2. Argumento da divergência de opiniões
• Se há de facto justificação das nossas
crenças, não há divergências
relativamente a todos os assuntos.
Há divergências relativamente a
todos os assuntos. Logo, não há de
facto justificação das nossas crenças.
3. Objeções ao primeiro argumento
• Os cépticos refutam, portanto, a presença da justificação.
Ora, com isto criam um problema: Têm uma ideia
justificada. Afinal é possível justificar.
• Outra premissa encontrada pelos cépticos é a presença de
divergências o que, para eles, torna impossível a defesa
universal de qualquer ideia. Contrariamente ao que os
cépticos defendem, é possível haver ideias universais: a
Física e a Matemática, por exemplo, são capazes de
produzir consensos.
• As divergências de opiniões, segundo os cépticos, são
irreversíveis e definitivas. Tal não é verdade. Existem
inúmeros exemplos que contrariam esta tese. Por exemplo,
a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
4. Argumento da Regressão infinita
• A justificação de qualquer crença é inferida de
outras crenças.
• Se a justificação de qualquer crença é inferida
de outras crenças, então dá-se a regressão
infinita.
• Se há regressão infinita, as nossas crenças não
estão justificadas.
• Logo, as nossas crenças não estão justificadas.
5. Objeções ao segundo argumento
• Toda a dúvida tem um limite. Há certezas que
se justificam a si mesmas e que servem de
base a qualquer outra realidade: por exemplo,
a soma dos ângulos internos de um triângulo
é 180 graus.
• As nossas certezas são proporcionais à nossa
condição humana.
6. Argumento da falibilidade do
conhecimento
• Baseando-se nas teorias da percepção, este
argumento defende haver uma desconexão entre
aquilo que julgamos conhecer e a própria
realidade. Sabemos que uma estrela que é vista
por nós já não existe, apesar de eu a visualizar. Da
mesma forma, sabemos que a cor de um objecto
depende da forma como é atingido pela luz,
desencadeando comprimentos de onda que vão
condicionar a nossa percepção. Como existe um
espaço de tempo entre essa incidência e aquilo
que eu vejo, então é possível que o que vejo já
não exista.
7. Objeção ao terceiro argumento
• O certo é que quando digo «Diogo é alto», há
pessoas que o reconhecem como tal. Isto é, os
meus sentidos captam o que os outros captam
e isso já é o bastante.