O documento descreve o autor e obra Maus - A História de um Sobrevivente de Art Spiegelman. Spiegelman é um cartunista judeu-americano que criou uma graphic novel retratando a história de seus pais durante o Holocausto, onde judeus são representados como ratos e nazistas como gatos.
3. Nasceu em 1948 na cidade
de Estocolmo, Suécia e
quando criança migrou com
os pais para os Estados
Unidos.
Um dos mais importantes
cartunistas da América.
Filho de judeus poloneses
que sobreviveram a II Guerra
Mundial.
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a história de um sobrevivente
o autor
4. Autor do romance gráfico
Maus — a história de um
sobrevivente, no qual retrata
a história de sua família, em
especial dos pais judeus que
foram vítimas do holocausto.
No livro, os judeus são
representados como ratos,
daí o título, pois em alemão,
“maus” quer dizer
camundongos.
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5. 1: Anja, Richieu e Vladek. Sosnoweic, 1941.
2: Anja, Art e Vladek. Estocolmo, 1949.
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a história de um sobreviventeo autor
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7. O autor de Maus — a história de um sobrevivente é o ilustrador Art
Spiegelman, que resolve reviver a história de seus pais, que sobreviveram a
um dos períodos mais obscuros da História, o Holocausto.
Depois de entrevistar exaustivamente seu pai, e perceber que ele “sangra
História”, Art resolve contá-la da forma como ele mais sabe: desenhando.
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o livro
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Art propõe a Vladek o desenho do
romance gráfico.
9. Maus: A Survivor’s Tale foi publicado em forma
seriada entre 1980 e 1991, e posteriormente reunido
em uma única graphic novel (romance gráfico).
Ganhou diversos prêmios, como o Eisner (o Oscar
dos quadrinhos) e o Pulitzer, e entrou praquelas
listas de obras obrigatórias.
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11. A história recria o horror vivido por Vladek e Anja, pais do escritor e
cartunista Art Spiegelman no Holocausto da Segunda Guerra Mundial.
Spiegelman não viveu o Holocausto, mas é filho de um sobrevivente.
O subtítulo A História de um sobrevivente se refere ao pai de Spiegelman,
pois sua mãe comete suicídio.
Holocausto: Do grego holos ("inteiros") e kaustós ("queimar"), a palavra
holocausto designa coisa/algo "queimado por inteiro".
Mas a partir da Segunda Guerra, a palavra passou a ter outro significado:
extermínio de milhões de pessoas em campos nazistas.
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12. Acima de tudo, Maus é sobre pessoas. Não só as que sobreviveram, mas
também as que ficaram pelo meio do caminho devido às atrocidades que
nós, seres humanos, somos capazes de cometer.
Como forma de alegoria, às vezes com o objetivo de satirizar e outras
de chocar, Spiegelman resolveu retratar os personagens de sua história
como animais, de acordo com sua nacionalidade ou etnia.
Assim, temos Ratos (Judeus), Gatos (Alemães), Porcos (Poloneses), Cachorros
(Americanos), Sapos (Franceses), Ursos (Russos), Renas (Suecos), Peixes
(Ingleses) e Libélulas (Ciganos).
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franceses alemãesnorte-americanos
14. Em alemão, “Maus” significa “ratos”, e é dessa forma que os judeus são
retratados.
Não precisa nem dizer que o fato de o autor ter retratado os judeus como
ratos gerou bastante polêmica, mas é um bom exercício tentar identificar
as características que ele desejou passar com a antropormofização dos
animais.
Retratar os judeus, na forma de ratos, satiriza o retrato nazista daquela raça
como parasitas. Além disso, este pode simbolizar a esperteza de muitos
judeus exibidos durante o Holocausto e a incapacidade de Hitler para eliminá-
los completamente.
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15. Colocar os alemães como gatos fica evidenciado pelo seu simbolismo eterno
de perseguidor e exterminador de ratos.
Os poloneses, os porcos, embora com exceções, são retratados como muito
egoístas e que não querem ter nada a ver com os judeus e embora invadidos
invadidos e dominados pelos alemães, guardavam forte antissemitismo. Não
à toa os mais infames campos de extermínios foram construídos na Polônia.
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16. Maus acabou com a ideia de que histórias em quadrinhos deveriam estar
sempre associadas a humor ou temas infantis – ganhou prêmios e abriu
debates.
A história se alterna entre passado e presente, mas também foca na vida
interior dos personagens, refletindo a confusão que o holocausto deixou em
cada um.
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3
Os quadrinhos 1 e 3
mostram o tempo da
enunciado (“passado”,
época do holocausto).
O quadrinho 2 mostra o
tempo da enunciação
(“presente”, década de
1980).
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O pai de Art, Vladek Spiegelman, é sem dúvida o
personagem principal da história (até porque é
ele quem a narra).
Mas como o quadrinho alterna momentos
no passado (1935-1945), com momentos
no presente (quando Art o entrevista, por volta
de 1980), podemos acompanhar também os seus
defeitos, o que nos dá oportunidade de conhecer
o outro lado do herói.
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Vladek se mostra um sobrevivente nato antes
mesmo da guerra eclodir, sempre com ideias e
projetos empreendedores.
Mas essa certa admiração que percebemos vinda
do filho contrasta, muitas vezes, com
a avareza com que ele retrata o pai durante suas
entrevistas, como que mostrando as
profundas cicatrizes que o Holocausto lhe deixou.
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Da mesma forma, mudanças também
ocorreram no próprio Art. A história de seus
pais acabou se tornando uma obsessão para
e, que nunca tinha se dado conta de muitos
detalhes da própria vida.
É perceptível também certo sentimento
de culpa, que cresce à medida que a narrativa
de seu pai avança rumo ao desfecho.
Explique!
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O livro é muito detalhado, um
exemplo são os judeus que ao
falarem português, não
conjugam verbos e só usam
artículo feminino (Ex: “Nós estar
bem envolvidos, como os jovens
de hoje”).
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Basta uma rápida pesquisa na internet sobre o autor pra
perceber que muitos acontecimentos, inclusive alguns
bem pesados, são inseridos no quadrinho de forma bem fiel.
Outros são mais romantizados, mas não descaracterizam a obra
como sendo autobiográfica.
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Por mais que, como dissemos, Maus seja uma história
sobre pessoas, o plano de fundo acaba se tornando
também personagem.
O tema é pesado, como não poderia deixar de ser.
O extermínio de mais de 6 milhões de pessoas não pode
ser ignorado ou abrandado, em qualquer representação que se
preze a passar a gravidade do que realmente aconteceu.
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A imagem mostra os judeus
observando a ascensão do
nazismo.
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Em muitos momentos, Art
Spielgelman revela a seus
leitores o processo de cria-
ção do romance gráfico,
lançando mão de um recurso
muito usado na ficção: a
metalinguagem.
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O desabafo de Art demonstra, através da metalinguagem, a
distinção entre real e ficcional em sua obra.
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Com Maus, Art Spiegelman traçou um novo
paradigma na concepção narrativa da arte
sequencial, trazendo os holofotes para o
surgimento das graphic novels como uma
alternativa para o leitor de quadrinhos que
não mais se identificava com as histórias
de cunho infantil e/ou fantásticas.
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A abordagem autobiográfica empregada por
Spiegelman se seguiu nos anos posteriores,
através do trabalho de autores diversos ao
redor do mundo, de modo que as barreiras
entre ficção e realidade em relatos confes-
sionais a cada vez mais se abrandaram.
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Dessa forma, ele finda seu trabalho de busca por validação de
sua própria história, tanto pessoal quanto familiar, e aceita seu
lugar no mundo.
O quadro final da obra, que mostra a lápide conjunta de seus
pais, simboliza o final da jornada memorial de Art Spiegelman.
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Spiegelman chega ao final de sua obra repetindo a forma como
começou, alternando o passado com o presente, entrelaçando-
os e buscando através deles uma reconciliação consigo mesmo.
Ao mostrar o aparente final feliz de Vladek e Anja no passado, o
autor coloca em segundo plano o suicídio de sua mãe, bem
como o infarto que matou seu pai em 1982.
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