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1. Conhecendo a Unidade Cirúrgica .............................................02
2. Estrutura, materiais e equipamentos do Centro Cirúrgico........02
3. Classificando a Cirurgia por Potencial de Contaminação.......... 07
4. Nomenclatura Cirúrgica ...........................................................07
5. Os Cuidados de Enfermagem no Pré-Operatório ......................09
6. Os Cuidados de Enfermagem no Trans-Operatório ..................10
7. O Cuidado de Enfermagem no Pós-Operatório .........................13
Perio-operatorio de Cirurgias
8. Gastro - intestinais ..................................................................14
9. Torácicas .................................................................................15
10. Ortopédicas ...........................................................................16
11. Renal ....................................................................................17
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
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O CENTRO CIRÚRGICO é o conjunto de áreas e instalações que permitem
efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança para o paciente , e de conforto
para a equipe de saúde.
No contexto hospitalar é o setor mais importante pela decisiva ação curativa da
cirurgia, exigindo, assim detalhes minuciosos em sua construção para assegurar a
execução de técnicas assépticas , instalação de equipamentos específicos que
facilitem o ato cirúrgico.
Em sua construção devemos observar: localização ,área, estrutura, composição
física, salas de cirurgias, equipamentos e materiais, sua administração e regulamentos.
Sua localização deve oferecer segurança quanto as técnicas assépticas, sendo
distanciada de locais de grande circulação, ruídos e poeiras.
Quanto a área e ao numero de salas devemos considerar a duração da
programação cirúrgica especialidades atendidas, ensino e pesquisa.
► NO CENTRO CIRÚRGICO, AS ATIVIDADES SÃO DIRECIONADAS ATRAVÉS DA
SEGUINTE ESTRUTURA:
1. Secção de bloco operatório (salas de operação equipadas);
2. Seção de Recuperação Pós anestésicas (leitos equipados para atender ao paciente
na recuperação Pós-anestésicas);
3. Seção de material (guarda de material estéril e não estéril, como medicamentos,
seringas, fios de suturas , próteses etc.).
► NA COMPOSIÇÃO FÍSICA TEMOS ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS E
INDEPENDES PARA MELHOR FUNCIONAMENTO DA ROTINA:
1. Vestiário; 2. Conforto médico; 3. Sala de anestesias; 4. Sala de enfermagem;
5. Sala de estoque de material e medicamentos; 6. Área para recepção de pacientes;
7. Sala de operação; 8. Sala para equipe de limpeza e elementos de apoio (banco
de sangue, raios X, laboratórios, anatomia patológica, auxiliares de anestesia,
segurança, e serviços gerais – engenharia clínica- parte elétrica, hidráulica e
eletrônica).
I - CONHECENDO A UNIDADE CIRURGICA
II - ESTRUTURA, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
DO CENTRO CIRÚRGICO
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► EM SALAS DE CIRURGIAS, LOCAL DESTINADO AOS PROCEDIMENTOS
CIRÚRGICOS, ALGUNS ELEMENTOS SÃO CUIDADOSAMENTE, PROJETADOS
PARA GARANTIR A SEGURANÇA E EFICÁCIA DAS TÉCNICAS APLICADAS :
● Tamanha das salas (dimensões adequadas a cada especialidade); ● Portas largas;
● Pisos de superfície lisa; ● Paredes anti-acústicas; ● Teto de material lavável;
● Janelas que não permitam entrada de poeira e insetos; ● Iluminação com ausência
de sombras e reflexos; ● Ventilação com temperatura ambiente; ● Renovação do ar e
umidade adequadas; ● Lavabo com misturadores para água.
► SALA DE CIRURGIA
SALA DE CIRURGIA é um dos componentes da zona estéril e deve dispor de:
♦ Uma mesa de operação com comandos de posições na cabeceira, ou mesa própria
para a especialidade a que se destina;
♦ Mesas auxiliares para o instrumental;
♦ Mesa para o anestesista e seus medicamentos;
♦ Aparelhos de anestesia e respiradores, foco de luz, para a enfermeira, prateleiras
para a guarda de fios, campos e instrumental.
♦ A sala de cirurgia deve abrigar aparelhos auxiliares como bisturi elétrico.
► MATERIAL CIRÚRGICO
MATERIAL CIRÚRGICO é todo o conjunto de objetos, instrumentos e
equipamentos que entram em contato direto ou indireto com a região operatória,
utilizados para a execução de determinado procedimento cirúrgico.
Sua classificação é de acordo com a sua função ou uso principal, visto que
muitos equipamentos têm mais de uma utilidade. Basicamente, um procedimento
cirúrgico segue 3 etapas principais: diérese, hemostasia e síntese.
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1. DIÉRESE:
2. PREENSÃO
CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL CIRÚRGICO
TIPO FUNÇÃO EXEMPLOS
DIÉRESE Corte Bisturi, tesoura
PREENSÃO Apanhar
estruturas
Pinça anatômica e dentes de rato
HEMOSTASIA Pinçamento de
vasos
Pinças hemostáticas (Halsted, Kelly )
EXPOSIÇÃO Afastamento
de tecidos
Afastadores (Farabeuf, Gosset etc.)
ESPECIAL Própria Pinça de Abadie - cirurgia gástrica
Pinça de Potts - cirurgia vascular
SÍNTESE União de
tecidos
Porta-agulhas, agulhas
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3. HEMOSTASIA
4. EXPOSIÇÃO
5. SÍNTESE OU SUTURA
► ORGANIZAÇÃO :
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► UNIFORME
● PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA:
Historicamente, o objetivo primário das barreiras de proteção em sala operatória
sempre se dirigiu para a proteção dos pacientes à exposição de microrganismos
presentes e liberados pelos trabalhadores.
É o vestuário especifico de acordo com os procedimentos
realizado no Centro Cirúrgico. Tradicionalmente, inclui o uniforme
privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, gorro,
máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica. Ressalta que a
utilização do uniforme privativo deve ser restrita ao ambiente do
Centro Cirúrgico, com o objetivo de proteção dos profissionais
envolvidos no cuidado ao paciente em tal unidade critica. As roupas da rua nunca
devem ser usadas em áreas semi-restritas ou restritas do centro cirúrgico. Deve haver
um ponto de demarcação entre as áreas de circulação sem restrição e semi-restritas
que ninguém pode ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que
este deve incluir gorro ou capuz, propés e máscara facial.
● OBJETIVOS DO UNIFORME:
Uma forma de facilitar o atendimento em casos de emergência e proporcionar o
acesso a áreas restritas com maior rapidez e conseqüentemente diminuir a morbidade
e mortalidade na instituição.
● RESTRIÇÕES:
Os profissionais devem utilizar jaleco quando fora de áreas restritas. A permissão
do uso de uniformes dentro e fora do bloco só foi permitido aos cirurgiões e
enfermeiros, sendo que estes no momento que vai assumir o plantão trocam a roupa
que veio da rua e veste o uniforme que é de uso restrito no ambiente hospitalar.
► ZONAS DO CENTRO CIRÚRGICO:
♦ ZONA DE PROTEÇÃO (NÃO RESTRITA): Vestiários; Área de transferência; Expurgo
♦ ZONA LIMPA (SEMI-RESTRITA): Secretaria; Conforto médico; Sala de recepção do
pcte; de recuperação anestésica; de acondicionamento de material; de esterilização;
centro de material; sala de serviços auxiliares; e de equipamentos.
♦ ZONA ESTÉRIL (RESTRITA): Corredor de acesso; Lavabo; Sala de operação.
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► SEGUNDO PORTARIA nº2.616/98, DE 12/05/98 DO Ministério da Saúde.
1. LIMPAS:Tecidos estéreis ou de fácil descontaminação.
2. POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: Realizadas em tecidos de difícil
descontaminação.
3. CONTAMINADAS: Realizados em tecidos recentemente traumatizados e abertos
com processo de inflamação mas sem supuração.
4. INFECTADAS: Realizadas em tecidos com supuração local, tecido necrótico,
feridas traumáticas sujas.
São termos formados por prefixos utilizados no dia-a-dia cirúrgico , indicando o
órgão e o ato cirúrgico a ser realizado.
Algumas palavras já constituem vernáculo técnico , portanto , mais conhecidas.
* EXEMPLOS:
 Adeno –glândula.
 Cisto –bexiga.
 Cole –vesículas.
 Colo –colo.
 Colpo-vagina.
 Êntero –intestino.
 Gastro –estômago.
 Hístero –útero.
 Nefro –rim.
 Oftalmo –olhos.
 Oofor –ovários.
 Orqui –testículos.
 Ósteo –osso.
 Oto –ouvido.
 Procto –reto.
 Rino –nariz.
 Salpinge –trompas.
 Tráqueo –traquéia.
 Ectomi- remoção de um órgão ou parte dele.
III – CLASSIFICANDO A CIRURGIA
DE ACORDO COM O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
IV – NOMENCLATURA CIRURGICA
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Pexia – fixação de um órgão.
 Plastia – alteração de forma de um órgão.
 Ráfia – sutura.
 Scopia- olhar no interior.
 Somia – abertura de uma nova boca.
 Tomia- abertura de um órgão.
► OPERAÇÕES DE REMOÇÃO DE (ECTOMIA
 Apendicectomia- apêndice.
 Cistectomia – bexiga.
 Colecistectomia – vesícula biliar.
 Esplenomegalia- baço.
 Hepatomegalia- fígado.
 Histerectomia- útero.
 Mastectomia- mama.
 Nefrectomia- rim.
 Pneumectomia- pulmão.
► OPERAÇÕES DE ABERTURA (TOMIA)
 Artromia- articulação.
 Duodenotomia- duodeno.
 Laparotomia- cavidade abdominal.
 Toracotomia-parede torácica.
► CONSTRUÇÃO CIRURGICA DE NOVAS BOCAS (STOMIA)
 Colecistomia- abertura e colocação de drenos.
 Colostomia- abertura do colo através da parede abdominal.
 Ileostomia –formação de abertura artificial do íleo.
 Nefrostomia – colocação de sonda no rim para drenagem de urina.
► OPERAÇÃO DE FIXAÇÃO (PEXIA)
 Hísteropexia- suspensão e fixação do útero.
 Nefropexia- suspensão e fixação do rim.
 Orquiopexia- abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa.
► OPERAÇÕES PARA ALTERAÇÃO DA FORMA OU FUNÇÃO (PLASTIA)
 Blefaroplastia- plástica da pálpebra.
 Mamografia- plástica de mama.
 Rinoplastia- plástica da trompa para sua recanalização.
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► OPERAÇÕES DE SUTURA (RAFIA)
 Colporrafia- sutura da vagina.
 Gastrorrafia- sutura do estômago.
 Tonorrafia- sutura do tendão.
O PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO tem inicio com a internação estendendo-se
até o momento da cirurgia.
♦ OBJETIVO:
Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe
menores possibilidades de complicações. Cada paciente deve ser tratado e encarado
individualmente. Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório
poderá ser feito em alguns dias ou ate mesmo em minutos.
Tem como objetivo também assegurar confiança e tranqüilidade mental ao paciente.
♦ CUIDADOS:
1. Ao preparo psicológico do paciente, explicando os procedimentos a serem
realizados.
2. A coleta e encaminhamento dos materiais para exames.
3. A manutenção do jejum quando necessário.
4. A aplicação de medicamentos, soro e sangue.
5. A realização de controles.
6. Sinais vitais.
7. Diurese.
8. Observação de sinais e sintomas.
9. Anotação na papeleta.
► PROCEDER À LIMPEZA E PREPARAR A PELE PARA CIRURGIA DA SEGUINTE
FORMA:
● Desinfecção por agentes químicos (povidini) e tricotomia (raspagem de pelos).
● São utilizados sabões especiais e anti-sépticos da pele.A limpeza da pele com esses
produtos é feita durante o dia que precede a cirurgia ou no mesmo dia, dependendo da
rotina do hospital. O emprego desta técnica visa remover ou destruir os germes
existentes na pele.
● Tricotomia da região a ser operada, bem ampla.
● Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa.
● Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder observar a
coloração durante a cirurgia.
V - OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO
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● Mandar barbear os homens.
● Dieta leve no jantar.
● Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a prescrição médica.
● Jejum após o jantar, orientar o paciente.
● Promover ambiente tranqüilo e repousante.
O PERÍODO TRANS-OPERATÓRIO compreende todos os momentos da cirurgia,
da chegada do paciente à unidade de centro cirúrgico até a sua saída no final da
cirurgia.
► PREPARO DA SALA DE CIRURGIA
Os cuidados de enfermagem não se restringem somente à prestação de cuidados
diretos ao paciente. Para que o procedimento cirúrgico possa ocorrer, são necessárias
certas condições que a enfermagem deve prover:
♦1. Material para anestesia e cirurgia (Lap’s, soluções, pomadas, material para curativo,
medicamentos, instrumental, etc. ), inclusive os especiais ( cirurgias ortopédicas, etc. )
deixando-os em local de fácil acesso;
♦2. Testar equipamentos ( Monitores, pontos de O2, vácuo, negatoscópio, etc. );
♦3. Verificar condições de limpeza da sala;
♦4. Posicionar equipamentos móveis ( suporte para soros, baldes para lixo, escadinha,
suporte de hampers, etc. );
♦5. Observar segurança da sala como posicionamento de fios e chão molhado;
♦6. Ajustar a temperatura da sala ( entre 21°C e 24°C )
► RECEPÇÃO NO CENTRO CIRÚRGICO
NA RECEPÇÃO OPERATÓRIA, O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
RESPONSÁVEL DEVERÁ:
● Realizar uma breve leitura do prontuário ou das recomendações de enfermagens
vindas do setor de origem do paciente, certificando-se sobre os dados de identificação
do paciente e sobre a cirurgia a que ele será submetido;
VI - OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO TRANS - OPERATÓRIO
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● Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos relacionados ao procedimento foram
devidamente realizados, como a administração de medicamentos pré-anestésicos (
avaliando inclusive os seus efeitos) e preparo do local (tricotomia) entre outros;
● Verificar os sinais vitais do paciente, comunicando ao médico anestesista ou ao
enfermeiro possíveis alterações;
● Atentar para a presença e a necessidade de retirar esmalte dos dedos, adornos,
brincos, cordões e pulseiras ou próteses dentárias, que normalmente são retirados
antes do paciente deixar a unidade de origem com destino ao centro cirúrgico;
● Colocar no paciente gorro e sapatilhas; as roupas de cama que o cobriam devem ser
trocadas por roupas de cama do próprio centro cirúrgico;
● Manter uma recepção calma, tranqüila que traga segurança ao paciente;
● Observar o comportamento do paciente: confiança, ansiedade, melancolia,
insegurança, agressividade, etc.
► TRANSPORTE PARA A SALA DE CIRURGIA
ALGUNS CUIDADOS DEVEM SER OBSERVADOS NO TRANSPORTE DO PACIENTE
ATÉ A SALA DE CIRURGIA:
♦ Garantir a segurança física e emocional do paciente: as grades devem estar
erguidas, o profissional deve posicionar-se à cabeceira da maca;
♦ Avaliar a expressão facial do paciente;
♦ Cuidados com acesso venoso, drenos, infusões;
♦ Não realizar movimentos bruscos e manter o paciente protegido com o lençol
devido ao frio.
♦ Comunicar-se com o paciente;
♦ Garantir um transporte tranqüilo;
♦ Evitar conversas desnecessárias, brincadeiras, ruídos, etc. respeitando o estado em
que se encontra o paciente.
► PREPARO PARA A ANESTESIA:
O bloqueio anestésico é utilizado para que o procedimento transoperatório
ocorra de forma que o paciente não sinta dores, ou para que o mesmo não faça
movimentos bruscos em áreas que estão cirurgiadas. Durante a anestesia, os cuidados
são basicamente prestados pelo anestesista, cabendo à enfermagem:
● Posicionar o paciente adequadamente para que ele possa aplicar o anestésico;
● Dar apoio ao paciente;
● Disponibilizar material e drogas anestésicas;
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► CENTRO DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (CRPA)
É a unidade destinada a prestação de cuidados ao paciente submetido à
intervenção cirúrgica que ainda se encontra sob efeitos anestésicos, geralmente
apresentando algum tipo de instabilidade orgânica de sistemas vitais.
* ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CRPA
Uma equipe de enfermagem especializada é fundamental, assim como a
presença constante de um anestesista em cada equipe transdisciplinar de saúde.
* OBS: PERMANECER NA SALA DE CRPA ATÉ O PACIENTE RECUPERAR 50% A 75%
DOS SINAIS VITAIS;
♦ Avaliar sinais vitais de 15 em 15 minutos, depois de 30 em 30 minutos;
♦ Avaliar oxigenação, estimulando o movimento respiratório;
♦ Observar ocorrência de vômitos, lateralizar a cabeça;
♦ Limpar vias aéreas e aspirar se necessário;
♦ Manter vigilância, manter curativo limpo e seco;
♦ Tomar medidas para aliviar a dor;
♦ Realizar balanço hídrico;
♦ Proporcionar conforto e segurança;
♦ Informar a família sobre o estado do paciente.
♦ Para uma perfeita monitorização do paciente, o CRPA deve dispor de:
♦ Equipamentos de monitorização de sinais vitais como monitores cardíacos e
oximetria de pulso;
♦ Cama com grade e posicionamento;
♦ Central de O2 e vácuo;
♦ Suporte para soros, drenos, bombas de infusão, etc.;
♦ Medicamentos e materiais utilizados em emergência;
♦ Equipamentos para a manutenção de suporte avançado de vida, como por
exemplo, ventiladores mecânicos artificiais, balão intra-aórtico, marca-passo
externo, etc.
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Os CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO são aqueles realizados
após a cirurgia ate a alta.
Visam ajudar o recém operado a normalizar suas funções com conforto e da
forma mais rápida e segura.
Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente
internado.
● AO RECEBER O PACIENTE NO QUARTO.
■ Transportá-lo da maca para a cama com o auxilio de outros funcionários.
■ Cobri-lo e agasalhá-lo de acordo com a necessidade.
■ Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico. Se foi feita a anestesia raque
deixar o paciente sem travesseiro e sem levantar pelo o menos 12 horas.
■ Enquanto estiver semi-consciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada
para o lado.
■ Observar o gotejamento do soro e sangue.
■ Observar estado geral e nível de consciência.
■ Verificar o curativo colocado no local operado, se esta seco ou com sangue.
■ Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou
sondas.
■ Observar sintomas como:palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados,
hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações
respiratórias e circulatórias.
■ Sinais vitais de 15/15 min., 30/30 , 45/45. até que a verificação chegue a 4/4horas.
■ Fazer anotação na papeleta.
■ Ler a prescrição medica, providenciando para que seja feita.
■ Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente.
● NAS HORAS EM SEGUIDA:
♦ Ao recuperar totalmente a consciência avisa-lo do lugar onde esta e que esta
passando bem.
♦ Periodicamente, controlar sinais vitais e funcionamento de soro e sondas.
♦ Promover comodidade no leito.
♦ Medica-lo para dor, quando necessário.
♦ Movimentá-lo no leito, de decúbito.
♦ Verificar e estimular a aceitação da dieta.
♦ Curativo diário de acordo com a necessidade,
♦ Retirada dos pontos em torno do 7º dia de pós-operatório.
VII - OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS - OPERATÓRIO
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* TIPOS DE PROCEDIMENTOS :
♦ Cirurgias Gástricas.
♦ Cirurgias de Hérnia.
♦ Cirurgias Intestinais.
♦ Cirurgia Laparoscopia.
► CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIO:
•
•
•
• Explicar todos os procedimentos e exames pré-operatórios para promover
cooperação e relaxamento;
•
•
•
• Promover coleta de material para exames;
•
•
•
• Monitorar a ingesta e o débito através do balanço hídrico ;
•
•
•
• Proceder limpeza Intestinal antes da cirurgia para melhor visualização . A
preparação pode incluir modificação na dieta , uso de laxante prescrito pelo
medico , supositórios ou enemas;
•
•
•
• Administrar antibiótico prescritos para minimizar , para o crescimento
bacteriano no cólon ;
•
•
•
• O paciente deve permanecer em dieta zero após a meia-noite na noite
anterior à cirurgias ;
► CUIDADOS PÓS-OPERATORIO:
■ Monitorar sinais vitais buscando detectar sinais precoces de infecção e choque –
febre , hipotensão , taquicardia ;
■ Monitorar ingesta e débito para sinais de desequilíbrio , desidratação e choque .
Incluem todos os drenos ;
■ Avaliação do abdome para dor crescente e distensão , rigidez , pois podem indicar
complicações pós-oporatórias. Comunicar os achados anormais;
■ Avaliar o curativo e a incisão , verificar drenagem purulenta ou sanguinolenta,
odor, rubor no local da incisão ,o que pode indicar infecção u sangramentos;
■ Avaliar a eliminação de gases e fezes;
■ Monitorar para náuseas e vômito.Observar a presença de hálito ou material fecal
no vômito , o que pode indicar obstrução ;
■ Verificar o aspirado da SNG , vômitos e fezes para os sinais de sangramento ,
Registrar e relatar os achados;
■ Monitorar sondas e drenos, acessos venosos e sinais de infecção e infiltração;
PERIOERATORIO DE CIRURGIAS:
VIII –GASTRINTESTINAIS
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■ Administrar analgésicos prescritos se necessários, para promover conforto do
paciente;
■ Trocar curativo diariamente ou quando necessário ,mantendo técnicas assépticas
Caso tenha ostomias, reforçar cuidados;
■ Administrar medicamentos prescritos como emolientes fecal , laxativos , até que
a função intestinal seja recuperada;
■ Proporcionar conforto mediante mudança de decúbito, estimular e auxiliar
deambulação para promover peristalse.
.
As cirurgias torácicas são procedimentos operatórios realizados para auxiliar no
diagnóstico e tratamento de determinadas doenças pulmonares . Os procedimentos
englobam toracotomia , lobectomia , pneumonectomia .
► CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
O objetivo destes cuidados é maximinizar a função respiratória , para melhorar
os resultados no pós-operatório e reduzir o risco de complicações:
● Estimular o paciente a parar de fumar, a fim de restaurar a ação ciliar brônquica
e reduzir a quantidade de escarro e a probabilidade de atelectasia pós-operatória .
● ENSINAR A TÉCNICA DE TOSSE EFICAZ:
1. Sentar ereto com os joelhos flexionados e inclinar discretamente o corpo para
frente (ou deitar em decúbito lateral com os quadris flexionados , quando incapaz
de sentar )
2. Imobilizar a incisão com as mãos ou uma toalha dobrada
3. Realizar três respirações curtas, seguidas por uma inspiração profunda, inspirando
lenta e uniformemente através do nariz.
4. Contrair os músculos abdominais e tossir vigorosamente duas vezes
com aboca aberta e língua para fora
● Umidificar o ar para liquefazer as secreções .
● Administrar antibióticos e broncodilatadores prescritos .
● Estimular a respiração profunda.
● Realizar drenagem postural afim de diminuir acumulo de secreções
● Monitorar sinais vitais
● Proceder hidratação, alimentação por sonda quando indicado e prescrito.
● Administrar anticoagulantes profiláticos , conforme prescrição , afim de diminuir
incidência perioperatória de trombose e embolia pulmonar .
IX – CIRUGIAS TORÁCICAS
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● Certificar-se de que o paciente compreende a cirurgia e está emocionalmente
preparado para o procedimento.
► CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
Usar respirador mecânico , até que a função respiratória e o estado cardiovascular
se estabilizem .Ajudar com o desmame e extubação .
■ Monitorar sinais vitais
■ Monitorar SaO2 ou gasometria
■ Monitorar e controlar drenagem torácica( se usar ), para drenar liquido sangue
coágulos .
■ Administrar analgésicos prescritos se necessários .
■ Avaliar PVC (pressão venosa central), para controlar Hipovolemia e eficácia da
reposição hídrica.
* TIPOS DE CIRURGIAS:
♦ Fixação Interna.
♦ Artroplastia.
♦ Amputação.
♦ Fixação externa, etc.
► CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
● Monitorar hidratação , nutrição .O objetivo é maximinizar a cicatrização e reduzir
os riscos de complicações pelo fornecimento de líquidos IV , conforme indicado.
● Administrar antibióticos se prescritos no pré-operatório.
● O paciente deve urinar em comadre ou urinol antes da cirurgia para diminuir a
necessidade de cateterismo vesical.
● Familiarizar o paciente com o aparelho de tração e necessidade de imobilização a
gesso , conforme indicado pelo tipo de cirurgia.
● Monitorar sinais vitais.
● Proporcionar conforto e segurança psicológica ao paciente.
► CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
■ Auxiliar o paciente com suas limitações , mediante imobilização e proteção do
local cirúrgico.
■ Atentar para sinais e sintomas de choque originado de hemorragias.
■ Avaliar e monitorar sinais vitais
■ Administrar líquidos e /ou Hemoderivados, se prescritos.
■ Administrar analgésicos se necessário, e proporcionar conforto ao paciente.
■ Atentar para infecções do sítio cirúrgico, se possível.
X – CIRURGIAS ORTOPÉDICAS
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► TIPOS DE CIRURGIAS
♦ Nefrectomia
♦ Nefrostomia etc.
► CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
● Preparar o paciente emocionalmente para o procedimento .
● Administrar antibióticos se necessário
● Proceder limpeza intestinal
● Proceder ensino de exercícios respiratórios de respiração profunda e tosse efetiva
● Verificas sinais e sintomas como dor no flanco, febre , hipertensão o que podem
indicar embolia da ateria renal ou pós-infarto renal.
● Monitorar sinais vitais.
► CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
■ Monitorar sinais vitais;
■ Atentar para sangramentos ou Hemorragia;
■ Monitorar distensão abdominal e dor;
■ Em casos de transplante é importante monitorar a temperatura como sinal de
rejeição (superior a 38,5ºC), diminuição do debito urinário , Ganho de peso 1,5 kg ou
mais durante a noite.
■ Administrar imunossupressores, se prescritos para pacientes transplantados.
■ Administrar antibióticos se prescritos;
■ Trocar curativos sempre que secretantes;
■ Monitorar acesso venoso , cuidado com infiltrações ;
■ Auxiliar o paciente com exercícios respiratórios e tosse e a deambulação também.
■ Auxiliar cuidados de higiene;
■ Proceder retirada de cateter vesical;
XI – CIRURGIAS RENAIS
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Cuidados de enfermagem no centro cirúrgico

  • 2. 1. Conhecendo a Unidade Cirúrgica .............................................02 2. Estrutura, materiais e equipamentos do Centro Cirúrgico........02 3. Classificando a Cirurgia por Potencial de Contaminação.......... 07 4. Nomenclatura Cirúrgica ...........................................................07 5. Os Cuidados de Enfermagem no Pré-Operatório ......................09 6. Os Cuidados de Enfermagem no Trans-Operatório ..................10 7. O Cuidado de Enfermagem no Pós-Operatório .........................13 Perio-operatorio de Cirurgias 8. Gastro - intestinais ..................................................................14 9. Torácicas .................................................................................15 10. Ortopédicas ...........................................................................16 11. Renal ....................................................................................17 ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO BlogEnfermagem.com
  • 3. O CENTRO CIRÚRGICO é o conjunto de áreas e instalações que permitem efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança para o paciente , e de conforto para a equipe de saúde. No contexto hospitalar é o setor mais importante pela decisiva ação curativa da cirurgia, exigindo, assim detalhes minuciosos em sua construção para assegurar a execução de técnicas assépticas , instalação de equipamentos específicos que facilitem o ato cirúrgico. Em sua construção devemos observar: localização ,área, estrutura, composição física, salas de cirurgias, equipamentos e materiais, sua administração e regulamentos. Sua localização deve oferecer segurança quanto as técnicas assépticas, sendo distanciada de locais de grande circulação, ruídos e poeiras. Quanto a área e ao numero de salas devemos considerar a duração da programação cirúrgica especialidades atendidas, ensino e pesquisa. ► NO CENTRO CIRÚRGICO, AS ATIVIDADES SÃO DIRECIONADAS ATRAVÉS DA SEGUINTE ESTRUTURA: 1. Secção de bloco operatório (salas de operação equipadas); 2. Seção de Recuperação Pós anestésicas (leitos equipados para atender ao paciente na recuperação Pós-anestésicas); 3. Seção de material (guarda de material estéril e não estéril, como medicamentos, seringas, fios de suturas , próteses etc.). ► NA COMPOSIÇÃO FÍSICA TEMOS ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS E INDEPENDES PARA MELHOR FUNCIONAMENTO DA ROTINA: 1. Vestiário; 2. Conforto médico; 3. Sala de anestesias; 4. Sala de enfermagem; 5. Sala de estoque de material e medicamentos; 6. Área para recepção de pacientes; 7. Sala de operação; 8. Sala para equipe de limpeza e elementos de apoio (banco de sangue, raios X, laboratórios, anatomia patológica, auxiliares de anestesia, segurança, e serviços gerais – engenharia clínica- parte elétrica, hidráulica e eletrônica). I - CONHECENDO A UNIDADE CIRURGICA II - ESTRUTURA, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DO CENTRO CIRÚRGICO BlogEnfermagem.com
  • 4. ► EM SALAS DE CIRURGIAS, LOCAL DESTINADO AOS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS, ALGUNS ELEMENTOS SÃO CUIDADOSAMENTE, PROJETADOS PARA GARANTIR A SEGURANÇA E EFICÁCIA DAS TÉCNICAS APLICADAS : ● Tamanha das salas (dimensões adequadas a cada especialidade); ● Portas largas; ● Pisos de superfície lisa; ● Paredes anti-acústicas; ● Teto de material lavável; ● Janelas que não permitam entrada de poeira e insetos; ● Iluminação com ausência de sombras e reflexos; ● Ventilação com temperatura ambiente; ● Renovação do ar e umidade adequadas; ● Lavabo com misturadores para água. ► SALA DE CIRURGIA SALA DE CIRURGIA é um dos componentes da zona estéril e deve dispor de: ♦ Uma mesa de operação com comandos de posições na cabeceira, ou mesa própria para a especialidade a que se destina; ♦ Mesas auxiliares para o instrumental; ♦ Mesa para o anestesista e seus medicamentos; ♦ Aparelhos de anestesia e respiradores, foco de luz, para a enfermeira, prateleiras para a guarda de fios, campos e instrumental. ♦ A sala de cirurgia deve abrigar aparelhos auxiliares como bisturi elétrico. ► MATERIAL CIRÚRGICO MATERIAL CIRÚRGICO é todo o conjunto de objetos, instrumentos e equipamentos que entram em contato direto ou indireto com a região operatória, utilizados para a execução de determinado procedimento cirúrgico. Sua classificação é de acordo com a sua função ou uso principal, visto que muitos equipamentos têm mais de uma utilidade. Basicamente, um procedimento cirúrgico segue 3 etapas principais: diérese, hemostasia e síntese. BlogEnfermagem.com
  • 5. 1. DIÉRESE: 2. PREENSÃO CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL CIRÚRGICO TIPO FUNÇÃO EXEMPLOS DIÉRESE Corte Bisturi, tesoura PREENSÃO Apanhar estruturas Pinça anatômica e dentes de rato HEMOSTASIA Pinçamento de vasos Pinças hemostáticas (Halsted, Kelly ) EXPOSIÇÃO Afastamento de tecidos Afastadores (Farabeuf, Gosset etc.) ESPECIAL Própria Pinça de Abadie - cirurgia gástrica Pinça de Potts - cirurgia vascular SÍNTESE União de tecidos Porta-agulhas, agulhas BlogEnfermagem.com
  • 6. 3. HEMOSTASIA 4. EXPOSIÇÃO 5. SÍNTESE OU SUTURA ► ORGANIZAÇÃO : BlogEnfermagem.com
  • 7. ► UNIFORME ● PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA: Historicamente, o objetivo primário das barreiras de proteção em sala operatória sempre se dirigiu para a proteção dos pacientes à exposição de microrganismos presentes e liberados pelos trabalhadores. É o vestuário especifico de acordo com os procedimentos realizado no Centro Cirúrgico. Tradicionalmente, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica. Ressalta que a utilização do uniforme privativo deve ser restrita ao ambiente do Centro Cirúrgico, com o objetivo de proteção dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em tal unidade critica. As roupas da rua nunca devem ser usadas em áreas semi-restritas ou restritas do centro cirúrgico. Deve haver um ponto de demarcação entre as áreas de circulação sem restrição e semi-restritas que ninguém pode ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que este deve incluir gorro ou capuz, propés e máscara facial. ● OBJETIVOS DO UNIFORME: Uma forma de facilitar o atendimento em casos de emergência e proporcionar o acesso a áreas restritas com maior rapidez e conseqüentemente diminuir a morbidade e mortalidade na instituição. ● RESTRIÇÕES: Os profissionais devem utilizar jaleco quando fora de áreas restritas. A permissão do uso de uniformes dentro e fora do bloco só foi permitido aos cirurgiões e enfermeiros, sendo que estes no momento que vai assumir o plantão trocam a roupa que veio da rua e veste o uniforme que é de uso restrito no ambiente hospitalar. ► ZONAS DO CENTRO CIRÚRGICO: ♦ ZONA DE PROTEÇÃO (NÃO RESTRITA): Vestiários; Área de transferência; Expurgo ♦ ZONA LIMPA (SEMI-RESTRITA): Secretaria; Conforto médico; Sala de recepção do pcte; de recuperação anestésica; de acondicionamento de material; de esterilização; centro de material; sala de serviços auxiliares; e de equipamentos. ♦ ZONA ESTÉRIL (RESTRITA): Corredor de acesso; Lavabo; Sala de operação. BlogEnfermagem.com
  • 8. ► SEGUNDO PORTARIA nº2.616/98, DE 12/05/98 DO Ministério da Saúde. 1. LIMPAS:Tecidos estéreis ou de fácil descontaminação. 2. POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: Realizadas em tecidos de difícil descontaminação. 3. CONTAMINADAS: Realizados em tecidos recentemente traumatizados e abertos com processo de inflamação mas sem supuração. 4. INFECTADAS: Realizadas em tecidos com supuração local, tecido necrótico, feridas traumáticas sujas. São termos formados por prefixos utilizados no dia-a-dia cirúrgico , indicando o órgão e o ato cirúrgico a ser realizado. Algumas palavras já constituem vernáculo técnico , portanto , mais conhecidas. * EXEMPLOS: Adeno –glândula. Cisto –bexiga. Cole –vesículas. Colo –colo. Colpo-vagina. Êntero –intestino. Gastro –estômago. Hístero –útero. Nefro –rim. Oftalmo –olhos. Oofor –ovários. Orqui –testículos. Ósteo –osso. Oto –ouvido. Procto –reto. Rino –nariz. Salpinge –trompas. Tráqueo –traquéia. Ectomi- remoção de um órgão ou parte dele. III – CLASSIFICANDO A CIRURGIA DE ACORDO COM O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO IV – NOMENCLATURA CIRURGICA BlogEnfermagem.com
  • 9. Pexia – fixação de um órgão. Plastia – alteração de forma de um órgão. Ráfia – sutura. Scopia- olhar no interior. Somia – abertura de uma nova boca. Tomia- abertura de um órgão. ► OPERAÇÕES DE REMOÇÃO DE (ECTOMIA Apendicectomia- apêndice. Cistectomia – bexiga. Colecistectomia – vesícula biliar. Esplenomegalia- baço. Hepatomegalia- fígado. Histerectomia- útero. Mastectomia- mama. Nefrectomia- rim. Pneumectomia- pulmão. ► OPERAÇÕES DE ABERTURA (TOMIA) Artromia- articulação. Duodenotomia- duodeno. Laparotomia- cavidade abdominal. Toracotomia-parede torácica. ► CONSTRUÇÃO CIRURGICA DE NOVAS BOCAS (STOMIA) Colecistomia- abertura e colocação de drenos. Colostomia- abertura do colo através da parede abdominal. Ileostomia –formação de abertura artificial do íleo. Nefrostomia – colocação de sonda no rim para drenagem de urina. ► OPERAÇÃO DE FIXAÇÃO (PEXIA) Hísteropexia- suspensão e fixação do útero. Nefropexia- suspensão e fixação do rim. Orquiopexia- abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa. ► OPERAÇÕES PARA ALTERAÇÃO DA FORMA OU FUNÇÃO (PLASTIA) Blefaroplastia- plástica da pálpebra. Mamografia- plástica de mama. Rinoplastia- plástica da trompa para sua recanalização. BlogEnfermagem.com
  • 10. ► OPERAÇÕES DE SUTURA (RAFIA) Colporrafia- sutura da vagina. Gastrorrafia- sutura do estômago. Tonorrafia- sutura do tendão. O PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO tem inicio com a internação estendendo-se até o momento da cirurgia. ♦ OBJETIVO: Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe menores possibilidades de complicações. Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente. Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser feito em alguns dias ou ate mesmo em minutos. Tem como objetivo também assegurar confiança e tranqüilidade mental ao paciente. ♦ CUIDADOS: 1. Ao preparo psicológico do paciente, explicando os procedimentos a serem realizados. 2. A coleta e encaminhamento dos materiais para exames. 3. A manutenção do jejum quando necessário. 4. A aplicação de medicamentos, soro e sangue. 5. A realização de controles. 6. Sinais vitais. 7. Diurese. 8. Observação de sinais e sintomas. 9. Anotação na papeleta. ► PROCEDER À LIMPEZA E PREPARAR A PELE PARA CIRURGIA DA SEGUINTE FORMA: ● Desinfecção por agentes químicos (povidini) e tricotomia (raspagem de pelos). ● São utilizados sabões especiais e anti-sépticos da pele.A limpeza da pele com esses produtos é feita durante o dia que precede a cirurgia ou no mesmo dia, dependendo da rotina do hospital. O emprego desta técnica visa remover ou destruir os germes existentes na pele. ● Tricotomia da região a ser operada, bem ampla. ● Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa. ● Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder observar a coloração durante a cirurgia. V - OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO BlogEnfermagem.com
  • 11. ● Mandar barbear os homens. ● Dieta leve no jantar. ● Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a prescrição médica. ● Jejum após o jantar, orientar o paciente. ● Promover ambiente tranqüilo e repousante. O PERÍODO TRANS-OPERATÓRIO compreende todos os momentos da cirurgia, da chegada do paciente à unidade de centro cirúrgico até a sua saída no final da cirurgia. ► PREPARO DA SALA DE CIRURGIA Os cuidados de enfermagem não se restringem somente à prestação de cuidados diretos ao paciente. Para que o procedimento cirúrgico possa ocorrer, são necessárias certas condições que a enfermagem deve prover: ♦1. Material para anestesia e cirurgia (Lap’s, soluções, pomadas, material para curativo, medicamentos, instrumental, etc. ), inclusive os especiais ( cirurgias ortopédicas, etc. ) deixando-os em local de fácil acesso; ♦2. Testar equipamentos ( Monitores, pontos de O2, vácuo, negatoscópio, etc. ); ♦3. Verificar condições de limpeza da sala; ♦4. Posicionar equipamentos móveis ( suporte para soros, baldes para lixo, escadinha, suporte de hampers, etc. ); ♦5. Observar segurança da sala como posicionamento de fios e chão molhado; ♦6. Ajustar a temperatura da sala ( entre 21°C e 24°C ) ► RECEPÇÃO NO CENTRO CIRÚRGICO NA RECEPÇÃO OPERATÓRIA, O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM RESPONSÁVEL DEVERÁ: ● Realizar uma breve leitura do prontuário ou das recomendações de enfermagens vindas do setor de origem do paciente, certificando-se sobre os dados de identificação do paciente e sobre a cirurgia a que ele será submetido; VI - OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO TRANS - OPERATÓRIO BlogEnfermagem.com
  • 12. ● Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos relacionados ao procedimento foram devidamente realizados, como a administração de medicamentos pré-anestésicos ( avaliando inclusive os seus efeitos) e preparo do local (tricotomia) entre outros; ● Verificar os sinais vitais do paciente, comunicando ao médico anestesista ou ao enfermeiro possíveis alterações; ● Atentar para a presença e a necessidade de retirar esmalte dos dedos, adornos, brincos, cordões e pulseiras ou próteses dentárias, que normalmente são retirados antes do paciente deixar a unidade de origem com destino ao centro cirúrgico; ● Colocar no paciente gorro e sapatilhas; as roupas de cama que o cobriam devem ser trocadas por roupas de cama do próprio centro cirúrgico; ● Manter uma recepção calma, tranqüila que traga segurança ao paciente; ● Observar o comportamento do paciente: confiança, ansiedade, melancolia, insegurança, agressividade, etc. ► TRANSPORTE PARA A SALA DE CIRURGIA ALGUNS CUIDADOS DEVEM SER OBSERVADOS NO TRANSPORTE DO PACIENTE ATÉ A SALA DE CIRURGIA: ♦ Garantir a segurança física e emocional do paciente: as grades devem estar erguidas, o profissional deve posicionar-se à cabeceira da maca; ♦ Avaliar a expressão facial do paciente; ♦ Cuidados com acesso venoso, drenos, infusões; ♦ Não realizar movimentos bruscos e manter o paciente protegido com o lençol devido ao frio. ♦ Comunicar-se com o paciente; ♦ Garantir um transporte tranqüilo; ♦ Evitar conversas desnecessárias, brincadeiras, ruídos, etc. respeitando o estado em que se encontra o paciente. ► PREPARO PARA A ANESTESIA: O bloqueio anestésico é utilizado para que o procedimento transoperatório ocorra de forma que o paciente não sinta dores, ou para que o mesmo não faça movimentos bruscos em áreas que estão cirurgiadas. Durante a anestesia, os cuidados são basicamente prestados pelo anestesista, cabendo à enfermagem: ● Posicionar o paciente adequadamente para que ele possa aplicar o anestésico; ● Dar apoio ao paciente; ● Disponibilizar material e drogas anestésicas; BlogEnfermagem.com
  • 13. ► CENTRO DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (CRPA) É a unidade destinada a prestação de cuidados ao paciente submetido à intervenção cirúrgica que ainda se encontra sob efeitos anestésicos, geralmente apresentando algum tipo de instabilidade orgânica de sistemas vitais. * ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CRPA Uma equipe de enfermagem especializada é fundamental, assim como a presença constante de um anestesista em cada equipe transdisciplinar de saúde. * OBS: PERMANECER NA SALA DE CRPA ATÉ O PACIENTE RECUPERAR 50% A 75% DOS SINAIS VITAIS; ♦ Avaliar sinais vitais de 15 em 15 minutos, depois de 30 em 30 minutos; ♦ Avaliar oxigenação, estimulando o movimento respiratório; ♦ Observar ocorrência de vômitos, lateralizar a cabeça; ♦ Limpar vias aéreas e aspirar se necessário; ♦ Manter vigilância, manter curativo limpo e seco; ♦ Tomar medidas para aliviar a dor; ♦ Realizar balanço hídrico; ♦ Proporcionar conforto e segurança; ♦ Informar a família sobre o estado do paciente. ♦ Para uma perfeita monitorização do paciente, o CRPA deve dispor de: ♦ Equipamentos de monitorização de sinais vitais como monitores cardíacos e oximetria de pulso; ♦ Cama com grade e posicionamento; ♦ Central de O2 e vácuo; ♦ Suporte para soros, drenos, bombas de infusão, etc.; ♦ Medicamentos e materiais utilizados em emergência; ♦ Equipamentos para a manutenção de suporte avançado de vida, como por exemplo, ventiladores mecânicos artificiais, balão intra-aórtico, marca-passo externo, etc. BlogEnfermagem.com
  • 14. Os CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO são aqueles realizados após a cirurgia ate a alta. Visam ajudar o recém operado a normalizar suas funções com conforto e da forma mais rápida e segura. Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente internado. ● AO RECEBER O PACIENTE NO QUARTO. ■ Transportá-lo da maca para a cama com o auxilio de outros funcionários. ■ Cobri-lo e agasalhá-lo de acordo com a necessidade. ■ Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico. Se foi feita a anestesia raque deixar o paciente sem travesseiro e sem levantar pelo o menos 12 horas. ■ Enquanto estiver semi-consciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para o lado. ■ Observar o gotejamento do soro e sangue. ■ Observar estado geral e nível de consciência. ■ Verificar o curativo colocado no local operado, se esta seco ou com sangue. ■ Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas. ■ Observar sintomas como:palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações respiratórias e circulatórias. ■ Sinais vitais de 15/15 min., 30/30 , 45/45. até que a verificação chegue a 4/4horas. ■ Fazer anotação na papeleta. ■ Ler a prescrição medica, providenciando para que seja feita. ■ Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente. ● NAS HORAS EM SEGUIDA: ♦ Ao recuperar totalmente a consciência avisa-lo do lugar onde esta e que esta passando bem. ♦ Periodicamente, controlar sinais vitais e funcionamento de soro e sondas. ♦ Promover comodidade no leito. ♦ Medica-lo para dor, quando necessário. ♦ Movimentá-lo no leito, de decúbito. ♦ Verificar e estimular a aceitação da dieta. ♦ Curativo diário de acordo com a necessidade, ♦ Retirada dos pontos em torno do 7º dia de pós-operatório. VII - OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS - OPERATÓRIO BlogEnfermagem.com
  • 15. * TIPOS DE PROCEDIMENTOS : ♦ Cirurgias Gástricas. ♦ Cirurgias de Hérnia. ♦ Cirurgias Intestinais. ♦ Cirurgia Laparoscopia. ► CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIO: • • • • Explicar todos os procedimentos e exames pré-operatórios para promover cooperação e relaxamento; • • • • Promover coleta de material para exames; • • • • Monitorar a ingesta e o débito através do balanço hídrico ; • • • • Proceder limpeza Intestinal antes da cirurgia para melhor visualização . A preparação pode incluir modificação na dieta , uso de laxante prescrito pelo medico , supositórios ou enemas; • • • • Administrar antibiótico prescritos para minimizar , para o crescimento bacteriano no cólon ; • • • • O paciente deve permanecer em dieta zero após a meia-noite na noite anterior à cirurgias ; ► CUIDADOS PÓS-OPERATORIO: ■ Monitorar sinais vitais buscando detectar sinais precoces de infecção e choque – febre , hipotensão , taquicardia ; ■ Monitorar ingesta e débito para sinais de desequilíbrio , desidratação e choque . Incluem todos os drenos ; ■ Avaliação do abdome para dor crescente e distensão , rigidez , pois podem indicar complicações pós-oporatórias. Comunicar os achados anormais; ■ Avaliar o curativo e a incisão , verificar drenagem purulenta ou sanguinolenta, odor, rubor no local da incisão ,o que pode indicar infecção u sangramentos; ■ Avaliar a eliminação de gases e fezes; ■ Monitorar para náuseas e vômito.Observar a presença de hálito ou material fecal no vômito , o que pode indicar obstrução ; ■ Verificar o aspirado da SNG , vômitos e fezes para os sinais de sangramento , Registrar e relatar os achados; ■ Monitorar sondas e drenos, acessos venosos e sinais de infecção e infiltração; PERIOERATORIO DE CIRURGIAS: VIII –GASTRINTESTINAIS BlogEnfermagem.com
  • 16. ■ Administrar analgésicos prescritos se necessários, para promover conforto do paciente; ■ Trocar curativo diariamente ou quando necessário ,mantendo técnicas assépticas Caso tenha ostomias, reforçar cuidados; ■ Administrar medicamentos prescritos como emolientes fecal , laxativos , até que a função intestinal seja recuperada; ■ Proporcionar conforto mediante mudança de decúbito, estimular e auxiliar deambulação para promover peristalse. . As cirurgias torácicas são procedimentos operatórios realizados para auxiliar no diagnóstico e tratamento de determinadas doenças pulmonares . Os procedimentos englobam toracotomia , lobectomia , pneumonectomia . ► CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS O objetivo destes cuidados é maximinizar a função respiratória , para melhorar os resultados no pós-operatório e reduzir o risco de complicações: ● Estimular o paciente a parar de fumar, a fim de restaurar a ação ciliar brônquica e reduzir a quantidade de escarro e a probabilidade de atelectasia pós-operatória . ● ENSINAR A TÉCNICA DE TOSSE EFICAZ: 1. Sentar ereto com os joelhos flexionados e inclinar discretamente o corpo para frente (ou deitar em decúbito lateral com os quadris flexionados , quando incapaz de sentar ) 2. Imobilizar a incisão com as mãos ou uma toalha dobrada 3. Realizar três respirações curtas, seguidas por uma inspiração profunda, inspirando lenta e uniformemente através do nariz. 4. Contrair os músculos abdominais e tossir vigorosamente duas vezes com aboca aberta e língua para fora ● Umidificar o ar para liquefazer as secreções . ● Administrar antibióticos e broncodilatadores prescritos . ● Estimular a respiração profunda. ● Realizar drenagem postural afim de diminuir acumulo de secreções ● Monitorar sinais vitais ● Proceder hidratação, alimentação por sonda quando indicado e prescrito. ● Administrar anticoagulantes profiláticos , conforme prescrição , afim de diminuir incidência perioperatória de trombose e embolia pulmonar . IX – CIRUGIAS TORÁCICAS BlogEnfermagem.com
  • 17. ● Certificar-se de que o paciente compreende a cirurgia e está emocionalmente preparado para o procedimento. ► CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS Usar respirador mecânico , até que a função respiratória e o estado cardiovascular se estabilizem .Ajudar com o desmame e extubação . ■ Monitorar sinais vitais ■ Monitorar SaO2 ou gasometria ■ Monitorar e controlar drenagem torácica( se usar ), para drenar liquido sangue coágulos . ■ Administrar analgésicos prescritos se necessários . ■ Avaliar PVC (pressão venosa central), para controlar Hipovolemia e eficácia da reposição hídrica. * TIPOS DE CIRURGIAS: ♦ Fixação Interna. ♦ Artroplastia. ♦ Amputação. ♦ Fixação externa, etc. ► CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS ● Monitorar hidratação , nutrição .O objetivo é maximinizar a cicatrização e reduzir os riscos de complicações pelo fornecimento de líquidos IV , conforme indicado. ● Administrar antibióticos se prescritos no pré-operatório. ● O paciente deve urinar em comadre ou urinol antes da cirurgia para diminuir a necessidade de cateterismo vesical. ● Familiarizar o paciente com o aparelho de tração e necessidade de imobilização a gesso , conforme indicado pelo tipo de cirurgia. ● Monitorar sinais vitais. ● Proporcionar conforto e segurança psicológica ao paciente. ► CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS ■ Auxiliar o paciente com suas limitações , mediante imobilização e proteção do local cirúrgico. ■ Atentar para sinais e sintomas de choque originado de hemorragias. ■ Avaliar e monitorar sinais vitais ■ Administrar líquidos e /ou Hemoderivados, se prescritos. ■ Administrar analgésicos se necessário, e proporcionar conforto ao paciente. ■ Atentar para infecções do sítio cirúrgico, se possível. X – CIRURGIAS ORTOPÉDICAS BlogEnfermagem.com
  • 18. ► TIPOS DE CIRURGIAS ♦ Nefrectomia ♦ Nefrostomia etc. ► CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS ● Preparar o paciente emocionalmente para o procedimento . ● Administrar antibióticos se necessário ● Proceder limpeza intestinal ● Proceder ensino de exercícios respiratórios de respiração profunda e tosse efetiva ● Verificas sinais e sintomas como dor no flanco, febre , hipertensão o que podem indicar embolia da ateria renal ou pós-infarto renal. ● Monitorar sinais vitais. ► CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS ■ Monitorar sinais vitais; ■ Atentar para sangramentos ou Hemorragia; ■ Monitorar distensão abdominal e dor; ■ Em casos de transplante é importante monitorar a temperatura como sinal de rejeição (superior a 38,5ºC), diminuição do debito urinário , Ganho de peso 1,5 kg ou mais durante a noite. ■ Administrar imunossupressores, se prescritos para pacientes transplantados. ■ Administrar antibióticos se prescritos; ■ Trocar curativos sempre que secretantes; ■ Monitorar acesso venoso , cuidado com infiltrações ; ■ Auxiliar o paciente com exercícios respiratórios e tosse e a deambulação também. ■ Auxiliar cuidados de higiene; ■ Proceder retirada de cateter vesical; XI – CIRURGIAS RENAIS BlogEnfermagem.com