O documento discute os conceitos e práticas fundamentais da assessoria de imprensa, incluindo a seleção e filtragem de informações para a mídia, o papel do assessor de imprensa e o uso de releases - comunicados de imprensa distribuídos aos jornalistas para fornecer pautas e informações. O texto também aborda critérios éticos da assessoria de imprensa e como os releases devem ser formatados para atrair a atenção da mídia.

1. ASSESSORIA DE
IMPRENSA
Ms. Laércio Torres de Góes

2. Assessoria / Mídia
• Oferta e filtragem de informações para a mídia.
• Pré-seleção e pré-produção dos acontecimentos.
• Assessor de imprensa: responsável por esses papel de
articulação, de mediação do relacionamento, de
fornecimento de fontes e de informações.
• Interesses do assessorado à medida que sejam
conciliáveis com o papel e os interesses dos veículos de
comunicação.

3. Assessoria / Mídia
• Assessor – visibilidade na mídia.
• Veículo – notícia.
• Audiência – informação.
• Prática do “jornalismo na fonte” (Chaparro).
• Divulgação: critérios dos veículos de comunicação e
somente depois o interesse organização.

4. Assessoria / Mídia
• Preceitos da Assessoria de Imprensa (Ivy Lee, 1906):
• Informação gratuita
• Uso facultativo
• Características jornalísticas (exatidão, objetividade,
veracidade, reciprocidade, transparência e interesse
público).

5. Release
• Release, press release ou comunicado.
• Material informativo distribuído aos jornalistas para servir
de pauta, orientação ou ser veiculado completa ou
parcialmente, de maneira gratuita.
• É uma proposta de assunto, um roteiro, uma sugestão de
pauta.
• A regularidade no recebimento de informações de
qualidade, faz com que o jornalista estabeleça um
conceito pessoal sobre a organização.

6. Release
• No Brasil, surgiu na primeira metade do século XX, como
instrumento para divulgar atos, decretos, ações do
governo.
• Questão ética: assessor no órgão público e jornalista
num veículo de comunicação.
• Vulgarização do uso nos anos 80, com a
redemocratização e a necessidade das organizações
darem satisfações à sociedade e manterem uma boa
imagem.
• Tornou-se meio de promoção para fins mercadológicos e
de consolidação de imagem pública.

7. Release
• Pseudo-evento (EUA): acontecimentos gerados apenas
para transformar-se em notícia.
• Factóide (Brasil): divulgação sensacionalista de um
acontecimento que não deverá acontecer.
• Estatísticas americanas: 60% de tudo que é publicado em
veículos de comunicação têm origem em fontes
institucionais (Laje, 2001).
• Notícia prêt-à-porter: informação embalada pronta para
uso ou para facilitar o trabalho da redação.

8. Release
• Conhecimento dos sistemas de produção da notícia nos
veículos aumenta as chances de interferir no processo,
oferecendo pautas e informações adaptadas.
• É quase impossível um jornalista ignorar um bom
assunto.
• Apresentar a notícia do ponto de vista jornalístico.
• Veracidade do conteúdo: contrato não escrito de
confiança.
• Direcionamento e personalização.

9. Formato do release
• Geralmente consta de apenas uma folha;
• Com texto na estrutura jornalística padrão (título, lide e
formato pirâmide invertida);
• Indicação de um responsável pelas informações.
• Contatos de fontes.

10. Critérios para aproveitamento de releases
• Interesse público;
• Ser novidade;
• Disponibilidade (fontes, informações, fotos, imagens,
etc.);
• Exclusividade;
• Adequação (adaptação a cada veículo, programa e
editoria).

11. Fonte:
DUARTE, Jorge. Release:
História, Técnica, Usos e Abusos.
In: DUARTE, Jorge (org).
Assessoria de Imprensa e
Relacionamento com a Mídia. São
Paulo: Atlas, 2006.