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Ceticismo

Conceção que considera que não é
possível alcançar o conhecimento
Argumento da divergência de opiniões

• Se há de facto justificação das nossas
  crenças, não há divergências
  relativamente a todos os assuntos.
  Há divergências relativamente a
  todos os assuntos. Logo, não há de
  facto justificação das nossas crenças.
Objeções ao primeiro argumento
• Os cépticos refutam, portanto, a presença da justificação.
  Ora, com isto criam um problema: Têm uma ideia
  justificada. Afinal é possível justificar.
• Outra premissa encontrada pelos cépticos é a presença de
  divergências o que, para eles, torna impossível a defesa
  universal de qualquer ideia. Contrariamente ao que os
  cépticos defendem, é possível haver ideias universais: a
  Física e a Matemática, por exemplo, são capazes de
  produzir consensos.
• As divergências de opiniões, segundo os cépticos, são
  irreversíveis e definitivas. Tal não é verdade. Existem
  inúmeros exemplos que contrariam esta tese. Por exemplo,
  a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Argumento da Regressão infinita
• A justificação de qualquer crença é inferida de
  outras crenças.
• Se a justificação de qualquer crença é inferida
  de outras crenças, então dá-se a regressão
  infinita.
• Se há regressão infinita, as nossas crenças não
  estão justificadas.
• Logo, as nossas crenças não estão justificadas.
Objeções ao segundo argumento
• Toda a dúvida tem um limite. Há certezas que
  se justificam a si mesmas e que servem de
  base a qualquer outra realidade: por exemplo,
  a soma dos ângulos internos de um triângulo
  é 180 graus.
• As nossas certezas são proporcionais à nossa
  condição humana.
Argumento da falibilidade do
            conhecimento
• Baseando-se nas teorias da percepção, este
  argumento defende haver uma desconexão entre
  aquilo que julgamos conhecer e a própria
  realidade. Sabemos que uma estrela que é vista
  por nós já não existe, apesar de eu a visualizar. Da
  mesma forma, sabemos que a cor de um objecto
  depende da forma como é atingido pela luz,
  desencadeando comprimentos de onda que vão
  condicionar a nossa percepção. Como existe um
  espaço de tempo entre essa incidência e aquilo
  que eu vejo, então é possível que o que vejo já
  não exista.
Objeção ao terceiro argumento
• O certo é que quando digo «Diogo é alto», há
  pessoas que o reconhecem como tal. Isto é, os
  meus sentidos captam o que os outros captam
  e isso já é o bastante.

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Cepticismo

  • 1. Ceticismo Conceção que considera que não é possível alcançar o conhecimento
  • 2. Argumento da divergência de opiniões • Se há de facto justificação das nossas crenças, não há divergências relativamente a todos os assuntos. Há divergências relativamente a todos os assuntos. Logo, não há de facto justificação das nossas crenças.
  • 3. Objeções ao primeiro argumento • Os cépticos refutam, portanto, a presença da justificação. Ora, com isto criam um problema: Têm uma ideia justificada. Afinal é possível justificar. • Outra premissa encontrada pelos cépticos é a presença de divergências o que, para eles, torna impossível a defesa universal de qualquer ideia. Contrariamente ao que os cépticos defendem, é possível haver ideias universais: a Física e a Matemática, por exemplo, são capazes de produzir consensos. • As divergências de opiniões, segundo os cépticos, são irreversíveis e definitivas. Tal não é verdade. Existem inúmeros exemplos que contrariam esta tese. Por exemplo, a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
  • 4. Argumento da Regressão infinita • A justificação de qualquer crença é inferida de outras crenças. • Se a justificação de qualquer crença é inferida de outras crenças, então dá-se a regressão infinita. • Se há regressão infinita, as nossas crenças não estão justificadas. • Logo, as nossas crenças não estão justificadas.
  • 5. Objeções ao segundo argumento • Toda a dúvida tem um limite. Há certezas que se justificam a si mesmas e que servem de base a qualquer outra realidade: por exemplo, a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus. • As nossas certezas são proporcionais à nossa condição humana.
  • 6. Argumento da falibilidade do conhecimento • Baseando-se nas teorias da percepção, este argumento defende haver uma desconexão entre aquilo que julgamos conhecer e a própria realidade. Sabemos que uma estrela que é vista por nós já não existe, apesar de eu a visualizar. Da mesma forma, sabemos que a cor de um objecto depende da forma como é atingido pela luz, desencadeando comprimentos de onda que vão condicionar a nossa percepção. Como existe um espaço de tempo entre essa incidência e aquilo que eu vejo, então é possível que o que vejo já não exista.
  • 7. Objeção ao terceiro argumento • O certo é que quando digo «Diogo é alto», há pessoas que o reconhecem como tal. Isto é, os meus sentidos captam o que os outros captam e isso já é o bastante.