Este documento discute a experiência de bolsistas de iniciação à docência trabalhando em uma escola pública. Eles observam que a abordagem da escola à educação inclusiva ainda é focada na "normalização" dos alunos, em vez da integração de planos entre professores regulares e de educação especial. Além disso, dúvidas administrativas e avaliativas impedem uma discussão sistemática sobre inclusão. Os autores acreditam que suas experiências no PIBID podem contribuir para ampliar o debate sobre inclusão.

1. INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ESCOLA PÚBLICA: REFLEXÕES SOBRE
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Jenifer Duarte da Costa
e-mail: jenifercosta.uni@hotmail.com
Leonise Santos da Silva
e-mail: leonisesilva@hotmail.com
Marcéli Krisly da Cunha Pereira
e-mail: Celynha_27@hotmail.com
Universidade Federal do Pampa, Campus Jaguarão/RS
Participamos do subprojeto interdisciplinar “Alfabetização e Educação Inclusiva”
integrante do Programa Institucional de Bolsa a Iniciação à Docência – PIBID da
UNIPAMPA no Campus Jaguarão – RS. Em seu contexto somos quinze bolsistas de
iniciação à docência (doze mulheres e três homens) divididos em três equipes nos anos
iniciais do ensino fundamental (EF) e sala de atendimento educacional especializado
(AEE). As equipes são orientadas por dois Coordenadores de área do curso de Pedagogia e
por três Supervisores na escola duas professoras de anos iniciais, uma com vinte anos de
experiência e outra no início de sua atividade profissional e um professor de educação
especial. Nosso trabalho é parte das ações do referido projeto no que tange a educação
especial na sala de AEE e, neste processo inicial, nos detivemos em dois objetivos:
identificar os discursos recorrentes sobre o que significa “uma escola inclusiva”; relacionar
demandas pedagógicas e de recursos humanos e materiais que sustentam o processo da
inclusão na escola. Para desenvolver a coleta de dados lançamos uso de observações e
registros da prática educativa de uma das autoras numa turma de 1º do EF e da prática
educativa das demais autoras com professor de AEE e alunos de diferentes turmas do EF
encaminhados à educação especial. Como resultados, preliminarmente, apontamos que o
discurso vigente da escola inclusiva ainda está muito arraigado a um modelo clínico focado
na urgência da “normalização”, ou seja, o aluno é encaminhado ao AEE mas não se
conseguiu ainda a integração dos planos e estratégias destes professores. Apontamos ainda
que dúvidas administrativas, pedagógicas e avaliativas impedem que o âmbito pedagógico
sistematize e formalize um movimento e discussão sobre os temas que envolvem a
inclusão de alunos especiais no sistema regular de ensino. Finalmente acreditamos que por
meio de nossas experiências no ambiente escolar através do PIBID, também podemos
contribuir com reflexões e elementos como os deste trabalho para ampliar a questões da
inclusão na escola como um processo em permanente evolução e atualizado com o avanço
científico e tecnológico de nossa sociedade.
Palavras chaves: iniciação à docência, inclusão , atendimento educacional
especializado