O documento descreve as funções e processos de uma Central de Material e Esterilização (CME), incluindo a recepção, limpeza, embalagem, esterilização e armazenamento de materiais cirúrgicos e hospitalares. A CME é responsável por processar os materiais de forma a reduzir riscos de infecção nos pacientes. Os materiais são classificados como críticos, semicríticos ou não críticos dependendo do nível de contato com os tecidos do paciente.
1. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
CME- Central de
Material e Esterilização
Docente Enfª. Magda Taroco Calsavara
2. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
CME- Central de Material e Esterilização
CME- Central de Material e
Esterilização
É a área responsável pela limpeza e
processamento de artigos e instrumentais
médico-hospitalares.
É no CME que se realiza o controle, o preparo, a
esterilização e a distribuição dos materiais
hospitalares (ROMANO; QUELLHAS, 1997).
3. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
o CME é uma unidade de apoio técnico
dentro do estabelecimento de saúde
destinada a receber material considerado
sujo e contaminado, descontaminá-los,
prepará-los e esterilizá-los, bem como,
preparar e esterilizar as roupas limpas
oriundas da lavanderia e armazenar esses
artigos para futura distribuição.
4. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Centro de material e esterilização – CME: unidade funcional destinada ao processamento
de produtos para saúde dos serviços de saúde (RDC 15/2012).
O CME pode ser de três tipos, de acordo com sua dinâmica de funcionamento:
Descentralizado: utilizada até o final da década de 40, neste tipo de central cada unidade
ou conjunto delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que utiliza;
Semicentralizado: teve início na década de 50, cada unidade prepara seus materiais,
mas os encaminha para serem esterilizados em um único local;
Centralizado: utilizada atualmente, os materiais do hospital são processados no mesmo
local, ou seja, os materiais são preparados, esterilizados, distribuídos e controlados
quantitativa e qualitativamente na CME.
5. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Com as CME funcionando eficazmente, as taxas de mortalidades e de infecções
hospitalares caem e resultados positivos ficaram bastante visíveis.
6. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Para o cumprimento da RDC 15/2012, os CME passam a ser classificados em CME
Classe I e CME Classe II:
7. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Estrutura Física
CME CLASSE I:
− barreira técnica, utilizados em unidades básicas de saúde. Ex. bancadas
separadas por pia, ou lados diferentes de uma mesma sala.
O CME Classe I deve possuir, minimamente, os seguintes ambientes:
I – Área de recepção e limpeza (setor sujo);
II – Área de preparo e esterilização (setor limpo);
III – Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);
IV – Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e
V – Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor
limpo).
8. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
CME CLASSE II:
– barreira física, hospitais com o objetivo de evitar o cruzamento de artigos.
O CME Classe II e a empresa processadora devem possuir, minimamente, os
seguintes ambientes:
I – Sala de recepção e limpeza (setor sujo);
II – Sala de preparo e esterilização (setor limpo);
III – Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);
IV – Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e
V – Sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo)
9. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Os materiais das diferentes unidades chegam ao CME através da área de
recepção;
No expurgo ocorre o processo de lavagem do material sujo encaminhado ao CME –
cuja atuação é muito importante, pois se o material não for lavado de forma correta
a esterilização não se processa adequadamente; consequentemente, permanecerá
contaminado, oferecendo riscos ao cliente.
10. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Processos Básicos de um CME
1. Inspeção: Verificação das condições do artigo. Segurança do trabalhador.
Artigo passível de desmontagem.
11. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
2- LIMPEZA:
• Principal etapa do processamento de artigo;
• Remoção de sujidades (biofilme);
• Remoção ou redução de microrganismos;
• Remoção ou redução de substâncias pirogênicas.
12. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Os materiais sujos de matéria orgânica (sangue, pus e outras secreções
corpóreas) devem ficar imersos em detergentes enzimáticos por cerca de 3 a 5
minutos (ver recomendação do fabricante), tempo necessário para desagregar a
matéria orgânica.
Devem ser colocados abertos ou desconectados em recipiente não-metálico,
tendose o cuidado de evitar que materiais diferentes (borracha, instrumenais,
vidros) sejam postos no mesmo recipiente.
Após esta etapa, a limpeza do material pode ser feita com água, sabão e escova
de cerdas, ou através de máquinas de limpeza, já que os abrasivos - como
esponja de aço ou saponáceo - danificam o material.
13. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Para cada tipo de material existe uma técnica de
lavagem que assegurará que o mesmo chegue à área
de preparo em perfeitas condições de limpeza.
Quando da lavagem, deve-se escovar as ranhuras,
articulações e dentes de cada pinça, bem como injetar
as soluções no interior das cânulas e sondas.
Após o enxague, onde todo o sabão deve ser retirado,
os materiais devem ser secos com pano, máquina
secadora ou ar comprimido, e posteriormente
encaminhados para a área de preparo.
14. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
77 anos Senac. #EuFaçoParte
Os funcionários da área de preparo de material são
responsáveis pela inspeção da limpeza, condições de
conservação dos materiais e funcionalidade dos
instrumentais, bem como o acondicionamento e
identificação dos pacotes, caixas e bandejas.
Entre suas atividades, cabe separar os materiais
danificados, para posterior substituição.
Durante o desempenho de suas funções é
recomendável que os mesmos utilizem gorro ou touca
descartável, para evitar a queda de fios de cabelo nos
materiais; além disso, devem sempre manipular o
material com as mãos limpas
15. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Como dobrar os capotes e campos ?
16. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
https://www.youtube.com/watch?v=zN4SclR5_UQ
Os aventais ou capotes, bem como os campos
cirúrgicos e fenestrados, são recebidos da lavanderia
e encaminhados diretamente ao setor de preparo para
serem inspecionados, dobrados e acondicionados.
Na inspeção, devem ser observadas sujidades, rasgos
e ausência de cadarços ou amarrilhos
17. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Os campos cirúgicos e fenestrados são
dobrados ao meio, no comprimento; depois,
transversalmente (de cima para baixo).
O processo deve ser finalizado dobrando-se a
ponta superior externa duas vezes na diagonal
- as aberturas devem estar voltadas para o
lado oposto ao do executante, e as dobras para
cima
18. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
3- EMBALAGEM
A etapa seguinte ao processo de limpeza e inspeção dos artigos é o
acondicionamento e embalagem que deve ser adequado ao processo de
esterilização a ser utilizado.
19. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
TÉCNICA PARA EMBALAR MATERIAIS PARA
ESTERILIZAÇÃO
https://www.youtube.com/watch?v=ax9QsAKFPBc
20. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
https://www.youtube.com/watch?v=LZOtVGTCpAw
21. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
4-TRANSPORTE
O transporte dos pacotes esterilizados precisam ser feitos em carros apropriados
para garantir da integridade da embalagem até o destinatário.
22. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
ÁREA DE ARMAZENAGEM
O material esterilizado é armazenado em área restrita com controle ambiental
(temperatura, ventilação e umidade relativa) e armários adequados.
24. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Classificação dos Produtos para a Saúde
25. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
CRÍTICOS
Produtos que devem ser submetidos ao processo de esterilização, após a
limpeza e demais etapas do processo.
São produtos para a saúde utilizados em procedimentos invasivos com
penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais, e sistema
vascular, incluindo também todos os produtos para saúde que estejam
diretamente conectados com esses sistemas.
Artigos críticos – entram em contato com tecidos estéreis ou com o sistema vascular e
requerem a esterilizados para uso, pois possuem alto risco de causar infecção. Todos
os artigos que entrarão em contato com o sítio cirúrgico, instrumentais e mãos do
cirurgião e auxiliares (EBSERH, 2016).
26. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Segundo a ANVISA (BRASIL, 2002):
• Área crítica: aquela onde existe risco aumentado para desenvolvimento de
infecções relacionadas à assistência, seja pela execução de processos envolvendo
artigos críticos ou material biológico, pela realização de procedimentos invasivos ou
pela presença de pacientes com susceptibilidade aumentada aos agentes
infecciosos ou portadores de microrganismos de importância epidemiológica.
Ex.: salas de cirurgia, unidades de tratamento intensivo, salas de hemodiálise, leitos
ou salas de isolamento, centrais de material e esterilização, bancos de sangue e
área suja de lavanderia hospitalar.
27. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
SEMICRÍTICOS
Produtos semicríticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de desinfecção de
alto nível, após a limpeza.
Produtos para saúde semicríticos utilizados na assistência ventilatória, anestesia e
inaloterapia devem ser submetidos à limpeza e, no mínimo, à desinfecção de nível
intermediário, com produtos saneantes em conformidade com a normatização sanitária,
ou por processo físico de termo - desinfecção, antes da utilização em outro paciente.
Produtos que entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas.
28. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Área semicrítica: aquela onde existe risco moderado a baixo para
desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência, seja pela execução de
processos envolvendo artigos semicríticos ou pela realização de atividades
assistenciais não invasivas em pacientes não críticos e que não apresentem
infecção ou colonização por microrganismos de importância epidemiológica.
Ex.: enfermarias, consultórios, área limpa de lavanderia hospitalar.
29. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
NÃO CRÍTICOS
São artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente. Ex.:
comadres (aparadores), aparelhos de pressão.
Requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.
30. 77 anos Senac. #EuFaçoParte
Área não crítica: aquela onde o risco de desenvolvimento de infecções
relacionadas à assistência é mínimo ou inexistente, seja pela não realização de
atividades assistenciais, ou pela ausência de processos envolvendo artigos
críticos e semicríticos, exceto quando devidamente embalados e protegidos.
Ex.: escritórios, almoxarifados, salas administrativas, corredores, elevadores.