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RESENHA do livro “TEORIA DA LITERATURA” Roberto Acízelo Quelha de 
SOUZA 
Reginaldo BATISTA INGLEZ (UNIR RO) 
Roberto Acízelo de Souza é doutor em Letras pela UERJ e atua como professor e 
líder de grupos de pesquisa na mesma universidade. O autor dedica-se aos estudos de 
Teoria da Literatura e Literatura brasileira, focando temas como historiografia da 
literatura brasileira e fundamentos conceituais dos estudos literários. Em seu livro 
“Teoria da Literatura” mostra na forma de pergunta dar um conceito para o assunto 
em questão “O que é literatura? pode-se teorizar a literatura?, por conseguinte faz um 
questionamento sobre qual disciplina estuda a literatura. Em sua resposta aparecerá 
não uma única disciplina, mas diversas. Poética, História da Literatura, Crítica 
Literária, Ciência da Literatura, Teoria da Literatura, Retórica e Estética constituem 
disciplinas distintas entre si, já que todas se ocupam com a literatura, mas cada uma a 
sua maneira. 
Já no primeiro Capitulo Acízelo, aborda de forma técnica a questão “Sem teoria, a 
literatura é o óbvio” nesse capitulo Inicia sua linha de pensamento realizando a 
pergunta: o que é literatura? Em seguida afirma que a literatura é objeto de 
problematização. Discorre que desde que se fez presente na civilização ocidental a 
literatura tem sido objeto de teorização. Afirma que a literatura é um produto cultural 
e quem problematiza pela primeira vez a literatura é ela mesma. 
No segundo capitulo ele menciona que problematizar a literatura é transforma-la 
num objeto teórico de estudo de caráter metódico e analítico com isso, Discorre que 
desde que se fez presente na civilização ocidental a literatura tem sido objeto de 
teorização. Afirma que a literatura é um produto cultural e quem problematiza pela 
primeira vez a literatura é ela mesma e que a literatura como um objeto científico 
construído pela linguagem dependente de vários elementos para uma teorização 
eficaz. Sendo assim, não existe um único método teórico para investiga-la, pois a 
literatura é aberta a vários questionamentos e metodologias. Por conseguinte, 
problematizar a cerca da obra literária é teoriza-la, pois estes questionamentos se 
abrem a fim de respondê-los.
O terceiro capítulo tem como título “Que disciplina estuda a literatura?” e expõe os 
objetos de estudo da literatura assim como discute suas designações. O autor justifica 
que as designações dadas à literatura não se referem a uma disciplina central, e sim, 
uma disciplina fragmentada em diversas modalidades. Acízelo faz uma retomada 
histórica sobre o termo “teoria da literatura” e debate sobre vários significados 
equivocados que são relacionados a ela. Na segunda parte do capítulo, o autor trata 
de disciplinas como poética e retórica detalhadamente, citando dados históricos e 
definições sobre os termos. Destaca o caráter normativo dessas disciplinas. Cita os 
critérios da beleza relacionados à literatura, justificando que esta era diretamente 
relacionada ao belo em obras de retórica, filosofia e poética. De acordo com o autor, 
a literatura ganha novas diretrizes a partir do século XIX, acompanhando novas 
tendências intelectuais como modelos de natureza biográfico-psicológcia, 
sociológica e filológica. Finalizando o terceiro parágrafo, Acízelo discute o 
relativismo subjetivo dos julgamentos, diferenciando o período em que a literatura 
esteve distante do público não especialista e a reorientação, que destinou a literatura 
ao público mais diversificado através da emoção, do prazer da leitura e do 
relativismo subjetivo dos julgamentos. Há boa argumentação, coerência e 
contribuição acadêmica neste texto de Roberto Acízelo. A obra é direcionada a 
alunos do curso de Letras e fornece subsídios para estudantes interessados em Teoria 
Literária. 
Assim, Acízelo discute o relativismo subjetivo dos julgamentos, 
diferenciando o período em que a literatura esteve distante do público não 
especialista e a reorientação, que destinou a literatura ao público mais diversificado 
através da emoção, do prazer da leitura e do relativismo subjetivo dos julgamentos. 
Uma das partes de grande destaque no livro é que o autor, através da Teoria da 
Literatura, faz com que a literatura deixe de ser apenas uma fantasia encantadora e 
comovente para se apresentar como uma produção cultural, inserida na realidade da 
vida. 
SOUZA, Roberto Acízelo Quelha de. Teoria da literatura. 10. ed. São Paulo: Ática, 
2007.88 p.

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Resenha pronta teoria da literatura 01

  • 1. RESENHA do livro “TEORIA DA LITERATURA” Roberto Acízelo Quelha de SOUZA Reginaldo BATISTA INGLEZ (UNIR RO) Roberto Acízelo de Souza é doutor em Letras pela UERJ e atua como professor e líder de grupos de pesquisa na mesma universidade. O autor dedica-se aos estudos de Teoria da Literatura e Literatura brasileira, focando temas como historiografia da literatura brasileira e fundamentos conceituais dos estudos literários. Em seu livro “Teoria da Literatura” mostra na forma de pergunta dar um conceito para o assunto em questão “O que é literatura? pode-se teorizar a literatura?, por conseguinte faz um questionamento sobre qual disciplina estuda a literatura. Em sua resposta aparecerá não uma única disciplina, mas diversas. Poética, História da Literatura, Crítica Literária, Ciência da Literatura, Teoria da Literatura, Retórica e Estética constituem disciplinas distintas entre si, já que todas se ocupam com a literatura, mas cada uma a sua maneira. Já no primeiro Capitulo Acízelo, aborda de forma técnica a questão “Sem teoria, a literatura é o óbvio” nesse capitulo Inicia sua linha de pensamento realizando a pergunta: o que é literatura? Em seguida afirma que a literatura é objeto de problematização. Discorre que desde que se fez presente na civilização ocidental a literatura tem sido objeto de teorização. Afirma que a literatura é um produto cultural e quem problematiza pela primeira vez a literatura é ela mesma. No segundo capitulo ele menciona que problematizar a literatura é transforma-la num objeto teórico de estudo de caráter metódico e analítico com isso, Discorre que desde que se fez presente na civilização ocidental a literatura tem sido objeto de teorização. Afirma que a literatura é um produto cultural e quem problematiza pela primeira vez a literatura é ela mesma e que a literatura como um objeto científico construído pela linguagem dependente de vários elementos para uma teorização eficaz. Sendo assim, não existe um único método teórico para investiga-la, pois a literatura é aberta a vários questionamentos e metodologias. Por conseguinte, problematizar a cerca da obra literária é teoriza-la, pois estes questionamentos se abrem a fim de respondê-los.
  • 2. O terceiro capítulo tem como título “Que disciplina estuda a literatura?” e expõe os objetos de estudo da literatura assim como discute suas designações. O autor justifica que as designações dadas à literatura não se referem a uma disciplina central, e sim, uma disciplina fragmentada em diversas modalidades. Acízelo faz uma retomada histórica sobre o termo “teoria da literatura” e debate sobre vários significados equivocados que são relacionados a ela. Na segunda parte do capítulo, o autor trata de disciplinas como poética e retórica detalhadamente, citando dados históricos e definições sobre os termos. Destaca o caráter normativo dessas disciplinas. Cita os critérios da beleza relacionados à literatura, justificando que esta era diretamente relacionada ao belo em obras de retórica, filosofia e poética. De acordo com o autor, a literatura ganha novas diretrizes a partir do século XIX, acompanhando novas tendências intelectuais como modelos de natureza biográfico-psicológcia, sociológica e filológica. Finalizando o terceiro parágrafo, Acízelo discute o relativismo subjetivo dos julgamentos, diferenciando o período em que a literatura esteve distante do público não especialista e a reorientação, que destinou a literatura ao público mais diversificado através da emoção, do prazer da leitura e do relativismo subjetivo dos julgamentos. Há boa argumentação, coerência e contribuição acadêmica neste texto de Roberto Acízelo. A obra é direcionada a alunos do curso de Letras e fornece subsídios para estudantes interessados em Teoria Literária. Assim, Acízelo discute o relativismo subjetivo dos julgamentos, diferenciando o período em que a literatura esteve distante do público não especialista e a reorientação, que destinou a literatura ao público mais diversificado através da emoção, do prazer da leitura e do relativismo subjetivo dos julgamentos. Uma das partes de grande destaque no livro é que o autor, através da Teoria da Literatura, faz com que a literatura deixe de ser apenas uma fantasia encantadora e comovente para se apresentar como uma produção cultural, inserida na realidade da vida. SOUZA, Roberto Acízelo Quelha de. Teoria da literatura. 10. ed. São Paulo: Ática, 2007.88 p.