3. CME
É a área responsável pela limpeza e
processamento de artigos e instrumentais
médico-hospitalares. É no CME que se
realiza o controle, preparo, esterilização ,
acondicionamento e distribuição dos
materiais utilizados dentro da instituição
hospitalar.
4. CME
Unidade de apoio técnico a todas as áreas assistenciais,
sendo responsável pela:
• Recepção
• Limpeza;
• Preparo;
• Esterilização;
• Acondicionamento;
• Distribuição de materiais para as unidades do estabelecimento de
saúde.
RDC 50/2002
• Revestimento que permita limpeza e desinfecção (ex: piso resistente ao
calor, à umidade; parede lisa e plana)
• Janela: ampla, alta e telada
• Porta de material lavável
• Bem iluminada (geral e direta nas bancadas)
5. PODESERDIVIDIDAEMTRÊSTIPOS:
Descentralizada : cada unidade é responsável por
preparar e esterilizar os materiais que utiliza.
Semi-centralizada : cada unidade prepara o seu
material , mas o encaminha à central de material
para ser esterilizado.
Centralizada : os materiais de uso nas unidades
são totalmente processados na central.
6. VANTAGENSDACENTRALIZAÇÃODEMATERIAIS.
Padronizar as técnicas de limpeza, preparo e
empacotamento, a fim de assegurar economia de
pessoal, material e tempo.
Manter reserva de material a fim de atender
prontamente a necessidade de todo o hospital.
Desenvolver treinamentos específicos permitindo
maior produtividade.
Facilitar o controle do consumo e da qualidade do
material esterilizado.
7.
8. ÁreaFísica
(RDCn050de2002)
DEVE SER SEPARADA EM:
• Área contaminada: destinada a receber os artigos sujos e realizar o
processo de limpeza dos mesmos.
*recepção de artigos limpeza lavagem separação
• Área limpa: destinada ao preparo dos artigos.
*Área de preparo: análise e separação dos instrumentais, montagem de
caixas, pacotes, materiais especiais, etc.
*Área de esterilização: método de esterilização, montagem da carga,
acompanhamento do processo e desempenho do equipamento.
*Área de armazenamento: identificação dos artigos, data de preparo e
validade;
*Área de distribuição: define os horas para distribuição dos artigos para as
unidades do hospital, com exceção do CC.
*Área de recepção de roupas limpas: separação e dobradura.
9. ÁREAFÍSICADOCME
DEVE CONTER:
Pisos e paredes com revestimentos resistentes que impeçam
aderência de sujidade, não tenham frestas e reentrâncias;
Iluminação geral adequada, acompanhada de iluminação
direta nas mesas e balcões de preparo de materiais (para que
a inspeção seja eficiente);
Deve ser suprida de infra-estrutura hidráulica, elétrica,
dispositivos de ar comprimido, entre outros;
Ventilação deve ser por sistema de ar condicionado central,
com a temperatura e a unidade do ar controlado;
Quando não possível colocar exaustores ou optar por
ventilação natural através de janelas amplas e teladas
Pia para lavagem das mãos de fácil acesso
10. Localização
• Deve estar próximo dos centros fornecedores,
como almoxarifado e lavanderia, e de fácil acesso
às unidades consumidoras como CC, UTI, dentre
outras (MOURA, 1996);
13. ObjetivosdaenfermagemnoCME
O serviço de enfermagem em CME acredita na segurança da esterilização
como garantia de bom atendimento aos pacientes. O enfermeiro possui papel
fundamental no gerenciamento do setor e coordenação das atividades, pois é
o profissional que detém o conhecimento de todas as técnicas e princípios de
enfermagem.
Atuar na conscientização da equipe;
No desenvolvimento das normas e rotinas, das técnicas corretas em todas
as atividades, à assistência prestada ao cliente;
Fornecer o material esterilizado a todo hospital;
Promover a interação entre as áreas;
Adequar as condições ambientais às necessidades do trabalho na área;
Planejar e implementar programas de treinamento e reciclagem que
atendem às necessidades da área junto à educação continuada;
Favorecer o bom relacionamento interpessoal;
Prover materiais e equipamentos que atendam às necessidades do trabalho
na àrea.
14. ARTIGOSHOSPITALARES
DEFINIÇÃO – São materiais empregados na assistência à saúde;
PODEM SER:
– ARTIGOS DESCARTÁVEIS : seringas, abocath, agulhas,
eletrodos, etc.
–ARTIGOS PERMANENTES: aparelho de pressão, termômetro,
endoscópio, etc.
17. ARTIGOSCRÍTICOS
São aqueles que penetram através da pele, mucosas, atingindo os
tecidos sub-epiteliais, sistema vascular, bem como todos os que
estejam diretamente conectados com este sistema e que possuem
alto risco para aquisição de infecção;
Ex:
agulhas
instrumentais cirúrgicos
cateteres urinários
bisturi.
18. ARTIGOSSEMI-CRÍTICOS
São artigos que entram em contato com a pele não-integra ou com
mucosas íntegras.
Ex:
endoscópios gastrointestinais;
equipamento de terapia respiratória;
espéculo vaginal;
19. ARTIGOSNÃOCRÍTICOS
São aqueles que entram em contato apenas com
pele íntegra ou não entram em contato com
pacientes e apresentam baixo risco de transmissão
de infecção;
Ex:
comadres
papagaios
aparelho de pressão
termômetro
cubas
20. Indicação
CRÍTICOS– Indicação de esterilização
SEMI-CRÍTICOS– Esterilização não obrigatória;
no mínimo desinfecção.
NÃO-CRÍTICOS– Dependendo do grau de
contaminação, podem ser submetidos à limpeza ou
desinfecção de baixo ou médio nível.
21. DESINFECÇÃO
Consiste na inativação ou redução dos micro-
organismos presentes num material inanimado ou
em superfícies com exceção de esporos
bacterianos, por meios físicos ou químicos.
.
A desinfecção não implica na eliminação de todos
os micro-organismos viáveis, porém elimina a
potencialidade infecciosa do objeto, superfície ou
local tratado.
22. CLASSIFICAÇÃODADESINFECÇÃO
Desinfecção de baixo nível: elimina bactérias,
vírus e fungos; não tem ação contra esporos, mas
não elimina micobactérias e o bacilo da
tuberculose;
O composto mais comumente utilizado é álcool
etílico, hipoclorito de sódio 0,025% - 30 minutos.
EPI
23.
24. Desinfecção de nível médio: elimina bactérias, a maioria
dos vírus, fungos e micobactérias; não destrói esporos.
Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos. EPI
Desinfecção de alto nível: destrói todas as bactérias,
micobactérias, fungos, vírus e parte dos esporos. O enxágue
deve ser feito com água estéril e a manipulação deve seguir o
uso de técnicas assépticas.
25. Glutaraldeído 2% (20 – 30 minutos). Portaria n0 3/2006.
EPI ( Máscara de filtro químico, avental impermeável, óculos,
luva de borracha cano longo, botas) – vapores: irritação nos
olhos, nariz e garganta/ corrosivo para alguns artigos de
metal. Validade 14 ou 28 dias.
Ácido Peracético 0,2% - 10 minutos. (Atóxico e sem efeito
residual) Não corrosivo/ EPI. Validade 30 dias.
26.
27. LIMPEZA
Remoção de sujidade visível orgânica e inorgânica e por conseguinte de
sua carga microbiana.
A limpeza concorrente desta área deve ser realizada diariamente, no piso,
nas pias, nas mesas e nos balcões e, pelo menos uma vez por semana, a
Limpeza terminal deve ser feita incluindo os itens limpos diariamente e
mais as paredes, os armários, os vidros e as janelas.
OBJETIVOS
-Remover sujidades;
-Remover ou reduzir a quantidade de micro-organismos;
-Remover resíduos (químicos, orgânicos, endotoxinas – lipopolissacarídeos
Da parede celular de bactérias gram-negativas - biofilmes – cj. de células
microbianas associadas á superfície)
-Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização.
28. Limpezamanual
Fricção com escovas e dos uso de soluções de limpeza;
Restringir aos artigos delicados, desmontáveis;
Preferencial solução enzimática - constituem combinações de
detergentes e enzimas utilizados comumente em instrumentos
de difícil acesso e lumens estreitos;
Utilizar EPI apropriado: luva grossa de borracha
antiderrapante de cano longo, avental, bota, gorro, protetor
facial, máscara e óculos de proteção;
Friccionar artigos sob a água para evitar aerossóis.
Uso de EPIs :
É imprescindível o uso correto dos EPIs para o desenvolvimento das técnicas
de limpeza e desinfecção. São eles: aventais impermeáveis, luvas
anti-derrapantes de cano longo, óculos de proteção, máscaras.
29.
30. Limpezamecânica
Lavadora Ultra-Sônica: convertem ondas sonoras
de ultra-alta frequência em vibrações mecânicas que
se movem na água, criando bolhas microscópicas.
Ideal para artigos de conformação complexa
Lavadora Pasteurizadora: inativação de bactérias
patogênicas por meio de calor, relativamente a baixas
temperaturas (660C)
Lavadora Termodesinfetadora: limpam e
desinfetam, por meio térmico ou químico
(detergente é aplicado sob pressão por meio de bicos
ou braços rotativos)
31.
32. Produtosutilizados
Limpadores enzimáticos
são compostos basicamente por enzimas, surfactantes e
solubilizantes. A combinação balanceada desses elementos faz com
produto possa remover a matéria orgânica do material em curto
período de tempo.
Soluções enzimáticas apresentam excelente ação de limpeza, mas
não possuem atividade bactericida e bacteriostática.
Enzimas
São substâncias produzidas que degradam a matéria orgânica
presente no material. Uma vez produzidas pelas células, uma
enzima pode ser isolada e irá manter suas propriedades. As enzimas
são classificadas em três maiores grupos funcionais dependendo do
tipo de substrato que irão afetar: proteases, lípases e amilases que
atuam em substratos protéicos, gorduras e carboidratos.
33.
34. REQUISITOSBÁSICOSPARA
EMBALAGENS
1. Ser adequada ao item a ser esterilizado:
- Permitir identificação do conteúdo
- Permitir fechamento completo e seguro do item
- Proteger o conteúdo de dano físico
- Resistir à rasgos, perfurações e abrasões
- Não ter furos
- Ser atóxica
- Apresentar baixa liberação de fibras e partículas
- Permitir liberação do conteúdo sem contaminação
- Manter a esterilidade até que o pacote seja aberto
35. REQUISITOSBÁSICOSPARA
EMBALAGENS
2. Ser apropriado ao método de esterilização:
- Promover selagem íntegra
- Prover adequada barreira a líquidos e partículas
- Ser compatível com condições físico-químicas do
processo de esterilização
- Permitir adequada remoção de ar
- Permitir penetração do agente esterilizante
3. Apresentar relação custo e benefício positiva
4. Apresentar instruções escritas de uso.
36. Embalagens
Permitir o transporte e o armazenamento do artigo odonto-médico-
hospitalar e mantê-lo estéril até o seu uso.
Saída do Ar
Entrada do Agente
esterilizante
Microrganismos
Embalagem
Produto
37. Tiposdeembalagens
TECIDODEALGODÃO
• Estrutura produzida pelo entrelaçamento de um conjunto de fios dispostos
no sentido longitudinal, com outro no sentido transversal forma um ângulo
de 900
• Indicado: vapor saturado sob pressão ( validade 10 dias)
• Problema: baixa barreira microbiana, ausência de resistência à umidade,
padrão de alinhamento das fibras, baixa vida útil
PAPELCREPADO
- Composto de 100% de celulose
- Eficiência diante da esterilização por vapor e óxido de etileno
- Validade: 60 dias no vapor e 12 meses no ETO
39. A embalagem SMS para esterilização é
programada para suportar processos de
vapor saturado ou ETO, que utilizam
formaldeído como base para a
higienização ou mesmo que adequem
suas práticas ao uso da irradiação
ionizante, cada qual aplicada
constantemente e, mesmo assim, sem
diminuição do desempenho
da embalagem SMS para esterilização.
40. SMS
MANTA DE POLIPROPILENO – 100%
SPUNBOND
MELTBLOWN
SPUNBOND
Três camadas:
41. Spunbond
Esta camada é formada por uma trama densa de
microfibras que age como barreira microbiana.
Esta camada é formada por fibras longas e contínuas que
proporcionam resistência mecânica e maleabilidade.
Meltblown
SMS
42. SMS
VANTAGENS:
-Ausência de memória
- Excelente barreira antimicrobiana
- Compatível com todos os processos gasosos de
esterilização.
DESVANTAGENS:
O não tecido pode ser utilizado para embalagem de
artigos a serem esterilizados nos processos de
esterilização à vapor, formaldeído, óxido de etileno e
plasma de peróxido de hidrogênio.
44. Papelgraucirúrgico
• Permeável ao agente esterilizante e impermeável aos
microrganismos;
• Pode se apresentar com duas faces de papel ou uma de
papel e a outra de filme transparente;
• Esterilização à vapor (30 dias) e Óxido de Etileno
(01 ano)
TyveK
• Constituída de poliolefinas expandidas e mylar (polietileno
em tripla camada)
• Não contém celulose ( não absorve o peróxido de
hidrogênio)
• Recomendado para o plasma de peróxido de hidrogênio
(01 ano)
47. Papel crepado
Tem alto efeito
memória.
Rasga com
facilidade.
Baixa resistência a
tração.
48. Esterilização
• Esterilização é o processo pelo qual os micro-
organismos são mortos a tal ponto que não seja mais
possível detectá-los no meio de cultura padrão no
qual previamente haviam proliferado.
• Um artigo é considerado estéril quando a
probabilidade de sobrevivência dos micro-organismos
que contaminam é menor do que 1:1.000.000
(GRAZIANO; SILVA; BIANCHI, 2000)
49. Fatoresqueafetamaeficáciadaesterilização
A atividade dos agentes esterilizantes depende de inúmeros
fatores, alguns inerentes às qualidades intrínsecas do
organismos e outros dependentes das qualidades físico-
químicas do agente ou fatores externos do ambiente.
- Número e localização de microrganismos
- Resistência inata dos microrganismos
- Concentração e potência do agente germicida
- Fatores físicos e químicos
- Matéria orgânica
- Duração da exposição
50. ESTERILIZAÇÃO
PODE SER REALIZADA POR:
Processos físicos:
–Vapor saturado sob pressão (autoclave)
–Calor seco (estufa)
–Radiação (raios gama - cobalto 60)
Processos químicos:
–Grupo dos aldeídos (glutaraldeído e formaldeído)
–Ácido peracético
Processos físico-químicos:
–Óxido de etileno (ETO)
–Plasma de peróxido de hidrogênio
–Paraformoldeído (pastilhas)
51.
52. Esterilização
Processos físicos - Esterilização por vapor saturado
sob pressão – autoclave.
# Vapor: (esporos
necessitam de calor e
umidade), temperatura
e pressão (121ºC a
134ºC e o tempo (15 a
30 minutos).
53. ESTERILIZAÇÃOPORVAPORSATURADOSOBPRESSÃO
• Modo de ação - coagulação das proteínas a uma
temperatura de 121ºC a 134ºC.
• Prazo de validade - 07 a 15 dias.
• Vantagens - econômico, grande poder de penetração
e não é tóxico.
• Desvantagens - não esteriliza todos os tipos de
materiais (termossensíveis).
54. PROCESSOFÍSICO-AUTOCLAVE
É altamente eficiente pelo seu poder de penetração realizado por
autoclaves. O vapor saturado, ou seja, de temperatura
equivalente ao ponto de ebulição da água, na pressão atmosférica
de 1 a 1.8, é o meio de esterilização mais econômico para
materiais termo resistentes.
55. Mecanismo de ação: O processo baseia-se na transformação
de água em vapor, sob a mesma temperatura. A atividade de
esterilização tem como princípio de morte celular a termo
coagulação das proteínas bacterianas, através do calor, de
modo que o MO perde suas funções vitais e morre.
Embalagens: algodão cru, papel grau cirúrgico, não tecido,
papel crepado caixa metálica perfurada e Kraft. Dispor os
pacotes de modo vertical, para facilitar a entrada, circulação
do vapor, bem como a eliminação do ar.
Temperatura indicada: 121 a 132° C
Tempo de exposição: de acordo com a natureza do material
(15 a 30 min.); 15 min. para materiais mais sensíveis ao calor
como luvas, extensões de borracha, entre outros e 30 min.
para materiais mais resistentes ao calor como instrumentais,
vidros, roupas, entre outros.
56.
57. PROCESSOFÍSICO
Calor seco (estufa) – Não recomendável
Caiu em desuso, pois as pesquisas colocam em
dúvida a sua efetividade. O processo de
esterilização ocorre com o aquecimento dos artigos
por irradiação do calor das paredes laterais e base
da estufa, com conseqüente destruição dos MO por
desidratação das células. O calor seco tem baixo
poder de penetração, pois se faz de forma irregular
e vagarosa, necessitando de longos ciclos de
exposição.
58. Materiais: termo resistente, como: instrumentais, materiais
inoxidáveis, óleos e pós.
Embalagem: caixa de aço inoxidável de paredes finas ou de
alumínio. Lacrar as caixas com fita de indicador químico.
Temperatura e tempo de exposição: varia de acordo com o
tipo de material e com a validação especifica. Para
instrumentais recomenda-se 205° C por 120 min. e para óleos e
pós 160° C por 120 min.
Cuidados recomendados: evitar o centro da estufa (pontos
frios), deixar espaço entre as caixas e não encostá-las na
parede.
60. IndicadoresQuímicos
Classe I: Indicadores de processo: Tiras impregnadas com tinta termo-
química que muda de coloração quando exposto a temperatura.
(fita zebrada) amarelo p/ marrom geralmente
Informa que passou pela esterilização
usados externamente em todos os pacotes
evidenciam a passagem do material pelo processo
62. IndicadoresQuímicos
Teste de BOWIE & DICK – Indicadores para uso em testes
específicos - testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-
vácuo.
Classe II:
verifica a eficiência da bomba de vácuo
espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua extensão
recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia, com equipamento
pré-aquecido e com a câmara vazia.
caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão imediata do
equipamento
Teste OK Falha no teste
64. IndicadoresQuímicos
Indicador de parâmetro único
Classe III:
controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida.
Indicador multiparamétrico – dois ou mais parâmetros
críticos
Classe IV:
controla a temperatura e o tempo necessários para o processo
66. IndicadoresQuímicos
Integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor.
Reagem com todos os parâmetros
Classe V:
Classe VI: Indicadores de simulação: Integrador mais preciso por oferecer
margem de segurança maior. Reage quando 95% do ciclo é
concluído.
67. Resumo : INDICADORES QUÍMICOS
Classe 1:
Classe 6:
Classe 2:
Classe 3:
Classe 4:
Classe 5:
Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração
quando exposto a temperatura.
Teste de Bowie & Dick testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave
pré-vácuo. Uso diário no 1° ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 minutos
sem secagem.
Controla um único parâmetro: a
temperatura pré-estabelecida.
Indicador multiparamétrico:
controla a temperatura e o tempo
necessário para o processo.
Integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do
vapor.
Intervalo de confiança maior que classe 5.
68. IndicadoresBiológicos
Preparação padronizada de esporos bacterianos autocontidos,
com suspensões de 106 esporos por unidade de papel filtro.
Indicam se a esterilização foi efetiva
Esporos Geobacillus stearothermophilus
Primeira geração: tiras de papel com esporos microbianos,
incubados em laboratório de microbiologia com leitura em 7 dias.
70. IndicadoresBiológicos
Segunda geração: autocontidos com leitura em 24 a 48
horas pela mudança de cor decorrente da mudança de pH do
meio. Incubação na própria CME.
Terceira geração: autocontidos com leitura em 1 a 3
horas a 560C. Interação de uma enzima associada ao esporo
bacteriano com um substrato no meio de cultura. Ausência de
fluorescência: esporo destruído.
71. Esterilizaçãofísico-química
Esterilização por óxido de etileno (ETO)
Gás incolor, explosivo e inflamável
Termossensíveis
Portaria Interministerial n0482/1999
Parâmetros: temperatura (500C a 650C),
concentração do gás (450 a 1200mg/L) umidade
(45 a 85%), tempo de exposição e aeração (2 a 5
horas respectivamente) e pressão interna da
câmara.
72. ETO
• Alta penetração, difusibilidade – esteriliza artigos
estreitos, longos (até 2 metros).
• Prazo de validade: um ano.
• Vantagens – esteriliza em baixa temperatura e
esteriliza qualquer material.
75. Sterrad
Esterilização por plasma. Consiste em uma nuvem de
partículas positivas, negativas e neutras que se combinam.
Destrói esporos e é expelido em forma de água e oxigênio
(peróxido de hidrogênio).
Validade de 6 meses (POSSARI, 2004).
Vantagens – não é tóxico, não deixa resíduos, o ciclo é de 1
hora e 15 minutos a 50 graus, o aparelho devolve materiais que
estejam sujos ou molhados.
Desvantagens – alto custo, não esteriliza tecido, gaze e líquidos.
76. Gera plasma por meio do substrato de peróxido de hidrogênio
bombardeado por ondas de radiofreqüência ( cada ampola 1,8 ml
H2O2)
Curto de 51 min/ Longo de 72 min (lúmens longos > 1m até 2 metros –
cateteres, extensor de micronubulizador, circuitos respiratórios – Inter V)
Diâmetro interno ≥ 1mm
No caso > 1m ciclo longo com Difusor/Adaptador (cateteres, endoscópios,
colonoscópios) – se metal: comprimento 40-50 cm
77. EsterilizaçãoQuímica
Imersão dos artigos em germicida químico
Utilizar produtos autorizados e registrados na ANVISA
ÁcidoPeracético
Mistura entre ácido acético, peróxido de hidrogênio e
água;
Rápida ação contra todas as formas de
microorganismos, incluindo esporos microbianos,
mesmo em baixas concentrações (0,001% a 0,2%) -
60 minutos;
Pode ser aplicado em artigos termossensíveis;
78. DESINFECÇÃO POR ÁCIDO
DESINFECÇÃO POR ÁCIDO
PERACÉTICO A 0,2%
PERACÉTICO A 0,2%
VANTAGENS DESVANTAGENS
• rápido: 10 minutos
• monitoração da [ ]
• enxágüe fácil
• baixa toxicidade
• remove sujidade
residual
• rápido: 10 minutos
• monitoração da [ ]
• enxágüe fácil
• baixa toxicidade
• remove sujidade
residual
• processo manual
• incompatível com aço
bronze, latão e ferro
galvanizado
• custo ?
• odor avinagrado
• processo manual
• incompatível com aço
bronze, latão e ferro
galvanizado
• custo ?
• odor avinagrado
79.
80. Glutaraldeído
Para esterilização a frio de artigos críticos termossensíveis,
como cateteres, drenos, tubos. E para artigos
termorresistentes como pinças, instrumentos metálicos
endoscópios, laparoscópicos.
Não é recomendado:
- Monitoramento da concentração,
- Manipulação incorreta (contaminação bacteriana – infecções
pós cirúrgicas),
- Tempo de imersão por período inferior ao recomendado,
resistência microbiana ao produto,
- Diluição do produto durante a sua utilização ao longo do
tempo
81. DESINFECÇÃO POR GLUTARALDEÍDO
DESINFECÇÃO POR GLUTARALDEÍDO
VANTAGENS DESVANTAGENS
• rápido: 20 - 30 min
• monitoração da [ ] e ph
• compatibilidade com
uma grande gama de
materiais
• custo aceitával
• rápido: 20 - 30 min
• monitoração da [ ] e ph
• compatibilidade com
uma grande gama de
materiais
• custo aceitával
• processo manual
• enxágüe difícil
• toxicidade (inalação)
• fixa sujidade residual
•odor pungente
• processo manual
• enxágüe difícil
• toxicidade (inalação)
• fixa sujidade residual
•odor pungente
84. ARMAZENAGEM
“Todo material processado deve possuir local adequado para
armazenagem de forma que não haja risco de
recontaminação e que facilite a distribuição.”
“O prazo de validade de esterilização está diretamente
relacionado à qualidade da embalagem e condições de
armazenagem.”
O local adjacente à área de esterilização, distantes de fonte
de água, janelas abertas, portas, tubulações expostas e drenos.
Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e
cuidadosa.
85. Cuidadoscomos ArtigosEsterilizados
Condições de estocagem do artigos esterilizados
• Quanto ao ambiente: deve ser limpo; arejado e seco; deve ser restrito à equipe do
setor.
• Quanto ao artigo: após o processo de esterilização, não colocá-lo em superfície
fria (pedra ou aço inoxidável ), utilizar cestos ou recipientes vazados até que
esfriem;
• invólucro (tecido de algodão cru, tecido não tecido, papel grau cirúrgico, papel
crepado, papel com filme, tyvec ou caixas metálicas perfuradas) deve permanecer
íntegro e ser pouco manuseado para evitar que os pacotes rasguem ou solte o lacre;
• ser estocado em armários fechados com prateleiras;
• prateleiras identificadas de modo a facilitar a retirada do material;
• material deve ser estocado de acordo com a data de vencimento da esterilização
para facilitar a distribuição e não ficar material vencido no estoque;
• estocar separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de contaminantes
externos.
86. Tempodevalidadede esterilizaçãode artigos
• A validade de esterilização vincula-se ao risco de recontaminação, tipo e
configuração do material de embalagem, número de vezes que é
manipulado antes do uso.
• Estocagem em prateleira aberta ou fechada, condições ambientais na área
de estocagem (limpeza, temperatura e umidade).
• Atualmente é um contra-senso estabelecer prazos genéricos por que os
fatores contaminantes do ambiente variam entre um serviço e outro.
• Devido às diferenças tanto em tipos de invólucros quanto em
características de estocagem é impossível recomendar tempos de
estocagem para itens estéreis que possam ser aplicados universalmente
(AORN)
88. Manual de rotina e procedimentos;
Padronização dos processos adotados, limpeza,desinfecção
e esterilização;
Registro diário do processamento de artigos;
Programa de manutenção preventiva dos equipamentos;
Manual de funcionamento do equipamento;
Utilização de indicadores adequados ao processo
empregado;
Barreira fixa até o teto da área suja e limpa.(Consultórios e
Clinicas);
Bancada adequadas para o preparo do material;
Local de guarda dos material esterilizado (limpo e fechado);
Fluxo racional de operacionalização, sem cruzamento de artigo
contaminado e artigo limpo.
Aspectosa seremobservados:
89. Baldes plásticos para desinfecção, enxágue.
Recipientes com as soluções ativadas rotulados.
Pias específicas para o material e lavagens das mãos com
sabão liquido e papel toalha.
Local separado para o material de limpeza.
Pisos, paredes laváveis.
Equipamentos (autoclave e estufa)em perfeitas condições
de funcionamento (registro de manutenção e testes
químicos e biológicos) – (para artigos não pode autoclave
vertical).
Cronograma de limpeza dos equipamentos (água e sabão)
Verificar a existência dos EPIs.
91. ReferênciasBibliográficas
1-SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERGEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO,
RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
(SOBBEC).Práticas Recomendadas.4ed. São Paulo, 2007.
2- POSSARI,J.F. Centro de material e esterilização: planejamento e gestão.3ed.São
Paulo, 2007.165p.
3-KAVANAGH,CMG. Elaboração do Manual de Procedimentos em Central de
Materiais e Esterilização.São Paulo: Atheneu, 2007.
4-OLIVEIRA, AC.Infecções Hospitalares: epidemiologia, prevenção e controle.Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
5- FERNANDES, AT.Infecção Hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São
Paulo: Atheneu, 2002.