITA DO IR ANDERSON A MANAUS.
O Ir Anderson Malgueiro, Venerável Mestre da Loja Padre
Roma nr. 16 (GLSC), em recente viagem à Manaus, esteve em
visita as Lojas manauaras Conciliação Amazonense nr. 3 e
Da Esq. para direita Ir Cláudio de Barros Moura MI da Gr Ben Loj
Simb Conciliação Amazonense nº 3; Ir Marcelo Pauxis Past Eminente
GM Adjunto. Grande Loja Maçônica de Amazonas - GLOMAN ; Ir
Anderson Malgueiro Ven M. da ARLS Padre Roma nº 16 (GLSC);
Ir Jarbas Ven M da Gr Ben Loj SimbConciliação Amazonense nº 3 e
Ir.Manuel Jaques Agra M.I. da ARLS Conciliação Amazonense nº 3
24. Acima
Ir Orcivaldo Cabral - MM Gr e Ben Loj Simb “Arkbal” nº 07
Da esquerda para a direita
Ir Tufi Salim Jorge Filho Ven M. da Ben Loj Simb Esperança e
Porvir nº 01
Ir Danilo José Klein - MI da Gr e Ben Loj Simb “Arkbal” nº 07
Ir Raimundo Assunção Figueiredo Barreto Ven M da Gr e Ben Loj
Simb “Arkbal” nº 07
Ir Anderson Malgueiro - Ven M da ARLS ”Padre Roma” nº 16
25. Visita a Grande e Benemérita Loja Simbólica “Arkbal” nº 07 – Manaus/AM
Fundada em 28/09/79.
Da esquerda para a direita
Ir Danilo José Klein - MI da Loja Simbólica “Arkbal” nº 07
Ir Raimundo Assunção Figueiredo Barreto Ven M da Gr e Ben Loj
Simb “Arkbal” nº 07 e Ir Anderson Malgueiro - Ven M da ARLS
”Padre Roma” nº 16