2. A ideia é compreender que o universo das práticas
juvenis de consumo é plural e multifacetado.
3. Etapa 1 – Jovens e cultura
Até a década de 1950, aproximadamente, não se podia dizer que os jovens
se destacavam como possuidores de uma “cultura própria”, ou como
consumidores de produtos específicos para sua faixa etária e praticantes
de atividades de lazer circunscritas a eles.
Ser jovem era mais uma fase da vida antes de se tornar adulto, com suas
fragilidades e especificidades.
O jovem precisava ser “preparado” para se tornar um cidadão.
Esse quadro começou a mudar com o surgimento da cultura e da
comunicação de massa, após a Segunda Guerra Mundial.
Esse período também foi caracterizado pelo crescimento do consumo,
ampliado pela criação de novos bens e a crescente importância dos meios
de comunicação.
4. Etapa 1 – Jovens e cultura
Como os diferentes grupos de jovens buscam
se diferenciar entre si?
Qual é a lógica que explica a formação de
movimentos, tipos, estilos e tendências tão
diversos entre os jovens?
8. Combinações de música com ideologias políticas e
filosofias de vida.
Os punks são apenas um dos diversos
grupos de jovens que emergiram na
segunda metade do século XX como
forma de contestação à indústria de
consumo de massa e ao estilo musical
dominante do rock-’n’-roll estadunidense.
Desde então, inúmeras formas de
manifestação e expressão, baseadas em
práticas de lazer, estilos visuais, filosofias
de vida, gostos musicais, dança, grafite,
performance e outros, surgem e
desaparecem no espaço da escola, da
comunidade, do bairro e da cidade.
9. Combinações de música com ideologias políticas e
filosofias de vida.
Hip-hop: cultura inventada por jovens afro-
americanos a partir de influência afro-jamaicana, hoje
difundida no mundo todo. Os vértices da cultura hip-
hop são o break (dança), o grafite (pintura) ou a
prática de DJ (música). E seus elementos constitutivos,
o DJ (instrumentista), o MC (mestre de cerimônia ou
rap-rapper), o B-boy (dançarino de rua) e o grafiteiro
(interessado na expressão gráfica da cultura urbana).
Essa associação ocorreu por causa do interesse dos
jovens pela música mais falada que cantada (rappers e
também cantores de R&B ‒ rhythm and blues), pela
discotecagem e produção de música a partir de
fragmentos ou samples (DJs), por estilos de street
dance (B-boys), pela organização e produção de
eventos (MCs) e pela expressão gráfica com um
sentido estético diferenciado (grafite). Criado como
manifestação de um estilo de vida que confronta
certos valores tradicionais, o hip-hop também abrange
a reflexão e a discussão sobre questões raciais, sociais
e políticas.
10. Combinações de música com ideologias políticas e
filosofias de vida.
A identidade gótica se constitui em torno de um
núcleo: a morte. A morte permeia toda a produção
artística do grupo; é a razão do horror, do
sobrenatural e do obscuro. A marca da morte está nos
rostos pintados de branco com olhos e bocas
ressaltados, na cor preta das roupas, nos símbolos
religiosos utilizados como acessórios, e é a inscrição
do grupo no corpo do indivíduo, e o símbolo que o
identifica diante de outros grupos. [...] Símbolos
religiosos e esotéricos (como a cruz cristã, o ankh
egípcio e o pentagrama) formam outro conjunto
importante de elementos constituintes da identidade
do grupo gótico. Esses símbolos são usados como
adornos – colares, brincos, tatuagens etc. – e permeiam
a produção artística dos góticos. [...] Outras
características dos gótico são sua relação com a arte e
com a sexualidade e sua postura não agressiva. [...] O
grupo se orgulha de ser pacífico e de não brigar com
outros grupos.
11. Combinações de música com ideologias políticas e
filosofias de vida.
Straight edge: o termo não tem tradução precisa, mas
numa tradução livre para o português quer dizer
“caminho correto”. Trata-se de um movimento
descendente do punk e do hardcore estadunidenses,
cujos preceitos se estruturam a partir da música, mas
vão muito além dela. Uma das principais
características dos straight edges era a recusa do
comportamento considerado destrutivo dos punks,
especialmente o consumo de álcool e drogas.
12. Combinações de música com ideologias políticas e
filosofias de vida.
É possível reconhecer facilmente uma forrozeira pela
sua vestimenta. Ela geralmente usa saia, rodada e
solta, curta ou longa. O importante é permitir a
liberdade de movimento das pernas, para não
atrapalhar na hora de dançar. São vários os tipos de
tecidos, predominando os de cores fortes e quentes,
como o vermelho, amarelo e laranja, além do uso
constante de estampas florais. [...] Como a principal
atividade do forró é a dança, a sapatilha indica quem é
que sabe ou não dançar. A pessoa nem precisa saber
todos os passos de dança, mas o uso da sapatilha
demonstra que ela conhece as regras do lugar. [...]
Para os homens, bermudas largas ou calças largas e
confortáveis e camisetas leves de algodão, que
costumam ser estampadas com nomes de bandas e de
eventos ligados ao forró. [...] O estilo das bandas que
se apresentam Sociologia – 2ª série – Volume 1 69
SOCIO_CA_2s_ Vol1_2014_P11.indd 69 01/11/13
15:05 no forró universitário, segundo os forrozeiros, é
o chamado ‘pé de serra’. Esse é um dado importante,
ressaltado por seus usuários e produtores, que serve
para diferenciá- -lo dos forrós ‘risca-faca’
13. Título e layout de conteúdo com SmartArt
Vídeo 2:
“Quanto custa o outfit?”
Link:
https://www.youtube.com/wa
tch?v=nh6p2KlY8t4
Vídeo 1:
“Identidade Parcelada -
Juventude periférica, consumo e
identidade”
Link:
https://www.youtube.com/wa
tch?v=55jWab54aFI