2. CATARATA
- Denomina-se catarata quando há uma diminuição da acuidade visual
no cristalino por opacidade, a qual pode ser parcial ou total e pode
levar a cegueira. Não está associada a dor e os sintomas
apresentados são ofuscamento, a diminuição da acuidade visual,
miopização e diplopia.
5. INCAPACIDADE COGNITIVA
Designa o comprometimento das funções encefálicas superiores capaz
de prejudicar a funcionalidade da pessoa. As principais etiologias da
incapacidade cognitiva são:
- Demência;
- Depressão;
- Delirium;
- Doenças mentais como esquizofrenia.
6. DELIRIUM
O delirium (estado confusional agudo) também pode simular ou
associar-se à demência ou depressão. Os testes de triagem cognitiva
são muito úteis para a avaliação da função cognitiva. Você deve utilizá-
los rotineiramente para esclarecimento da suspeita de incapacidade
cognitiva. O diagnóstico de incapacidade cognitiva pode ser feito pela
história do “esquecimento” relatada pelo paciente e confirmado pelos
familiares, associada a alterações nos testes de triagem cognitiva e
dificuldades na realização das atividades de vida diária.
7. DEMÊNCIA
É o desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos, que incluem
comprometimento da memória e pelo menos uma das seguintes perturbações
cognitivas: afasia, apraxia, agnosia ou uma perturbação do funcionamento
executivo.
Afasia: Distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de comunicação
da pessoa.
Apraxia: Dificuldade de realizar movimentos motores.
Agnosia: Perda da capacidade de identificar objetos ou pessoas.
8. DEMÊNCIA
As características incluem: Prejuízo da memória, que pode ser desde
um simples esquecimento até um severo esquecimento, não se
recordando da própria identidade, desorientação espacial e temporal;
Problemas de comportamento, como insônia, agitação, choro fácil,
comportamentos inadequados, desinibição social, alterações da
personalidade; Perda de habilidades adquiridas ao longo da vida, como
vestir, cuidar da casa, cozinhar, dirigir, organizar os compromissos,
problemas com a linguagem.
9. DEMÊNCIA
Existem várias causas que podem levar à demência, sendo algumas
potencialmente reversíveis: disfunções metabólicas, endócrinas,
hidroeletrolíticas, quadros infeciosos, défices nutricionais e distúrbios
psíquicos como a depressão. Os sintomas iniciais da demência variam,
mas a perda de memória a curto prazo é a característica principal e
única que alerta o médico assistente e o familiar ou pessoa
significativa.
10.
11. ALZHEIMER
É uma doença neurodegenerativa que destrói as células nervosas do córtex
cerebral, levando à atrofia progressiva do cérebro. Caracteriza-se por um
caráter progressivo e irreversível, de aparecimento insidioso, conduzindo a
uma inexorável degeneração cerebral com comprometimento de todas as
áreas cognitivas e da personalidade.
Caracterizam-se pela redução na produtividade funcional associada à
realização de tarefas complexas; Desorientação espacial; Alteração no
comportamento; Perda da memória recente; Dificuldade para aprender
novas informações.
12. ALZHEIMER
1. A sua evolução caracteriza-se pela progressiva redução do rendimento funcional
e da capacidade cognitiva. Sua fase moderada comumente associa-se a insônia,
confusão mental, agitação, afasia e apraxia.
2. Em seu estágio avançado, surgem distúrbios motores, dificuldade para
deglutir e incontinência urinária.
3. O estágio terminal caracteriza-se por mutismo e/ou intensa disfagia. O óbito
ocorre, na maioria dos casos, por infecções, em geral, após 10-15 anos do
início da doença.
*mutismo: dificuldade em se comunicar.
13. INSTABILIDADE POSTURAL
A mobilidade é das principais funções corporais e o seu comprometimento,
além de afetar diretamente a independência do indivíduo, pode acarretar
consequências gravíssimas, principalmente nos idosos. A instabilidade
postural, por exemplo, leva o idoso à queda, o que representa um dos
maiores temores em geriatria.
A complicação mais frequente da queda é o medo de cair novamente, o
que, muitas vezes, impede o idoso de deambular normalmente,
deixando-o restrito ao leito ou à cadeira, aumentando o seu
descondicionamento físico.
14. INSTABILIDADE POSTURAL
O equilíbrio corporal é mantido pela integração entre informações
sensoriais captadas pela visão, sistema vestibular e próprios
receptores. O equilíbrio corporal permite corrigir mudanças de posição
do corpo em relação à base de sustentação.
A responsabilização pelas quedas nos idosos decorre, especialmente,
da falta de condições clínicas ou de ambiente inseguro.
15. MAL DE PARKINSON
A doença de Parkinson é marcada pela degeneração progressiva dos
neurônios produtores do neurotransmissor dopamina, intimamente
relacionados ao domínio sobre os movimentos do corpo. Esse
processo de destruição das células nervosas ocorre em vários cantos
do cérebro e gera, na maioria das vezes, sintomas como rigidez
muscular e tremores involuntários; lentidão de movimentos;
passos mais lentos e arrastados; perda das expressões faciais;
depressão; dores musculares constantes; constipação;
16. MAL DE PARKINSON
Diagnóstico clínico, diagnóstico diferencial. Apesar de ela ser
progressiva e não ter cura, as terapias tendem a domar os sintomas e
permitir que o indivíduo leve sua vida adiante, continuando, se for o
caso,a exercer sua profissão. Entre os recursos terapêuticos, estão
drogas, fisioterapia, cirurgia e até o implante de um marcapasso
cerebral que silencia o tremelique e a rigidez muscular.
17. IMOBILIDADE
Por imobilidade entende-se qualquer limitação do movimento. Representa
causa importante de comprometimento da qualidade de vida. O espectro de
gravidade é variável e, frequentemente, progressivo. No grau máximo de
imobilidade, conhecido como síndrome de imobilização ou da imobilidade
completa, o idoso é dependente completo: apresenta déficit cognitivo
avançado, rigidez e contraturas generalizadas e múltiplas, afasia, disfagia,
incontinência urinária e fecal, úlceras de pressão. Necessita de cuidador em
tempo integral.
18. CONSEQUÊNCIAS DA IMOBILIDADE
Sistema cardiovascular:
- Hiporresponsividade barorreceptora (hipotensão ortostática);
- Intolerância ortostática (taquicardia, náusea, sudorese e síncope após repouso
prolongado);
- Redistribuição do volume circulante dos membros inferiores para a circulação
central (11% ou 500 mL), especialmente para o pulmão;
- Redução da capacidade aeróbica, com diminuição da tolerância ao exercício;
- Alto risco de trombose venosa profunda.
19. CONSEQUÊNCIAS DA IMOBILIDADE
Sistema respiratório:
- Redução do volume corrente e da capacidade vital;
- Hipersecreção brônquica;
- Tosse ineficaz;
- Atelectasia;
- Pneumonia;
- Retenção de secreção;
- Embolia pulmonar;
- Insuficiência respiratória.
20. CONSEQUÊNCIAS DA IMOBILIDADE
Sistema digestório:
- Anorexia secundária a restrição dietética, doença de base, efeito de
- medicamentos, alterações psíquicas;
- Desidratação por redução da ingestão hídrica;
- Alto risco de aspiração pulmonar por engasgo, tosse ou refluxo associados a
- posicionamento inadequado;
- Doença do refluxo gastroesofágico;
- Constipação intestinal e fecaloma.
21. CONSEQUÊNCIAS DA IMOBILIDADE
Sistema geniturinário:
- Aumento do volume residual da bexiga e alto risco de retenção urinária
("bexigoma");
- Alto risco de incontinência urinária de urgência, transbordamento e/ou
funcional;
- Alto risco de infecção urinária aguda ou recorrente e bacteriúria
assintomática;
- Nefrolitíase (hipercalciúria da imobilidade e pouca ingestão de água).
22. CONSEQUÊNCIAS DA IMOBILIDADE
Sistema tegumentar:
- Intertrigo nas regiões de dobras cutâneas, particularmente nas regiões
inframamária e interglútea; Dermatite amoniacal da "fralda"; Escoriações,
lacerações e equimoses, frequentemente causadas por manipulação
inadequada do idoso; Xerodermia; Prurido cutâneo; Úlcera de pressão por
compressão prolongada da pele, levando a comprometimento da circulação
local; Redução do tônus e da força muscular (3 a 5% ao dia), encurtamento
e atrofia muscular; Redução da elasticidade das fibras colágenas com
hipertonia, encurtamento muscular e tendinoso e contraturas.
23. INCAPACIDADE COMUNICATIVA
A possibilidade de estabelecer relacionamento produtivo com o meio, trocar
informações, manifestar desejos, ideias, sentimentos está intimamente
relacionada à habilidade de se comunicar. Problemas de comunicação podem
resultar em perda de independência e sentimento de desconexão com o
mundo, sendo um dos mais frustrantes aspectos dos problemas
causados pela idade. A incapacidade comunicativa pode ser considerada
importante causa de perda ou restrição da participação social
(funcionalidade), comprometendo a capacidade de execução das decisões
tomadas, afetando diretamente a independência do indivíduo.
24. As habilidades comunicativas compreendem quatro áreas
distintas: linguagem, audição, motricidade oral e voz (fala). A visão
pode ser incluída como a quinta função comunicativa, atuando
como função compensatória, na ausência das outras habilidades
da comunicação oral-verbal.
25. INCONTINÊNCIA URINÁRIA
A incontinência urinária (IU) é definida como a queixa de qualquer
perda involuntária de urina. A qualidade de vida dos pacientes pode ser
melhorada pela aquisição de alguns hábitos gerais, como: ingerir
quantidade adequada, mas não excessiva, de líquidos; evitar o
consumo de álcool e de cafeína; reduzir a ingestão hídrica noturna;
interromper o hábito do tabagismo; tratar a constipação e as
pneumopatias quando a IU é exacerbada pela tosse.
26. TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA
DE ESTRESSE: caracterizada pela perda involuntária de urina sincrônica ao esforço,
espirro ou tosse.
DE URGÊNCIA: caracterizada pela perda involuntária de urina, associada ou
imediatamente precedida de urgência miccional.
MISTA: caracterizada pela perda involuntária de urina concomitante à urgência
miccional e ao esforço.
POR TRANSBORDAMENTO: (bexiga hiperativa, síndrome de urgência, síndrome de
urgência): caracterizada pelo gotejamento e/ou perda contínua de urina associados
ao esvaziamento vesical incompleto, devido à contração deficiente do detrusor e/ou
obstrução na via de saída vesical.
27. IATROGENIAS
Significa qualquer alteração patogênica provocada pela prática clínica.
É fundamental evitar iatrogenia em idosos devido à sua natural
vulnerabilidade mais acentuada às reações adversas associadas às
drogas, às intervenções não-medicamentosas, decorrentes da
senescência, do risco de polipatogenia e de polifarmácia, além de
incapacidades.
28. IATROGENIAS
Iatrofarmacogenia: decorrente do uso de medicamentos, de
polifarmácia, da interação medicamentosa e do desconhecimento das
alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas associadas ao
envelhecimento.
Internação hospitalar: que pode potencializar os riscos decorrentes
do declínio funcional, da subnutrição, da imobilidade, da úlcera de
pressão e da infecção hospitalar.
29. IATROGENIAS
Iatrogenia da palavra: associada ao desconhecimento de técnicas de
comunicação de más notícias.
Iatrogenia do silêncio: que decorre da dificuldade de ouvir
adequadamente o paciente e sua família.