A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) afeta 2-8% das crianças em idade escolar, caracteriza-se por hiperatividade/impulsividade e desatenção, e tende a persistir para a vida adulta. A investigação revelou diferenças anatómicas e fisiológicas nestes doentes e a importância da genética, e o tratamento envolve psico-estimulantes, intervenções psicológicas e educacionais.

1. PHDA – o que sabemos?
Catarina Luís
Neurologista Pediátrica - Genialmente
A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção é uma patologia frequente,
estimando-se que afete cerca de 2-8% das crianças em idade escolar. É assim uma
patologia frequente, que afeta preferencialmente rapazes, e que tende a persistir para a
vida adulta.
A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção caracteriza-se por dois sintomas
principais: a hiperatividade/impulsividade (o sintoma mais visível) e a desatenção. A
hiperatividade caracteriza-se, tal como o próprio nome indica por um excesso de
atividade motora, incapacidade de esperar pela sua vez ou pela extrema dificuldade a
aderir a brincadeiras ou atividades calmas. A impulsividade, muitas vezes presente,
agrava ainda mais este comportamento. A Desatenção, muitas vezes pouco valorizada, é
o sintoma principal desta patologia, e é a grande responsável pelas dificuldades
escolares, frequentes nestas crianças.
Nos últimos anos a investigação da PHDA permitiu desvendar aspectos importantes da
sua etiologia, nomeadamente ao revelar diferenças anatómicas e fisiológicas nestes
doentes. Igualmente a importância da genética tem também explorada nesta patologia.
A abordagem farmacológica da Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção é
feita com psico-estimulantes, que melhoram a capacidade de concentração destas
crianças, permitindo melhorar a sua performance escolar e social. Igualmente
importante é são as intervenções psicológicas e educacionais