O documento discute vários tipos de falácias ou erros de raciocínio, divididos em formais e informais. As falácias formais incluem o termo não distribuído, a ilícita menor e a ilícita maior. As falácias informais discutidas são a generalização precipitada, a falsa causa, o falso dilema e o argumento ad verecundiam, entre outras. Exemplos ilustram cada tipo de falácia.
5. EXEMPLO:
AS MULHERES SÃO A NOSSA DESGRAÇA
PORQUE UMA DELAS DESTRUIU-ME A
VIDA.
J, o australiano, roubou a minha carteira.
Portanto, os Australianos são ladrões.
6. Esta falácia ocorre quando uma
generalização se baseia num número muito
limitado de casos.
7. Exemplo:
Os empregados são como
pregos. Temos de martelar
a cabeça dos pregos para
estes desempenharem a
sua função. O mesmo
deve acontecer com os
empregados.
8. Comete-se esta falácia por
várias razões:
1. o número de objectos
comparados é reduzido;
2. o número de semelhanças
entre os objectos é escasso;
e
3. as semelhanças
apresentadas são pouco ou
nada relevantes.
10. Esta falácia ocorre quando :
A pessoa não está qualificada para ter uma opinião de
perito no assunto.
Não há acordo entre os peritos do campo em questão.
A autoridade não pode, por algum motivo ser levada a
sério — porque estava brincar, estava ébria ou por
qualquer outro motivo.
Argumentum ad verecundiam
14. Exemplo:
O gato miou quando eu abri a
porta. Logo, o gato miou porque
eu abri a porta.
15. Trata-se de um argumento
segundo o qual apenas por um
facto se seguir a outro se conclui
que o primeiro é causa do
segundo.
Post hoc ergo propter hoc
17. Esta falácia ocorre quando é
dado um limitado número
de opções (na maioria dos
casos apenas duas),
quando de facto há mais.
18.
19.
20. Exemplo:
Ninguém provou que Deus existe.
Logo, Deus não existe.
Ninguém provou que Deus não existe. Logo,
Deus existe.
21. Esta falácia ocorre quando se argumenta
que uma proposição é verdadeira porque
não foi provado que é falsa ou falsa porque
não foi provado que é verdadeira.
22. As pessoas que querem
legalizar o aborto, querem
prevenção irresponsável da
gravidez. Mas nós queremos
uma sexualidade responsável.
Logo, o aborto não deve ser
legalizado.
Exemplo:
23. Esta falácia ocorre quando a tese
dos adversários é distorcida e
deturpada para ser atacada mas
isso significa que se falha o alvo. A
tese do adversário é atacada, mas
só depois de ser alterada.
24. EXEMPLO:
Se beberes um copo de vinho,
vais beber dois. Se beberes
dois copos de vinho, vais
beber três. Logo, se beberes
um copo de vinho, vais tornar-
te alcoólico.
25. Esta falácia ocorre quando a
conclusão resulta de uma
série de consequências cujo
encadeamento é muito
improvável.Para se mostrar
que uma proposição p é
inaceitável, se extrai uma
série de consequencias
inaceitáveis de p.
26. Exemplo:
Os ecologistas dizem que consumimos
demasiado energia; mas não ligues porque
eles têm uma tendência para o exagero.
27. Esta falácia ocorre quando se ataca a
pessoa (o carácter, a condição social, a
etnia, a religião, a ideologia, etc) que
apresentou um argumento e não o
argumento.
28. Exemplo:
Como pode dizer que eu reprovo?
Eu estava mais perto da positiva e,
além disso, estudei 16 horas por
dia.
29. Esta falácia ocorre quando se pede
a aprovação do auditório na base
do estado lastimoso do Autor.
30. Exemplo:
Toda a gente sabe que a
Terra é plana. Então por
que razão insistes nas
tuas excêntricas teorias?
31. Esta falácia ocorre quando
se sustenta que uma
proposição é verdadeira por
ser aceite como verdadeira
por algum sector
representativo da
população.