Conde Dom Henrique de Fernando Pessoa
- Ajudou o rei Afonso IV de Leão e Castela a conquistar o Reino da Galiza, recebendo como recompensa o casamento com a filha ilegítima do monarca, Teresa de Leão. Governou o Condado Portucalense de 1093 até sua morte.
- Poema descreve o início involuntário do Conde Dom Henrique como herói e sua perplexidade ao segurar a espada, representando o ato de mudança que se concretizaria.
- Intertextualidade com "Os Lus
2. Conde Dom Henrique
• Ajudou o rei Afonso IV de Leão e Castela a
conquistar o Reino da Galiza, recebendo como
recompensa o casamento com a filha ilegítima do
monarca ,Teresa de Leão
•Nasceu em 1066 e foi conde de Portucale
desde 1093 até à sua morte.
Bandeira do condado portucalense
3. Todo começo é involuntário.
Deus é o agente,
O herói a si assiste, vário
E inconsciente.
Estrutura externa
À espada em tuas mãos achada
Teu olhar desce.
«Que farei eu com esta espada?»
Ergueste-a, e fez-se.
•Rima cruzada
• 3 estrofes irregulares (4,3 e 1 versos , respetivamente ).Alternadamente têm 8 e 4 sílabas .
4. Todo começo é involuntário.
Deus é o agente,
O herói a si assiste, vário
E inconsciente.
Análise do poema
Dupla adjetivação
•Teoria da predestinação
•Inconsciência do herói perante o ato de mudança
5. À espada em tuas mãos achada
Teu olhar desce.
«Que farei eu com esta espada ?»
•A espada é retratada simbolicamente como arma e como símbolo de
virlidade .
•Perplexidade do Conde D. Henrique perante a espada em suas mãos .
Hipérbato e também a
repetição de “espada”
Interrogação retórica
6. Ergueste-a, e fez-se.
• Nesta última frase, vê-se finalizado o ato de mudança representado simbolicamente pela espada .
Metáfora
7. Destes Anrique, dizem que segundo
Filho de um Rei de Ungria exprimentado,
Portugal houve em sorte, que no mundo
Então não era ilustre nem prezado;
E, para mais sinal d'amor profundo,
Quis o Rei Castelhano, que casado
Com Teresa, sua filha, o Conde fosse;
E com ela das terras tornou posse.
Este, depois que contra os descendentes
Da escrava Agar vitórias grandes teve,
Ganhando muitas terras adjacentes,
Fazendo o que a seu forte peito deve,
Em prêmio destes feitos excelentes,
Deu-lhe o supremo Deus, em tempo breve,
Um filho, que ilustrasse o nome ufano
Do belicoso Reino Lusitano
Intertextualidade com “os
Lusíadas”