[1] O documento relata sobre um informativo maçônico que anuncia um evento da ordem que ocorrerá em 6 dias e apresenta diversas informações como almanaque histórico, artigos sobre responsabilidade maçônica e sobre o significado de INRI, entre outros tópicos. [2] A responsabilidade moral do maçom é estudada sob três aspectos: moral, social e institucional, devendo o maçom colocar em prática as instruções da ordem por meio de boa conduta. [3] A maçonaria tem como objet
1. JB NEWS
Informativo Nr. 226
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91 – GLSC
Quintas-feiras 20h00 – Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Florianópolis (SC) 11 de abril de 2011
2. Faltam 6 dias para o Costelão
Índice desta segunda-feira:
1. Almanaque
2. A Responsabiliade do Maçom (Ir. Samuel Borges)
3. INRI (Ir. Sergio Quirino Guimarães)
4. Destaques JB
3.
4. 672 - É eleito o Papa Adeodato II.
1241 - Batu Khan vence Béla IV da Hungria na Batalha de Mohi
1713 - Guerra da Sucessão Espanhola: assinatura do Tratado de Utrecht
1764 - O tratado entre a Rússia e a Prússia garante as constituições vigentes da Polónia e
da Suécia e assegura tanto o controlo da eleição do monarca polaco como a acção
conjunta contra os nacionalistas.
1775 - Última execução por bruxaria na atual Alemanha
1814 - Napoleão Bonaparte abdica em Fontainebleau em favor de seu filho
1835 - Emancipação do município de Acari - RN - Brasil
1899 - A Espanha cede Porto Rico aos Estados Unidos.
1901 - É publicada em Havana (Cuba) o primeiro número do "El Mundo"
1909 - Sebastião de Sousa Teles substitui Artur de Campos Henriques no cargo de
Ministro do Reino, em Portugal
1919 - Fundação da OIT.
1945 - Segunda Guerra Mundial: O 3º Exército norte-americano liberta o campo de
concentração de Buchenwald
1955 - Na Coreia, o Taekwondo ganha registro e especificação pelo General Choi Hong
Hi.
1963 - Papa João XXIII publica a Encíclica "Pacem in Terris"
1979 - Deposição do ditador do Uganda, Idi Amin
2002
5. o Golpe de Estado contra o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que retoma o
poder dois dias depois
o Atentado terrorista contra a sinagoga de Ghriba na Tunísia mata 21 pessoas.
NASCIMENTOS
1357 - Rei João I de Portugal "de boa memória" (m. 1433)
1810 - Henry Rawlinson, soldado e orientalista britânico (m. 1895).
1813 - Carl Jaenisch, enxadrista russo (m. 1872).
1852 - Bérenger Saunière, padre francês
1862 - Emílio Ribas, médico higienista brasileiro (m. 1925)
1888 - Arnold Ulitz, escritor romancista.
1898 - Jerônimo Mazzarotto, bispo católico (m. 1999).
1910 - António de Spínola, militar e político português (m. 1996).
1917 - José Datrino, popularmente conhecido como Profeta Gentileza, pregador religioso
brasileiro (m. 1996).
1929 - Almino Afonso, político brasileiro, Ministro do Trabalho no governo João
Goulart.
1952
o Gláucio Veras, médico brasileiro, Doutor em Neurocirurgia pela Universidade de
Göttingen, Alemanha, 1984.
o Andrew Wiles, matemático inglês.
o Guy Verhofstadt, primeiro-ministro da Bélgica.
D.JOÃO I, "O BOA-
MEMÓRIA"
Nascimento: 11/04/1357, Lisboa,
Portugal
Filiação: Pedro I e Teresa de
Lourenço
Falecimento: 14/08/1433, Lisboa,
Portugal
Rei (1385 a 1433) da Segunda
Dinastia (de Avis), governa com
objetivos expansionistas; vence a
Batalha de Aljubarrota (14/08/1385) contra os ESP e conquista
Ceuta (1415) aos mouros.
D. João I
EMÍLIO MARCONDES
RIBAS
Nascimento: 11/04/1862,
Pindamonhangaba, Vale do Paraíba,
São Paulo, Brasil
Falecimento: 19/12/1925, São Paulo,
Brasil
Médico higienista, combate a febre
amarela e comprova sua transmissão
pelo mosquito "aedes aegypti";
precursor do sanitarismo brasileiro.
"Há um universo de mistérios à nossa volta e me anima a
possibilidade da surpresa"
Emílio Ribas
FALECIMENTOS
1034 - Romanus III, imperador bizantino (n. 968).
1079 - Martírio de Santo Estanislau da Polônia
1607 - Bento de Góis, Jesuíta e explorador terrestre português
1882 - Joaquim Manuel de Macedo, escritor, teatrólogo e político brasileiro (n. 1820).
6. 1900 - Bezerra de Menezes, médico, escritor, político e espírita brasileiro (n. 1831).
1970 - John O'Hara, realizador norte-americano (n. 1905).
1982 - Waldir Calmon, pianista brasileiro (n. 1919).
1985 - Enver Hoxha, ditador comunista da Albânia de 1944 até sua morte (n. 1908).
1990 - Helio Smidt, presidente da companhia aérea Varig (n. 1926).
2002 - Armando Cortez, actor português (n. 1928).
2005 - Lucien Laurent, ex-jogador da Seleção Francesa da Copa do Mundo de 1930,
autor do primeiro gol da história das Copas e o último remanescente daquela seleção (n.
1907).
2007 - Kurt Vonnegut, escritor estadunidense (n. 1922).
JOAQUIM MANUEL DE
MACEDO
Nascimento: 24/06/1820, São
João de Itaboraí, Rio de Janeiro,
Brasil
Falecimento: 11/04/1882, Rio
de Janeiro, Brasil
Causa: Sofrendo das faculdades
mentais
Professor dos filhos da Princesa
Isabel, poeta, teatrólogo, político
e romancista, autor de "A
Moreninha" (1844); funda a
revista "Guanabara" (com Araujo Porto Alegre) em 1849;
Patrono da ABL, Cadeira 20.
"No casamento, o amor garante a felicidade e, pelo amor, a
confiança mútua assegura aos esposos ampla liberdade de
que não se abusará jamais."
Manuel
de Macedo
ADOLFO BEZERRA DE
MENEZES CAVALCANTI
Nascimento: 29/08/1831,
Freguesia do Riacho do Sangue
(atual Jaguaretama), Ceará,
Brasil
Falecimento: 11/04/1900, Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro,
Brasil
Médico, militar, escritor e
político (1861) espírita (1875);
pioneiro da divulgação da
doutrina kardecista no país e abolicionista; radicado no RJ, é
um espírita confesso, numa época em que a prática era crime;
Vereador pelo Partido Liberal (1861), Deputado (1867) e
Presidente da Câmara Municipal (1860 a 1880); adversário de
Haddock Lobo, funda o jornal "A Reforma"; conhecido como
"Médico dos pobres", cria a Estrada de Ferro Macaé-Campos;
sem apoio imperial, acaba falido.
Bezerra de Menezes
WALDIR CALMON
Nascimento: 30/01/1919, Rio
Novo, Minas Gerais, Brasil
Filiação: Waldemar e Helena
Calmon
Falecimento: 11/04/1982, Brasil
Causa: Infarto
Músico (pianista), monta sua
própria orquestra (anos 50).
Waldir Calmon
JAMES L. BROWN
Nascimento: 22/03/1920,
Desdemona, Eastland County, Texas,
Estados Unidos
Falecimento: 11/04/1992, Estados
Unidos
Causa: Câncer no pulmão
Ator cinematográfico (estréia em
"Wake Island", 1942, não creditado)
e de TV (estréia no seriado "The
Lone Ranger", 1952); sucesso com o
personagem TENENTE RIPP
MASTER no seriado "The
Adventures of Rin Tin Tin" (1954 a
1959); destaca-se em filmes como
"The Gallant Legion" (1948), "Montana" (1950), "The Sea
Hornet" (1951), etc.
James L. Brown
7. Feriados e eventos cíclicos
1993, 2004, 2015: Páscoa
Costa Rica: Aniversário da Batalha de Rivas (feriado nacional)
Dia do Infectologista - Brasil
Dia Mundial da Doença de Parkinson
Fatos Históricos de Santa Catarina:
1859 Morre, no Rio de Janeiro, o Dr. Manoel Paranhos da Silva Veloso, que,
em Santa Catarina, foi deputado provincial e primeiro presidente da
Assembléia instalada em 1835, além de ter exercido o cargo de Juiz da
Comarca do Sul.
1864 Lei nº 541, desta data, criou a Comarca de São José, que passou a
termo da comarca da Capital.
1883 Lei provincial nº 995, desta data, criou a Comarca de Campos Novos.
1894 A esquadra legal, sob o comando do almirante Jerônimo Francisco
Gonçalves, chega à costa de Porto Belo, alinhando-se para dar combate
aos navios rebeldes que dominavam a capital catarinense.
1954 Instalação do município de Papanduva, criado pela lei nº 133 de 30 de
dezembro de 1953.
Calendário Maçônico do Dia
1832 Resolução do Grande Oriente do Brasil determina que todas as suas
Lojas comuniquem, uma às outras, os aprovados e reprovados à
admissão.
1941 Lei do regime Vichy, subserviente aos nazistas, obriga a divulgação
dos nomes dos dignitários maçônicos e os proíbe de qualquer função
pública.
(Pesquisas da edição: http://pt.wikipedia.org - Imagens: www.google.com.br)
8. Dos meus arquivos:
Esta peça foi escrita pelo Ir Samuel Borges,
à época Aprendiz-Maçom da Loja Templários da Nova Era.
Hoje o Ir Samuel é MM e magistrado de carreira
no Estado do Rio Grande do Sul
À Glória do GADU!
É cediço que as últimas décadas foram palco de consideráveis
avanços científicos e tecnológicos, inclusive com o fenômeno da
globalização que literalmente derribou fronteiras. Tal fenômeno acabou
por influenciar a economia e a vida de todo o planeta, principalmente
pela celeridade da circulação de informações de toda espécie.
9. No entanto, em que pese a propagação do conhecimento, tem-se
debatido a respeito da degradação que a sociedade hodierna está
sofrendo, principalmente no que tange as instituições que
tradicionalmente a sustentaram.
A família deixou de ser o ponto de referência dos indivíduos, pois
sucumbiu ao egoísmo exacerbado. As virtudes inerentes ao bom caráter
passaram a ter conotação antiquada, quiçá, jocosa. A aparência
prepondera sobre a essência.
É justamente neste emaranhado de contradições e superficialidades
que seletos homens são chamados para compor as fileiras de uma
instituição secular – a Maçonaria –, “para combater a tirania, a
ignorância, os preconceitos e os erros; glorificar o Direito, a Justiça e a
Verdade. Para promover o bem da Pátria e da Humanidade, levantando
Templos à Virtude e cavando masmorras ao vício”. 1
Assim, o profano ao ser iniciado nasce para vida maçônica
cabendo-lhe inúmeras responsabilidades que, para os fins que se destina
o presente trabalho, limitar-se-á a estudá-las sob os três aspectos mais
importantes: moral, social e institucional.
MORAL
1
GLSC. Ritual do Aprendiz Maçom. REAA, Florianópolis, 1998, p. 48.
10. Não é o objetivo se ater a divagações filosóficas com relação a
moral2
ou a ética, pois não se entende necessárias à compreensão do
tema, vez que o senso comum, que possui todo homo medius, é
suficiente para que o maçom entenda a dimensão da responsabilidade
que lhe cabe.
Obviamente, o estudo da moral não pode se limitar a um ponto de
vista meramente subjetivo, mas, sobretudo, sob seu aspecto pragmático.
Neste último é que o Maçom deve se prender, pois de nada adiante
estudar as instruções e complementos, que estão repletos de exortações à
boa conduta, se não colocá-las em prática. Portanto, a conduta do
maçom é a razão de ser da moral maçônica.
Destarte, o objetivo da Instituição Maçônica é a construção e o
aperfeiçoamento ininterrupto da sociedade que, para tal, necessita de
seus pedreiros afim de que executem este árduo trabalho. Neste sentido
dispõe a Constituição da Grande Loja de Santa Catarina, em seus
Postulados:
(...) a Maçonaria é uma instituição nascida para
combater, com a persuasão e a força moral do bom exemplo,
tudo que atente contra a Razão e o Espírito de Fraternidade
Universal. Nesta força moral, que só se adquire pela
Virtude, única proclamada como legítima, consagrada pela
consciência dos povos nos códigos das nações, como agente
2
1.Filos. Conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para
qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. (Aurélio)
11. supremo do poder soberano, concentra a Maçonaria toda a
sua glória e a ela deve os grandes triunfos que, com tanta
justiça, a têm colocado como a primeira à frente das grandes
instituições nascidas do amor à Humanidade e do interesse
pelo bem-estar dos povos. Ciência do progresso moral, a
Maçonaria resume sua ação social nos atributos da
inteligência e do coração – Luz e Verdade, Amor e
Filantropia.3
Por sua vez, o artigo escrito pelo IrLuiz Gonzaga Rocha aborda
com sucinta precisão a razão de se ter verdadeiros maçons na sociedade:
Curvo-me à idéia de que a busca da perfeição e da
existência de um mundo melhor, dirigido por homens
iniciados e/ou iluminados, pode muito bem representar uma
utopia, mas sendo este o plano de evolução social, cultural e
política da Maçonaria, e sendo esse entendimento no sentido
de que os maçons assumam os destinos das sociedades, aos
maçons impõe-se, antes e depois de toda e qualquer
consideração, serem conhecedores e partícipes desse ideal,
e, para tanto, requer-se que sejam incorruptíveis, instruídos,
livres pensadores e excelentes formadores de opiniões,
verdadeiros construtores sociais e instrumento adequado
para efetivar as transformações sociais requeridas; e, ainda,
sejam capazes de aperfeiçoar-se, de instruir-se e disciplinar-
se constantemente na Arte Real, sem prejuízo da
conveniência de conviverem harmoniosamente com
centenas de milhares de seres díspares, e que possam, a
despeito de todas as dificuldades, ser destacados por
palavras, obras e exemplos de vida, e sobremodo, que
3
GLSC. Constituição. Florianópolis: 2000, p.l 8
12. ostentem, sem envergonhamento, o lema mais sagrado da
Ordem Maçônica: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.4
Desta forma, o maçom não foi escolhido apenas para aumentar
número de uma determinada loja ou da Instituição no seu sentido
universal; não pode se limitar ao simples recitar dos manuais, como se a
obra que lhe cabe pudesse ser realizada por qualquer tipo de força
transcendental que, através da simples repetição de palavras durante os
rituais, alguma força cósmica cumpra o papel que lhe cabe junto à
sociedade.
Em que pese a Maçonaria Operativa ter dado azo à Especulativa, a
obra do pedreiro ainda continua sendo manual. Obviamente que o
aperfeiçoamento intelectual é necessário e, mais que isso, é exigido,
mas não é um fim em si mesmo, pois tem por escopo a sua utilização
para o bem da humanidade, que de maneira nenhuma poderá ser
limitado ao mundo das idéias, mas externado através de atitudes. Ora,
“(...) não é para que fujamos da ciência do Bem, mas para que possamos
pô-la em prática no meio social. Assim devem os maçons lutar para
poder vencer”.5
Não é à-toa que o maçom utiliza um avental durante as sessões,
“porque ele nos lembra que o homem nasceu para o trabalho e que todo
o maçom deve trabalhar incessantemente para descoberta da Verdade e
4
Rocha, Luiz Gonzaga. Maçom e Maçonaria. Revista O Prumo n. 161. Florianópolis: 2005, p. 7.
5
GLSC. Instrução Preliminar Aprendiz-Maçom. Florianópolis: 2003, p. 21.
13. para o aperfeiçoamento da Humanidade”.6
Nem, tampouco, os
instrumentos utilizados pelos antigos maçons operativos foram
incorporados sem razão aparente, mas:
Por serem instrumentos imprescindíveis às construções
sólidas e duráveis, eles nos recordam o papel de construtor
social que compete a todos os Maçons e, ao mesmo tempo,
nos traçam as normas pelas quais devemos pautar nossa
conduta: o Esquadro, para a retidão; o Compasso, para a
justa medida; o Nível e o Prumo, para a Igualdade e a
Justiça que devemos a nossos semelhantes.7
No telhamento para elevação de Aprendiz a Companheiro se
pergunta de que maneira os maçons são reconhecidos e, a seguir,
responde que por sinais, toques e palavras. Ora, tais respostas se limitam
ao conhecimento mínimo que um Aprendiz-Maçom deve ter para visitar
uma Loja Maçônica, pois, na realidade, um verdadeiro maçom deveria
ser reconhecido primeiramente pelo seu caráter, equilíbrio,
comportamento, probidade, caridade, humildade, em suma, pela sua
conduta. Obviamente, que se considera que tais exigências não são
inatas ao ser humano, devendo, portanto, o aprendiz utilizar o Maço e o
Cinzel a fim de desbastar sua Pedra Bruta.
Talvez, o grande segredo para a realização da missão maçônica não
esteja no aumento de suas fileiras, mas na utilização simbólica dos
6
GLSC. 2ª Instrução Aprendiz-Maçom. Florianópolis: 2003, p. 11.
7
Apud, p. 14.
14. instrumentos de trabalho dos antigos maçons operativos, a fim de que
todo o cabedal de conhecimento adquirido com o passar dos séculos não
se limite elaboração de teorias e elucubrações, mas extrapolem as lojas e
contagiem o mundo.
SOCIAL
Assim como no tópico anterior, a Maçonaria está repleta de
ensinamentos que objetivam aguçar a sensibilidade de seus membros às
necessidades da sociedade. Da mesma forma, são várias as alegorias que
simbolizam virtudes que implicam na responsabilidade social que deve
ser cultivada e praticada no cotidiano.
No painel do Aprendiz-Maçom, vê-se na Escada de Jacó a taça que
tem, entre outros significados, o da caridade. Nota-se, também, na
Abóbada Celeste da loja, a Estrela Flamejante que:
(...) representa a principal Luz da Loja. Simboliza o Sol, Glória do
CRIADOR, e nos dá o exemplo da maior e da melhor virtude que deve
encher o coração do Maçom: a CARIDADE.
Espalhando luz e calor (ensino e conforto) por toda
parte onde atingem seus raios vivificantes, o Sol nos ensina
a praticar o Bem, não em um círculo restrito de amigos ou
15. de afeiçoados, mas a todos aqueles que necessitam e até
onde nossa caridade possa alcançar.8
Neste sentido, a caridade é somente uma das facetas de intervenção
social que o maçom deve cultivar no seu meio, mas poder-se-ia
enumerar várias outras possibilidades que não se adequariam ao fito
desta peça. No entanto, é oportuno se ressaltar o ideal de fraternidade,
que juntamente com a liberdade e igualdade, forma uma das mais
importantes tríades maçônicas; e, ainda, quanto aos elementos
decorativos da Loja, o pavimento mosaico e a própria orla dentada, que
lembram a necessidade de harmonia entre as diferenças e que o amor e a
união devem começar no meio maçônico e se propagarem para toda a
humanidade.
A bandeira da fraternidade foi abraçada pela Maçonaria e, através
de seus diletos filhos, espalhou-se por toda cultura ocidental,
influenciando não só revoluções, mas até mesmo boa parte dos estados
modernos ocidentais, que a recepcionaram em seu ordenamento jurídico
constitucional como o princípio da solidariedade.
Assim, é imputado ao maçom não só o dever da boa conduta, mas
também que trabalhe, transforme, intervenha na sociedade na medida de
suas possibilidades, a fim de cumprir o seu papel de construtor social.
INSTITUCIONAL
8
GLSC. 1ª Instrução Aprendiz-Maçom. Florianópolis: 2003, p. 12.
16. Realmente, o fardo que Maçonaria atribui aos seus membros é
deveras pesado, vez que além de exigir uma conduta baseada na retidão
de caráter e um papel ativo junto aos seus semelhantes, incube-lhes a
instrução dos neófitos e a responsabilidade pela manutenção de si
mesma.
Felizmente, apesar das críticas de certas religiões, que se limitam
ao plano espiritual, a Maçonaria goza de elevadíssima reputação. Tal
fato, deve-se aos inúmeros trabalhos de caridade que faz, aos grandes
irmãos que no passado fizeram história e, principalmente, pela relevante
contribuição aos ideais democráticos.
Desta feita, a responsabilidade do maçom é imensa, pois lhe cabe
manter ilibada a estampa da Maçonaria, justamente numa época
contraditória e desvirtuada, sucumbida pela indiferença e pela
amoralidade.
Por outro lado, ao irmão recém-iniciado deve ser dispensado todo
o cuidado e apreço, a fim de que desde cedo possa compreender a
importância de seu juramento, e as responsabilidades que tal ato
acarretam.
Por este plano, entende-se de fundamental importância à realização
esmerada dos trabalhos em loja, para que aquele possa atribuir a
seriedade que é devida ao ritual praticado e, também, compreender mais
17. profundamente o seu significado. Além disto, considera-se de vital
importância à infância maçônica o apoio, o exemplo e a sensibilidade
dos irmãos mais antigos.
O primeiro pode-se representar pelo incentivo ao estudo e ao
aprendizado, o segundo, pela referência de homem maçom a quem o
neófito pode sempre se espelhar e, a última, pela percepção em detectar
as dificuldades que certamente surgirão e, evitar, na medida do possível,
expor as leviandades e rixas existentes na Instituição, por força da falta
de controle das paixões humanas.
CONCLUSÃO
Conclui-se, portanto, que o exercício da vida maçônica não pode se
limitar à loja e ao crescimento intelectual, pois, além de tantas outras
responsabilidades, o maçom deve primar pela boa conduta a fim de que
seja um referencial para uma sociedade desmoralizada; ter atitudes
efetivas que reflitam o papel de construtor que lhe cabe; e zelar pela
integridade da Instituição e sua prosperidade.
No entanto, não cabe à Maçonaria mensurar a responsabilidade de
seus membros, pois, apesar da referida construção requerer
necessariamente uma intervenção direta, recai na seara subjetiva da
capacidade de que cada um é provido. Assim, a lição extraída da Bíblia
indica exatamente a extensão da responsabilidade de cada maçom: “(...)
18. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a
quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”. 9
Samuel Borges - Aprendiz-Maçom
9
BÍBLIA Anotada – Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. ed. rev. e atual. São Paulo: Mundo
Cristão, 1994.
por Eduardo Neves
Fonte: www.pedroneves.recantodasletras.com.br
:
Sempre que se fala em maçonaria, um termo
é recorrente: O Grande Arquiteto do Universo, ou G.A.D.U. (a forma
abreviada mais comum). Em quase todas as obras maçônicas e também
na maioria das citações ou reportagens, há referências a esta expressão.
19. Mas o que muitos leigos se perguntam sempre é: o que, ou quem é,
exatamente, este Grande Arquiteto? Qual o real significado desta
denominação?
Respondendo objetivamente, e de maneira simplificada, afirmamos: o
G.A.D.U. é a maneira pela qual os maçons se referem a Deus. E a razão
é simples: sendo a maçonaria uma instituição que teve origem histórica
nas corporações de construtores medievais – que eram formadas por
arquitetos, engenheiros, artesãos, pedreiros e outros profissionais ligados
à área da construção civil e militar – e, ainda nos nossos dias, valer-se de
instrumentos daqueles ofícios como ícones simbólicos (o compasso e o
esquadro, por exemplo), nada mais natural que denomine o projetista ou
construtor de tudo o que existe como O Grande Arquiteto do Universo.
Denominações adicionais para o Criador como O Grande Arquiteto dos
Mundos ou O Grande Geômetra são encontradas em alguns livros
maçônicos, todas com o mesmo significado.
Ampliando o escopo deste artigo, consideramos importante esclarecer
brevemente o conceito de Deus na maçonaria. A imagem eternizada por
Michelangelo na Capela Sistina – a de um ancião de cabelos brancos,
adotada como representação costumeira de Deus por grande parcela da
civilização ocidental – ainda que enquanto obra de arte seja belíssima,
não é suficiente para a compreensão da onipotência, onipresença e
onisciência divinas. Em verdade, ousaríamos dizer que é, de fato,
inapropriada. Ora, qualquer que seja o ser, se este for limitado por uma
forma, não pode ter tais características. Portanto, seguindo este
raciocínio, concluímos que a imagem de Deus como um velho senhor
sentado em um trono de nuvens é apenas o retrato humanizado do
pensamento de uma época, não devendo ser levado em conta para uma
reflexão mais aprofundada. Deus é o amor infinito, a inteligência
suprema, causa primária de todas as coisas, é aquele que não tem
começo nem fim, e não pode ser conhecido através dos esforços
intelectuais de uma mente humana que, por mais avançada ou capaz que
seja, está sujeita a limitações. Deus, portanto, é uma força que não pode
ser analisada ou mensurada, só podendo ser sentida e contemplada
20. através de suas manifestações. Esta força é o que os maçons chamam de
Grande Arquiteto, gerador do universo, do homem e da vida em todas as
suas formas.
Um movimento anti-maçônico, fundado nos Estados Unidos no século
XX e formado quase majoritariamente por fundamentalistas religiosos,
tem distorcido continuamente o conceito do Grande Arquiteto do
Universo. Este movimento, que já conta com ramificações no Brasil,
afirma erroneamente que o G.A.D.U. não passa de um „deus maçônico‟,
ou ainda uma divindade que representaria uma suposta união sincrética
de ídolos antigos. Os mais radicais acreditam ainda que o G.A.D.U. seria
uma representação do diabo. Conforme já explicado, nada mais longe da
realidade. Aliás, para ser maçom, o postulante tem de, necessariamente,
crer na existência de um ser supremo. Todos os trabalhos maçônicos são
dedicados à glória de Deus, e os templos maçônicos conservam abertos
em seus rituais o chamado Livro da Lei, que nada mais é que o livro
sagrado da religião dos países onde funcionam as lojas maçônicas. No
Brasil é a Bíblia que pode ser vista na quase totalidade dos templos, e ao
redor do planeta, o livro sagrado muda conforme o caso: para os
hebreus, o Talmude ou o Antigo Testamento; para os muçulmanos, o
Alcorão; para os adeptos do bramanismo, os Vedas; para os masdeístas
ou seguidores de Zaratustra, ou Zoroastro, o Zenda-Avesta etc. O Livro
da Lei possui esse nome por conter o código de moral e ética que
devemos seguir em nossas vidas. Este nome evita ainda qualquer tipo de
sectarismo. A única exigência que se faz é que o volume deve conter, de
fato, as sagradas escrituras de uma religião conhecida, e fazer referência
ao Ser Supremo, Deus.
É importante colocar que a crença no Grande Arquiteto do Universo é
encarada na maçonaria como uma realidade filosófica, e não de modo
dogmático. A maçonaria, portanto, não é uma religião, mas abriga em
suas fileiras homens de todas as religiões – por reconhecer a importância
de cada uma delas, respeitando o conceito íntimo que cada um tem de
Deus. Mas a maneira pela qual cada maçom professa a sua crença neste
ser supremo é assunto de foro íntimo. Assim, em um templo maçônico
21. poderão ser vistos, lado a lado, católicos, budistas, espíritas e assim por
diante, pois a tolerância e o respeito mútuo fazem que praticantes dos
mais diferentes cultos estejam unidos em prol da lapidação espiritual, da
construção de um mundo justo e da busca pelo bem de toda a
humanidade.
Termino este artigo citando o escritor Dan Brown, em carta endereçada
aos maçons americanos na época do lançamento de seu livro O Símbolo
Perdido, cuja trama envolve a maçonaria: “Em um mundo onde os
homens batalham a propósito de qual definição de Deus é a mais
acertada, não acho palavras para expressar adequadamente o profundo
respeito e admiração que sinto por uma organização na qual homens de
crenças diferentes são capazes de „partilhar o pão juntos‟ num laço de
fraternidade, amizade e camaradagem”.
Que o Grande Arquiteto nos ilumine e guarde.
IrSérgio Quirino Guimarães - quirino@roosevelt.org.br
Ano 05 - artigo 15 - número sequencial 297
22. Com certeza os Irmãos associaram este meu lema com a doutrina cristã,
afinal quem nunca viu um crucifixo com esta legenda sobre o
Cristo. Segundo o Livro de João, capítulo19, versículos 19 e 20, consta
que Pilatos mandou colocar uma placa sobre a cruz com os dizeres:
“Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum” (Jesus de Nazaré Rei dos Judeus).
Sou cristão, mas não é neste aspecto que me calço, portanto o “meu
lema” não é uma reverência religiosa, mas o I.N.R.I. também é um
acrônimo que envolve os Jesuítas e os nossos Irmãos Rosa-Cruzes.
Alguns fanáticos jesuítas em Londres por volta do ano de 1674 invadiam
as assembléias dos rosa-cruzes causando grandes alvoroços e bradavam
“Iusum Necare Reges Impios” ((é) justo matar os reis ímpios), era uma
forma de agredir o Rei da Inglaterra Carlos II que permitia as reuniões
Rosa-Cruzes. Os partidários do Rei, por sua vez contra-atacaram,
expulsaram os jesuítas e instituíram um novo I.N.R.I. = “Iustitia Nunc
Regent Imperia” (a justiça regerá as nações). Apesar de realmente
acreditar que deve ser a justiça e não a politicagem que deve reger as
nações, meu I.N.R.I. tem outra conotação. Imagino que nessa altura do
artigo o Irmão deve estar pensando o que tem haver estas quatro letras
com o estudo maçônico. Vejamos mais uma possibilidade dessa sigla:
“Igne Natura Renovatur Integra” (a natureza se renova pelo fogo),
reflita sobre o sentido exato da palavra "renovar" e associe "fogo" com
calor e luz, se você é realmente maçom e ainda não viu nada sobre esta
expressão, deve continuar seus estudos, pois em determinado grau isto
pode ser útil. Para aqueles que gostam de alquimia e conhecem um
pouco de hebraico o I.N.R.I. pode ser interpretado como a junção dos
quatro elementos: Iam (água), Nour (fogo), Ruach (ar) e Iabeshah
23. (terra), lógico que é preciso muito mais que um simples artigo dominical
para explicar este conhecimento. Em fim devo explicar porque sempre
mentalizo meu I.N.R.I. maçônico, vou transcrever o que está escrito na
página 107 de um excelente livro: “... atribuído aos iluministas
franceses, associado, sobretudo, a Voltaire. Voltaire tinha uma crença
inabalável no triunfo do esclarecimento e da razão humana. O objetivo
era estabelecer uma base moral, religiosa e política, coerente com a
razão. Acreditava que, o pré-requisito para uma sociedade melhor era
vencer a ignorância. O grande público precisa ser esclarecido. Segundo
os iluministas, a carência e a opressão tinham, como causas, a
superstição e a ignorância. Portanto, a educação se tornou, para eles,
uma preocupação central. É bem característico que a publicação mais
importante do Iluminismo tenha sido uma enciclopédia." E é isto que eu
acredito e por isto que desenvolvo este trabalho semanal, com incansável
esforço repelimos a ignorância = Indefesso Nisu Repellamus
Ignorantiam.
ATENÇÃO; tudo o que escrevi acima aprendi com o Irmão Walter
Celso de Lima lá de Santa Catarina (GOB-SC), é um poderoso Irmão
membro da Quatuor Coronati Research Lodge 2076, Londres. O
conteúdo desse artigo foi todo baseado em seu livro “Fragmentos do
Esquadro, do Compasso e da Cultura”, só que o que escrevi é muito
pouco em relação ao estudo que o Irmão fez. O livro ainda não esta nas
livrarias, acabou de ser editado, mas o Irmão Lima tem alguns
exemplares e sei que seu maior interesse é o motivar os Irmãos ao estudo
e não a parte financeira, portanto por um valor de R$ 20,00 você
receberá o livro em casa. Verifique com ele pelo e-mail
099lima@gmail.com e tenha uma ótima leitura.
24. O poeta Ir Sinval Santos da Silveira, MI da Loja Alferes Tiradentes e Grande
Orador da Grande Loja de Santa Catarina, faz parte dos fundadores do Grupo
de Poetas da Trindade – GPT – tradicional bairro de Florianópolis.
Exemplar iniciativa que nos dá a dimensão da sensibilidade desses amantes da arte.
O Ir Anatoli Oliynik tem um interessante convite para quem gosta de livros
filosóficos:
“Caros Irmãos: Tenho a satisfação de CONVIDÁ-LOS a participar
virtualmente de um curso de interpretação de livros filosóficos que será
levado a efeito a partir de Curitiba, conforme informações mais
detalhadas que estão inseridas na filipeta que se segue. A iniciativa é de
um grupo de Amigos do qual faço parte e visa interpretar as grandes
obras filosóficas, resgatando assim, a alta cultura que se encontra
desaparecida no Brasil há pelo menos quarenta anos. Contando com
a vossa amizade fraterna, solicito divulgar e estender este CONVITE
aos vossos Amigos virtuais e pessoais. Um abraço fraterno, Anatoli.”
25. Exame de vista Chinês. Não deixe de tentar. É surpreendente.
NÃO consegue ler ???
...experimente puxar os cantos dos olhos... como os chineses...
Logo mais às 19h00, no Condomínio Monte Verde, tem Sessão Magna de
Iniciação na Loja Solidariedade nr. 29.
26.
27. Loja Maçônica Belmiro Teixeira Pimenta nr. 27 –
São Silvano – Colatina –
Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo