Este documento resume um trabalho de estudo sobre o despovoamento do interior em Portugal. Apresenta dados demográficos de vários municípios entre 1864-2011 que mostram uma clara redução populacional. Inclui também os resultados de inquéritos realizados que indicam que a maioria das pessoas considera que as medidas do governo são insuficientes e que os políticos não dão o devido valor à região interior. No final, propõe soluções como incentivar a fixação de empresas e recuperar o património histórico.
1. Despovoamento do Interior
Escola Secundária da Sertã
Ano letivo 2018/19
Nós Propomos!!
Professora: Ilda Bicacro Trabalho elaborado pelas alunas: Bia Almeida, Carla Anaya, Daniela Morais 11ºD
2. Índice
Fundamentação do problema
Enquadramento
Metodologia
Dados que comprovam que o problema tem vindo a intensificar-se
Notícias sobre o Despovoamento do Interior
Questões orientadoras
Entrevista ao Senhor Presidente da Câmara Municipal da Sertã
Tratamento de dados
Como solucionar o problema?
3. Despovoamento do Interior:
Fundamentação do problema
Problema atual no nosso país;
Problema que tem vindo a intensificar-se ao longo
dos anos;
Forte migração das faixas etárias mais jovens;
Evidencia as assimetrias existentes entre o Litoral e
o Interior Português;
4. Metodologia
Pesquisa ;
Manuseamento de mapas;
Inquérito;
Tratamento de dados;
Entrevista ao Senhor Presidente da Câmara
Municipal da Sertã;
5. Dados que comprovam que o problema tem
vindo a intensificar-se ( tabelas)
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
15 976 16 923 18 332 20
380
22 617 23
288
24
057
27 183 28
623
27
997
23
846
21 503 18 199 16 720 15 880
Fig.1- Número de habitantes residentes no concelho da Sertã
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
6 230 6 597 7 333 7 944 8 561 8 541 8 877 9 250 8 955 8 239 5 131 5 842 4 643 4 398 3 915
Fig.2- Número de habitantes residentes no concelho de Pedrogão Grande
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
5 363 5 793 6 462 6 781 7 638 7 236 7 399 8 818 8 407 7 568 6 209 4 654 3 687 3 354 3 452
Fig.3- Número de habitantes residentes no concelho de Vila de Rei
1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2011
3 021 4 187 11 451 14 973 17 552 11 953 11 088 9 610 8 314
Fig.4- Número de habitantes residentes no concelho de Proença-a-Nova
6. Dados que comprovam que o problema
tem vindo a intensificar-se (I)
0
10000
20000
30000
40000
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
População residente no concelho da Sertã desde 1864 até 2011
7. Dados que comprovam que o problema
tem vindo a intensificar-se (II)
0
5000
10000
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
População residente no concelho de Pedrogão Grande entre 1864
e 2011
8. Dados que comprovam que o problema
tem vindo a intensificar-se (III)
0
2000
4000
6000
8000
10000
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
População residente no concelho de Vila de Rei entre 1864 e 2011
9. Dados que comprovam que o problema
tem vindo a intensificar-se (IV)
0
5000
10000
15000
20000
1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2011
População residente no concelho de Proença-a-Nova entre 1801
e 2011
10. Dados que comprovam que o problema
tem vindo a intensificar-se (V)
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
9091 9629 10476 11203 12060 11977 11891 14020 15137 15553 13110 10183 7767 6677 5721
Fig.5- Número de habitantes residentes no concelho de Oleiros
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
8 040 9 044 9 127 9 702 10 630 10 686 10 699 12 031 12 300 11 545 9 145 8 754 8 012 7 352 6 169
Fig.6- Número de habitantes residentes no concelho de Figueiró dos Vinhos
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
10 780 12 120 12 318 13 708 14 960 15 306 16 008 16 979 17 559 15 739 12 255 11 099 9 954 9 422 8 619
Fig.7- Número de habitantes residentes no concelho de Ferreira do Zêzere
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
11 746 12 172 13 691 15 525 17 132 17 392 18 806 20 659 21 814 19 045 15 190 12 234 10 060 8 442 7 338
Fig.8- Número de habitantes residentes no concelho de Mação
11. Dados que comprovam que o problema
tem vindo a intensificar-se (VI)
0
5000
10000
15000
20000
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
População residente no concelho de Oleiros entre 1864 e 2011
habitantes Série 2 Coluna1
12. Dados que comprovam que o problema
tem vindo a intensificar-se (VII)
0
5000
10000
15000
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
População residente no concelho de Figueiró dos Vinhos entre
1864 e 2011
13. Dados que comprovam que o problema
tem vindo a intensificar-se (VIII)
0
5000
10000
15000
20000
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
População residente no concelho de Ferreira do Zêzere entre
1864 e 2011
14. Dados que comprovam que o problema
tem vindo a intensificar-se (IX)
0
5000
10000
15000
20000
25000
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
Populaçãoresidente no concelho de Mação entre 1864 e 2011
15. Questões orientadoras
A que se deve o Despovoamento?
Porque é que o despovoamento é um problema tão evidente na
sociedade atual?
Quais os seus impactos?
Será este um problema possível de solucionar?
16. Notícias sobre o Despovoamento do
Interior
Tvi24.iol.pt- “ No mesmo sentido, antevê um envelhecimento cada vez
maior, sobretudo nesses concelhos: Oleiros, Mação, Sertã,… e um aumento
das sedes de concelho devido a um efeito de sucção das áreas à volta.”-
29/03/2009
Observador.pt- “É no Pinhal Interior Sul que está o
centro geodésico de Portugal, mas é também esta
a zona mais envelhecida da Europa. Sertã, Vila de
Rei, Proença-a-Nova e Oleiros lutam por atrair
jovens e empresas.”- 05/10/2014
Uaonline.ua.pt- “Estudo
coordenado pela UA avisa:
Interior do país pode perder
um terço da população em 30
anos”- “ O caso mais
preocupante, situa-se na zona
Pinhal Interior Sul que engloba
os concelhos de Vila de Rei,
Oleiros, Sertã e Proença-a-
Nova. A investigação aponta a
região a região como o pior
exemplo à escala europeia no
que ao declínio demográfico
diz respeito: 35% de
habitantes prepara-se a região
para perder até 2040,se não
ocorrerem mudanças.”
Beira.pt- “E 65% do território nacional
perderá 20% da população. O êxodo registar-
se-á em especial no Interior… em 2040,
concentrará 79% da população do país no
litoral.”
17. Tratamento de dados
Considera ter havido diminuição da população?
Fig.9- Inquérito na Sertã Fig.10- Inquérito em Cernache do Bonjardim
75% considera ter havido diminuição de
população.
24% considera que a população não
registou qualquer tipo de diminuição.
Sendo que 1% absteve-se.
75% considera ter-se registado uma diminuição da
população.
22% considera que não se registou qualquer tipo
de diminuição.
Sendo que 3% absteve-se.
18. Tratamento de dados
Considera as medidas aplicadas pelo Governo suficientes?
Fig.11- Inquéritos na Sertã Fig.12- Inquéritos em Cernache do Bonjardim
86% considera que as medidas aplicadas pelo governos são
insuficientes para diminuir o despovoamento.
11% considera as medidas aplicadas pelo governo
suficientes.
Sendo que 3% absteve-se de responder à questão.
75% considera as medidas aplicadas pelo governo
insuficientes.
22% considera as medidas aplicadas pelo governo
suficientes.
3% absteve-se.
19. Tratamento de dados
Considera a região Interior importante para o país?
Fig.13- Inquéritos na Sertã Fig.14- Inquéritos em Cernache do Bonjardim
99% considerou a região do Interior como sendo
importante para o nosso país.
1% absteve-se.
92% considera a região Interior importante para o país.
8% considera a região do Interior como não sendo importante para
o país.
20. Tratamento de dados
Considera que os políticos atribuem o devido valor ao
Interior?
Fig.15- Inquéritos na Sertã Fig.16- Inquéritos em Cernache do Bonjardim
93% considera que não é atribuído o devido valor as
regiões do Interior, pelo governo.
5% considera que os políticos não atribuem o devido
valor ao Interior.
2% absteve-se de responder à questão.
80% não considera que seja atribuído o devido valor às
regiões do Interior.
20% considera que é atribuído o devido valor, pelos políticos,
a estas regiões.
21. Tratamentos de dados
Indique uma infraestrutura em falta nestas regiões?
Fig.17- Inquéritos na Sertã Fig.18- Inquéritos em Cernache do Bonjardim
37,6% indicou o Hospital como sendo uma infraestrutura em falta;
27,1% indicou o Shopping como uma infraestrutura em falta;
10,8% mencionou como uma infraestrutura em falta, uma
Instituição de Ensino Superior;
21,18% absteve-se .
32,5% indicou o Fórum como sendo uma infraestrutura em falta;
27,5% apontou o Hospital como uma infraestrutura em falta;
17,5% indicou como infraestrutura em falta, uma discoteca;
15% absteve-se.
22. Tratamento de dados
Fig.19- Gênero dos Inquiridos na Sertã Fig.20- Gênero dos Inquiridos em Cernache do Bonjardim
Gênero dos inquiridos:
56,5% dos inquiridos era do sexo feminino.
43,5% dos inquiridos era do sexo masculino.
45% dos inquiridos era do sexo feminino.
55% dos inquiridos era do sexo masculino.
23. Entrevista ao Senhor Presidente da Câmara
Municipal da Sertã
Opinião do Senhor Presidente da Câmara Municipal da Sertã:
“As políticas dos governos têm sido erradas desde há
40anos atrás.”
“ Os planos Diretores Municipais dificultam a vida no
Interior e facilitam as regiões de Lisboa e Porto.
“ O poder judicial é um problema, pois os governos não
acham necessário que se mexa na legislação. Se as leis
fossem diferentes, isso faria com que fosse mais fácil para
as empresas fixarem-se.”
24. Como solucionar o problema?
Nós Propomos para:
Câmaras Municipais :
- Criação de um site com Política de integração dos recém chegados
- Recuperação do património histórico
- Dinamização da região e suas atividades através dos media;
Assembleia da República: - Legislação que favoreça o Interior, permitindo igualdade de
“oportunidades” entre as grandes áreas metropolitanas (Lisboa e Porto) e o Interior.
- Reorganização de rede viária, estradas e autoestradas, fazendo com que a Nacional 2 seja um “eixo
central”, isto é, torna-la numa espécie de IP ( itinerário principal), passando assim pelo interior do país.