O documento discute a doença de Parkinson, definindo-a como uma doença degenerativa do sistema nervoso central causada por diminuição da dopamina. Apresenta suas causas, classificação, sintomas, diagnóstico e tratamento multidisciplinar focado em medicamentos, cirurgia, estimulação cerebral e fisioterapia.
2. DEFINIÇÃO
DP: Doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica
e progressiva. Sendo causada por uma diminuição intensa da
produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância
química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células
nervosas).
3. ETIOLOGIA
A etiologia é tida como idiopática, mas estudos
acreditam que a DP pode ser decorrente de um conjunto
de fatores, sejam eles genéticos, toxinas ambientais,
estresse Oxidativo, anormalidades mitocondriais e/ou
alterações do envelhecimento.
Fator
genético
Fator tóxico-
ambiental
Fator tóxico-
metabólico
DP
4. CLASSIFICAÇÃO
a) PRIMÁRIA
Doença de Parkinsom.
b) PARKINSONISMO-PLUS
Paralisia supranuclear progressiva.
c) HEREDITÁRIO
Doença de Huntingtom.
Doença de wilsom.
d) SECUNDÁRIO
Infecção, drogas, toxinas, vascular, trauma e metabólico.
5. FISIOPATOLOGIA
Por uma causa desconhecida, as células produtoras de
dopamina na substância negra se degeneram
progressivamente.
Disfunção mitocondrial (DP): diminuição da produção de ATP e aumento
de Oxigênio reativo que gera um stress Oxidativo.
8. EPIDEMIOLOGIA
Parkinsom é a segunda doença neurodegenerativa mais comum
depois de Alzhemer.
Aproximadamente 1,2 milhões de pessoas vivem com doença de
prakinsom em toda Europa.
Reino Unido: 90 mil.
Alemanha: 110 mil.
França: 120 mil.
Itália: 240 mil.
Espanha: 260 mil.
Brasil : 160 mil.
Obs: Segundo o estudo em 2030 esses números vão dobrar,
população esta envelhecendo mais.
10. SINAIS E SINTOMAS
Falta de equilibrio.
Bradcinesia.
Lentidão nos movimentos.
Tremores em repouso.
Alterações na
marcha(andar em bloco).
Apnéia do sono, sonolência
diurna, disfunção cognitiva.
11. SINAIS E SINTOMAS
(respiratório)
O padrão hipercifótico decorrente da
rigidez articular e alterações posturais,
influenciam na menor expansão pulmonar e
déficit restritivo na ventilação.
13. ASPECTOS CLÍNICOS MOTORES
Tremor de Repouso
Em geral problema na via
motora direita.
Ocorre uma diminuição
ou ausência quando realiza
o movimento.
Estudos indicam que
(pés, mãos e madibula). De
á 4-5 Hz.
Bradcinesia
Hipocinesia
Acinesia
Hipertonia classica.
Sinal de cano de
chumbo.
Dificuldades para
pivotear.
Micrografia
Hipomimia
Fênomeno ON-OFF.
Discinesias.
Sinal da torre de pisa.
Roda denteada
14. ASPECTOS CLÍNICOS NÃO
MOTORES
Sudorese
Sialorréia
Hipotensão ortostática.
Disfagia.
Constipação intestinal.
Disfunção sexual e urinaria.
Demência.
Apatia e delírios .
Dermatite seborreica.
Perda da olfação.
Paralisia no olhar conjugado
para cima.
15. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTÁGIOS.
Hoehn & Yahr
Estágio 1
Unilateral compremetimento em geral no MMSS superior seja D
ou E.
Estagio 1 e ½ ( um dimídio), tremor e rigidez de um só lado.
Estágio 2
Bilateral / equilíbrio preservado, ocorre diminuição do balanceio
dos MMSS durante a marcha, rigidez e reflexos posturais
preservados.
Estágio 2 e ½
Bilateral resposta ao equilíbrio, prejuízo da estabilidade
mínima(teste do empurrão).
16. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTÁGIOS
Estágio 3
Bilateral estratégia de passos,
comprometimento bilateral e rigidez.
Estágio 4 (todos alterações dos estágios
anteriores+sialorréia).
Bilateral sob/supervisão, dificuldades para tarefa
motora(como levantar-se de uma cadeira),
não tem estrátegia de ajuste postual,
instabilidade.
17. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTÁGIOS
Estágio 5
Bilateral/todas alterações dos estágios
anteriores+dependencia, sem auxilio paciente
fica na cama ou no CR.
18. DIAGNÓSTICO
• O Diagnóstico é baseado geralmente em
sintomas, na história médica e nos resultados
de um exame clínico(imagem) e por exclusão
de outras doenças.
19. Diagnóstico Diferencial
• Tremor de repouso
• Hipomimia
• Paralisia no olhar conjugado para cima
BRADICINESIA
HIPOCINESIA
ACINESIA
20. TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR
Clínico geral
PACIENTE E CUIDADOR
Neurologista e
Enfermeiro
Fisiatra/Fisioterapeuta
ou Geriatra
Enfermeiro especialista
em Doença de Parkinsom
Neurocirurgião
Geriatria
Farmacêutico
Cuidados no domicilio
e cuidados sociais
Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Terapeuta
ocupacional
Nutricionista
Sexólogo
Assistente social
Psicólogo
Psiquiatra
Centro regional de excelência
em Doença de Parkinsom
21. TRATAMENTO CLÍNICO
a) Levodopa ou L-Dopa ainda é o medicamento mais importante para
amenizar os sintomas da doença. A levodopa se transforma em
dopamina no cérebro, e supre parcialmente a falta daquele
neurotransmissor.
b) Cirurgias
As cirurgias também podem ser bastante benéficas para determinados
pacientes. As cirurgias consistem em lesões no núcleo pálido interno
(Palidotomia) ou do tálamo ventro-lateral (Talamotomia), que estão
envolvidos no mecanismo da rigidez e tremor. Porém, a lentidão de
movimentos responde melhor aos medicamentos. Essas lesões
podem diminuir a rigidez e abolir o tremor
c) Estimulação profunda do cérebro (marcapasso cerebral)
Atualmente já disponível no Brasil, o marcapasso é muito benéfico,
especialmente para reduzir o tremor.
22. Tratamento Fisioterapêutico
As cinco áreas centrais da fisioterapia direcionadas a pessoas com DP são:
Capacidades físicas
Transferências
Atividades manuais
Equilíbrio
Marcha
Cognitivo
Considerações
Impedimento cognitivo
Ambiente
Medicação
Patologias associadas
Envelhecimento
Mudanças adaptativas
Necessidade de cuidadores
Distúrbios do movimento
23. Os principais objetivos da fisioterapia são
melhorar as limitações físicas, favorecer o
desempenho e capacidade de exercer força,
melhorar mobilidade, resistência, postura,
equilíbrio e marcha dos acometidos. Para os
indivíduos classificados nos estágios de
incapacidade leve a moderada, a reabilitação
engloba a promoção à saúde, ganho de força
geral, enquanto que as metas fisioterápicas aos
pacientes nos estágios de incapacidades graves
envolvem mobilidade, flexibilidade e resistência
para as atividades diárias, transferências, treino
de equilíbrio e marcha.
24. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
1) Treinamento da mobilidade articular e força muscular para
melhorar a capacidade física
1) Cinesioterapia para melhorar o equilíbrio
2) Aplicação de estratégias de movimentos cognitivo para
melhorar as transferências
3) Aplicação de estratégias de pistas para melhorar a marcha
4) Influência de exercícios
5) Fraqueza muscular
6) Fisioterapia Respiratória