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DOENÇA DE
PARKINSON
ABORDAGEM
SINDRÔMICA
GRUPO
• Ana Luiza Tolentino Magalhães
• Brendha dos Santos Moreira
• Larissa Cristina Ferreira
• Mariana Lívia Sevirino Avelar
DOENÇA DE
PARKINSON
INTRODUÇÃO
PARKINSONISMO
• É definido como uma vasta categoria de doenças que
apresentam diminuição da neurotransmissão dopaminérgica
nos gânglios da base.
• Classifica-se o parkinsonismo em 4 categorias: primário,
secundário, síndromes Parkinsonplus e doenças
heredodegenerativas.
• É uma síndrome que se manifesta pelos seguintes sinais
cardinais:
*Pelo menos mais um dos
Bradicinesi
a
Tremor;
Rigidez;
Instabilidade
postural.*
DOENÇA DE PARKINSON
 A Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico
degenerativo crônico, que gera grande incapacidade com a
progressão da doença.
 Afeta o sistema nervoso central, principalmente o sistema
motor.
 É a principal causa dos casos de parkinsonismo.
 A doença de Parkinson também é denominada parkinsonismo
primário ou doença de Parkinson idiopática.
DOENÇA DE PARKINSON
• Acomete preferencialmente pessoas com idade superior a 50
anos de ambos os sexos, diferentes raças e classes sociais.
• É comum, sendo que a incidência e a prevalência aumentam
com o avançar da idade:
• A prevalência em pessoas com idade entre 60 e 69 anos é de
700/100.000, e entre 70 e 79 anos é de 1500/100.000.
• No entanto, 10% dos doentes têm menos de 50 anos e 5% têm
menos de 40 anos.
• 36 mil novos casos surgem por ano no país.
DOENÇA DE PARKINSON
• Apresenta etiologia idiopática: acredita-se que os seus
surgimentos provem de fatores ambientais e genéticos,
podendo interagir e contribuir para o desenvolvimento
neurodegenerativo da DP.
• O processo de envelhecimento está intimamente interligado a
esta afecção devido à aceleração da perda de neurônios
dopaminérgicos com o passar dos anos.
• Afeta a saúde e a qualidade de vida dos pacientes e
compromete a estrutura socioeconômica da família.
DOENÇA DE
PARKINSON
FISIOPATOLOGI
A
ETIOLOGIA
• Idiopática.
• Conjunto de fatores: genéticos, toxinas ambientais, estresse
oxidativo, anormalidades mitocondriais e/ou alterações do
envelhecimento.
ETIOLOGIA
• Questões químicas: exposições a produtos químicos industriais.
• Estresse oxidativo: desequilíbrio entre formação de radicais livres e
agentes antioxidantes.
• Genética: presença de genes que favorecem a doença.
• Disfunções mitocondriais: fatores tóxicos/genéticos, que tendem a
morte celular programada.
Obs: Com relação à contribuição do envelhecimento cerebral, este
estaria relacionado com a prevalência da idade, associada à perda
FISIOPATOLOGIA
Núcleos da base
• Emitem e recebem projeções entre si e com o córtex
cerebral, tálamo e tronco cerebral, e são responsáveis por
diversas funções como: coordenação motora, comportamentos
de rotina (bruxismo), emoções e cognição.
FISIOPATOLOGIA
• Substância negra Corpo estriado
Neurônios dopaminérgicos
Inibição neuronal
Ausência de movimentos involuntários
FISIOPATOLOGIA
• Excessiva ativação do corpo estriado
Sinais excitatórios
Sistema de controle motor corticoespinhal
Movimentos involuntários
FISIOPATOLOGIA
• Com a progressão da doença e degeneração neuronal,
desenvolvem corpos citoplasmáticos inclusos, existentes na
substância negra do mesencéfalo, os quais se aglomeram em
grande quantidade.
• Corpos de Lewy são encontrados no interior dos neurônios,
consistindo de neurofilamentos com agregados de α-sinucleína
e ubiquitina.
• Não estariam relacionados com a causa da doença, mas sim
com sua sintomatologia.
DOENÇA DE
PARKINSON
SINAIS E
SINTOMAS
SINAIS E SINTOMAS
• O conjunto de sinais e sintomas da doença de Parkinson surge
de maneira progressiva, sendo muitas vezes atribuídos ao
próprio processo e envelhecimento.
SINAIS E SINTOMAS
• Apesar da maioria dos sintomas serem de origem motora,
manifestações de ordem não motora também podem ocorrer,
dentre elas: comprometimento cognitivo, distúrbios do sono,
depressão e alterações do sistema nervoso autônomo.
• Sintomas sensitivos: 40% dos portadores da doença
apresentam dor e dormência, local ou generalizada.
SINAIS E SINTOMAS
• Manifestações disautonômicas: hipotensão ortostática,
sialorreia, impotência sexual, sudorese, constipação intestinal e
disfunção urinária.
• Movimentos involuntários: mioclonia e distonia podem
aparecer e desaparecer em diferentes fases da doença.
• Distúrbios do sono: insônia, ataques do tipo narcolepsia
durante o dia, sonhos atípicos e alterações funcionais do sono
REM.
SINAIS E SINTOMAS
• A perda cognitiva leve é um sintoma constante, que ocorre
desde os primeiros anos da doença. Assim sendo, a tendência é
a de evolução lenta para a demência.
• A demência é o principal fator de risco para mortalidade nos
pacientes com doença de Parkinson.
SINAIS E SINTOMAS
• Tremor: caracterizado como sendo de repouso, com frequência
de 4 a 6 ciclos por segundo, costuma envolver inicialmente as
mãos, podendo atingir os lábios e membros inferiores.
Raramente acomete pescoço, cabeça e voz. Pode aumentar
durante a marcha, esforço mental em situações de tensão
emocional, diminuindo com a movimentação voluntária do
segmento afetado e desaparecendo com o sono.
• Pode ser uni ou bilateral.
• Gesto de “contar moedas”.
SINAIS E SINTOMAS
• Rigidez muscular: decorre do aumento da resistência que os
músculos oferecem ao movimento passivo.
• Quando um músculo é ativado para realização de determinado
movimento, em condições normais seu antagonista é inibido
para facilitar o movimento.
• Na DP, essa inibição não é feita de maneira eficaz, como
consequência os músculos tornam-se mais tensos e contraídos
e o doente se sente rígido e com pouca mobilidade.
SINAIS E SINTOMAS
• A rigidez está presente por toda a amplitude do movimento 
movimento em “roda denteada”.
• Pode ter uma distribuição desigual, iniciando em um membro
ou em dos lados e eventualmente disseminando-se até envolver
todo o corpo.
SINAIS E SINTOMAS
• Bradicinesia: empobrecimento e lentidão nos movimentos.
Todos os aspectos são afetados, incluindo início, alteração de
direção, habilidade em interromper e reiniciar o movimento.
• Alterações de velocidade, alcance, amplitude, componente
rotatório, reações de endireitamento, de equilíbrio, de marcha e
mimica facial estão presentes.
SINAIS E SINTOMAS
• Movimentos automáticos como deglutição, fala e tosse estão
particularmente afetados.
• Complicações respiratórias podem ocorrer devido a ineficácia
da tosse e também devido a postura adotada na DP (a postura
em flexão juntamente com a rigidez da musculatura intercostal
diminuem a mobilidade da caixa torácica, o que resulta em
redução da expansibilidade pulmonar na inspiração e
depressão torácica na expiração, levando a limitação
progressiva da ventilação).
SINAIS E SINTOMAS
• Marcha: é uma marcha lenta e arrastada  “marcha em bloco”.
• O persistente e típico posicionamento da cabeça e tronco para
frente deslocam o centro de gravidade para adiante, resultando
em uma marcha festinada, em que o paciente dá múltiplos
passos curtos, para evitar que caia para frente.
SINAIS E SINTOMAS
• “FREENZING”: perda abrupta da capacidade de iniciar ou
sustentar uma atividade motora específica, mantendo as
demais inalteradas.
• Quedas: ocorrem devido as alterações na marcha + visão
deficiente + equilíbrio insuficiente + postura inclinada +
distúrbios proprioceptivos + fenômeno freenzing
DOENÇA DE
PARKINSON
DIAGNÓSTIC
O
DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico da DP é baseado na história clínica, que pode
evidenciar:
• Tremor ou dor em extremidades.
• Alterações da marcha, relatadas pela família do paciente.
• Didaticamente, a DP é dividida em duas formas básicas:
• Forma tremulante: tremor de repouso, unilateral, de início
insidioso e piora progressiva.
• Forma rígido-acinética: maior lentidão para realizar suas
atividades cotidianas.
DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico baseia-se principalmente nos aspectos
semiológicos:
• Tremor de repouso;
• Rigidez;
• Perda do reflexo postural;
• Hipocinesia.
• A marcha característica, consta de pequenos passos com
velocidade crescente e também denuncia a presença do
distúrbio.
• Alterações da mímica facial, do humor, da caligrafia e da voz
REFERÊNCIAS
WERNECK, Antônio Luiz S. Doença de Parkinson: Etiopatogenia, Clínica e
Terapêutica. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ. Ano 9, Janeiro
a Junho de 2010.
SOUZA, Cheylla Fabricia M. et al. A Doença de Parkinson e o Processo de
Envelhecimento Motor: Uma Revisão de Literatura. Revista Neurociência
2011.
COELHO, Rhaonne F. et al. Doença de Parkinson: uma revisão da literatura.
UNIVALE. Governador Valadares.
SAITO, C. T. A doença de Parkinson e seus tratamento: uma revisão de
literatura. 2011. 36 f. Monografia (Especialização em Saúde Coletiva e Saúde
da Família) – Centro Universitário Filadélfia - UniFil. Londrina - PR., 2011.
REFERÊNCIAS
Revista Científica da FMC. Vol. 2, nº 2, 2007. Doença de Parkinson:
como diagnosticar e tratar. Moreira CS et al.
Revista Neurociência. 2011. A Doença de Parkinson e o Processo de
Envelhecimento Motor: Uma Revisão de Literatura. Souza CF et al.
Tratado de geriatria e gerontologia/Elizabete Viana de Freitas, Ligia
Py. – 4. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

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  • 2. GRUPO • Ana Luiza Tolentino Magalhães • Brendha dos Santos Moreira • Larissa Cristina Ferreira • Mariana Lívia Sevirino Avelar
  • 4. PARKINSONISMO • É definido como uma vasta categoria de doenças que apresentam diminuição da neurotransmissão dopaminérgica nos gânglios da base. • Classifica-se o parkinsonismo em 4 categorias: primário, secundário, síndromes Parkinsonplus e doenças heredodegenerativas. • É uma síndrome que se manifesta pelos seguintes sinais cardinais: *Pelo menos mais um dos Bradicinesi a Tremor; Rigidez; Instabilidade postural.*
  • 5.
  • 6.
  • 7. DOENÇA DE PARKINSON  A Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico degenerativo crônico, que gera grande incapacidade com a progressão da doença.  Afeta o sistema nervoso central, principalmente o sistema motor.  É a principal causa dos casos de parkinsonismo.  A doença de Parkinson também é denominada parkinsonismo primário ou doença de Parkinson idiopática.
  • 8. DOENÇA DE PARKINSON • Acomete preferencialmente pessoas com idade superior a 50 anos de ambos os sexos, diferentes raças e classes sociais. • É comum, sendo que a incidência e a prevalência aumentam com o avançar da idade: • A prevalência em pessoas com idade entre 60 e 69 anos é de 700/100.000, e entre 70 e 79 anos é de 1500/100.000. • No entanto, 10% dos doentes têm menos de 50 anos e 5% têm menos de 40 anos. • 36 mil novos casos surgem por ano no país.
  • 9. DOENÇA DE PARKINSON • Apresenta etiologia idiopática: acredita-se que os seus surgimentos provem de fatores ambientais e genéticos, podendo interagir e contribuir para o desenvolvimento neurodegenerativo da DP. • O processo de envelhecimento está intimamente interligado a esta afecção devido à aceleração da perda de neurônios dopaminérgicos com o passar dos anos. • Afeta a saúde e a qualidade de vida dos pacientes e compromete a estrutura socioeconômica da família.
  • 11. ETIOLOGIA • Idiopática. • Conjunto de fatores: genéticos, toxinas ambientais, estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais e/ou alterações do envelhecimento.
  • 12. ETIOLOGIA • Questões químicas: exposições a produtos químicos industriais. • Estresse oxidativo: desequilíbrio entre formação de radicais livres e agentes antioxidantes. • Genética: presença de genes que favorecem a doença. • Disfunções mitocondriais: fatores tóxicos/genéticos, que tendem a morte celular programada. Obs: Com relação à contribuição do envelhecimento cerebral, este estaria relacionado com a prevalência da idade, associada à perda
  • 13. FISIOPATOLOGIA Núcleos da base • Emitem e recebem projeções entre si e com o córtex cerebral, tálamo e tronco cerebral, e são responsáveis por diversas funções como: coordenação motora, comportamentos de rotina (bruxismo), emoções e cognição.
  • 14.
  • 15. FISIOPATOLOGIA • Substância negra Corpo estriado Neurônios dopaminérgicos Inibição neuronal Ausência de movimentos involuntários
  • 16. FISIOPATOLOGIA • Excessiva ativação do corpo estriado Sinais excitatórios Sistema de controle motor corticoespinhal Movimentos involuntários
  • 17. FISIOPATOLOGIA • Com a progressão da doença e degeneração neuronal, desenvolvem corpos citoplasmáticos inclusos, existentes na substância negra do mesencéfalo, os quais se aglomeram em grande quantidade. • Corpos de Lewy são encontrados no interior dos neurônios, consistindo de neurofilamentos com agregados de α-sinucleína e ubiquitina. • Não estariam relacionados com a causa da doença, mas sim com sua sintomatologia.
  • 19. SINAIS E SINTOMAS • O conjunto de sinais e sintomas da doença de Parkinson surge de maneira progressiva, sendo muitas vezes atribuídos ao próprio processo e envelhecimento.
  • 20. SINAIS E SINTOMAS • Apesar da maioria dos sintomas serem de origem motora, manifestações de ordem não motora também podem ocorrer, dentre elas: comprometimento cognitivo, distúrbios do sono, depressão e alterações do sistema nervoso autônomo. • Sintomas sensitivos: 40% dos portadores da doença apresentam dor e dormência, local ou generalizada.
  • 21. SINAIS E SINTOMAS • Manifestações disautonômicas: hipotensão ortostática, sialorreia, impotência sexual, sudorese, constipação intestinal e disfunção urinária. • Movimentos involuntários: mioclonia e distonia podem aparecer e desaparecer em diferentes fases da doença. • Distúrbios do sono: insônia, ataques do tipo narcolepsia durante o dia, sonhos atípicos e alterações funcionais do sono REM.
  • 22. SINAIS E SINTOMAS • A perda cognitiva leve é um sintoma constante, que ocorre desde os primeiros anos da doença. Assim sendo, a tendência é a de evolução lenta para a demência. • A demência é o principal fator de risco para mortalidade nos pacientes com doença de Parkinson.
  • 23. SINAIS E SINTOMAS • Tremor: caracterizado como sendo de repouso, com frequência de 4 a 6 ciclos por segundo, costuma envolver inicialmente as mãos, podendo atingir os lábios e membros inferiores. Raramente acomete pescoço, cabeça e voz. Pode aumentar durante a marcha, esforço mental em situações de tensão emocional, diminuindo com a movimentação voluntária do segmento afetado e desaparecendo com o sono. • Pode ser uni ou bilateral. • Gesto de “contar moedas”.
  • 24. SINAIS E SINTOMAS • Rigidez muscular: decorre do aumento da resistência que os músculos oferecem ao movimento passivo. • Quando um músculo é ativado para realização de determinado movimento, em condições normais seu antagonista é inibido para facilitar o movimento. • Na DP, essa inibição não é feita de maneira eficaz, como consequência os músculos tornam-se mais tensos e contraídos e o doente se sente rígido e com pouca mobilidade.
  • 25. SINAIS E SINTOMAS • A rigidez está presente por toda a amplitude do movimento  movimento em “roda denteada”. • Pode ter uma distribuição desigual, iniciando em um membro ou em dos lados e eventualmente disseminando-se até envolver todo o corpo.
  • 26. SINAIS E SINTOMAS • Bradicinesia: empobrecimento e lentidão nos movimentos. Todos os aspectos são afetados, incluindo início, alteração de direção, habilidade em interromper e reiniciar o movimento. • Alterações de velocidade, alcance, amplitude, componente rotatório, reações de endireitamento, de equilíbrio, de marcha e mimica facial estão presentes.
  • 27. SINAIS E SINTOMAS • Movimentos automáticos como deglutição, fala e tosse estão particularmente afetados. • Complicações respiratórias podem ocorrer devido a ineficácia da tosse e também devido a postura adotada na DP (a postura em flexão juntamente com a rigidez da musculatura intercostal diminuem a mobilidade da caixa torácica, o que resulta em redução da expansibilidade pulmonar na inspiração e depressão torácica na expiração, levando a limitação progressiva da ventilação).
  • 28. SINAIS E SINTOMAS • Marcha: é uma marcha lenta e arrastada  “marcha em bloco”. • O persistente e típico posicionamento da cabeça e tronco para frente deslocam o centro de gravidade para adiante, resultando em uma marcha festinada, em que o paciente dá múltiplos passos curtos, para evitar que caia para frente.
  • 29. SINAIS E SINTOMAS • “FREENZING”: perda abrupta da capacidade de iniciar ou sustentar uma atividade motora específica, mantendo as demais inalteradas. • Quedas: ocorrem devido as alterações na marcha + visão deficiente + equilíbrio insuficiente + postura inclinada + distúrbios proprioceptivos + fenômeno freenzing
  • 31. DIAGNÓSTICO • O diagnóstico da DP é baseado na história clínica, que pode evidenciar: • Tremor ou dor em extremidades. • Alterações da marcha, relatadas pela família do paciente. • Didaticamente, a DP é dividida em duas formas básicas: • Forma tremulante: tremor de repouso, unilateral, de início insidioso e piora progressiva. • Forma rígido-acinética: maior lentidão para realizar suas atividades cotidianas.
  • 32. DIAGNÓSTICO • O diagnóstico baseia-se principalmente nos aspectos semiológicos: • Tremor de repouso; • Rigidez; • Perda do reflexo postural; • Hipocinesia. • A marcha característica, consta de pequenos passos com velocidade crescente e também denuncia a presença do distúrbio. • Alterações da mímica facial, do humor, da caligrafia e da voz
  • 33. REFERÊNCIAS WERNECK, Antônio Luiz S. Doença de Parkinson: Etiopatogenia, Clínica e Terapêutica. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ. Ano 9, Janeiro a Junho de 2010. SOUZA, Cheylla Fabricia M. et al. A Doença de Parkinson e o Processo de Envelhecimento Motor: Uma Revisão de Literatura. Revista Neurociência 2011. COELHO, Rhaonne F. et al. Doença de Parkinson: uma revisão da literatura. UNIVALE. Governador Valadares. SAITO, C. T. A doença de Parkinson e seus tratamento: uma revisão de literatura. 2011. 36 f. Monografia (Especialização em Saúde Coletiva e Saúde da Família) – Centro Universitário Filadélfia - UniFil. Londrina - PR., 2011.
  • 34. REFERÊNCIAS Revista Científica da FMC. Vol. 2, nº 2, 2007. Doença de Parkinson: como diagnosticar e tratar. Moreira CS et al. Revista Neurociência. 2011. A Doença de Parkinson e o Processo de Envelhecimento Motor: Uma Revisão de Literatura. Souza CF et al. Tratado de geriatria e gerontologia/Elizabete Viana de Freitas, Ligia Py. – 4. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.