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Antonio Marcos
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Narciso
Na mitologia grega, Narciso ou O Auto-Admirador (Língua
grega: Νάρκισσος ), era um herói do território de Téspias,
Beócia, famoso pela sua beleza e orgulho. Várias versões
do seu mito sobreviveram: a de Ovídio, das suas
Metamorfoses; a de Pausânias, do seu Guia para a Grécia
(9.31.7); e uma encontrada nos Papiros de Oxirrinco,
Chenoboskion, também chamada Oxyrhynchus. Era filho
do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No dia do seu
nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso
teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria
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Pausânias localiza a fonte de Narciso na cama juntos
em Donacon, no território dos Téspios. Pausânias acha
incrível que alguém não conseguisse distinguir um
reflexo de uma pessoa verdadeira, e cita uma variante
menos conhecida da história, na qual Narciso tinha
uma irmã gémea. Ambos se vestiam da mesma forma e
usavam o mesmo tipo de roupas e caçavam juntos.
Narciso apaixonou-se por ela. Quando ela morreu,
Narciso consumiu-se de desgosto por ela, e fingiu que
o reflexo que via na água era a sua irmã. Onde o seu
corpo se encontrava, apenas restou uma flor: o narciso.
Como Pausânias também nota, outra história conta
que a flor narciso foi criada para atrair Perséfone, filha
de Deméter, para longe das suas companheiras e
permitir que Hades a raptasse.
Segundo FRAZER (1887) a origem do mito pode ser
muito antiga, compartilhada pelos indo-europeus, e
relacionada a lendas de outros povos, como os zulus,
segundo os quais o reflexo representa a alma, que é
roubada por bestas da água.
O mito
Segundo Ovídio, Narciso era um rapaz plenamente
dotado de beleza. Seus pais eram o deus do rio Céfiso e
da ninfa Liríope. Dias antes de seu nascimento, seus
pais resolveram consultar o oráculo Tirésias para saber
qual seria o destino do menino. E a revelação do
oráculo foi que ele teria uma longa vida, desde que
nunca visse seu próprio rosto.
Narciso cresceu, e se transformou um jovem bonito de
Boécia, que despertava amor tanto em homens e
mulheres, mas era muito orgulhoso e ninguém
conseguia quebrar a sua arrogância. Até as ninfas se
apaixonaram por ele, incluindo uma chamada Eco que
o amava incondicionalmente, mas o rapaz a
menosprezava.
As moças desprezadas pediram aos deuses para vingá-
las. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa
Némesis, (aqui, uma versão de Afrodite ) o condenou a
apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco.
Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se
no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se
embelezando. Depois da sua morte, Afrodite o
transformou numa flor, narciso.
Até em sua morte, ele tentava ver nas águas do Estige
as feições pelas quais se apaixonara.
Narcisismo
O narcisismo tem o seu nome derivado de Narciso e
ambos derivam da palavra Grega narke,
"entorpecido" de onde também vem a palavra
narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava
a vaidade e a insensibilidade, visto que ele era
emocionalmente entorpecido às solicitações
daqueles que se apaixonaram pela sua beleza.
Mas Narciso não simboliza apenas mera negatividade:
"o mito de Narciso representa (senão para os gregos ao
menos para nós) o drama da individualidade"; "ele
mostra, isto sim, a profundidade de um indivíduo que
toma consciência de si mesmo" em si mesmo e perante
a si mesmo, ou seja, no lugar onde experimenta os seus
dramas humanos (Cf.Bibliografia, Spinelli, Miguel,
p.99).
Influência
A parábola de Narciso tem sido uma grande fonte de
inspiração para os artistas há pelo menos dois mil
anos, começando com o poeta romano Ovídio (livro III
das Metamorfoses). Isto foi seguido em séculos mais
recentes por outros poetas como (John Keats), e
pintores (Caravaggio, Nicolas Poussin, Turner, Salvador
Dalí, e Waterhouse). No romance de Stendhal Le
Rouge et le Noir (1830), há um narcisista clássico na
personagem de Mathilde. Diz o príncipe Korasoff a
Julien Sorel, o protagonista, sobre a sua amada:
Ela olha para ela em vez de olhar para ti, e por isso não
te conhece.
Durante as duas ou três pequenas explosões de paixão
que ela se permitiu a teu favor, ela, por um grande
esforço de imaginação, viu em ti o herói dos seus
sonhos, e não tu mesmo como realmente és.
O mito tem uma influência decidida na cultura grega
homoerótica inglesa Vitoriana, por via da influência de
André Gide no seu estudo do mito Traité du Narcisse ('O
tratado de Narciso', 1891), e da influência de Oscar
Wilde. Também, muitas personagens dos escritos de
Fyodor Dostoevsky (escritor russo do século XIX) são
tipos de Narcisos solitários, tal como Yakov Petrovich
Golyadkin em "The Double" (Publicado em 1846).
Ainda na literatura, Paulo Coelho, em O Alquimista,
utilizou como prefácio o mito, usando também a
emenda que Wilde escreveu sobre o que ocorreu
depois da morte de Narciso.
Na música, Caetano Veloso utiliza o espírito do mito de
Narciso em letra de Sampa, onde pretende explicar o
que lhe ocorreu quando diante de São Paulo pela
primeira vez:
Quando eu te encarei
Frente a frente
Não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi
de mau gosto o mau gosto
É que Narciso acha feio
o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda
Não é mesmo velho
Nada do que não era antes
quando não somos mutantes
[...]"
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chamada Narciso, escrita por Cazuza.A música diz:
"(...) Agora me enfrente/ Como uma imagem no
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(...)"

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O mito de Narciso e sua influência na cultura e na literatura

  • 1. Centro de Ensino Cleonice Rocha Lima Rodrigues Professor: Edivan Chavier Alunos: Antonio Marcos Henrique Laís Mendes Mauricio Willian Silva
  • 3. Na mitologia grega, Narciso ou O Auto-Admirador (Língua grega: Νάρκισσος ), era um herói do território de Téspias, Beócia, famoso pela sua beleza e orgulho. Várias versões do seu mito sobreviveram: a de Ovídio, das suas Metamorfoses; a de Pausânias, do seu Guia para a Grécia (9.31.7); e uma encontrada nos Papiros de Oxirrinco, Chenoboskion, também chamada Oxyrhynchus. Era filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No dia do seu nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria figura. Seu equivalente romano é Valentim; ainda que este seja pouco representado, e comumente confundido com Cupido.
  • 4. Pausânias localiza a fonte de Narciso na cama juntos em Donacon, no território dos Téspios. Pausânias acha incrível que alguém não conseguisse distinguir um reflexo de uma pessoa verdadeira, e cita uma variante menos conhecida da história, na qual Narciso tinha uma irmã gémea. Ambos se vestiam da mesma forma e usavam o mesmo tipo de roupas e caçavam juntos. Narciso apaixonou-se por ela. Quando ela morreu, Narciso consumiu-se de desgosto por ela, e fingiu que o reflexo que via na água era a sua irmã. Onde o seu corpo se encontrava, apenas restou uma flor: o narciso.
  • 5. Como Pausânias também nota, outra história conta que a flor narciso foi criada para atrair Perséfone, filha de Deméter, para longe das suas companheiras e permitir que Hades a raptasse. Segundo FRAZER (1887) a origem do mito pode ser muito antiga, compartilhada pelos indo-europeus, e relacionada a lendas de outros povos, como os zulus, segundo os quais o reflexo representa a alma, que é roubada por bestas da água.
  • 7. Segundo Ovídio, Narciso era um rapaz plenamente dotado de beleza. Seus pais eram o deus do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Dias antes de seu nascimento, seus pais resolveram consultar o oráculo Tirésias para saber qual seria o destino do menino. E a revelação do oráculo foi que ele teria uma longa vida, desde que nunca visse seu próprio rosto.
  • 8. Narciso cresceu, e se transformou um jovem bonito de Boécia, que despertava amor tanto em homens e mulheres, mas era muito orgulhoso e ninguém conseguia quebrar a sua arrogância. Até as ninfas se apaixonaram por ele, incluindo uma chamada Eco que o amava incondicionalmente, mas o rapaz a menosprezava.
  • 9. As moças desprezadas pediram aos deuses para vingá- las. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis, (aqui, uma versão de Afrodite ) o condenou a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. Depois da sua morte, Afrodite o transformou numa flor, narciso. Até em sua morte, ele tentava ver nas águas do Estige as feições pelas quais se apaixonara.
  • 11. O narcisismo tem o seu nome derivado de Narciso e ambos derivam da palavra Grega narke, "entorpecido" de onde também vem a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, visto que ele era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se apaixonaram pela sua beleza.
  • 12. Mas Narciso não simboliza apenas mera negatividade: "o mito de Narciso representa (senão para os gregos ao menos para nós) o drama da individualidade"; "ele mostra, isto sim, a profundidade de um indivíduo que toma consciência de si mesmo" em si mesmo e perante a si mesmo, ou seja, no lugar onde experimenta os seus dramas humanos (Cf.Bibliografia, Spinelli, Miguel, p.99).
  • 14. A parábola de Narciso tem sido uma grande fonte de inspiração para os artistas há pelo menos dois mil anos, começando com o poeta romano Ovídio (livro III das Metamorfoses). Isto foi seguido em séculos mais recentes por outros poetas como (John Keats), e pintores (Caravaggio, Nicolas Poussin, Turner, Salvador Dalí, e Waterhouse). No romance de Stendhal Le Rouge et le Noir (1830), há um narcisista clássico na personagem de Mathilde. Diz o príncipe Korasoff a Julien Sorel, o protagonista, sobre a sua amada:
  • 15. Ela olha para ela em vez de olhar para ti, e por isso não te conhece. Durante as duas ou três pequenas explosões de paixão que ela se permitiu a teu favor, ela, por um grande esforço de imaginação, viu em ti o herói dos seus sonhos, e não tu mesmo como realmente és.
  • 16. O mito tem uma influência decidida na cultura grega homoerótica inglesa Vitoriana, por via da influência de André Gide no seu estudo do mito Traité du Narcisse ('O tratado de Narciso', 1891), e da influência de Oscar Wilde. Também, muitas personagens dos escritos de Fyodor Dostoevsky (escritor russo do século XIX) são tipos de Narcisos solitários, tal como Yakov Petrovich Golyadkin em "The Double" (Publicado em 1846).
  • 17. Ainda na literatura, Paulo Coelho, em O Alquimista, utilizou como prefácio o mito, usando também a emenda que Wilde escreveu sobre o que ocorreu depois da morte de Narciso. Na música, Caetano Veloso utiliza o espírito do mito de Narciso em letra de Sampa, onde pretende explicar o que lhe ocorreu quando diante de São Paulo pela primeira vez:
  • 18. Quando eu te encarei Frente a frente Não vi o meu rosto Chamei de mau gosto o que vi de mau gosto o mau gosto É que Narciso acha feio o que não é espelho E a mente apavora o que ainda Não é mesmo velho Nada do que não era antes quando não somos mutantes [...]"
  • 19. A banda Barão Vermelho também possui um música chamada Narciso, escrita por Cazuza.A música diz: "(...) Agora me enfrente/ Como uma imagem no espelho/ Nenhum bicho ou planta/ Pode ousar assim (...)"