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Nenhum movimento cultural é globalizante. Não se pode
imaginar que todos os setores e pessoas da sociedade viveram
da mesma forma em determinado momento. Por isso, pode-se
dizer que em certas épocas há uma ideologia predominante,
porém não globalizante.
Nessa edição, será abordada duas escolas literárias:
Parnasianismo e Simbolismo.
Parnasianismo
• Origem;
• Características
• Curiosidades
• Autores e poesias
• Mitologia

Simbolismo
• Características gerais
• Extras
"Não há nada mais belo que algo que não serve para
nada...".
Movimento literário de origem
francesa, deu-se na década de 60,
através da revista Parnase
contemporain, dirigida por
Théophile Gautier, e representou
na poesia o espírito positivista e
científico da época, surgindo no
século XIX em oposição ao
romantismo.
Nasceu com a publicação de uma
série de poesias, precedendo de
algumas décadas o simbolismo. O
seu nome vem do Monte Parnaso, a
montanha que, na mitologia grega
era consagrada a Apolo e às musas,
uma vez que os seus autores
procuravam recuperar os valores
estéticos da Antiguidade clássica.

Caracteriza-se pela sacralidade
da forma, pelo respeito às regras
de versificação, pelo preciosismo
rítmico e vocabular, pela rima
rica e pela preferência por
estruturas fixas, como os
sonetos. O emprego da
linguagem figurada é reduzido,
com a valorização da mitologia.
Os temas preferidos são os fatos
históricos, objetos e paisagens. A
descrição visual é o forte da
poesia parnasiana, assim como
para os românticos são a
sonoridade das palavras e dos
versos. Os autores parnasianos
faziam uma "arte pela arte", pois
acreditavam que a arte devia
existir por si só, e não por
subterfúgios, como o amor, por
exemplo
Parnasianismo no Brasil


Representa um desligamento
da realidade local no que
essa tinha de pobre, feia e
suja. Na adoção de valores
europeus, os poetas fecham
suas obras para um mundo
grosseiro, feito de horrores,
pestes e exploração,
trocando o país concreto
pela antigüidade, pelo
sonho com a cidade-luz,
Paris, e pelo nacionalismo
ufanista. Nem todos os
parnasianos são
conservadores do ponto de
vista político, mas sua arte o
é.



Pode ser associado à Belle
Époque - época dourada
das elites européias, que se
divertem com os lucros do
espólio imperialista. O cancan, os cabarés e cafés
parisienses, os janotas que
bebem licor e as prostitutas
de alta classe formam a
imagem frenética de um
mundo enriquecido e alegre.
Uma certeza inabalável
preside esse mundo: a de
que ele é eterno e superior.
Olavo Bilac foi eleito Príncipe dos
Poetas Brasileiros pela revista
Fon-Fon em 1907. Juntamente com
Alberto de Oliveira e Raimundo
Correia, foi a maior liderança e
expressão do parnasianismo no
Brasil, constituindo a chamada
Tríade Parnasiana. A publicação
de Poesias, em 1888 rendeu-lhe a
consagração.
Ele já foi retratado como
personagem no cinema e na
televisão, interpretado por Rui
Minharro na minissérie
"Chiquinha Gonzaga" (2002) e
Carlos Alberto Riccelli no filme
"Brasília 18%" (2006).

Raimundo Corrêa

Alberto de Oliveira
Ciclo
Manhã. Sangue em delírio, verde gomo,
Promessa ardente, berço e liminar:
A árvore pulsa, no primeiro assomo
Da vida, inchando a seiva ao sol... Sonhar!
Dia. A flor - o noivado e o beijo, como
Em perfumes um tálamo e um altar:
A árvore abre-se em riso, espera o pomo,
E canta à voz dos pássaros... Amar!
Tarde. Messe e esplendor, glória e tributo;
A árvore maternal levanta o fruto,
A hóstia da idéia em perfeição... Pensar!
Noite. Oh! Saudade!... A dolorosa rama
Da árvore aflita pelo chão derrama
As folhas, como lágrimas... Lembrar!

Olavo Bilac
•

A melhor definição de Olavo
Bilac é feita por Antonio
Candido: "admirável poeta
superficial".

Caricatura de Olavo Bilac

• Superficial nele são os
quadros históricos e
mitológicos, o erotismo de
salão, as miniaturas
descritivas e o nacionalismo
ufanista. Os temas, em geral,
não estão à altura do
domínio técnico e dos
recursos de linguagem.
Como acentua o próprio
Antonio Candido, o poeta
transforma tudo, o drama
humano e a natureza, em
"espetáculo", em coisa, em
matéria-prima dos recursos
esculturais do verso.Com
algumas exceções, seus
poemas nada aprofundam e
ainda passam uma
sensação de frieza.
Ceres é o nome romano para a deusa
grega Demeter.
Para os gregos Ceres era a deusa mãe
da Terra. Seduzida por Zeus ela teve
uma filha dele, Persephone.
Persephone cresceu alegremente entre
as outras filhas de Zeus, mas sendo
extremamente atraente e bela seu tio
Hades se apaixonou por ela. Um dia
enquanto Persephone estava colhendo
flores o chão se abriu, Hades apareceu
e arrastou-a para o Inferno.
Persephone gritou enquanto isto
acontecia mas, embora ouvindo-a
gritar, quando Ceres chegou ao local
não havia mais sinal de Persephone.
Por nove dias e nove noites Ceres
vagou pelo mundo com uma tocha
acesa em ambas as mãos procurando
a sua adorada filha. Somente no
décimo dia ela encontrou Helios, que
ve tudo, e que foi capaz de dizer a ela
o que tinha realmente acontecido.
Ceres então decidiu abandonar a sua
condição divina até que sua filha
retornasse para ela.

Demeter
O exílio que Ceres impôs a si mesma de
sua condição divina fez a Terra se
tornar estéril, de modo que Zeus
ordenou a Hades que devolvesse
Persephone à sua mãe. Só que isto não
era mais possível. Durante a sua estadia
no Inferno de Hades, Persephone havia
comido uma semente de romã, o que a
ligava para sempre a Hades. Foi obtido
então um acordo segundo o qual Ceres
retornaria ao Monte Olimpus e
Persephone dividiria o ano em duas
partes: metade com a sua mãe a outra
metade no Inferno.
Esta é a razão pela qual quando
Persephone deixa o Inferno para estar
com a sua mãe a Terra floresce,
trazendo a Primavera e o Verão aos
mortais como um sinal da alegria de
ambas as divindades. Quando chega o
momento de Persephone deixar sua
mãe para ir ao Inferno, o Outono e o
Inverno cobrem a Terra em sinal de
profunda tristeza.

Persephone
Conheça os principais deuses gregos
Zeus - deus de todos os deuses,
senhor do Céu.
Afrodite - deusa do amor e da
beleza.
Poseidon - deus dos mares 
Hades - deus dos mortos, dos
cemitérios e do subterrâneo.
Hera - deusa dos casamentos
e da maternidade.
Apolo - deus da luz e das obras
de artes.
Artemis - deusa da caça.
Ares - divindade da guerra..
Atena - deusa da sabedoria e
da serenidade. Protetora da
cidade de Atenas
Hermes - divindade que
representava o comércio e as
comunicações
Hefestos - divindade do fogo e
do trabalho.

Afrodite
No final do século XIX, a literatura que
representou essa nova forma de ver o
mundo foi o Simbolismo. Os Simbolistas,
insatisfeitos com a onda de cientificismo e
materialismo a que esteve submetida a
sociedade industrial européia na segunda
metade do século passado, representam a
reação da intuição contra a lógica, do
subjetivismo contra a objetividade
científica, do misticismo contra o
materialismo, da sugestão sensorial contra
a explicação racional. O Simbolismo começa
por ser, portanto, uma negação do
materialismo, do positivismo, do
determinismo e outras atitudes  científicofilosóficas que embasaram a estética
Realista/Naturalista/Parnasiana. É, por
outro lado, um retorno ao subjetivismo
romântico, ao predomínio do "eu", da
imaginação e da emoção, ainda de modo
mais profundo e radical. É também uma
volta à atitude conflitual tensa do Barroco



Assim, os simbolistas representam um
grupo social que ficou à margem do
cientificismo do século XIX e que
procurou resgatar certos valores
românticos varridos pelo Realismo, tais
como o espiritualismo, o desejo de
transcendência e de integração com o
universo, o mistério, o misticismo, a
morte, a dor existencial (sem, contudo,
cair na afetação sentimental romântica.).
•
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•
•
•

Linguagem vaga, fluida, que prefere sugerir a
nomear. Utilização de substantivos abstratos,
efêmeros, vagos e imprecisos;
Presença abundante de metáforas, comparações,
aliterações, assonâncias, paronomásias, sinestesias;
Subjetivismo e teorias que voltam-se ao mundo
interior;
Antimaterialismo, anti-racionalismo em oposição ao
positivismo;
Misticismo, religiosidade, valorização do espiritual
para se chegar à paz interior;
Pessimismo, dor de existir;
Desejo de transcendência, de integração cósmica,
deixando a matéria e libertando o espírito;
Interesse pelo noturno, pelo mistério e pela morte,
assim como momentos de transição como o
amanhecer e o crepúsculo;
Interesse pela exploração das zonas desconhecidas
da mente humana (o inconsciente e o subconsciente)
e pela loucura. Observação: Na concepção
Simbolista o louco era um ser completamente livre
por não obedecer às regras. Teoricamente o poeta
simbolista é o ser feliz.

A origem dessa tendência
espiritualista e até mística situase nas camadas ou grupos da
sociedade que ficaram à margem
do processo de avanço tecnológico
e científico do capitalismo do
século XIX e da solidificação da
burguesia no poder. São setores
da aristocracia decadente e da
classe média que, não vivendo a
euforia do progresso material, da
mercadoria e do objeto, reagem
contra ela. Propõem a volta da
supremacia do sujeito sobre o
objeto, rejeitando desse modo o
desmedido valor dado às coisas
materiais.
Os Malditos Simbolismo no Brasil




Essa concepção da
realidade e da arte trazida
pelos Simbolistas suscita
reações entre setores
positivistas da sociedade.
Chamados de malditos ou
decadentes, os simbolistas
ignoram a opinião pública,
desprezam o prestígio social
e literário, fechando-se
numa quase religião da
palavra e suas capacidades
expressivas.

Ao contrário do que aconteceu
na Europa, onde o Simbolismo
se sobrepôs ao
Parnasianismo, no Brasil o
Simbolismo foi quase
inteiramente abafado pelo
movimento parnasiano, que
gozou de amplo prestígio
entre as camadas cultas até
as primeiras décadas do
século XX. Apesar disso, a
produção simbolista deixou
contribuições significativas,
preparando terreno para as
grandes inovações que iriam
ocorrer no século XX, no
domínio da poesia.
Principais autores
Cruz e Sousa: O Cavador do Infinito.
         
Cruz e Sousa (1862 - 1898), filho de
escravos, foi amparado por uma
família aristocrática, que o ajudou
nos estudos. Ao transferir-se para o
Rio, sobreviveu trabalhando em
pequenos empregos e sempre foi
alvo do preconceito racial. Na
juventude, teve uma grande
decepção amorosa ao apaixonar-se
por uma artista branca. Acabou
casando-se com Gravita, uma
negra, que mais tarde ficaria louca.
De quatro filhos que o casal teve,
apenas dois sobreviveram. Cruz e
Souza morreu com 36 anos, vítima de
tuberculose. Suas únicas obras
publicadas em vida foram Missal e
Broquéis.





As características mais
importantes da obra de Cruz e
Sousa são:
No plano temático: a morte, a
transcendência espiritual, a
integração cósmica, o mistério,
o sagrado, o conflito entre a
matéria e espírito, a angústia e
a sublimação sexual, a
escravidão e uma verdadeira
obsessão por brilhos e pela cor
branca.
No plano formal: destacam-se
as sinestesias, as imagens
surpreendentes, a sonoridade
das palavras, a predominância
de substantivos e utilização de
maiúsculas, com a finalidade de
dar um valor absoluto a certos
termos.
As Estrelas
Lá, nas celestes regiões distantes,
No fundo melancólico da Esfera,
Nos caminhos da eterna Primavera
Do amor, eis as estrelas palpitantes.
Quantos mistérios andarão errantes,
Quantas almas em busca da Quimera,
Lá, das estrelas nessa paz austera
Soluçarão, nos altos céus radiantes.
Finas flores de pérolas e prata,
Das estrelas serenas se desata
Toda a caudal das ilusões insanas.
Quem sabe, pelos tempos esquecidos,
Se as estrelas não são os ais perdidos
Das primitivas legiões humanas?!

Cruz e Souza
Alphonsus de Guimarães
Alphonsus de Guimarães (1870 1921) nasceu em Ouro Preto,
estudou Direito em São Paulo e
foi durante muitos anos juiz em
Mariana, cidade histórica,
vizinha de Ouro Preto.
         




Marcado pela morte da prima
Constança - a quem amava e contava
apenas 17 anos -, sua poesia é quase
toda voltada ao tema da morte da
mulher amada, que aconteceu
apenas dois dias antes de seu
casamento. Todos os outros temas que
explorou, como natureza, arte e
religião, estão de alguma forma
relacionados àquele. A exploração do
tema da morte abre ao poeta, por um
lado, o vasto campo da literatura
gótica ou macabra dos escritores ultraromânticos, recuperada por alguns
simbolistas; por outro lado, possibilita a
criação de uma atmosfera mística e
litúrgica, em que abundam referências
ao corpo morto, ao esquife, às
orações, às cores roxa e negra, ao
sepultamento
ISMÁLIA
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.  No
sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
 E no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
 E como um anjo pendeu
Alphonsus de Guimarães
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
 As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
  O Simbolismo seguiu algumas correntes filosóficas em voga no fim do 
Século XIX. São elas: 

Intuicionismo,
por Henry Bergson.

Tinha como objetivo a busca de
novas realidades interiores. No
entanto, essas realidades
interiores, o "eu" profundo, serão
praticamente incomunicáveis,
por constituírem um mundo
extremamente vago, complexo
e corrompido à simples tentativa
de ser traduzido em palavras, já
que a própria consciência e
natureza dessas realidades são
irredutíveis à fala, colocando-se
fora de todo controle do
pensamento e da razão.

Teorias de Nicolal Von Hartamn.
          Em sua Teoria do Inconsciente,
Von Hartamn cria o
inconsciente, entidade
desconhecia que existe por trás
de tudo e que é totalmente
inalcançável.
          O inconsciente daria
explicação aos fenômenos, mas
essa explicação não chegaria
ao conhecimento do homem. O
sentimento de impotência
diante do enigma do Universo,
essa incógnita, gera o
pessimismo.

Teorias de Soren Kierkegaerd
          Definem o homem como uma síntese de
infinito e finito; de temporal e eterno; de
liberdade e de necessidade. Kierkegaerd
entende que qualquer opção do ser humano
conduz ao desespero pela impossibilidade de
conciliar a finitude e a infinitude; a
transcendência e a existência
Faróis é um livro
simbolista escrito
pelo Cruz e
Souza.

CRUZ E SOUZA - O
POETA DO DESTERRO

É um filme baseado na
obra de Edmond
Rostand, um simbolista
françês.

Cinebiografia do
poeta negro Cruz e
Sousa, marco do
Simbolismo na
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Parnasianismo e Simbolismo

  • 1.
  • 2. Nenhum movimento cultural é globalizante. Não se pode imaginar que todos os setores e pessoas da sociedade viveram da mesma forma em determinado momento. Por isso, pode-se dizer que em certas épocas há uma ideologia predominante, porém não globalizante. Nessa edição, será abordada duas escolas literárias: Parnasianismo e Simbolismo.
  • 3. Parnasianismo • Origem; • Características • Curiosidades • Autores e poesias • Mitologia Simbolismo • Características gerais • Extras
  • 4. "Não há nada mais belo que algo que não serve para nada...".
  • 5. Movimento literário de origem francesa, deu-se na década de 60, através da revista Parnase contemporain, dirigida por Théophile Gautier, e representou na poesia o espírito positivista e científico da época, surgindo no século XIX em oposição ao romantismo. Nasceu com a publicação de uma série de poesias, precedendo de algumas décadas o simbolismo. O seu nome vem do Monte Parnaso, a montanha que, na mitologia grega era consagrada a Apolo e às musas, uma vez que os seus autores procuravam recuperar os valores estéticos da Antiguidade clássica. Caracteriza-se pela sacralidade da forma, pelo respeito às regras de versificação, pelo preciosismo rítmico e vocabular, pela rima rica e pela preferência por estruturas fixas, como os sonetos. O emprego da linguagem figurada é reduzido, com a valorização da mitologia. Os temas preferidos são os fatos históricos, objetos e paisagens. A descrição visual é o forte da poesia parnasiana, assim como para os românticos são a sonoridade das palavras e dos versos. Os autores parnasianos faziam uma "arte pela arte", pois acreditavam que a arte devia existir por si só, e não por subterfúgios, como o amor, por exemplo
  • 6. Parnasianismo no Brasil  Representa um desligamento da realidade local no que essa tinha de pobre, feia e suja. Na adoção de valores europeus, os poetas fecham suas obras para um mundo grosseiro, feito de horrores, pestes e exploração, trocando o país concreto pela antigüidade, pelo sonho com a cidade-luz, Paris, e pelo nacionalismo ufanista. Nem todos os parnasianos são conservadores do ponto de vista político, mas sua arte o é.  Pode ser associado à Belle Époque - época dourada das elites européias, que se divertem com os lucros do espólio imperialista. O cancan, os cabarés e cafés parisienses, os janotas que bebem licor e as prostitutas de alta classe formam a imagem frenética de um mundo enriquecido e alegre. Uma certeza inabalável preside esse mundo: a de que ele é eterno e superior.
  • 7. Olavo Bilac foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros pela revista Fon-Fon em 1907. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, foi a maior liderança e expressão do parnasianismo no Brasil, constituindo a chamada Tríade Parnasiana. A publicação de Poesias, em 1888 rendeu-lhe a consagração. Ele já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Rui Minharro na minissérie "Chiquinha Gonzaga" (2002) e Carlos Alberto Riccelli no filme "Brasília 18%" (2006). Raimundo Corrêa Alberto de Oliveira
  • 8. Ciclo Manhã. Sangue em delírio, verde gomo, Promessa ardente, berço e liminar: A árvore pulsa, no primeiro assomo Da vida, inchando a seiva ao sol... Sonhar! Dia. A flor - o noivado e o beijo, como Em perfumes um tálamo e um altar: A árvore abre-se em riso, espera o pomo, E canta à voz dos pássaros... Amar! Tarde. Messe e esplendor, glória e tributo; A árvore maternal levanta o fruto, A hóstia da idéia em perfeição... Pensar! Noite. Oh! Saudade!... A dolorosa rama Da árvore aflita pelo chão derrama As folhas, como lágrimas... Lembrar! Olavo Bilac
  • 9. • A melhor definição de Olavo Bilac é feita por Antonio Candido: "admirável poeta superficial". Caricatura de Olavo Bilac • Superficial nele são os quadros históricos e mitológicos, o erotismo de salão, as miniaturas descritivas e o nacionalismo ufanista. Os temas, em geral, não estão à altura do domínio técnico e dos recursos de linguagem. Como acentua o próprio Antonio Candido, o poeta transforma tudo, o drama humano e a natureza, em "espetáculo", em coisa, em matéria-prima dos recursos esculturais do verso.Com algumas exceções, seus poemas nada aprofundam e ainda passam uma sensação de frieza.
  • 10. Ceres é o nome romano para a deusa grega Demeter. Para os gregos Ceres era a deusa mãe da Terra. Seduzida por Zeus ela teve uma filha dele, Persephone. Persephone cresceu alegremente entre as outras filhas de Zeus, mas sendo extremamente atraente e bela seu tio Hades se apaixonou por ela. Um dia enquanto Persephone estava colhendo flores o chão se abriu, Hades apareceu e arrastou-a para o Inferno. Persephone gritou enquanto isto acontecia mas, embora ouvindo-a gritar, quando Ceres chegou ao local não havia mais sinal de Persephone. Por nove dias e nove noites Ceres vagou pelo mundo com uma tocha acesa em ambas as mãos procurando a sua adorada filha. Somente no décimo dia ela encontrou Helios, que ve tudo, e que foi capaz de dizer a ela o que tinha realmente acontecido. Ceres então decidiu abandonar a sua condição divina até que sua filha retornasse para ela. Demeter
  • 11. O exílio que Ceres impôs a si mesma de sua condição divina fez a Terra se tornar estéril, de modo que Zeus ordenou a Hades que devolvesse Persephone à sua mãe. Só que isto não era mais possível. Durante a sua estadia no Inferno de Hades, Persephone havia comido uma semente de romã, o que a ligava para sempre a Hades. Foi obtido então um acordo segundo o qual Ceres retornaria ao Monte Olimpus e Persephone dividiria o ano em duas partes: metade com a sua mãe a outra metade no Inferno. Esta é a razão pela qual quando Persephone deixa o Inferno para estar com a sua mãe a Terra floresce, trazendo a Primavera e o Verão aos mortais como um sinal da alegria de ambas as divindades. Quando chega o momento de Persephone deixar sua mãe para ir ao Inferno, o Outono e o Inverno cobrem a Terra em sinal de profunda tristeza. Persephone
  • 12. Conheça os principais deuses gregos Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu. Afrodite - deusa do amor e da beleza. Poseidon - deus dos mares  Hades - deus dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo. Hera - deusa dos casamentos e da maternidade. Apolo - deus da luz e das obras de artes. Artemis - deusa da caça. Ares - divindade da guerra.. Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações Hefestos - divindade do fogo e do trabalho. Afrodite
  • 13.
  • 14. No final do século XIX, a literatura que representou essa nova forma de ver o mundo foi o Simbolismo. Os Simbolistas, insatisfeitos com a onda de cientificismo e materialismo a que esteve submetida a sociedade industrial européia na segunda metade do século passado, representam a reação da intuição contra a lógica, do subjetivismo contra a objetividade científica, do misticismo contra o materialismo, da sugestão sensorial contra a explicação racional. O Simbolismo começa por ser, portanto, uma negação do materialismo, do positivismo, do determinismo e outras atitudes  científicofilosóficas que embasaram a estética Realista/Naturalista/Parnasiana. É, por outro lado, um retorno ao subjetivismo romântico, ao predomínio do "eu", da imaginação e da emoção, ainda de modo mais profundo e radical. É também uma volta à atitude conflitual tensa do Barroco  Assim, os simbolistas representam um grupo social que ficou à margem do cientificismo do século XIX e que procurou resgatar certos valores românticos varridos pelo Realismo, tais como o espiritualismo, o desejo de transcendência e de integração com o universo, o mistério, o misticismo, a morte, a dor existencial (sem, contudo, cair na afetação sentimental romântica.).
  • 15. • • • • • • • • • Linguagem vaga, fluida, que prefere sugerir a nomear. Utilização de substantivos abstratos, efêmeros, vagos e imprecisos; Presença abundante de metáforas, comparações, aliterações, assonâncias, paronomásias, sinestesias; Subjetivismo e teorias que voltam-se ao mundo interior; Antimaterialismo, anti-racionalismo em oposição ao positivismo; Misticismo, religiosidade, valorização do espiritual para se chegar à paz interior; Pessimismo, dor de existir; Desejo de transcendência, de integração cósmica, deixando a matéria e libertando o espírito; Interesse pelo noturno, pelo mistério e pela morte, assim como momentos de transição como o amanhecer e o crepúsculo; Interesse pela exploração das zonas desconhecidas da mente humana (o inconsciente e o subconsciente) e pela loucura. Observação: Na concepção Simbolista o louco era um ser completamente livre por não obedecer às regras. Teoricamente o poeta simbolista é o ser feliz. A origem dessa tendência espiritualista e até mística situase nas camadas ou grupos da sociedade que ficaram à margem do processo de avanço tecnológico e científico do capitalismo do século XIX e da solidificação da burguesia no poder. São setores da aristocracia decadente e da classe média que, não vivendo a euforia do progresso material, da mercadoria e do objeto, reagem contra ela. Propõem a volta da supremacia do sujeito sobre o objeto, rejeitando desse modo o desmedido valor dado às coisas materiais.
  • 16. Os Malditos Simbolismo no Brasil   Essa concepção da realidade e da arte trazida pelos Simbolistas suscita reações entre setores positivistas da sociedade. Chamados de malditos ou decadentes, os simbolistas ignoram a opinião pública, desprezam o prestígio social e literário, fechando-se numa quase religião da palavra e suas capacidades expressivas. Ao contrário do que aconteceu na Europa, onde o Simbolismo se sobrepôs ao Parnasianismo, no Brasil o Simbolismo foi quase inteiramente abafado pelo movimento parnasiano, que gozou de amplo prestígio entre as camadas cultas até as primeiras décadas do século XX. Apesar disso, a produção simbolista deixou contribuições significativas, preparando terreno para as grandes inovações que iriam ocorrer no século XX, no domínio da poesia.
  • 17. Principais autores Cruz e Sousa: O Cavador do Infinito.           Cruz e Sousa (1862 - 1898), filho de escravos, foi amparado por uma família aristocrática, que o ajudou nos estudos. Ao transferir-se para o Rio, sobreviveu trabalhando em pequenos empregos e sempre foi alvo do preconceito racial. Na juventude, teve uma grande decepção amorosa ao apaixonar-se por uma artista branca. Acabou casando-se com Gravita, uma negra, que mais tarde ficaria louca. De quatro filhos que o casal teve, apenas dois sobreviveram. Cruz e Souza morreu com 36 anos, vítima de tuberculose. Suas únicas obras publicadas em vida foram Missal e Broquéis.   As características mais importantes da obra de Cruz e Sousa são: No plano temático: a morte, a transcendência espiritual, a integração cósmica, o mistério, o sagrado, o conflito entre a matéria e espírito, a angústia e a sublimação sexual, a escravidão e uma verdadeira obsessão por brilhos e pela cor branca. No plano formal: destacam-se as sinestesias, as imagens surpreendentes, a sonoridade das palavras, a predominância de substantivos e utilização de maiúsculas, com a finalidade de dar um valor absoluto a certos termos.
  • 18. As Estrelas Lá, nas celestes regiões distantes, No fundo melancólico da Esfera, Nos caminhos da eterna Primavera Do amor, eis as estrelas palpitantes. Quantos mistérios andarão errantes, Quantas almas em busca da Quimera, Lá, das estrelas nessa paz austera Soluçarão, nos altos céus radiantes. Finas flores de pérolas e prata, Das estrelas serenas se desata Toda a caudal das ilusões insanas. Quem sabe, pelos tempos esquecidos, Se as estrelas não são os ais perdidos Das primitivas legiões humanas?! Cruz e Souza
  • 19. Alphonsus de Guimarães Alphonsus de Guimarães (1870 1921) nasceu em Ouro Preto, estudou Direito em São Paulo e foi durante muitos anos juiz em Mariana, cidade histórica, vizinha de Ouro Preto.             Marcado pela morte da prima Constança - a quem amava e contava apenas 17 anos -, sua poesia é quase toda voltada ao tema da morte da mulher amada, que aconteceu apenas dois dias antes de seu casamento. Todos os outros temas que explorou, como natureza, arte e religião, estão de alguma forma relacionados àquele. A exploração do tema da morte abre ao poeta, por um lado, o vasto campo da literatura gótica ou macabra dos escritores ultraromânticos, recuperada por alguns simbolistas; por outro lado, possibilita a criação de uma atmosfera mística e litúrgica, em que abundam referências ao corpo morto, ao esquife, às orações, às cores roxa e negra, ao sepultamento
  • 20. ISMÁLIA Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar.  No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar...  E no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar... Estava perto do céu, Estava longe do mar...  E como um anjo pendeu Alphonsus de Guimarães As asas para voar... Queria a lua do céu, Queria a lua do mar...  As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar...
  • 21.   O Simbolismo seguiu algumas correntes filosóficas em voga no fim do  Século XIX. São elas:  Intuicionismo, por Henry Bergson. Tinha como objetivo a busca de novas realidades interiores. No entanto, essas realidades interiores, o "eu" profundo, serão praticamente incomunicáveis, por constituírem um mundo extremamente vago, complexo e corrompido à simples tentativa de ser traduzido em palavras, já que a própria consciência e natureza dessas realidades são irredutíveis à fala, colocando-se fora de todo controle do pensamento e da razão. Teorias de Nicolal Von Hartamn.           Em sua Teoria do Inconsciente, Von Hartamn cria o inconsciente, entidade desconhecia que existe por trás de tudo e que é totalmente inalcançável.           O inconsciente daria explicação aos fenômenos, mas essa explicação não chegaria ao conhecimento do homem. O sentimento de impotência diante do enigma do Universo, essa incógnita, gera o pessimismo. Teorias de Soren Kierkegaerd           Definem o homem como uma síntese de infinito e finito; de temporal e eterno; de liberdade e de necessidade. Kierkegaerd entende que qualquer opção do ser humano conduz ao desespero pela impossibilidade de conciliar a finitude e a infinitude; a transcendência e a existência
  • 22. Faróis é um livro simbolista escrito pelo Cruz e Souza. CRUZ E SOUZA - O POETA DO DESTERRO É um filme baseado na obra de Edmond Rostand, um simbolista françês. Cinebiografia do poeta negro Cruz e Sousa, marco do Simbolismo na literatura brasileira. Com Kadu Carneiro e Maria Ceiça