Aula sobre demencia de parkinson com base no tratado de geriatria e gerontologia da sociedade brasileira de geriatria e gerontologia focada em diagnostico e fisiopatologia da doença bem como diagnosticos diferenciais
4. PARKINSONISMO
• É definido como uma vasta categoria de doenças que
apresentam diminuição da neurotransmissão dopaminérgica
nos gânglios da base.
• Classifica-se o parkinsonismo em 4 categorias: primário,
secundário, síndromes Parkinsonplus e doenças
heredodegenerativas.
• É uma síndrome que se manifesta pelos seguintes sinais
cardinais:
*Pelo menos mais um dos
Bradicinesi
a
Tremor;
Rigidez;
Instabilidade
postural.*
5.
6.
7. DOENÇA DE PARKINSON
A Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico
degenerativo crônico, que gera grande incapacidade com a
progressão da doença.
Afeta o sistema nervoso central, principalmente o sistema
motor.
É a principal causa dos casos de parkinsonismo.
A doença de Parkinson também é denominada parkinsonismo
primário ou doença de Parkinson idiopática.
8. DOENÇA DE PARKINSON
• Acomete preferencialmente pessoas com idade superior a 50
anos de ambos os sexos, diferentes raças e classes sociais.
• É comum, sendo que a incidência e a prevalência aumentam
com o avançar da idade:
• A prevalência em pessoas com idade entre 60 e 69 anos é de
700/100.000, e entre 70 e 79 anos é de 1500/100.000.
• No entanto, 10% dos doentes têm menos de 50 anos e 5% têm
menos de 40 anos.
• 36 mil novos casos surgem por ano no país.
9. DOENÇA DE PARKINSON
• Apresenta etiologia idiopática: acredita-se que os seus
surgimentos provem de fatores ambientais e genéticos,
podendo interagir e contribuir para o desenvolvimento
neurodegenerativo da DP.
• O processo de envelhecimento está intimamente interligado a
esta afecção devido à aceleração da perda de neurônios
dopaminérgicos com o passar dos anos.
• Afeta a saúde e a qualidade de vida dos pacientes e
compromete a estrutura socioeconômica da família.
11. ETIOLOGIA
• Idiopática.
• Conjunto de fatores: genéticos, toxinas ambientais, estresse
oxidativo, anormalidades mitocondriais e/ou alterações do
envelhecimento.
12. ETIOLOGIA
• Questões químicas: exposições a produtos químicos industriais.
• Estresse oxidativo: desequilíbrio entre formação de radicais livres e
agentes antioxidantes.
• Genética: presença de genes que favorecem a doença.
• Disfunções mitocondriais: fatores tóxicos/genéticos, que tendem a
morte celular programada.
Obs: Com relação à contribuição do envelhecimento cerebral, este
estaria relacionado com a prevalência da idade, associada à perda
13. FISIOPATOLOGIA
Núcleos da base
• Emitem e recebem projeções entre si e com o córtex
cerebral, tálamo e tronco cerebral, e são responsáveis por
diversas funções como: coordenação motora, comportamentos
de rotina (bruxismo), emoções e cognição.
16. FISIOPATOLOGIA
• Excessiva ativação do corpo estriado
Sinais excitatórios
Sistema de controle motor corticoespinhal
Movimentos involuntários
17. FISIOPATOLOGIA
• Com a progressão da doença e degeneração neuronal,
desenvolvem corpos citoplasmáticos inclusos, existentes na
substância negra do mesencéfalo, os quais se aglomeram em
grande quantidade.
• Corpos de Lewy são encontrados no interior dos neurônios,
consistindo de neurofilamentos com agregados de α-sinucleína
e ubiquitina.
• Não estariam relacionados com a causa da doença, mas sim
com sua sintomatologia.
19. SINAIS E SINTOMAS
• O conjunto de sinais e sintomas da doença de Parkinson surge
de maneira progressiva, sendo muitas vezes atribuídos ao
próprio processo e envelhecimento.
20. SINAIS E SINTOMAS
• Apesar da maioria dos sintomas serem de origem motora,
manifestações de ordem não motora também podem ocorrer,
dentre elas: comprometimento cognitivo, distúrbios do sono,
depressão e alterações do sistema nervoso autônomo.
• Sintomas sensitivos: 40% dos portadores da doença
apresentam dor e dormência, local ou generalizada.
21. SINAIS E SINTOMAS
• Manifestações disautonômicas: hipotensão ortostática,
sialorreia, impotência sexual, sudorese, constipação intestinal e
disfunção urinária.
• Movimentos involuntários: mioclonia e distonia podem
aparecer e desaparecer em diferentes fases da doença.
• Distúrbios do sono: insônia, ataques do tipo narcolepsia
durante o dia, sonhos atípicos e alterações funcionais do sono
REM.
22. SINAIS E SINTOMAS
• A perda cognitiva leve é um sintoma constante, que ocorre
desde os primeiros anos da doença. Assim sendo, a tendência é
a de evolução lenta para a demência.
• A demência é o principal fator de risco para mortalidade nos
pacientes com doença de Parkinson.
23. SINAIS E SINTOMAS
• Tremor: caracterizado como sendo de repouso, com frequência
de 4 a 6 ciclos por segundo, costuma envolver inicialmente as
mãos, podendo atingir os lábios e membros inferiores.
Raramente acomete pescoço, cabeça e voz. Pode aumentar
durante a marcha, esforço mental em situações de tensão
emocional, diminuindo com a movimentação voluntária do
segmento afetado e desaparecendo com o sono.
• Pode ser uni ou bilateral.
• Gesto de “contar moedas”.
24. SINAIS E SINTOMAS
• Rigidez muscular: decorre do aumento da resistência que os
músculos oferecem ao movimento passivo.
• Quando um músculo é ativado para realização de determinado
movimento, em condições normais seu antagonista é inibido
para facilitar o movimento.
• Na DP, essa inibição não é feita de maneira eficaz, como
consequência os músculos tornam-se mais tensos e contraídos
e o doente se sente rígido e com pouca mobilidade.
25. SINAIS E SINTOMAS
• A rigidez está presente por toda a amplitude do movimento
movimento em “roda denteada”.
• Pode ter uma distribuição desigual, iniciando em um membro
ou em dos lados e eventualmente disseminando-se até envolver
todo o corpo.
26. SINAIS E SINTOMAS
• Bradicinesia: empobrecimento e lentidão nos movimentos.
Todos os aspectos são afetados, incluindo início, alteração de
direção, habilidade em interromper e reiniciar o movimento.
• Alterações de velocidade, alcance, amplitude, componente
rotatório, reações de endireitamento, de equilíbrio, de marcha e
mimica facial estão presentes.
27. SINAIS E SINTOMAS
• Movimentos automáticos como deglutição, fala e tosse estão
particularmente afetados.
• Complicações respiratórias podem ocorrer devido a ineficácia
da tosse e também devido a postura adotada na DP (a postura
em flexão juntamente com a rigidez da musculatura intercostal
diminuem a mobilidade da caixa torácica, o que resulta em
redução da expansibilidade pulmonar na inspiração e
depressão torácica na expiração, levando a limitação
progressiva da ventilação).
28. SINAIS E SINTOMAS
• Marcha: é uma marcha lenta e arrastada “marcha em bloco”.
• O persistente e típico posicionamento da cabeça e tronco para
frente deslocam o centro de gravidade para adiante, resultando
em uma marcha festinada, em que o paciente dá múltiplos
passos curtos, para evitar que caia para frente.
29. SINAIS E SINTOMAS
• “FREENZING”: perda abrupta da capacidade de iniciar ou
sustentar uma atividade motora específica, mantendo as
demais inalteradas.
• Quedas: ocorrem devido as alterações na marcha + visão
deficiente + equilíbrio insuficiente + postura inclinada +
distúrbios proprioceptivos + fenômeno freenzing
31. DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico da DP é baseado na história clínica, que pode
evidenciar:
• Tremor ou dor em extremidades.
• Alterações da marcha, relatadas pela família do paciente.
• Didaticamente, a DP é dividida em duas formas básicas:
• Forma tremulante: tremor de repouso, unilateral, de início
insidioso e piora progressiva.
• Forma rígido-acinética: maior lentidão para realizar suas
atividades cotidianas.
32. DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico baseia-se principalmente nos aspectos
semiológicos:
• Tremor de repouso;
• Rigidez;
• Perda do reflexo postural;
• Hipocinesia.
• A marcha característica, consta de pequenos passos com
velocidade crescente e também denuncia a presença do
distúrbio.
• Alterações da mímica facial, do humor, da caligrafia e da voz
33. REFERÊNCIAS
WERNECK, Antônio Luiz S. Doença de Parkinson: Etiopatogenia, Clínica e
Terapêutica. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ. Ano 9, Janeiro
a Junho de 2010.
SOUZA, Cheylla Fabricia M. et al. A Doença de Parkinson e o Processo de
Envelhecimento Motor: Uma Revisão de Literatura. Revista Neurociência
2011.
COELHO, Rhaonne F. et al. Doença de Parkinson: uma revisão da literatura.
UNIVALE. Governador Valadares.
SAITO, C. T. A doença de Parkinson e seus tratamento: uma revisão de
literatura. 2011. 36 f. Monografia (Especialização em Saúde Coletiva e Saúde
da Família) – Centro Universitário Filadélfia - UniFil. Londrina - PR., 2011.
34. REFERÊNCIAS
Revista Científica da FMC. Vol. 2, nº 2, 2007. Doença de Parkinson:
como diagnosticar e tratar. Moreira CS et al.
Revista Neurociência. 2011. A Doença de Parkinson e o Processo de
Envelhecimento Motor: Uma Revisão de Literatura. Souza CF et al.
Tratado de geriatria e gerontologia/Elizabete Viana de Freitas, Ligia
Py. – 4. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.