SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
Guião de
Trabalho
8
HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES
2º ano - Curso Profissional Artes do Espetáculo - Interpretação
Profª Cristina Barcoso Lourenço
MÓDULO 6 A CULTURA DO PALCO
Desenvolvimento do teatro à italiana. Recurso a maquinarias e a cenários.
O Barroco foi um movimento cultural e filosófico da história da cultura ocidental que teve início em Itália e decorreu,
aproximadamente, entre meados do século XVI e meados do século XVIII.
Assiste-se neste movimento à exaltação dos sentimentos e da religiosidade expressos de forma intensa, dramática e
emocional.
As salas de espetáculo inserem-se no estilo designado por
teatro à italiana. Eram construídas, sobretudo, em forma de
ferradura e orientavam-se perpendicularmente ao palco. O
público assistia sentado na plateia e também em camarotes e
frisas que circundavam a cena. Geralmente nas cúpulas das
salas podiam apreciar-se pinturas de artistas reconhecidos. Este
tipo de salas, para além de permitir uma boa visão do
espetáculo, tinha como objetivo, no século XIX, em termos
sociais, permitir ao público ser visto e mostrar-se.
O palco italiano era um espaço retangular fechado nos três
lados, com uma quarta parede visível ao público frontal através
da boca de cena: retangular, semicircular, ferradura ou misto. Era constituído por
recursos específicos que permitiam fazer aparecer e desaparecer objetos e pessoas
através dos alçapões e quarteladas 1
. A estes efeitos chamava-se "mágica". A
maquinaria existente nestes teatros permitia realizar espetáculos complexos e de
grande exigência técnica.
Os teatros à italiana são património cultural e foram remodelados ao longo das épocas
estando hoje apetrechados com novos recursos tecnológicos que se associam aos
dispositivos originais (verdadeiras caixas de mágica), proporcionando grandes
montagens de teatro, ópera e dança.
Pela primeira vez é usada uma cortina para tapar a cena. As três portas da cena grega
1 Divisão no soalho do palco para se poderem abrir alçapões. "Quarteladas", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em
linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/quarteladas [consultado em 12-11-2017].
O TEATRO COMO MUNDO DA ILUSÃO E ESPAÇO PRIVILEGIADO DO ESPETÁCULO.
Espaços, suportes e linguagens
Quarteladas In
https://goo.gl/5spKpN,
consultado a 12/11/2017
In https://goo.gl/hKY8qr, consultado a 12/11/2017
Teatro Farnese. Parma, 1618, Giovanni Battista Aleotti, In
https://goo.gl/Ku6MPH e https://goo.gl/veAnhh, consultado a 12/11/2017
são substituídas por telões pintados que permitem efeitos de perspetiva e é
introduzida a maquinaria para efeitos especiais. Foi no século XVIII que
surgiu o telão de fundo, geralmente com a pintura de uma paisagem o mais
naturalista possível, e os chamados bastidores, panos laterais ao palco
igualmente em tela pintada.
Apagam-se as luzes da sala durante o espetáculo, para concentrar a
atenção do público no palco. Há uma platéia e camarotes, dispostos em
ferradura. A ópera torna-se tão popular que, só em Veneza, no século XVII,
funcionam regularmente 14 teatros.
Espaço Cénico
“Dois elementos são absolutamente indispensáveis à existência do teatro:
ator e público. O espetáculo é uma decorrência natural do encontro de ambos no mesmo espaço, que pode ser um
canto de praça, um auditório de escola, um salão de clube ou, até mesmo, um palco especialmente construído e dotado
de recursos técnicos apropriados à encenação. Curioso observar, na história do teatro, que o espaço cénico foi sofrendo
modificações à medida que foi absorvendo as contingências sociais de cada época, as novas conquistas da técnica, etc.
O lendário carro de Téspis, na Grécia mitológica,
sugere-nos um espaço cénico de forma circular, com
o ator no centro, sobre o
tablado improvisado, com o
público à sua volta...
Graficamente o teatro
primitivo deveria ser mais ou
menos assim:
A necessidade de um anteparo que pudesse projetar as vozes dos atores e
escamotear a entrada ou saída das personagens
teria gerado o espaço cénico que os antigos
gregos adotaram.
Essa forma serviu aos gregos até
aproximadamente 400 a.C.. Arquibancadas - a
principio de madeira e, depois, de pedra -
circundavam uma arena onde o coro das
tragédias evoluía, cantando e dançando. Uma
plataforma era reservada à atuação dos atores,
que dialogavam com o coro à sua frente.
Quando os romanos invadiram a Grécia,
apaixonaram-se pelo teatro
que ali se produzia e
adotaram, com pequenas
adaptações, o seu palco:
A Idade Média abandonou essa construção, desenvolvendo um
tipo de espetáculo místico, de intenções
edificantes, e que era encenado num longo
tablado dentro das catedrais, a princípio, e nas
praças públicas, logo a seguir. Os cenários eram
simultâneos e fixos. A platéia é que se deslocava
de uma cena para outra. No final da Idade Média,
as ideias do Humanismo trouxeram de volta a
cultura clássica, e ocorre, então, o Renascimento,
retomando os modelos greco-romanos. O novo espaço cénico passa a ter
estas características.
O século XVII corresponde ao
Barroco, período em que o
teatro adotou um espaço
cénico em forma de ferradura,
com as extremidades voltadas
para o palco e vários níveis de
platéia.
Na Inglaterra surgiria uma nova forma de espaço
cénico, que ficou conhecida como Palco elisabetano,
referência à Rainha Elisabete, que reinava então. Esse
foi o teatro de Shakespeare.
A forma de ferradura
desenvolvida no Barroco
permaneceu mais ou menos
intacta nos séculos XVIII e XIX.
No século XX ainda
permanecem sob o nome de
palco italiano. O mundo
contemporâneo trouxe
importantes inovações no campo da iluminação, da
cenografia e do figurino.
Paralelamente, outras tendências dão
preferência a um espaço cénico capaz de
provocar o envolvimento e a intimidade com o
público. Esta forma de teatro, chamado de
arena, lembra muito o teatro primitivo de Téspis
e sua carroça:
In http://slideplayer.com.br/slide/1433724/,
consultado a 12/11/2017
O teatro barroco herdou os avanços renascentistas na construção de cenários com perspetivas ilusionísticas, o que
estava ligado ao reviver da arquitetura clássica. Arquitetos como Vincenzo Scamozzi, Sebastiano Serlio, Bernardo
Buontalenti e Baldassare Peruzzi haviam participado ativamente da conceção de cenários de impacto realista, seja
através de painéis pintados, o que era mais comum, seja com construções
realmente tridimensionais sobre os palcos, e no fim do século XVI
a cenografia torna-se uma parte importante na representação teatral.
Durante o período barroco, os encenadores começaram a empregar artistas
para pintar o pano de fundo para as diversas cenas das suas peças.
Ao longo do século seguinte adquiriu relevo ainda maior, e como os cenários
teatrais não estavam sujeitos às limitações da arquitetura real, desenvolveu-
se uma linha de cenários altamente fantasiosos e bizarros, onde a
imaginação encontrou um terreno livre para se manifestar. À medida que
os cenários móveis se tornavam mais complexos, da mesma forma evoluíam
as casas teatrais, até então construções temporárias ou de proporções
modestas. A grande construção arquitetónica de cenários barrocos
desenvolveu-se mais em óperas do que em peças teatrais. Dentro de tantas
colunas, cúpulas, arcos e perspetivas, a presença humana se reduzia quase
ao mínimo, só se fazendo sentir pelo canto vigoroso.
O primeiro grande teatro permanente foi construído em Florença em
meados do século XVI, e no século seguinte outros apareceram.
O primeiro proscénio2 permanente surgiu em 1618 no Teatro Farnese
em Parma, sob a forma de uma derivação de um arco de triunfo. Fixos,
limitavam a visão do público à regra da perspetiva central, que correspondia
simbolicamente à visão do governante, um reflexo da ideologia absolutista.
O edifício teatral no barroco, seguiu a conceção à italiana, apresentou em particular a planta da plateia em
forma de ferradura e andares com frisas e camarotes até sobre o proscênio e o palco. O teatro do barroco, mais que o
espetáculo teatral em si, era o lugar dos acontecimentos sociais mais significativos e hierarquizados.
No teatro barroco recorria-se a uma maquinaria específica: maquinismos de voo, as designadas glórias, envolvidas por
nuvens que desciam à terra carregando toda a assembleia de divindades.
Sistema idêntico era utilizado nas aparições, na conquista da verticalidade do espaço cénico. Construções móveis
(máquinas complexas, peças de contrapeso) simultaneamente animadas com certos efeitos pirotécnicos, impunham, ao
longo da representação, determinados movimentos à cena. Ao conjunto de todos os mecanismos cola-se a ideia do
maravilhoso e de sublime - auroras, crepúsculos, nuvens e paraísos - que pela beleza de imaginação e habilidade técnica
produzem efeitos luminosos e acústicos, excelentes auxiliares do espetáculo lírico.
Bibliografia
http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/teatro/backstage.php?s=21&id=18, consultado a 12/11/2017)
http://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/teatro-barroco, consultado a 12/11/2017)
https://goo.gl/hKY8qr; http://rpm-ns.pt/index.php/rpm/article/viewFile/84/327, consultado a 12/11/2017)
http://andreteatro.blogspot.pt/2011/06/espaco-cenico.html, consultado a 12/11/2017)
2 Parte do palco situada à frente do cenário https://goo.gl/bdnCQX, consultado a 12/11/2017
Festival das Artes Barrocas em Český Krumlov,
República Checa, In https://goo.gl/FqugHA,
consultado a 12/11/2017
Teatro Teatro Petruzzelli, Bari, Itália, In
https://goo.gl/2v8hVs, consultado a
12/11/2017

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Teatro romano
Teatro romanoTeatro romano
Teatro romanojxuia
 
Módulo 2 pintura romana
Módulo 2   pintura romanaMódulo 2   pintura romana
Módulo 2 pintura romanaCarla Freitas
 
Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte gregacattonia
 
Módulo 2 arquitetura romana
Módulo 2   arquitetura romanaMódulo 2   arquitetura romana
Módulo 2 arquitetura romanaCarla Freitas
 
Coluna de trajano[1]
Coluna de trajano[1]Coluna de trajano[1]
Coluna de trajano[1]Ana Barreiros
 
Roma arquitectura e-urbanismo ch
Roma arquitectura e-urbanismo chRoma arquitectura e-urbanismo ch
Roma arquitectura e-urbanismo chCristina Santos
 
História da Cultura e das Artes - 12.º ano - Módulo 9
História da Cultura e das Artes - 12.º ano - Módulo 9História da Cultura e das Artes - 12.º ano - Módulo 9
História da Cultura e das Artes - 12.º ano - Módulo 9Carlos Pinheiro
 
Arquitetura romana i
Arquitetura romana iArquitetura romana i
Arquitetura romana iAna Barreiros
 
A Cultura da Ágora
A Cultura da ÁgoraA Cultura da Ágora
A Cultura da ÁgoraHca Faro
 
Módulo 1 – a cultura da ágora
Módulo 1 – a cultura da ágoraMódulo 1 – a cultura da ágora
Módulo 1 – a cultura da ágoraTLopes
 
Módulo 10 - Caso Prático Inicial
Módulo 10 - Caso Prático InicialMódulo 10 - Caso Prático Inicial
Módulo 10 - Caso Prático InicialCarla Freitas
 
GV - Breve História do Teatro
GV - Breve História do TeatroGV - Breve História do Teatro
GV - Breve História do TeatroSusana Sobrenome
 
O barroco
O barrocoO barroco
O barrocoHCA_10I
 
Módulo 6 caso prático 1 la cérémonie turque
Módulo 6   caso prático 1 la cérémonie turqueMódulo 6   caso prático 1 la cérémonie turque
Módulo 6 caso prático 1 la cérémonie turqueCarla Freitas
 
01 cultura palco muitos palcos um espetaculo blogue
01 cultura palco muitos palcos um espetaculo blogue01 cultura palco muitos palcos um espetaculo blogue
01 cultura palco muitos palcos um espetaculo blogueVítor Santos
 
Módulo 3 contexto histórico regular
Módulo 3   contexto histórico regularMódulo 3   contexto histórico regular
Módulo 3 contexto histórico regularCarla Freitas
 

Mais procurados (20)

Teatro romano
Teatro romanoTeatro romano
Teatro romano
 
Módulo 2 pintura romana
Módulo 2   pintura romanaMódulo 2   pintura romana
Módulo 2 pintura romana
 
Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte grega
 
Arte romana
Arte romanaArte romana
Arte romana
 
Módulo 2 arquitetura romana
Módulo 2   arquitetura romanaMódulo 2   arquitetura romana
Módulo 2 arquitetura romana
 
Coluna de trajano[1]
Coluna de trajano[1]Coluna de trajano[1]
Coluna de trajano[1]
 
A cultura do senado
A cultura do senadoA cultura do senado
A cultura do senado
 
Roma arquitectura e-urbanismo ch
Roma arquitectura e-urbanismo chRoma arquitectura e-urbanismo ch
Roma arquitectura e-urbanismo ch
 
História da Cultura e das Artes - 12.º ano - Módulo 9
História da Cultura e das Artes - 12.º ano - Módulo 9História da Cultura e das Artes - 12.º ano - Módulo 9
História da Cultura e das Artes - 12.º ano - Módulo 9
 
Escultura romana
Escultura romanaEscultura romana
Escultura romana
 
Arquitetura romana i
Arquitetura romana iArquitetura romana i
Arquitetura romana i
 
A Cultura da Ágora
A Cultura da ÁgoraA Cultura da Ágora
A Cultura da Ágora
 
Módulo 1 – a cultura da ágora
Módulo 1 – a cultura da ágoraMódulo 1 – a cultura da ágora
Módulo 1 – a cultura da ágora
 
Módulo 10 - Caso Prático Inicial
Módulo 10 - Caso Prático InicialMódulo 10 - Caso Prático Inicial
Módulo 10 - Caso Prático Inicial
 
Teatro clássico
Teatro clássicoTeatro clássico
Teatro clássico
 
GV - Breve História do Teatro
GV - Breve História do TeatroGV - Breve História do Teatro
GV - Breve História do Teatro
 
O barroco
O barrocoO barroco
O barroco
 
Módulo 6 caso prático 1 la cérémonie turque
Módulo 6   caso prático 1 la cérémonie turqueMódulo 6   caso prático 1 la cérémonie turque
Módulo 6 caso prático 1 la cérémonie turque
 
01 cultura palco muitos palcos um espetaculo blogue
01 cultura palco muitos palcos um espetaculo blogue01 cultura palco muitos palcos um espetaculo blogue
01 cultura palco muitos palcos um espetaculo blogue
 
Módulo 3 contexto histórico regular
Módulo 3   contexto histórico regularMódulo 3   contexto histórico regular
Módulo 3 contexto histórico regular
 

Semelhante a O Teatro como mundo da ilusão e espaço privilegiado do espetáculo I

6982397 Origem E Evol Do Teatro
6982397  Origem E  Evol  Do  Teatro6982397  Origem E  Evol  Do  Teatro
6982397 Origem E Evol Do TeatroRicardo Araujo
 
Teatro origem e evolução
Teatro  origem e evoluçãoTeatro  origem e evolução
Teatro origem e evoluçãojosivaldopassos
 
Renascimento shakespeare e o teatro elisabetano
Renascimento shakespeare e o teatro elisabetanoRenascimento shakespeare e o teatro elisabetano
Renascimento shakespeare e o teatro elisabetanoIsabella Silva
 
213-Texto do artigo-366-368-10-20191214.pdf
213-Texto do artigo-366-368-10-20191214.pdf213-Texto do artigo-366-368-10-20191214.pdf
213-Texto do artigo-366-368-10-20191214.pdfpastilhabrawlstars
 
Teatro elisabetano
Teatro elisabetanoTeatro elisabetano
Teatro elisabetanoKarina Lima
 
EvoluçãO Do Teatro Ao Longo Da HistóRia Da
EvoluçãO Do Teatro Ao Longo Da HistóRia DaEvoluçãO Do Teatro Ao Longo Da HistóRia Da
EvoluçãO Do Teatro Ao Longo Da HistóRia Damega
 
Museu Nacional do Teatro - Património Cultural e Paisagístico Português - Uni...
Museu Nacional do Teatro - Património Cultural e Paisagístico Português - Uni...Museu Nacional do Teatro - Património Cultural e Paisagístico Português - Uni...
Museu Nacional do Teatro - Património Cultural e Paisagístico Português - Uni...Universidade Sénior Contemporânea do Porto
 
A linguagem cenografica
A linguagem cenograficaA linguagem cenografica
A linguagem cenograficaMarcelo Blanco
 
A linguagem cenográfia
A linguagem cenográfiaA linguagem cenográfia
A linguagem cenográfiaLuara Schamó
 
Teatro Medieval e Renacentista
Teatro Medieval e RenacentistaTeatro Medieval e Renacentista
Teatro Medieval e RenacentistaAndrea Dressler
 
Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1andredejesus
 
Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1andredejesus
 

Semelhante a O Teatro como mundo da ilusão e espaço privilegiado do espetáculo I (20)

6982397 Origem E Evol Do Teatro
6982397  Origem E  Evol  Do  Teatro6982397  Origem E  Evol  Do  Teatro
6982397 Origem E Evol Do Teatro
 
Teatro origem e evolução
Teatro  origem e evoluçãoTeatro  origem e evolução
Teatro origem e evolução
 
Renascimento shakespeare e o teatro elisabetano
Renascimento shakespeare e o teatro elisabetanoRenascimento shakespeare e o teatro elisabetano
Renascimento shakespeare e o teatro elisabetano
 
Cor na teatro
Cor na teatroCor na teatro
Cor na teatro
 
A música barroca
A música barrocaA música barroca
A música barroca
 
213-Texto do artigo-366-368-10-20191214.pdf
213-Texto do artigo-366-368-10-20191214.pdf213-Texto do artigo-366-368-10-20191214.pdf
213-Texto do artigo-366-368-10-20191214.pdf
 
Teatro elisabetano
Teatro elisabetanoTeatro elisabetano
Teatro elisabetano
 
EvoluçãO Do Teatro Ao Longo Da HistóRia Da
EvoluçãO Do Teatro Ao Longo Da HistóRia DaEvoluçãO Do Teatro Ao Longo Da HistóRia Da
EvoluçãO Do Teatro Ao Longo Da HistóRia Da
 
Museu Nacional do Teatro - Património Cultural e Paisagístico Português - Uni...
Museu Nacional do Teatro - Património Cultural e Paisagístico Português - Uni...Museu Nacional do Teatro - Património Cultural e Paisagístico Português - Uni...
Museu Nacional do Teatro - Património Cultural e Paisagístico Português - Uni...
 
Historia do Teatro-PaginaSeguinte11
Historia do Teatro-PaginaSeguinte11Historia do Teatro-PaginaSeguinte11
Historia do Teatro-PaginaSeguinte11
 
A origem do teatro
A origem do teatroA origem do teatro
A origem do teatro
 
A linguagem cenografica
A linguagem cenograficaA linguagem cenografica
A linguagem cenografica
 
A linguagem cenográfia
A linguagem cenográfiaA linguagem cenográfia
A linguagem cenográfia
 
Teatro Medieval e Renacentista
Teatro Medieval e RenacentistaTeatro Medieval e Renacentista
Teatro Medieval e Renacentista
 
História do Teatro
História do TeatroHistória do Teatro
História do Teatro
 
La fura del baus
La fura del baus La fura del baus
La fura del baus
 
Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1
 
Aldo rossi
Aldo rossiAldo rossi
Aldo rossi
 
Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1
 
Teatro
TeatroTeatro
Teatro
 

Mais de Hca Faro

Pintura Neoclássica
Pintura NeoclássicaPintura Neoclássica
Pintura NeoclássicaHca Faro
 
Escultura Neoclássica
Escultura NeoclássicaEscultura Neoclássica
Escultura NeoclássicaHca Faro
 
Arte do Renascimento
Arte do RenascimentoArte do Renascimento
Arte do RenascimentoHca Faro
 
Cultura da Gare - caso prático 2 Italian Family in Ferryboat Leaving Ellis Is...
Cultura da Gare - caso prático 2 Italian Family in Ferryboat Leaving Ellis Is...Cultura da Gare - caso prático 2 Italian Family in Ferryboat Leaving Ellis Is...
Cultura da Gare - caso prático 2 Italian Family in Ferryboat Leaving Ellis Is...Hca Faro
 
Palácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoPalácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoHca Faro
 
Arte Românica
Arte RomânicaArte Românica
Arte RomânicaHca Faro
 
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3Hca Faro
 
A Cultura do Salão: tempo, espaço e local
A Cultura do Salão: tempo, espaço e localA Cultura do Salão: tempo, espaço e local
A Cultura do Salão: tempo, espaço e localHca Faro
 
A Cultura do Senado II
A Cultura do Senado IIA Cultura do Senado II
A Cultura do Senado IIHca Faro
 
A Cultura do Senado: o tempo
A Cultura do Senado: o tempoA Cultura do Senado: o tempo
A Cultura do Senado: o tempoHca Faro
 
Orientador de estudo para o Módulo 6 - A Cultura do Senado
Orientador de estudo para o Módulo 6 - A Cultura do SenadoOrientador de estudo para o Módulo 6 - A Cultura do Senado
Orientador de estudo para o Módulo 6 - A Cultura do SenadoHca Faro
 
Pintura Barroca
Pintura BarrocaPintura Barroca
Pintura BarrocaHca Faro
 
Pintura barroca
Pintura barrocaPintura barroca
Pintura barrocaHca Faro
 
A Dança como elemento de cultura e prática ritual
A Dança como elemento de cultura e prática ritualA Dança como elemento de cultura e prática ritual
A Dança como elemento de cultura e prática ritualHca Faro
 
O Teatro como manifestação religiosa e como parte do exercício de cidadania.
O Teatro como manifestação religiosa e como parte do exercício de cidadania.O Teatro como manifestação religiosa e como parte do exercício de cidadania.
O Teatro como manifestação religiosa e como parte do exercício de cidadania.Hca Faro
 
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da Ágora
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da ÁgoraOrientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da Ágora
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da ÁgoraHca Faro
 
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da Ágora
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da ÁgoraOrientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da Ágora
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da ÁgoraHca Faro
 
A Cerimónia turca na obra “O burguês gentil-homem” (1670) de Molière (1622-16...
A Cerimónia turca na obra “O burguês gentil-homem” (1670) de Molière (1622-16...A Cerimónia turca na obra “O burguês gentil-homem” (1670) de Molière (1622-16...
A Cerimónia turca na obra “O burguês gentil-homem” (1670) de Molière (1622-16...Hca Faro
 
A Revolução Científica
A Revolução CientíficaA Revolução Científica
A Revolução CientíficaHca Faro
 
A Cultura do Palco: tempo, espaço, local, biografia, acontecimento, síntese
A Cultura do Palco: tempo, espaço, local, biografia, acontecimento, sínteseA Cultura do Palco: tempo, espaço, local, biografia, acontecimento, síntese
A Cultura do Palco: tempo, espaço, local, biografia, acontecimento, sínteseHca Faro
 

Mais de Hca Faro (20)

Pintura Neoclássica
Pintura NeoclássicaPintura Neoclássica
Pintura Neoclássica
 
Escultura Neoclássica
Escultura NeoclássicaEscultura Neoclássica
Escultura Neoclássica
 
Arte do Renascimento
Arte do RenascimentoArte do Renascimento
Arte do Renascimento
 
Cultura da Gare - caso prático 2 Italian Family in Ferryboat Leaving Ellis Is...
Cultura da Gare - caso prático 2 Italian Family in Ferryboat Leaving Ellis Is...Cultura da Gare - caso prático 2 Italian Family in Ferryboat Leaving Ellis Is...
Cultura da Gare - caso prático 2 Italian Family in Ferryboat Leaving Ellis Is...
 
Palácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoPalácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso prático
 
Arte Românica
Arte RomânicaArte Românica
Arte Românica
 
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3
 
A Cultura do Salão: tempo, espaço e local
A Cultura do Salão: tempo, espaço e localA Cultura do Salão: tempo, espaço e local
A Cultura do Salão: tempo, espaço e local
 
A Cultura do Senado II
A Cultura do Senado IIA Cultura do Senado II
A Cultura do Senado II
 
A Cultura do Senado: o tempo
A Cultura do Senado: o tempoA Cultura do Senado: o tempo
A Cultura do Senado: o tempo
 
Orientador de estudo para o Módulo 6 - A Cultura do Senado
Orientador de estudo para o Módulo 6 - A Cultura do SenadoOrientador de estudo para o Módulo 6 - A Cultura do Senado
Orientador de estudo para o Módulo 6 - A Cultura do Senado
 
Pintura Barroca
Pintura BarrocaPintura Barroca
Pintura Barroca
 
Pintura barroca
Pintura barrocaPintura barroca
Pintura barroca
 
A Dança como elemento de cultura e prática ritual
A Dança como elemento de cultura e prática ritualA Dança como elemento de cultura e prática ritual
A Dança como elemento de cultura e prática ritual
 
O Teatro como manifestação religiosa e como parte do exercício de cidadania.
O Teatro como manifestação religiosa e como parte do exercício de cidadania.O Teatro como manifestação religiosa e como parte do exercício de cidadania.
O Teatro como manifestação religiosa e como parte do exercício de cidadania.
 
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da Ágora
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da ÁgoraOrientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da Ágora
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da Ágora
 
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da Ágora
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da ÁgoraOrientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da Ágora
Orientador de estudo para o módulo 1 - A Cultura da Ágora
 
A Cerimónia turca na obra “O burguês gentil-homem” (1670) de Molière (1622-16...
A Cerimónia turca na obra “O burguês gentil-homem” (1670) de Molière (1622-16...A Cerimónia turca na obra “O burguês gentil-homem” (1670) de Molière (1622-16...
A Cerimónia turca na obra “O burguês gentil-homem” (1670) de Molière (1622-16...
 
A Revolução Científica
A Revolução CientíficaA Revolução Científica
A Revolução Científica
 
A Cultura do Palco: tempo, espaço, local, biografia, acontecimento, síntese
A Cultura do Palco: tempo, espaço, local, biografia, acontecimento, sínteseA Cultura do Palco: tempo, espaço, local, biografia, acontecimento, síntese
A Cultura do Palco: tempo, espaço, local, biografia, acontecimento, síntese
 

Último

Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...azulassessoria9
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaCentro Jacques Delors
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...AnaAugustaLagesZuqui
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Cabiamar
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa paraAndreaPassosMascaren
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Centro Jacques Delors
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Centro Jacques Delors
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfAutonoma
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...SileideDaSilvaNascim
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptxMarlene Cunhada
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...azulassessoria9
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docPauloHenriqueGarciaM
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfJuliana Barbosa
 

Último (20)

Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 

O Teatro como mundo da ilusão e espaço privilegiado do espetáculo I

  • 1. Guião de Trabalho 8 HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES 2º ano - Curso Profissional Artes do Espetáculo - Interpretação Profª Cristina Barcoso Lourenço MÓDULO 6 A CULTURA DO PALCO Desenvolvimento do teatro à italiana. Recurso a maquinarias e a cenários. O Barroco foi um movimento cultural e filosófico da história da cultura ocidental que teve início em Itália e decorreu, aproximadamente, entre meados do século XVI e meados do século XVIII. Assiste-se neste movimento à exaltação dos sentimentos e da religiosidade expressos de forma intensa, dramática e emocional. As salas de espetáculo inserem-se no estilo designado por teatro à italiana. Eram construídas, sobretudo, em forma de ferradura e orientavam-se perpendicularmente ao palco. O público assistia sentado na plateia e também em camarotes e frisas que circundavam a cena. Geralmente nas cúpulas das salas podiam apreciar-se pinturas de artistas reconhecidos. Este tipo de salas, para além de permitir uma boa visão do espetáculo, tinha como objetivo, no século XIX, em termos sociais, permitir ao público ser visto e mostrar-se. O palco italiano era um espaço retangular fechado nos três lados, com uma quarta parede visível ao público frontal através da boca de cena: retangular, semicircular, ferradura ou misto. Era constituído por recursos específicos que permitiam fazer aparecer e desaparecer objetos e pessoas através dos alçapões e quarteladas 1 . A estes efeitos chamava-se "mágica". A maquinaria existente nestes teatros permitia realizar espetáculos complexos e de grande exigência técnica. Os teatros à italiana são património cultural e foram remodelados ao longo das épocas estando hoje apetrechados com novos recursos tecnológicos que se associam aos dispositivos originais (verdadeiras caixas de mágica), proporcionando grandes montagens de teatro, ópera e dança. Pela primeira vez é usada uma cortina para tapar a cena. As três portas da cena grega 1 Divisão no soalho do palco para se poderem abrir alçapões. "Quarteladas", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/quarteladas [consultado em 12-11-2017]. O TEATRO COMO MUNDO DA ILUSÃO E ESPAÇO PRIVILEGIADO DO ESPETÁCULO. Espaços, suportes e linguagens Quarteladas In https://goo.gl/5spKpN, consultado a 12/11/2017 In https://goo.gl/hKY8qr, consultado a 12/11/2017 Teatro Farnese. Parma, 1618, Giovanni Battista Aleotti, In https://goo.gl/Ku6MPH e https://goo.gl/veAnhh, consultado a 12/11/2017
  • 2. são substituídas por telões pintados que permitem efeitos de perspetiva e é introduzida a maquinaria para efeitos especiais. Foi no século XVIII que surgiu o telão de fundo, geralmente com a pintura de uma paisagem o mais naturalista possível, e os chamados bastidores, panos laterais ao palco igualmente em tela pintada. Apagam-se as luzes da sala durante o espetáculo, para concentrar a atenção do público no palco. Há uma platéia e camarotes, dispostos em ferradura. A ópera torna-se tão popular que, só em Veneza, no século XVII, funcionam regularmente 14 teatros. Espaço Cénico “Dois elementos são absolutamente indispensáveis à existência do teatro: ator e público. O espetáculo é uma decorrência natural do encontro de ambos no mesmo espaço, que pode ser um canto de praça, um auditório de escola, um salão de clube ou, até mesmo, um palco especialmente construído e dotado de recursos técnicos apropriados à encenação. Curioso observar, na história do teatro, que o espaço cénico foi sofrendo modificações à medida que foi absorvendo as contingências sociais de cada época, as novas conquistas da técnica, etc. O lendário carro de Téspis, na Grécia mitológica, sugere-nos um espaço cénico de forma circular, com o ator no centro, sobre o tablado improvisado, com o público à sua volta... Graficamente o teatro primitivo deveria ser mais ou menos assim: A necessidade de um anteparo que pudesse projetar as vozes dos atores e escamotear a entrada ou saída das personagens teria gerado o espaço cénico que os antigos gregos adotaram. Essa forma serviu aos gregos até aproximadamente 400 a.C.. Arquibancadas - a principio de madeira e, depois, de pedra - circundavam uma arena onde o coro das tragédias evoluía, cantando e dançando. Uma plataforma era reservada à atuação dos atores, que dialogavam com o coro à sua frente. Quando os romanos invadiram a Grécia, apaixonaram-se pelo teatro que ali se produzia e adotaram, com pequenas adaptações, o seu palco: A Idade Média abandonou essa construção, desenvolvendo um tipo de espetáculo místico, de intenções edificantes, e que era encenado num longo tablado dentro das catedrais, a princípio, e nas praças públicas, logo a seguir. Os cenários eram simultâneos e fixos. A platéia é que se deslocava de uma cena para outra. No final da Idade Média, as ideias do Humanismo trouxeram de volta a cultura clássica, e ocorre, então, o Renascimento, retomando os modelos greco-romanos. O novo espaço cénico passa a ter estas características. O século XVII corresponde ao Barroco, período em que o teatro adotou um espaço cénico em forma de ferradura, com as extremidades voltadas para o palco e vários níveis de platéia. Na Inglaterra surgiria uma nova forma de espaço cénico, que ficou conhecida como Palco elisabetano, referência à Rainha Elisabete, que reinava então. Esse foi o teatro de Shakespeare. A forma de ferradura desenvolvida no Barroco permaneceu mais ou menos intacta nos séculos XVIII e XIX. No século XX ainda permanecem sob o nome de palco italiano. O mundo contemporâneo trouxe importantes inovações no campo da iluminação, da cenografia e do figurino. Paralelamente, outras tendências dão preferência a um espaço cénico capaz de provocar o envolvimento e a intimidade com o público. Esta forma de teatro, chamado de arena, lembra muito o teatro primitivo de Téspis e sua carroça: In http://slideplayer.com.br/slide/1433724/, consultado a 12/11/2017
  • 3. O teatro barroco herdou os avanços renascentistas na construção de cenários com perspetivas ilusionísticas, o que estava ligado ao reviver da arquitetura clássica. Arquitetos como Vincenzo Scamozzi, Sebastiano Serlio, Bernardo Buontalenti e Baldassare Peruzzi haviam participado ativamente da conceção de cenários de impacto realista, seja através de painéis pintados, o que era mais comum, seja com construções realmente tridimensionais sobre os palcos, e no fim do século XVI a cenografia torna-se uma parte importante na representação teatral. Durante o período barroco, os encenadores começaram a empregar artistas para pintar o pano de fundo para as diversas cenas das suas peças. Ao longo do século seguinte adquiriu relevo ainda maior, e como os cenários teatrais não estavam sujeitos às limitações da arquitetura real, desenvolveu- se uma linha de cenários altamente fantasiosos e bizarros, onde a imaginação encontrou um terreno livre para se manifestar. À medida que os cenários móveis se tornavam mais complexos, da mesma forma evoluíam as casas teatrais, até então construções temporárias ou de proporções modestas. A grande construção arquitetónica de cenários barrocos desenvolveu-se mais em óperas do que em peças teatrais. Dentro de tantas colunas, cúpulas, arcos e perspetivas, a presença humana se reduzia quase ao mínimo, só se fazendo sentir pelo canto vigoroso. O primeiro grande teatro permanente foi construído em Florença em meados do século XVI, e no século seguinte outros apareceram. O primeiro proscénio2 permanente surgiu em 1618 no Teatro Farnese em Parma, sob a forma de uma derivação de um arco de triunfo. Fixos, limitavam a visão do público à regra da perspetiva central, que correspondia simbolicamente à visão do governante, um reflexo da ideologia absolutista. O edifício teatral no barroco, seguiu a conceção à italiana, apresentou em particular a planta da plateia em forma de ferradura e andares com frisas e camarotes até sobre o proscênio e o palco. O teatro do barroco, mais que o espetáculo teatral em si, era o lugar dos acontecimentos sociais mais significativos e hierarquizados. No teatro barroco recorria-se a uma maquinaria específica: maquinismos de voo, as designadas glórias, envolvidas por nuvens que desciam à terra carregando toda a assembleia de divindades. Sistema idêntico era utilizado nas aparições, na conquista da verticalidade do espaço cénico. Construções móveis (máquinas complexas, peças de contrapeso) simultaneamente animadas com certos efeitos pirotécnicos, impunham, ao longo da representação, determinados movimentos à cena. Ao conjunto de todos os mecanismos cola-se a ideia do maravilhoso e de sublime - auroras, crepúsculos, nuvens e paraísos - que pela beleza de imaginação e habilidade técnica produzem efeitos luminosos e acústicos, excelentes auxiliares do espetáculo lírico. Bibliografia http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/teatro/backstage.php?s=21&id=18, consultado a 12/11/2017) http://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/teatro-barroco, consultado a 12/11/2017) https://goo.gl/hKY8qr; http://rpm-ns.pt/index.php/rpm/article/viewFile/84/327, consultado a 12/11/2017) http://andreteatro.blogspot.pt/2011/06/espaco-cenico.html, consultado a 12/11/2017) 2 Parte do palco situada à frente do cenário https://goo.gl/bdnCQX, consultado a 12/11/2017 Festival das Artes Barrocas em Český Krumlov, República Checa, In https://goo.gl/FqugHA, consultado a 12/11/2017 Teatro Teatro Petruzzelli, Bari, Itália, In https://goo.gl/2v8hVs, consultado a 12/11/2017