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Exame – Filosofia
Filosofia do conhecimento - síntese
Para compreendermos a filosofia do conhecimento temos de perceber os diversos pontos
desta corrente filosófica, antes de abordar Descartes ou D. Hume temos de perceber o
problema da definição do conhecimento e de como este se forma.
A perspetiva que responde a este problema é a fenomenológica, não é uma perspetiva que
coloque algum tipo de problema ou duvida ela é puramente explicativa e apenas descreve o
fenómeno da definição do conhecimento.
Esta precetiva adite duas realidades, o sujeito e o objeto, no caso o sujeito é quem irá
conhecer e o objeto vai ser conhecido, esta realidades não podem trocar de função e
conhecer implica sempre um movimento de transcendência, isto é, o sujeito precisa sair
além dos limites do seu corpo e contactar com uma realidade exterior.
Existem três tipo de conhecimento; por contacto, prático e proposicional. O tipo de
conhecimento que esta precetiva descreve é o preposicional.
O conhecimento é definido como uma crença, verdadeira e justificada. Qualquer
conhecimento é uma crença, mas nem todas as crenças são conhecimentos.
Ceticismo
Relativamente á questão da existência e formação do conhecimento temos uma doutrina
filosófica a qual chamamos ceticismo, esta tem três ramificações e é numa delas que surge
Descartes.
Temos o ceticismo radical, moderado e metódico.
Ceticismo radical
Esta ramificação defende que não é possível obtermos conhecimento, no entanto se isso
realmente fosse verdade implicaria diversas coisas, entre elas: as nossas ações seriam fruto
do acaso e o processo de deliberação ficaria comprometido, não conseguiríamos dar
resposta a nenhum tipo de problema e isso iria conduzir-nos a um mundo de ilusão.
Naturalmente não podemos aceitar este estado de coisas e devemos conhecer e analisar os
argumentos dos céticos.
Esse argumento são:
 É impossível conhecer pois é impossível justificar as nossas crenças
 Os sentidos e a razão não garantem a realidade das nossas crenças
 Se não há justificação não há conhecimento (pois na definição de conhecimento este
precisa ser justificado)
 Se não há conhecimento devemos suspender o juízo, isto é, não podemos afirmar
nada que seja conhecimento e é preferível não afirmar nada
Um dos principais argumentos são o facto dos sentidos não nos garantirem a realidade das
nossas crenças, muitas vezes já olhamos ou ouvimos algo que não era necessariamente
verdade ou que a realidade era diferente então não podemos confiar nos nossos sentidos já
que eles nos enganam.
Outro forte argumento é o da divergência de opinião, os céticos dizem que quando há duas
opiniões diferentes e nenhuma chega a um acordo, isso acontece pois não existe uma
verdade única (conhecimento objetivo) relativamente ao assunto. Por exemplo, todos nós
concordamos que 2 + 2 é igual a 4, este conhecimento é objetivo.
Se houvesse conhecimento não havia opiniões diferentes.
O argumento da regressão infinita da justificação, e para entender este argumento
precisamos entender a forma de como as crenças são justificadas. No fundo justificamos um
conhecimento com outro conhecimento, e esse mesmo conhecimento é justificado por
outro, sendo assim nunca podemos de facto justificar as nossas crenças e sem essa
justificação elas deixam de ser consideradas conhecimentos.
Assim para fragilizar ou refutar o posicionamento cético precisamos encontrar uma crença
que justifique todas as outras, essa crença é chamada de crença básica ou crença
fundacional. Aqui entra o filosofo Descartes que se dispôs a encontrar essa tal primeira
crença que justifica todas as outras.
Descartes
Descartes é um cético metódico, defende a ideia de que a dúvida é um meio para chegar ao
conhecimento, a duvida de descartes é caracterizada como metódica já que é um meio para
chegar ao conhecimento, universal pois ela aplica-se a todas as crenças e também a todas as
nossas faculdades do conhecimento e é hiperbólica pois e propositadamente exagerada,
pois a crença básica tem de resistir a todo o tipo de duvida.
Etapas da dúvida
1º etapa – concordância com o argumento cético que defende que todos os sentidos são
fonte de erro.
Descartes não afirma que os sentidos nos enganam sempre, mas podem enganar às vezes e
assim devem ser dispensados pois não podem ser fonte de conhecimento.
Pensemos no seguinte, as realidades que nos são dadas durante os sonhos parecer ser tão
reais quanto as que são dadas quando estamos acordados. Podemos considerar que a
realidade do sonho não serão as verdadeiras? Quem nos garante que neste momento em
que julgamos estar acordados não estamos a sonhar? A distinção entre a realidade e o
sonho é os sentidos, mas uma vez que este são fontes de erro Descartes nem pode afirmar
se a realidade que o rodeia é mesmo real. (argumento do sonho)
Está assim provado que não podemos confiar nos nossos sentidos, e na nossa razão
podemos? Descarte diz também que não.
Coloca a possibilidade da existência de um génio maligno dentro da nossa mente, Descartes
não prova a sua existência apenas levanta a possibilidade de ele existir e dada esta hipótese
implica que o génio maligno seja capaz de produzir ilusões na nossa mente
consequentemente tudo aquilo em que pensamos, apesar de nos parecer verdadeiro, não é
mais que uma ilusão. (argumento da hipótese do génio maligno)
Sendo assim nenhuma crença “a posteriori” pode ser básica, porque os sentidos são fonte
de erro, também nenhuma crença “á priori” pode ser básica pois a razão é fonte de erros.
Crença básica fundacional
E é assim que Descartes chega á famigerada crença básica: penso, logo existo
Esta crença básica é chamada de cogito ergo sum, duvidei e se duvido é porque penso e se
penso é porque existo.
Este cogito não é uma crença inferencial, a natureza do cogito é intuitiva, ou seja, não
retiramos esta conclusão (penso, logo existo) a partir de outra crença. Descartes tem a
consciência de que é um ser pensante enquanto duvidava, o cogito é também unicamente
racional já que o pensamento toma consciências da sua própria existência.
Descarte não se afirma como ser corpóreo já que apenas os sentidos lhe podem dar a noção
de corpo e os sentidos.
O pensamento é anterior á duvida, já que não seria possível duvidar sem pensamento e a
existência do pensamento é anterior ao ato de pensar.
Agora que encontramos a crença básica qual é o problema? O cogito é uma verdade isolada,
ou seja, não conseguimos avançar no conhecimento porque Descartes colocou os nosso
sentidos e razão em causa. O desafio é afirmar outras verdades a partir do cogito.
Desafio
A naturezadocogito torna-oevidente.Éumaverdade clarae destintae Descartesadotao critério
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Filosofia do conhecimento; síntese

  • 1. Exame – Filosofia Filosofia do conhecimento - síntese Para compreendermos a filosofia do conhecimento temos de perceber os diversos pontos desta corrente filosófica, antes de abordar Descartes ou D. Hume temos de perceber o problema da definição do conhecimento e de como este se forma. A perspetiva que responde a este problema é a fenomenológica, não é uma perspetiva que coloque algum tipo de problema ou duvida ela é puramente explicativa e apenas descreve o fenómeno da definição do conhecimento. Esta precetiva adite duas realidades, o sujeito e o objeto, no caso o sujeito é quem irá conhecer e o objeto vai ser conhecido, esta realidades não podem trocar de função e conhecer implica sempre um movimento de transcendência, isto é, o sujeito precisa sair além dos limites do seu corpo e contactar com uma realidade exterior. Existem três tipo de conhecimento; por contacto, prático e proposicional. O tipo de conhecimento que esta precetiva descreve é o preposicional. O conhecimento é definido como uma crença, verdadeira e justificada. Qualquer conhecimento é uma crença, mas nem todas as crenças são conhecimentos. Ceticismo Relativamente á questão da existência e formação do conhecimento temos uma doutrina filosófica a qual chamamos ceticismo, esta tem três ramificações e é numa delas que surge Descartes. Temos o ceticismo radical, moderado e metódico. Ceticismo radical Esta ramificação defende que não é possível obtermos conhecimento, no entanto se isso realmente fosse verdade implicaria diversas coisas, entre elas: as nossas ações seriam fruto do acaso e o processo de deliberação ficaria comprometido, não conseguiríamos dar resposta a nenhum tipo de problema e isso iria conduzir-nos a um mundo de ilusão. Naturalmente não podemos aceitar este estado de coisas e devemos conhecer e analisar os argumentos dos céticos. Esse argumento são:
  • 2.  É impossível conhecer pois é impossível justificar as nossas crenças  Os sentidos e a razão não garantem a realidade das nossas crenças  Se não há justificação não há conhecimento (pois na definição de conhecimento este precisa ser justificado)  Se não há conhecimento devemos suspender o juízo, isto é, não podemos afirmar nada que seja conhecimento e é preferível não afirmar nada Um dos principais argumentos são o facto dos sentidos não nos garantirem a realidade das nossas crenças, muitas vezes já olhamos ou ouvimos algo que não era necessariamente verdade ou que a realidade era diferente então não podemos confiar nos nossos sentidos já que eles nos enganam. Outro forte argumento é o da divergência de opinião, os céticos dizem que quando há duas opiniões diferentes e nenhuma chega a um acordo, isso acontece pois não existe uma verdade única (conhecimento objetivo) relativamente ao assunto. Por exemplo, todos nós concordamos que 2 + 2 é igual a 4, este conhecimento é objetivo. Se houvesse conhecimento não havia opiniões diferentes. O argumento da regressão infinita da justificação, e para entender este argumento precisamos entender a forma de como as crenças são justificadas. No fundo justificamos um conhecimento com outro conhecimento, e esse mesmo conhecimento é justificado por outro, sendo assim nunca podemos de facto justificar as nossas crenças e sem essa justificação elas deixam de ser consideradas conhecimentos. Assim para fragilizar ou refutar o posicionamento cético precisamos encontrar uma crença que justifique todas as outras, essa crença é chamada de crença básica ou crença fundacional. Aqui entra o filosofo Descartes que se dispôs a encontrar essa tal primeira crença que justifica todas as outras. Descartes Descartes é um cético metódico, defende a ideia de que a dúvida é um meio para chegar ao conhecimento, a duvida de descartes é caracterizada como metódica já que é um meio para chegar ao conhecimento, universal pois ela aplica-se a todas as crenças e também a todas as nossas faculdades do conhecimento e é hiperbólica pois e propositadamente exagerada, pois a crença básica tem de resistir a todo o tipo de duvida. Etapas da dúvida 1º etapa – concordância com o argumento cético que defende que todos os sentidos são fonte de erro.
  • 3. Descartes não afirma que os sentidos nos enganam sempre, mas podem enganar às vezes e assim devem ser dispensados pois não podem ser fonte de conhecimento. Pensemos no seguinte, as realidades que nos são dadas durante os sonhos parecer ser tão reais quanto as que são dadas quando estamos acordados. Podemos considerar que a realidade do sonho não serão as verdadeiras? Quem nos garante que neste momento em que julgamos estar acordados não estamos a sonhar? A distinção entre a realidade e o sonho é os sentidos, mas uma vez que este são fontes de erro Descartes nem pode afirmar se a realidade que o rodeia é mesmo real. (argumento do sonho) Está assim provado que não podemos confiar nos nossos sentidos, e na nossa razão podemos? Descarte diz também que não. Coloca a possibilidade da existência de um génio maligno dentro da nossa mente, Descartes não prova a sua existência apenas levanta a possibilidade de ele existir e dada esta hipótese implica que o génio maligno seja capaz de produzir ilusões na nossa mente consequentemente tudo aquilo em que pensamos, apesar de nos parecer verdadeiro, não é mais que uma ilusão. (argumento da hipótese do génio maligno) Sendo assim nenhuma crença “a posteriori” pode ser básica, porque os sentidos são fonte de erro, também nenhuma crença “á priori” pode ser básica pois a razão é fonte de erros. Crença básica fundacional E é assim que Descartes chega á famigerada crença básica: penso, logo existo Esta crença básica é chamada de cogito ergo sum, duvidei e se duvido é porque penso e se penso é porque existo. Este cogito não é uma crença inferencial, a natureza do cogito é intuitiva, ou seja, não retiramos esta conclusão (penso, logo existo) a partir de outra crença. Descartes tem a consciência de que é um ser pensante enquanto duvidava, o cogito é também unicamente racional já que o pensamento toma consciências da sua própria existência. Descarte não se afirma como ser corpóreo já que apenas os sentidos lhe podem dar a noção de corpo e os sentidos. O pensamento é anterior á duvida, já que não seria possível duvidar sem pensamento e a existência do pensamento é anterior ao ato de pensar. Agora que encontramos a crença básica qual é o problema? O cogito é uma verdade isolada, ou seja, não conseguimos avançar no conhecimento porque Descartes colocou os nosso sentidos e razão em causa. O desafio é afirmar outras verdades a partir do cogito.
  • 4. Desafio A naturezadocogito torna-oevidente.Éumaverdade clarae destintae Descartesadotao critério da clarezae da