O documento discute as origens e os principais proponentes do utilitarismo, uma teoria ética que defende que a ação correta é aquela que maximiza a felicidade coletiva. Apresenta Jeremy Bentham e Stuart Mill como os pensadores que deram forma ao utilitarismo, defendendo, respectivamente, que a moral deve se basear no cálculo do maior prazer para o maior número e que certos prazeres, como os intelectuais, têm mais valor.
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A maior felicidade do maior número
1. O Utilitarismo
A maior felicidade do maior número
é o fundamento da moral e da
legislação.
Bentham
2. Utilitarismo
As sementes do utilitarismo podem ser encontradas no pensamento de David Hume (1711-
1776), que defendia que os princípios morais deveriam ser medidos pela sua utilidade. Mas
foram os pensadores Jeremy Bentham (1748-1832) e Stuart Mill (1806-1873), que deram
contornos claros para o que viria a se chamar de utilitarismo.
3. Consequencialismo
Estabelecer critérios para a ação
baseados nas consequências das ações
pode colocar o utilitarismo como uma
filosofia consequencialista, porém existem
divisões entre os utilitaristas que podem
aproximar, ou afastar o utilitarismo do
consequencialismo.
4. Tipos de Utilitarismo
De Regras: Acreditam que o princípio do cálculo
das melhores ações devem se pautar em regras,
que estabeleçam o critério de maior felicidade.
De Atos: julgam cada ato pelo seu resultado,
pautando-se pelo duplo efeito de uma ação, ou
seja, uma ação pode ter efeitos colaterais, mas é
válida se eles forem menores do que os
resultados positivos.
5. Utilitarismo de Jeremy Bentham
“Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio
que aprova ou desaprova qualquer ação; segundo a
tendência de aumentar ou diminuir a felicidade da
pessoa, cujo interesse está em jogo, ou, o que é a
mesma coisa em outros termos, segundo a tendência a
promover ou a comprometer a referida felicidade. Digo
qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale
não somente para qualquer ação de um indivíduo em
particular, mas também de qualquer ato ou medida de
governo” (BENTHAM, 1984, p.4”).
(1748-1832)
6. Polêmicas do Pensamento de Bentham
O importante jurista e filósofo inglês, considerado pai do
pensamento utilitarista, defendia certos atitudes no mínimo
questionáveis. Por exemplo, Bentham defendia que os
mendigos fossem confinados em abrigos, pois a visualização da
pobreza causava sofrimento aos transeuntes. O principal
questionamento em relação ao utilitarismo é desrespeito aos
direitos individuais, tanto é que as pessoas que defendem a
tortura utilizam argumentos utilitaristas, como um mau menor
para um bem maior.
7. Utilitarismo de Stuart Mill
“O credo que aceita a utilidade ou o princípio da
maior felicidade como fundação da moral sustenta
que as ações são corretas na medida em que
tendem a promover a felicidade e erradas conforme
tendam a produzir o contrário da felicidade. Por
felicidade se entende prazer e ausência de dor, por
infelicidade, dor e privação do prazer” (MILL, 2000, p.187).
(1806-1873)
8. Mill defende a liberdade individual, algo que seria útil à longo prazo, por isso o governo só
deveria interferir para que o indivíduo não cause dano à terceiros. O autor possuí a
mesma tendência hedonista (busca do prazer) de Bentham, mas difere os prazeres
superiores, ligados ao intelecto, e os inferiores, ligados ao físico. Diferencia felicidade de
contentamento, pois somente a felicidade inclui o sentimento de dignidade.
Utilitarismo de Stuart Mill
9. “É melhor ser um ser humano insatisfeito do que
um porco satisfeito; é melhor ser Sócrates
insatisfeito do que um tolo satisfeito. E se o tolo
ou o porco tiverem uma opinião diferente, é
porque eles só conhecem o próprio lada da
questão” (MILL, 2011, p. 71).
Utilitarismo de Stuart Mill
10. • BENTHAM, J. Uma introdução aos princípios da moral e da
legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
• MILL, J. S. Utilitarismo. São Paulo: Martins Fontes: 2000.
• MILL apud SANDEL, M. Justiça: O que é fazer a coisa certa? Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
Fontes