Este boletim informativo maçônico contém: (1) um almanaque com datas históricas; (2) um artigo sobre erros comuns na linguagem maçônica; e (3) outros artigos e notícias breves de interesse maçônico.
1. JB NEWS
Informativo Nr. 163
Editoria: Ir Jerônimo Borges
(Loja Templários da Nova Era - GLSC)
Rio Branco (SC) 06 de fevereiro de 2011
2. A qualidade de Irmão é sempre mais perfeita,
e o preço muito mais justo.
3. Índice deste domingo:
1. Almanaque
2. Alguns grandes erros do “Maçonês” a linguagem Maçônica (Ir. José Castellani com
pesquisa Ir. José Robson Gouveia)
3. A participação do Maçom (Ir. Washington Soares)
4. Questionamentos de um Venerável Mestre (Ir. Valdemar Sansão)
5. Destaques JB
4. Lançada a primeira pedra para a construção do Castelo do Alandroal.
Nova Zelândia: Assinatura do Tratado de Waitangi.
Coroação da Rainha Isabel II do Reino Unido.
46 a.C. - Batalha de Thapsus: os Populares liderados por Júlio César derrotam a facção
conservadora em África.
337 - É eleito o Júlio I, 35º papa, que sucedeu o Papa Marcos.
1294 - Lançada a primeira pedra para a construção do Castelo do Alandroal.
1336 - Casamento por procuração do herdeiro do trono português D. Pedro, o Justiceiro,
com Constança Manuel.
5. 1694 - O aldeamento principal do Quilombo dos Palmares foi destruído pelas tropas do
bandeirante Domingos Jorge Velho.
1778 - Guerra da Independência dos Estados Unidos da América: É assinado em Paris o
tratado de aliança e o tratado de amizade e comércio com a França, que reconhece
oficialmente a nova república
1788 - Massachusetts ratifica a constituição americana, tornando-se assim o sexto estado
norte-americano.
1796 - O território do Tennessee criou sua primeira constituição.
1818 - Carlos Frederico Lecor recebe o título de Barão da Laguna.
1819 - Fundação de Singapura por Thomas Stamford Raffles
1840 - Nova Zelândia: Assinatura do Tratado de Waitangi
1857 - Fundação dos condados de Alpena e Antrim.
1862 - Guerra Civil Americana: tomada do Fort Henry pelo general Grant.
1884 - Fundação do Condado de Bent.
1889 - Araraquara é elevada à categoria de cidade.
1890 - Caratinga é elevado à categoria de município.
1903 - Pogrom de Kishinev: Michael Ribalenko, foi encontrado morto na cidade de
Dubossary (hoje Dubăsari), a cerca de 35 quilômetros a norte de Chişinău.
1914 - Elevação da Arquidiocese da Paraíba à categoria de arquidiocese, pelo Papa Pio
X.
1922 - É eleito o Papa Pio XI, 260º papa, que sucedeu o Papa Bento XV.
1941 - Segunda Guerra Mundial: Tropas britânicas e australianas capturam Benghazi, na
Líbia.
1952 - Coroação da Rainha Isabel II do Reino Unido.
1958 - Desastre aéreo de Munique: um avião que levava jogadores e directores do
Manchester United, mais jornalistas e alguns adeptos, se despenhou numa tempestade de
neve quando tentava descolar pela terceira tentativa.
1959 - Realizado, com sucesso, de Cabo Canaveral, o primeiro lançamento de um míssil.
1974 - A ilha de Granada, nas Caraíbas, torna-se independente.
1984 - Começa a operar na Antártida a Estação Comandante Ferraz.
1985 - Steve Wozniak deixa o comando da empresa que ajudou a fundar, a Apple.
2000 - O amestrador de cães Edson Néris da Silva é espancado até a morte por um grupo
de skinheads em São Paulo. É o primeiro caso de morte por ódio contra homossexuais no
Brasil que teve repercussão na imprensa e nos órgãos de defesa dos direitos humanos.
2004 - Explosão no metrô de Moscou cometido por um suicida matando 40 pessoas e
ferindo 120. Este atentado é reivindicado por um grupo terrorista checheno.
2006 - A Sonae anuncia a intenção de lançar uma OPA (hostil) sobre a Portugal Telecom.
Eventos vexilológicos
1996 - Adotada a Bandeira da Etiópia.
Nascimentos
6. Santa Joana
Axl Rose
Bob Marley
1452 - Santa Joana, princesa de Portugal (m. 1490)
1564 - Christopher Marlowe, poeta e dramaturgo inglês (m. 1593)
1608 - Padre António Vieira, S.J., diplomata e escritor português (m. 1697)
1655 - Rainha Ana I da Grã-Bretanha (m. 1714)
7. 1664 - Mustafa II, sultão otomano (m. 1703)
1778 – Ugo Foscolo, escritor italiano (m. 1827)
1829 - Francisco de Serpa Saraiva, nobre português (m. 1850)
1892 - William Parry Murphy, médico estadunidense (m. 1987)
1902 - Louis Nizer, escritor britânico; (m. 1994)
1911 - Ronald Reagan, quadragésimo presidente dos Estados Unidos da América (m.
2004)
1912 - Christopher Hill, historiador inglês (m. 2003).
1912 - Eva Braun, amante e esposa de Adolf Hitler (m. 1945)
1913 - Dona Zica, sambista brasileira (m. 2003)
1913 - Mary Leakey, arquéologa e antropóloga inglesa (m. 1996)
1917 - Zsa Zsa Gabor, atriz húngara radicada nos Estados Unidos
1930 - Affonso Felippe Gregory, bispo católico.
1932 - François Truffaut, cineasta francês (m. 1984)
1932 - Camilo Cienfuegos, revolucionário cubano (m. 1959)
1934 - Mino Carta, pintor, editor, jornalista e escritor ítalo-brasileiro (data não
conclusiva. Pode ser também 6 de setembro de 1933).
1939 - Jair Rodrigues, cantor brasileiro de MPB.
1941 - Dave Berry, cantor pop britânico.
1945 - Bob Marley, músico jamaicano (m. 1981)
1949 - Jim Sheridan, diretor de cinema irlandês
1950 - Natalie Cole, cantora estadunidense.
1962 - Axl Rose, cantor norte-americano.
1963 - Cláudia Ohana, atriz brasileira.
1966 - Rick Astley, cantor britânico, muito popular na década de 1980.
1968 - Patrick Lemarié, piloto francês de corridas.
1977 - Orkut Büyükkökten, programador turco, que desenvolveu o orkut.
Mortes
8. Carlos II de Inglaterra
Papa Clemente XII
891 - Fócio, um dos maiores patriarcas de Constantinopla (n. 820)
1617 - Prospero Alpini, médico e botánico italiano (n. 1553)
1685 - Carlos II de Inglaterra (n. 1630)
1699 - José Fernando da Baviera, Príncipe das Astúrias (n. 1692)
1740 - Papa Clemente XII (n. 1652)
1804 - Joseph Priestley, inglês, descobridor do oxigênio (n. 1733)
1905 - Joseph Cotten, ator estadunidense (n. 1905)
1908 - Hermann Baumgarten, jornalista brasileiro, fundado do primeiro jornal da cidade
de Blumenau: o Blumenauerzeitung (n. 1856)
1918 - Gustav Klimt, pintor simbolista austríaco (n. 1862)
1941 - Salvador Edward Luria, microbiologista estadunidense (n. 1912)
1952 - Jorge VI do Reino Unido (n. 1895)
1962 - Cândido Portinari, pintor expressionista brasileiro (n. 1903)
1986 - Minoru Yamasaki, arquitecto americano de origem japonesa (n. 1912)
1989 - Chris Gueffroy, ultima pessoa morta a tentar fugir pelo Muro de Berlim (n. 1968)
1993 - Arthur Ashe, tenista estadunidense (n. 1943)
1994 - Jack Kirby, ilustrador de banda desenhada estadunidense (n. 1917)
1998 - Falco, músico austríaco (n. 1957)
1999 - Danny Dayton, ator estadunidense. (n. 1923)
2002 - Max Ferdinand Perutz, químico austríaco (n. 1914)
2003 - José Craveirinha, escritor moçambicano (n. 1922)
Feriados e eventos cíclicos
Brasil: Dia do Agente de Defesa Ambiental.
Dia de Santa Dorotéia (da Capadócia) e São Paulo Miki - santos da Igreja Católica.
Fim do mês Sulṭán (Soberania) no Calendário bahá'í.
Nova Zelândia: Feriado em comemoração do Tratado de Waitangi
Dia Internacional da Internet Segura
9. Fatos Históricos de Santa Catarina
1861 Decreto, desta data, concede permissão ao Visconde de Barbacena,
Felisberto Caldeira Brandt, para organizar uma companhia visando a
exploração do carvão em terras localizadas do rio Tubarão.
Calendário Maçônico do Dia:
1748 Nasce Adam Weishaupt, intelectual alemão e criador da Ordem dos
Illuminatti, que tentou usar as Lojas Maçônicas alemãs para divulgar
idéias subversivas.
1787 Iniciado George Frederick Augustus, Príncipe de Gales, mais tarde
GM e depois rei George IV.
1941 Grande Oriente do Brasil constitui Comissão para o Conclave dos
Servidores da Ordem e da Pátria para o Rito Brasileiro.
ALGUNS GRANDES ERROS DO “MAÇONÊS”, A
LINGUAGEM MAÇÔNICA (*)
Ir∴ José Castellani (1937-2004)
Como qualquer instituição, agrupamento social, ou atividade profissional, a Maçonaria também
tem o seu jargão, o seu linguajar próprio, que pode - com o perdão pelo neologismo - ser
chamado de maçonês. Lamentavelmente, o maçonês, assim como o próprio idioma vernáculo, é
massacrado, todos os dias, nas Lojas, nas falas de oradores, na imprensa maçônica e até em atos
e decretos de autoridades, sem que os erros sejam sanados, o que faz com que se perpetue,
10. influenciando os mais novos iniciados que irão repeti-los "ad nauseam". Alguns desses erros
são, simplesmente, erros idiomáticos, enquanto que outros são de avaliação, ou de colocação.
Entre os primeiros, podem ser alinhados os seguintes:
FILOSOFISMO
Vocábulo comumente usado para designar o universo dos Altos Graus, nos ritos que os possuem,
por uma pretendida similaridade com a palavra simbolismo, é alta mente impróprio, pois
filosofismo é um termo depreciativo, que significa falsa filosofia, mania de filosofar. Como tal,
não deveria, jamais, ser usado para designar, globalmente, os graus e ensinamentos das Oficinas
Chefes de Rito. São preferíveis as expressões Altos Graus, ou Graus Filosóficos.
ARTESATA
Muito usado, em escritos, ou em peças oratórias, para designar o Presidente de um Sublime
Capítulo Rosa-Cruz; é um termo absolutamente errado, pois o correto é ATERSATA, palavra
que significa "governador" e que tem origem bíblica, pois foi o título dado a Neemias, quando
este deixou, com seu povo, a Babilônia, após o exílio subseqüente à tomada e destruição de
Jerusalém (586 a.C.), para retornar à Palestina e reconstruir o templo (o que foi feito por
Zorobabel).
VENERANÇA
Termo largamente usado - mais do que se imagina - para designar o cargo do Venerável Mestre
de uma Loja, é totalmente incorreto, embora se trate de um neologismo maçônico. E, como tal,
acabou sendo assimilado a ''vereança'', pa lavra derivada do termo vereador, quando a correta
similaridade seria com as palavras terminadas em "al" ou "el", como, por exemplo, general,
coronel, etc., as quais geraram os termos derivados generalato e coronelato, respectivamente, usa
dos para designar as atribuições do cargo. O correto, portanto, mesmo sendo um neologismo, é
VENERA LATO, onde há uma apócope, com supressão de duas letras ("v" e "e"), como há, por
exemplo, em relação ao termo que designa o antigo posto militar de condestável.
GRÃOS-MESTRES
Se o dirigente máximo da Obediência maçônica tivesse, em nosso vernáculo, o título de Grande
Mestre, o plural seria Grandes Mestres. Todavia, como se usa a forma apocopada "Grão", com
hífen, o correto é GRÃO-MESTRES. Na realidade, além da forma apocopada de grande (do
latim: grandis), e, o vocábulo grão (com outra etimologia, do la tim: granum), designa a semente
de cereais, o pequeno corpo arredondado (por extensão), o bocado mínimo de qualquer coisa (no
sentido figurado) e, até, no sentido chulo, o testículo dos mamíferos, na bolsa escrotal. No
primeiro caso, grão é adjetivo como grande; no segundo caso, é substantivo masculino. Neste,
ele passara ao plural "grãos", designando mais de uma semente de cereal, mais de um pequeno
corpo arredondado, ou ambos os testículos. Na expressão "Grãos-Mestres" é isso que significará
sem designar o que o singular expressa.
11. ESCOCISMO
Termo largamente empregado nas referências ao Rito Escocês, é, entretanto, incorreto, já que
o correto é juntar, ao termo "Escocês", o su fixo "ismo", formador de nomes de seitas, escolas
artísticas, doutrinas, profissões, vícios, doenças, etc .. Isso é o que acontece, por exemplo,
com os termos francesismo (e não francismo), referente ao termo francês, inglesismo,
referente ao inglês, portuguesismo (portuguismo), seria horrível, referente ao português, e
assim por diante. Desta maneira, o correto é ESCOCESISMO.
KADOSCH
O termo é largamente escrito des sa maneira, para designar a Oficina Litúrgica escocesa que
trabalha nos graus de 19 a 30 e, também, o obreiro colado no 30° grau do escocesismo. Trata-
se, todavia, de grafia incorreta, pois o certo é KADOSH, palavra hebraica derivada da raiz
"Kodesh", que significa santo, sa grado. Pode-se notar que a palavra não tem a letra "c", assim
como outras também derivadas de "Kodesh": Kadish (prece pelos mor tos, na liturgia
hebraica), Kidush (bênçãos referentes aos vinho e ao pão), Kedushá (oração nos servi ços
litúrgicos da manhã e da tarde). Com esse incômodo "c", muda até a pronúncia da palavra
("cadósqui", ao invés de "cadóshi"). Tendo, a palavra KADOSH, o sentido de sa grado,
também não é muito correto designar a Câmara do 30° grau de Conselho de Kadosh, mas,
sim, de CONSELHO KADOSH (Conselho Sagrado e não Conselho de Sagra do).
Entre os outros, podem ser distinguidos os seguintes:
CANDELABRO DE SETE VELAS
Expressão largamente encontrada - assim como candelabro de três, ou cinco velas - em rituais
e trabalhos de Lojas, ela é, todavia, incorreta, pois, na realidade, o candelabro, um castiçal
múltiplo, não tem velas, mas, sim, braços, ou ramos, já que as velas são, simplesmente,
acessórios do candelabro. O corre to, nesse caso, é CANDELABRO DE SETE BRAÇOS, o
qual poderá conter uma quantidade variável de velas (de uma a sete), sem que deixe de ter
sete braços, embora nem sempre tendo sete velas.
EXCLAMAÇÃO
Presente em diversos rituais, para designar, em vários ritos, o bra do dos obreiros, na abertura e
no fechamento dos trabalhos, após a bateria, o termo é incorreto, já que o que se faz, nesse
momento, é a ACLAMAÇÃO. Aclamar (do la tim: acclamare) significa clamar, aplaudir, ou
aprovar por meio de brados, proclamar, saudar, enquanto que exclamar (do latim: exclamare)
significa pronunciarem voz alta, em tom exclamatório ou de admiração, não sendo uma
saudação, ou uma aprovação.
A COBERTO
12. Expressão correta, quando se refere aos obreiros que estão, no templo e que estão, portanto, a
coberto. Mas é incorreta quando - como ocor re em muitos rituais - se refere ao templo, pois este
pode estar coberto, mas não a coberto. Assim, quando o Venerável Mestre pergunta: "Estamos a
coberto?", ele está certo; mas, quando pergunta se "o templo está a coberto", ele está errado, pois
O TEMPLO ESTA COBERTO. Quando, o templo está devidamente coberto - ou seja, livre de
profanos e de maçons sem condições de assistir aos trabalhos - os obreiros estarão,
evidentemente, a coberto, pois o próprio templo é a cobertura.
PEDRA POLIDA
O trabalho do Aprendiz é desbastar a pedra bruta, informe, esquadrejando-a e transformando-a
num cubo, que é o sólido geométrico que se encaixa, perfeitamente, nas edificações, sem deixar
espaço entre si e outros sólidos congêneres. Embora esse trabalho seja um polimento da pedra,
não é correto rotular- como fazem muitos rituais - esse sólido de pedra polida, simplesmente,
porque ela pode ser polida e não ter o formato cúbico exigido. Assim, o correto é PEDRA
CÚBICA, podendo-se, também, designá-la como Pedra Polida Cúbica.
PAVIMENTO DE MOSAICO
A expressão pode ser encontrada muitas vezes, para designar o pavimento de quadrados brancos
e negros, o qual cobre todo o solo do templo, em vários ritos. Embora o mais comum, pelo
menos em Obediências européias, seja o uso da expressão Pavimento Quadri culado, o vocábulo
mosaico é um adjetivo relativo a Moisés, graças à lenda segundo a qual o patriarca hebreu teria
assentado pequenas pedras coloridas no chão do Tabernáculo, durante o êxodo (e o Tabernáculo
é o precursor do templo de Jerusalém). Sendo um adjetivo, a Presença da preposição "de" é in
correta, pois, nesse caso, "mosaico" seria substantivo e designaria as obras de arte feitas com
pedras coloridas justapostas, que não têm qualquer relação com esse adorno dos templos. Assim,
o correto é PAVIMENTO MOSAICO (podendo-se, para evitar confusões, apelar para o
Pavimento Quadriculado dos operativos ).
FLAMÍGERA
Palavra usada para designar uma espada especial e a Estrela que brilha nos templos maçônicos,
significa o que gera, ou apresenta chamas. Esse não é, todavia, o caso desses dois símbolos
maçônicos, pois eles são, na realidade, flamejantes. Flamejar significa brilhar, resplandecer e, no
caso da Estrela, o vocábulo flame jante teria o significado de vistosa, ostentosa. A espada sinuosa
(serpenteante), lembrando o raio, ainda poderia ser rotulada como, flamígera, embora não gere
chamas. O mais correto de qualquer maneira, principalmente em relação à Estrela é o termo
FLAMEJANTE, ou FLAMANTE (ou Rutilante, como registram alguns ritos),
PRANCHEAR
O termo, um neologismo, é, mui tas vezes, utilizado para designar o envio de carta a um obreiro,
a uma Loja, ou a uma Obediência. Prancha, do francês: planche designa, entre outras coisas, a
chapa de me tal, a lâmina de gravura e é, maçonicamente, usada para designar cartas e circulares.
13. A expressão, muitas vezes ouvida, "pranchear ao irmão Fulano" é, todavia, incorreta, mes mo
sendo um neologismo maçônico, pois seria sinônimo de "cartear" a alguém, o que,
decididamente, não é aceitável. O correto, portanto, é ENVIAR PRANCHA, ou EXPE DIR
PRANCHA.
TROLHAMENTO
O termo, um neologismo maçônico, existe, mas é usado de maneira incorreta, para designar o
exame de alguém, através dos toques, sinais e palavras, para aquilatara sua qualidade maçônica e
o seu lugar na escala iniciática. Na realidade, esse exame, que é uma cobertura contra fraudes,
realizado, portanto, pelo Cobridor, é, com mais propriedade, denominado TELHAMENTO, pois
cobertura se faz com telhas e não com trolhas. Tanto que, muitas ve zes, o Cobridor Externo é
também chamado de Telhador, como ocorre nos países de fala inglesa (Tyler, de tile = telha), de
fala francesa (Tuileur, de tuile= telha), de fala italiana (Tegolatore, de tegola = telha) e as sim
por diante. Trolhar, por sua vez, significa outra coisa: como a trolha é a desempenadeira, ou
desempoladeira, destinada a aparar as rugosidades da argamassa espalhada pelo pedreiro, o
trolhamento é o apaziguamento de obreiros em litígio, ou seja: é, figuradamente, o alisamento
das arestas, das rugosidades, que são as divergências existentes entre aqueles que se pretende
colocar em paz.
(*) PESQUISA: Ser Irmão JOSÉ ROBSON GOUVEIA FREIRE, MI, Gr 33,
Membro Correspondente da Academia Paraibana de Letras Maçônicas, Gr Secret da
Magna Reitoria do Sob Supremo Conclave do Brasil e Membro Ativo das AA RR
LLSS Libertadores das Américas nº 3380 e Pioneiros de Brasília nº 2288,
Jurisdicionadas ao GODF (Rito Brasileiro); Fé e Progresso nº 2956
(REAA) e Obreiros da Justiça nº 3209 (Rito Brasileiro) – Jurisdicionadas ao
Grande Oriente do Estado da Paraíba. É Membro Honorário das AAug RResp
LLojSSimb Arca da Aliança nº 2489, Or de Porto Alegre-RS e Presidente Juscelino
Kubitscheck nº 3530, Or de Brasília-DF.
14. Ir Washington Soares
(Brasília – DF)
Nas reuniões, resume-se a receber os maravilhosos fluídos, as sadias
vibrações, o calor humano e as lições que são o saldo positivo de tudo.
Essa participação, contudo, será "passiva", e, portanto, insuficiente; o
Maçom precisa trazer consigo, de casa, uma parcela de contribuição; raros
sente coibido diante do Tempo de Estudos já programado e teme uma
ingerência não solicitada. Esse comportamento traduz a falta de
conhecimento do Ritual e das Leis Maçônicas, pois todo o Maçom,
independente de seu grau, no âmbito do Rito Brasileiro, tem o direito à
palavra.
Cremos que a participação do Maçom deve ser ativa, presente, forte,
pois será o "conjunto" dos Obreiros que formará a Egrégora. A pior
posição, que é cômoda, é a do Obreiro que "exige" de seu Venerável
Mestre uma programação que o deixe satisfeito. Isso não é "participação",
mas egoísmo. Somos da opinião que deveria haver nas lojas o "rodízio"
dos cargos, obrigando assim todos a exercitarem uma tarefa em benefício
comum. O trabalho de todos é o verdadeiro trabalho maçônico, pois uma
construção de alvenaria exige a participação de todo o grupo convocado
para tanto.
15. Ninguém pode desprezar a tarefa que não aparece como o alicerce
que some no subsolo, como a parte que fica oculta sob o reboco. O
conjunto arquitetônico merece, é verdade, os louvores do arquiteto ou do
empreendedor; nós sabemos que a Humanidade é injusta e que premia
somente aqueles que aparecem – e na Maçonaria, malgrado toda sua
filosofia contrária a esse disparate, infelizmente, há ocorrências até
contumazes a respeito. Contudo, a Maçonaria não visa premiações, mas o
término da obra. O Obreiro tem o direito de exigir de seu Venerável, por
meio do Saco de Propostas e Informações uma programação que o
satisfaça.
O Maçom que não dá a sua "participação" não tem o direito à crítica e
muito menos à ausência. A Maçonaria não pune, mas isso não significa
ausência de responsabilidade. Temos um fator muito importante, embora
possa ser considerado arcaico e ultrapassado na conceituação moderna: o
Juramento.
Não seria ele suficiente para comprometer o caráter do Maçom? A
leviandade do "esquecimento" do Juramento certamente impõe ao Maçom
a imputação de traição, pois se separa do Grupo e o deixa enfraquecido.
Medite o Maçom sobre essas considerações: amplie-as e adapte-as ao
seu caso peculiar, e terá plena certeza de que a sua Loja, com a sua
contribuição participativa, crescerá em todos os sentidos.
Bibliografia:
- Vade-Mécum do Simbolismo Maçônico - Rizzardo da Camino.
16. Ir.'. Valdemar Sansão
Sem o estudo e a prática dos princípios doutrinários, dos postulados
maçônicos, não há caminho seguro que garantam o sucesso de seu
17. Veneralato.
O Amor é a lei máxima da vida. Diante dele empalidecem todas as
demais virtudes, pois que se possuem estas e não o Amor serão todas
elas, ainda que belas, como inúteis são as flores sem perfume das matas
silvestres. Assim, todos os nossos pensamentos, sentimentos e ações
terão que se inspirar na fonte inesgotável do Amor, que é o próprio
Deus manifestado.
Logo após vem a Verdade, pois, como já disse alguém, "fora da Verdade
não há salvação" e "só ela nos libertará". A Verdade deve ser a luz de
nossa alma, a estrela cintilante a iluminar nossos passos internos e
externos pela imensa estrada da vida, em busca da perfeição. Ela é
indefinível, pois que deve ser sentida no coração de cada indivíduo, e
por isso o Mestre dos Mestres não a definiu quando Pilatos lhe
perguntou: "Que é a verdade?" A resposta d'ELE foi o silêncio, porque
é no silêncio da meditação que deve ser procurada, e não na balbúrdia
das definições e discussões, que só servem para limitá-la e deturpá-la. E
no entanto o mesmo Cristo pôde antes dizer: "Eu sou o Caminho, a
Verdade e a Vida...", e disse-o muito sabiamente, pois cada um deve ser
de si mesmo o Caminho, a Verdade e a Vida, que se encontram dentro
dele próprio e não fora. Se não os sentiu ainda dentro de si; outro não foi
o significado do silêncio do Grande Mestre, que foi uma perfeita
encarnação do Caminho, da Verdade e da Vida.
Afinal vem a Justiça, que significa equilíbrio, retidão, correção e dever,
a manter-se consigo e com os demais.
Como vê, caríssimo Irmão Venerável Mestre recém-eleito, dentro de
nossa Ordem se encontra, pois, a feliz solução de nossos problemas
individuais e coletivos, e no dia em o lema Liberdade, Igualdade e
18. Fraternidade constituir a base fundamental de conduta louvada no Amor,
Verdade e Justiça, atingiremos o Justo e Perfeito, tanto em nós como
nos demais. Seja este o nosso objetivo agora e sempre.
Questionando o Venerável recém-eleito:
Perante o Grande Arquiteto do Universo, são iguais todos os homens?
- Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez suas leis para todos.
"O sol brilha para todos'. Todos os homens estão submetidos às mesmas
leis da Natureza. Deus a nenhum homem concedeu superioridade
natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos Seus olhos,
são iguais.
A 4ª Instrução do Grau de Aprendiz nos ensina: "...Honrar e venerar o
GADU, a quem agradece sempre, as boas ações que pratica para
com o próximo e os bens, que lhe couberem em partilha; tratar todos os
homens, sem distinção de classe e de raça como seus iguais e irmãos".
Qual a razão dos Aprendizes e Companheiros não terem acesso ao
Oriente?
- Devemos observar que de maneira alguma os AApr e CComp
podem ter acesso ao Or, pois o direito de acesso e assento no Or é
privativo aos Mestres Oficiais, Mestres Instalados e Autoridades
Maçônicas. A explicação simbólica (e mística) para esta prática
encontra-se no Mito Solar, surgido na Mesopotâmia e presente na vida
religiosa de todos os povos da Antigüidade (e até da atualidade, sob
forma Simbólica), adquire a Maçonaria, fundamental importância na
mística utilizada para armar sua Doutrina Moral, Espiritual e Filosófica,
já que a caminhada do Iniciado representa uma marcha em direção à
Luz, meta transcendental dos povos antigos.
19. O Venerável pode cassar a palavra dos Vigilantes e do Orador?
- O Venerável pode cassar a palavra dos Vigilantes, caso a justificativa
para isso seja válida (comportamento inadequado, rebeldia,
insubmissão, rebelião contra ordens etc.). No caso do Orador o processo
já é mais delicado, pois quando este Oficial fala como representante do
Ministério Público (ou Promotoria da Oficina) e Guardião da Lei,
analisando proposições ou atos administrativos, não poderá ter a palavra
cassada, mesmo que o alvo seja o Venerável Mestre, criticado por algum
ato ilegítimo; mas, ao falar como um Obreiro do Quadro e não no
desempenho de suas funções regulamentares, ele poderá ter a palavra
cassada, desde que haja justificativa, como no caso dos Vigilantes. Vale,
também, esclarecer que o Orador, no exercício de suas funções, pode
interromper o Venerável, impedindo-o de usar a palavra, no caso dele
persistir algum ato ilegal, contra o parecer da Oratória. Nesse caso, o
Orador deverá, posteriormente, levar o caso aos poderes competentes,
assumindo plena responsabilidade pela sua atitude como defensor da lei.
Um Irmão visitante pode se intrometer nos assuntos da Loja visitada?
- Os assuntos internos de uma Loja só interessam aos obreiros de seu
Quadro. Assim sendo, é evidente que um visitante não pode se
intrometer neles, sob pena de ter o templo coberto pelo Venerável.
Tradicionalmente, o único assunto do qual um visitante pode participar é
da discussão sobre o ingresso de um candidato à Iniciação, caso ele vá
apresentar uma objeção fundamentada; poderá também participar do
escrutínio sobre o candidato, pois se considera que a aquisição de um
novo membro para a Instituição interessa a toda ela e não apenas à Loja
interessada. Embora a prática seja tradicional, existem Obediências que
não o permitem. O único visitante que pode participar dos assuntos
internos da Oficina é o Grão-mestre, que é o presidente nato de todas as
20. lojas de sua jurisdição. Esse direito, entretanto, deve ser exercido com a
mais absoluta isenção, para não configurar um abuso de poder.
Como o Maçom deve se sentar em Loja, ou seja, como é a postura geral?
- A única coisa que se exige é que o Maçom não assuma uma postura
relaxada, tanto sentada quanto em pé. Existem obreiros, por exemplo,
que, quando sentados, quase se deitam na cadeira, esticando as pernas
para frente; outros, quando em pé, chegam a falar com a mão no bolso,
o que é uma displicência.
Os Mestres Instalados podem ser suspensos da Loja, sem terem o direito
de defender-se?
- Mestre Instalado não é Grau e nem representa qualquer posição
hierárquica; designa, simplesmente, o Maçom que foi empossado no
cargo de Venerável de uma Loja. Por isso, a resposta tem que ser mais
abrangente: NENHUM MAÇOM PODE SER SUSPENSO SEM
DIREITO DE DEFESA. Essa é uma regra básica em qualquer sociedade
que se diz democrática, e a Maçonaria moderna, até pelos motivos que
lhe deram origem, é fundamentalmente liberal, libertária e
essencialmente democrática.
Pode-se instalar um relógio na parte interna do Templo?
- A decoração de um Templo Maçônico está perfeitamente descrita no
Ritual do Aprendiz. Convém lembrar que todos os Símbolos e Alegorias
ali descritos são utilizados para que a Maçonaria transmita aos Obreiros,
seus ensinamentos, princípios e filosofia. Não encontramos em lugar
algum do Ritual a citação de um relógio, devendo então o Venerável que
quiser controlar o tempo decorrido nas diversas fases de uma Sessão,
colocar seu relógio a sua frente sobre o Altar.
21. Não devemos permitir que se coloque ou utilize qualquer objeto ou
pintura na decoração de um Templo Maçônico, que não conste em
nossos Rituais, pois eles poderão sugerir ensinamentos e interpretações
que certamente haverão de interferir em nosso aprendizado, de forma
não prevista para o nosso desenvolvimento maçônico.
O Templo Maçônico tem a forma de um retângulo, e seu comprimento
vai desde e porta do Templo até a parede atrás do dossel do Venerável,
portanto tudo e todos os que se encontrarem nesse espaço estão dentro
do Templo.
Aprendamos sempre, mesmo diante das situações mais difíceis, das
discordâncias, das angústias e amarguras. Diante delas façamos o
questionamento necessário, buscando serenidade para transformarmos
sombra em luz, dor em redenção e assim nos tornarmos merecedores da
felicidade à qual estamos destinados.
Ao Sublime Grande Criador do Universo agradeçamos a assistência que
nunca há de faltar durante o seu Veneralato, e rogamos que ELE
continue a assistir a todos nós, para que possamos realizar mais
amplamente no futuro.
A Loja “Templários da Nova Era” começa suas atividades do ano a partir
do dia 3 de março (quinta-feira).
22. Inicia a temporada com a apresentação das peças de arquitetura sobre a
Primeira Instrução Clássica para os IIr Daniel – Douksas – Leandro –
Luiz e Nilton.
A Loja continua se preparando para o III Chuletão Templário, que será no
dia 23 de março, último domingo do mês.
A pedido dos gozadores de plantão: acaba de ser inserida nova palavra
no Dicionário da Língua Portuguesa: TOLIMINADO. A torcida corintiana
não aplaude.
Utilidade pública para eliminar os ratos. A colaboração vem do Ir
Fortunato Saaki (São Paulo) cujo método é utilizado pelos criadores de
pássaros. Pegue uma xícara de qualquer feijão cru (sem lavar mesmo),
coloque no liquidificador (sem água) e triture até virar uma farofinha sem
que se transforme em pó. Coloque em montinhos (uma colher de chá) em
lugares estratégicos. O rato come essa farofinha e ele não tem como
digerir o feijão, causando um envenenamento natural por fermentação. O
rato morre em três dias.
O Ir. Ismael Ramos Gomes (Loja Templários da Nova Era) enviando
esse Mapa Mundi Interativo on line lançado agora pelo IBGE. Veja que
interessante e conheça melhor o mundo: http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php
O Ir. Anatoli Oliynik (Curitiba) também enviando essa maravilha de
monitoramento da terra em tempo real. Veja a informação sobre a
ocorrências de fenômenos naturais em todo o mundo. Clique nos pontos
que aparecem piscando no mapa. Como sugestão, salve em seus favoritos
para consultas quando melhor lhes aprouver:
http://www.painelglobal.com.br/#WIN
Do Ir. João Carlos Nedel Camargo (Florianópolis). Clique no link e com o
mouse veja os 360º. da visão panorâmica de uma das lojas Maçônicas do
Canadá:
http://photo.photojpl.com/tour/08loge/08loge.html