1. Edição 01 – Ano 01 – N° 01 AGOSTO/ SETEMBRO 2010 – CIRCULAÇÃO NACIONAL
CONSTRUIR IDÉIAS
AUTOCONCEITO E DIFICULDADES
NA REGÊNCIA
OS ELEMENTOS DE UMA
AULA
CO- PARTICIPAÇÃO: EFEITOS E PRÁTICAS
ENSINAR .... E APRENDER
O ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR: UMA FORMA
DE LAPIDAR DIAMANTES BRUTOS.
TUDO SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO II NO COLÉGIO
ESTADUAL PEDRO RIBEIRO PESSOA
ENSINAR E CANTAR:
Alunos do 2N3 aprovam
o método.
“Compartilhar idéias e metodologias é
essencial para tornar a aula mais
interativa, dinâmica. O aluno precisa
aprender muito mais que conceitos,
precisam construir idéias.”
2. Universidade do Estado da Bahia – UNEB Campus II – Alagoinhas
Departamento de Ciências Exatas e da Terra – DCET
Este portfólio está sendo apresentado como requisito
parcial avaliativo ao componente curricular Estágio
Supervisionado II, sob regência da Professora Cláudia
Regina Souza.
Qualquer uso deste material e/ou partes deve ser dado o crédito ao autor.
3. Editorial
Prezado Educador e Prezada Educadora.
“A educação sozinha não transforma
a sociedade, sem ela tão pouco a
sociedade muda.”
Paulo Freire.
As dificuldades encontradas durante um
estagio em sua maioria, são decorrentes do nosso
autoconceito,da maneira como se percebe como
professor. O autoconceito está diretamente ligado
e influi significativamente na nossa atividade como
professor.
Aos olhos dos alunos os professor é muito
importante, suas atitudes vão ajudá-los a construir
idéias.
A revista Construir Idéias, deseja que este
número contribua para as reflexões sobre sua
prática e para trocas de experiências com seus
colegas professores.
Boa Leitura!
Marília Alves
DIRETORA DE REDAÇÃO
Você gostaria de dar sua
opinião?
Escreva para mim.
Meu e-mail é
mariliaacampos@gmail.com.
4. O ESTÁGIO
O estágio é um processo de
aprendizagem indispensável a um
profissional que deseja estar preparado
para enfrentar os desafios de uma
carreira. O processo de estágio
ultrapassa as dimensões estipuladas por
nós professores e/ou futuros
professores, são vivencias e
experiências que vão além até mesmo,
para aqueles que estejam relutantes em
serem professores.
Está no estágio à oportunidade de
assimilar a teoria e a prática, aprender
as peculiaridades e “macetes” da
profissão, conhecer a realidade do dia-
a-dia, no que o acadêmico escolheu
para exercer. Logo, o estágio representa
e estimula a licenciatura a ser
prioritariamente e continuamente um
exercício prático, na busca continua
pela formação do conhecimento.
Aos que vivenciam ou irão vivenciar
a experiência do estágio, são
indiscutíveis os benefícios e
vantagens desta experiência. As aulas
em sala de aula ensinam conceitos e
teorias que são necessárias aos futuros
profissionais.
Sobretudo as vivências do estágio
permitem assimilar vários elementos
que foram ensinados teoricamente, mas
que são emocionalmente marcantes
quando sentidos e vividos em sala de
aula e na vida do professor. Torna-se
possível identificar deficiências e
falhas, onde o estágio é o momento
mais apropriado para extrair benefícios
dos erros.
Sendo assim, o estágio constitui-se
em importante instrumento de
conhecimento e de integração do aluno
na realidade social, econômica e do
trabalho em sua área profissional.
Por Marília Alves
5. O Papel Da Licenciatura No Perfil
Educacional Brasileiro
O ESTÁGIO
No Brasil, como se sabe, as licenciaturas foram
criadas nas antigas faculdades de filosofia, na década
de 30, principalmente como conseqüência da
preocupação com a regulamentação do preparo de
docentes para a escola secundária. Essa maneira de
conceber a formação docente revela-se consoante
com o que é denominado, na literatura educacional,
de modelo da racionalidade técnica.
O professor era visto como um técnico, um especialista que aplica com
rigor, na sua prática cotidiana, as regras que derivam do conhecimento científico e do
conhecimento pedagógico.
Esse modelo de formação docente pode ser descrito, também, segundo a
conhecida analogia com o “curso de preparação de nadadores” criada por Jacques
Busquet, em 1974:
“ Imagine uma escola de natação que se dedica um ano a ensinar anatomia e fisiologia da
natação, psicologia do nadador, química da água e formação dos oceanos, custos
unitários das piscinas por usuário, sociologia da natação (natação e classes sociais),
antropologia da natação (o homem e a água) e, ainda, a história mundial da natação, dos
egípcios aos nossos dias. Tudo isso, evidentemente, à base de cursos enciclopédicos,
muitos livros, além de giz e quadro-negro, porém sem água. Em uma segunda etapa, os
alunos-nadadores seriam levados a observar, durante outros vários meses, nadadores
experientes; depois dessa sólida preparação, seriam lançados ao mar, em águas bem
profundas, em um dia de temporal.”
Parece-nos consenso e obvio
que os currículos de formação de
professores sejam baseados no modelo da
racionalidade técnica, aos quais se
mostram inadequados à realidade da
prática profissional docente.
Por Marília Alves
6. É importante não esquecer, quando se discute a questão da formação
docente, as atuais condições da educação brasileira são derivadas dos
diversos fatores externos ao processo pedagógico que vêm prejudicando a
formação inicial e continuada dos professores no país, destacando-se o
aviltamento salarial e a precariedade do trabalho escolar. Sendo assim a
formação de licenciados torna-se um fato de demérito social frente ao
posicionamento do país com os brilhantes profissionais, que cuidam da
formação social, econômica e moral dos brasileiros.
Portanto, para formar esse profissional, é necessário um conjunto
de disciplinas científicas e outro de disciplinas pedagógicas, que vão
fornecer as bases para sua ação. No estágio supervisionado, o futuro
professor aplica tais conhecimentos e habilidades científicas e
pedagógicas às situações práticas de aula.
É importante ressaltar, que um
equívoco bem comum consiste em
acreditar que para ser bom professor
basta o domínio da área do
conhecimento específico que se vai
ensinar.
O estágio funciona como uma “janela
do futuro” através do qual o aluno
antevê seu próximo modo de viver.
Deve ser uma passagem natural do
“saber sobre” para o “saber como”; um
momento de validação do aprendizado
teórico e prático em confronto com a
realidade.
7. Autoconceito e Dificuldades
Na Regência
REGÊNCIA Por Marília Alves
Embora se discuta a importância e o
papel do professor na educação e na
formação da sociedade, grande parte das
escolas e dos professores desconhece ou
desconsidera o seu papel no
desenvolvimento da inteligência e na
construção do conhecimento. A relação
estabelecida entre professor-aluno, em
ambos, provoca influência, motiva a relação
e interfere significativamente na formação
do sujeito, facilitando a troca de saberes e o
desejo de aprender.
Cada professor é único, referencial.
Logo percebe-se a urgência de identificar-
se como professor,e sobre a necessidade de
refletir sobre seu autoconceito, buscando o
autoconhecimento, pois a relação professor-
aluno, vai além da transmissão de
conteúdos, envolvendo as características
psíquicas de ambos.
Os gestos do professor, consciente ou
inconscientemente, fornecem ao aluno
subsídios afetivos que irão ajudá-lo a
construir seu auto-conceito positivo.
Lacan ( 1941 ), psicanalista pós-
freudiano, introduziu a noção do “Reflexo
ou Estágio do Espelho”, que é a pessoa se
ver refletida no olhar (espelho) da outra e
receber toda a gama de atribuições,
investimentos e expectativas que este
transmite.
Desta forma, o espelho (olho) transmite
as percepções que o professor apresenta a
respeito de quem se olha nele ( o aluno ). E,
conforme o que estiver refletido,
influenciará positiva ou negativamente no
aluno, pois este percebendo-se respeitado,
admirado e seguro, acaba por vestir-se
destes sentimentos e credita a si próprio o
mérito de tais, reforçando sua auto-estima,
impulsionando sua curiosidade e seu
sentimento de competência.
Questionamentos sobre o seu papel
como professor, antecedem o período
do estágio, porém se faz mais veemente
nessa fase, onde as dificuldades de
reger uma turma se afloram. Nesse
período os conceitos são fundamentais,
mais não necessariamente decisivos no
sucesso profissional.
Os problemas e/ou questionamentos
da regência partem da segurança pelo
qual o professor desempenha. De certo
não é fácil Ser professor, há sobre tudo
quem se intitule durante a regência,
Estar professor. A licenciatura e a
titulação acadêmica vão muito além da
condição momentânea. Mas, se
Estar,assim for necessário, faz eia com
consciência do seu papel.
Lembro que no que diz respeito ao
autoconceito profissional é
conceptualizado como um construto
consciente, multidimensional,
evolutivo, autodescritivo e avaliativo
(Veiga, 1996). Destaca-se, portanto, a
importância do estudo do autoconceito
em contexto educativo, uma vez que a
sua promoção pode fazer emergir
benefícios explícitos no processo
ensino-aprendizagem.
8. As salas de aula são amplas, arejadas, iluminação adequada, as carteiras são
conservadas e em quantidade suficiente para todos os alunos. Possui um espaço para a
biblioteca, sala de informática, laboratório de Biologia, quadra esportiva, sala de vídeo com
TV e DVD, as salas de aula possui TV pendrive, possui ainda espaços que servem de
secretaria, sala da direção e sala dos professores.
A ESCOLA
O estágio foi realizado no Escola Estadual
Pedro Ribeiro Pessoa, localizada em Catu –BA,
na Praça Ana Queiroz, s/n.ºRua Nova, CEP:
48110-000.
A PROFESSORA
A professora Vânia, é formada em Ciências Naturais com ênfase em Biologia pela
Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus II e desde a formação trabalha com
ensino de ciências e biologia.
O LIVRO
Paulino, Wilson Roberto Biologia,Seres Vivos/ Fisiologia Volume 2 São
Paulo,2007.
9. Os presentes na sala são alunos, que na maioria das vezes trabalham
durante o dia, que pouco ou nunca questionam a professora sobre nenhum
assunto ou dúvida.
A sua maioria não tem intenção de fazer o vestibular, e estão no ensino
médio somente para conclusão.
Aparentemente os alunos se relacionam bem e não houve durante a
regência nenhum atrito entre eles, mantêm um bom dialogo entre si.
A TURMA
O estágio foi desenvolvido em turma
noturna, do 2º ano( 2ºN3) do ensino médio.
Matriculados nas turmas são geralmente 42 alunos, mas os que
freqüentam são apenas 20 a 25 alunos
OS ELEMENTOS DE UMA AULA
Qual é a diferença entre uma boa
aula e uma aula bem-sucedida?
Nenhuma, pois ambas devem incluir
ingredientes frescos, bem
balanceados, selecionados de acordo
com as preferências e as
necessidades dos consumidores.
Aulas bem-sucedidas incorporam
vários ingredientes essências ao
processo de aprendizagem. O
equilíbrio desses ingredientes
determina a qualidade da aula – o
que, por sua vez, determina o nível de
aprendizagem e a conseqüente
satisfação dos alunos.
Por isso, devemos examinar,
com freqüência como os
elementos de nosso trabalho se
entrosam.
Decisões concernentes a
preparação, passagem de
instrução, linguagem na sala,
técnicas de apresentação e ritmo
são numerosas, e cada uma
merece reflexão. É essencial
considerar como todas as
possíveis opções podem afetar
nossas aulas- e nossos alunos-
antes de, realmente, entrar na
sala.
10. A aula observada começou
com 20 min. de atraso em virtude do
deslocamento da professora de uma
sala para outra. A professora em
sala de aula recolhe os cadernos
individualmente para correção de
atividades decorrente da unidade.
Sendo estes pontuados de acordo
com as atividades realizadas e
organização do material.
Não há formulas mágicas
para realização de aulas
eficazes o tempo todo. O
processo de reflexão poderia
parecer bastante evasivo,
sobretudo para professores
novatos.
No entanto, ele é altamente
benéfico, pois nos torna mais
capazes de predizer o que
poderia ocorrer na sala e, com
isso, prevenir algumas áreas
potencialmente problemáticas.
Fonte: Estou ensinando bem? NIKOLIC,
vesna/CABAJ,hanna. Estratégias de auto-avaliação
para professores. São Paulo: Loyola, 2001.p 143.
26 DE ABRIL DE 2010 Tempo de Aula: 80min
A docente salienta que na
semana seguinte será realizada
a ultima avaliação da unidade.
Foi possível observar que
apenas um pequeno grupo de
alunos estavam na sala cerca de
8 a 10 alunos e que nem todos
estavam com as atividades em
dia.
O QUE EU FARIA :
Como a maioria dos estudantes da
noite trabalham durante o dia, e cada
aula são apenas 40 min., eu faria a
correção das atividades uma aula mais
dinâmica, com uma apostila revisão
contendo ilustrações, esquemas e textos
onde os assuntos da prova seriam
debatidos e solucionadas as dúvidas
referentes. Ao final da aula todos me
entregariam as atividades para correção
e seria feita a avaliação decorrente a
participação a aula.
11. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
03 DE MAIO DE 2010
A professora arrumou a sala com as
cadeiras enfileiradas com uma distância
considerada uma da outra, esclareceu
que a avaliação teria a duração de 2 aulas
( 80 min.), ultima avaliação da I unidade
tinha 10 questões objetivas intercaladas
com textos. O assunto da prova era
somente vírus. Foram dos 22 que
freqüentavam foram apenas 10 alunos
fazer a prova.
O QUE EU FARIA :
Não tenho muita coisa para
acrescentar sobre a metodologia da
professora, a prova estava muito bem
elaborada, com textos bem auto-
explicativos para auxiliar na resolução
das questões.
Tempo de Aula: 80min
quando ocorre, se dá por iniciativas
esporádicas de alguns professores,
levadas a diante por enorme esforço
pessoal de tais profissionais.
Para Moura e Vale (2003), os
professores devem enfatizar atividades
que favoreçam a espontaneidade do
aluno e seus conceitos cotidianos,
permitindo que (o aluno) construa
noções necessárias para a
compreensão da ciência.
A utilização de outras
modalidades didáticas tais
como:audiovisuais, ferramentas
computacionais, práticas no
laboratório e na sala de aula,
atividades externas, programas
de estudo por projetos e
discussões, entre outras,
12. 10 DE MAIO DE 2010
A professora realizou a segunda
chamada da avaliação, que tinha 5
questões intercaladas entre questões
abertas e fechadas. Onde 12 alunos a
realizaram. Durante as duas aulas os
demais alunos que já haviam realizado a
prova foram dispensados.
O QUE EU FARIA :
Como a prova de segunda chamada
era menor que a primeira prova, eu usaria
as duas aulas para a sua realização. No
primeiro momento eu usaria a primeira
aula para introduzir ou revisar conteúdos,
e em um segundo momento faria a
segunda chamada.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Tempo de Aula: 80min
De acordo com KRASILCHIK (2004)
os objetivos do ensino de biologia seriam:
aprender conceitos básicos, analisar o
processo de pesquisa científica e analisar
as implicações sociais da ciência e da
tecnologia.
Segundo esta mesma autora “a
biologia pode ser uma das
disciplinas mais relevantes e
merecedoras da atenção dos
alunos, ou uma das disciplinas mais
insignificantes e pouco atraentes,
dependendo do que for ensinado e
de como isso for feito”.
13. 17 DE MAIO DE 2010
Eu cheguei à escola as 18:40 min.
Me dirigi a direção para providenciar a
chave da sala de vídeo, e xerocar a
apostila que eu já havia preparado para
a primeira aula da II unidade a aula que
seria ministrada foi sobre o Reino
Monera.
A aula começou as 19:50, com
10mim. de atraso devido ao professor
da aula anterior demorar de se retirar
da sala. Como eu já conhecia a turma
e alguns alunos devido já ter lecionado
anteriormente na escola, a relação com
a turma foi mais fácil, pois eu já
conhecia o perfil de alguns alunos.
A aula consistiu da exposição oral e
utilização da apostila dinamicamente
preparada com imagens e gravuras,
onde realizei perguntas sobre a relação
das bactérias com a conservação dos
alimentos com o intuito de incitá-los à
participação.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Mostrei inicialmente os tipos
morfológicos e os de fatores de
contribuição das bactérias para a
manutenção da vida no planeta,
descrevendo sobre cada um deles
para que o aluno compreendesse a
importância das bactérias no ambiente
em que vivem, e fiz indagações sobre
como estas bactérias favorecem ao
convívio com o homem e outros
animais.
Finalizando, solicitei aos alunos
que formem um quadro sobre as
principais doenças relacionadas às
bactérias, destacando aos alunos que
no livro didático poderia auxiliá-los
com atividade.
Tempo de Aula: 80min
Segundo FERNANDES (1998), a
maioria dos alunos vê a biologia
apresentada em sala, como uma
disciplina cheia de nomes, ciclos e
tabelas a serem decorados, enfim, uma
disciplina “chata”. Assim, a questão que
se coloca é: como atrair os alunos ao
estudo e como estimular seu interesse e
participação?
A resposta, claro, não é simples
e nem há uma receita pronta. O
mesmo autor argumenta que para
esta questão não pode haver uma
fórmula universal, pois cada
situação de ensino é única. Acredita,
porém, que é necessário buscar
soluções, refletir sobre o assunto e
trocar experiências.
14. 24 DE MAIO DE 2010
Iniciei a aula perguntando se
fizeram o quadro e recolhendo. Em
seguida, discutir as dificuldades que
eles tiveram para realizar o quadro
esclarecendo as duvidas destacadas
durante a realização da atividade de
casa. Em um segundo momento
destaquei que o assunto da aula seria
Cianobacterias e a proliferação
Bacteriana.
No quadro coloquei as
características principais, e em
seguida expliquei detalhadamente
sobre essas características.
No momento posterior foi realizada
uma aula pratica de cultivo bacteriano,
onde os alunos fizeram um meio de
cultura caseiro com ingredientes que
levei para a sala de aula juntamente
com material para o cultivo já pronto.
. Levei também algumas bactérias
já semeadas e devidamente
embaladas, luvas, mascaras, placas
dentre os matérias que usarei da
própria escola com béquer e bastão
de vidro.
Os alunos se reuniram em 4
equipes para coletar as bactérias para
semear nas placas, seguindo o roteiro
que eu mostrei de como proceder na
aula pratica.
Finalizei pedindo que os alunos
que colocassem o material coletado
na estufa presente no laboratório da
própria escola, e que anotassem tudo
sobre o que viram ao longo dos dias,
como cor o crescimento e suas
possíveis curiosidades.
Tempo de Aula: 80min
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A utilização de slides que, apesar
de parecer um recurso “fora de moda”
nestes tempos de informática é
defendida por FERNANDES (1998).
Segundo ele, os slides permitem uma
projeção de alta resolução,
enfatizando cores, beleza e detalhes,
visíveis de qualquer ponto de uma
sala de aula.
Argumenta também que as
imagens em si não asseguram nenhum
aprendizado e que devem vir
acompanhadas de uma nova
abordagem, de sensibilização do aluno
para o mundo natural. Um enfoque
naturalista e aventureiro, mas que não
se limite a isso: que também faça com
que esse aluno aprenda, pense,
questione e principalmente queira
saber mais.
15. O7 DE JUNHO DE 2010
Iniciei a a aula perguntando se a
turma teve dificuldade de em fazer o
exercício e fiz a correção e os
questionamentos sobre o texto
perguntando:
O que é chorume?
E de que forma as bactérias podem reduzir os problemas de meio ambiente?
Formando um debate sobre o assunto durante aula, onde
os alunos dinamizaram a aula com seus argumentos e
questionamentos.
Durante a aula foram levantados questionamentos sobre
eventos atuais sobre o deposito de lixo em proximidades
residencial e sobre o perigo das grandes favelas do rio de
janeiro entre outras.
Em seguida iniciei a explicação sobre a relação da falta
de higiene e falta de saneamento básico na obtenção de
alguns protozoários.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Tempo de Aula: 80min
O professor, assim como o aluno, também é mundo pela curiosidade. Ela
é a mola propulsora do aprendizado e do ensino do educador, da construção e
produção de conhecimentos. Proporciona um diálogo entre o professor e o
aluno, mas este diálogo não pode ser um simples vai-e-vem de perguntas,
momentos reflexivos devem existir neste diálogo (Freire, 1996). É necessário
sobre tudo estimular o aluno a chegar a suas próprias conclusões.
16. 14 DE JUNHO DE 2010
Foram enfocados durante a aula
exposição da aula na TV Pendrive sobre os
principais protozoários ciliados, esporozoários
e flagelados, suas características estruturais e
fisiológicas. A exposição de slides na TV
Pendrive consistiu na explicação dos ciclos de
vida dos principais representantes de
protozoário ciliados e flagelados mostrando
detalhes sobre as diferenças de cada
ciclo.Depois da explicação foi passado um
vídeo sobre o Reino Protista.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Desejei aos alunos um bom São João e um
ótimo recesso
Tempo de Aula: 80min
A educação deve ter como papel
principal o desenvolvimento do individuo
em sua totalidade. Para tanto, essa
precisa modificar-se constantemente,
observando as mudanças ao redor,
essencialmente o desenvolvimento
tecnológico e a influencia que a mídia
exerce no dia a dia do mundo
globalizado.
O desafio dos educadores é
estimular, no ambiente escolar, o
envolvimento da mídia nos
objetivos educacionais para
desenvolver valores e atitudes
que contribuam para a construção
da reflexão e do entendimento
dos educadores (VIGLUS, 2007)
17. 05 DE JULHO DE 2010
Iniciei a aula perguntando como foi o
recesso junino? Se os alunos descansaram?
Como foi o período longe dos colegas de
escola ?
Seguindo o tema da aula foi o Reino Fungi onde expliquei as
características, tipos e ciclos biológicos destes organismos como recurso
utilizei a TV pendrive na apresentação de slides para dinamizar a aula e não
ficar presa ao quadro.
Posteriormente mostrei um vídeo de 9min. sobre evolução dos
organismos do reino. Discutimos também como estas estruturas se
desenvolveram para a evolução fisiológica destes organismos.
Em um terceiro momento expliquei no quadro sobre o trabalho que iríamos
fazer na próxima aula. Seria uma aula prática de Fungos, mostrei também
uma parodia sobre o assunto para descontrair a aula. Todos cantaram e se
divertiram e aprenderam a musica bem rápido. (A parodia estar destacada no
quadro Ensinar e Aprender pag. ?)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Tempo de Aula: 80min
“Ensinar exige bom senso”; o
professor tem que estar consciente de
que suas atitudes podem influenciar
profundamente a vida de um aluno,
positivamente ou negativamente, este
professor deve estar sempre avaliando
a sua prática pedagógica.
O bom senso propõe para o
professor uma reflexão na relação
professor/ aluno; para adquirir
bom senso é necessário exercitá-
lo, de forma prática, a nossa
capacidade de indagar, de
comparar, de duvidar, de aferir
tanto mais curioso quanto mais
crítico (Freire,1998).
18. 12 DE JULHO DE 2010
Tempo de Aula: 80min
Cheguei à escola as 18:30min. e
me dirigi a cozinha da escola para
providenciar os matérias necessários
para a realização da aula.
Coloquei cerca de 2L de água
para ferver, depois de ferver, esperei
esfriar cerca de 10min e em seguida
acondicionei em uma garrafa térmica.
Distribui nas carteiras o roteiro da
aula prática, que detalhava como
iríamos fazer o experimento.
No roteiro havia um espaço
para que os alunos detalhassem o
que pude observar de mudanças
e/ou não, durante toda a semana,
acompanhado de uma lauda para
que o aluno pudesse colocar suas
conclusões acerca do seu
experimento.
A prática foi realizada com
todos os alunos onde todos
fizeram seu próprio material de
observação. ( Maiores detalhes
você pode encontrar no espaço
Ensinar e Aprender )
Eu levei previamente todo o
material que os alunos iriam
precisar para a realização do
experimento:
• 1 tablete de fermento
biológico
• Açúcar
• Garrafa plástica, pequena e
Transparente
• Colher de sopa
• Copo plástico
• Bexiga
Procedimento:
Coloque o fermento no copo. Misture
a uma colher de açúcar e uma colher de
água morna. A água não deve estar
muito quente.
Coloque a mistura dentro da garrafa.
Coloque mais uma xícara de água
morna na garrafa.
Prenda a bexiga na boca da garrafa.
Coloque a garrafa em um lugar morno
e escuro (como um armário) por 3 ou 4
dias.
Observe a garrafa todos os dias
19. 19 DE JULHO DE 2010
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Iniciei a aula pedindo que eles
pegassem o experimento no laboratório
de ciências e em seguida perguntei
individualmente a cada aluno o que pode
observar em seu experimento e
posteriormente saber o que puderam
concluir com o experimento.
Em seguida em cima das respostas
expliquei o evento que aconteceu
levando em consideração o metabolismo
dos fungos e expliquei como as
leveduras usam o açúcar para promover
o gás na bexiga.
Relacionei os resultados para
mostrar através de figuras os que
eram responsáveis na fabricação e
manutenção de alimentos. Mostrei
em sala o pão contendo o bolo,
placas de Petri com alguns fungos
ambientais e alimentares.
Tempo de Aula: 80min
A importância da experimentação no
ensino de biologia é praticamente
inquestionável (MOREIRA, 2003) e em
geral, os professores da rede estadual
parecem compartilhar essa idéia.
Todavia, o contexto de implantação
dessa modalidade didática parece ser
desfavorável o que resulta na
subutilização ou mesmo inoperância dos
laboratórios de nossas escolas.
20. Em um segundo, momento falei sobre
as doenças fúngicas e mostrarei imagens
relacionadas essas doenças, e solicitei
um trabalho de colagem para ser
realizado em sala ( na aula seguinte)
sobre a importância dos fungos.
Os alunos iriam trazer de casa
figuras e textos que relacionassem a
fungos e sua importância.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sabendo-se que aulas de
demonstração servem, principalmente,
para apresentar espécimes, e
justificam-se quando não há material
em quantidade suficiente para toda a
turma(KRASILCHIK, 2004).
A participação deles reforçou a idéia
de Krasilchik (1987), que o
aprendizado de Ciências deve incluir
não somente habilidades de
observação, mas também a de
manipulação para a formação de suas
próprias idéias.
26 DE JULHO DE 2010Tempo de Aula: 80min
Iniciei a aula perguntando se todos
trouxeram o material para fazer o cartaz.
Eu havia levado alguns artigos de revista
e recortes de figuras de fungos, dividir a
turma em dois grupos e disponibilizei
papel metro para fazerem o cartaz, as
equipes tiveram 20 min. Para e
elaboração dos cartazes e mais 10 min.
para apresentarem falando da
importância do fungo que escolheram
para falar.
21. Na segunda aula eu entreguei
uma apostila contendo 26 questões
objetivas onde foram trabalhadas
questões para exercitar a
aprendizagem fazendo assim uma
revisão, para que eles estivessem
preparados para prova na semana
seguinte. Durante a resolução das
questões relacionei com as aulas
que foram dadas e expliquei e
solucionei as dúvidas.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A escola é o lugar eleito
socialmente para construção de tipos
específicos de conhecimento, e é aí
necessidade a ação docente se
configura como uma atividade em sala
de aula humana transformadora.
Professor e aluno refletem seu
contexto histórico e geográfico,
trazendo experiências de vida
decorrentes de suas interações
sociais e com o mundo.
Essa diversidade torna inevitável a
existência de visões diversas sobre os
fenômenos que os circundam, uma
vez que o objeto de conhecimento não
está solto no tempo e não é
independente da história Disso resulta
a de uma intensa negociação na sala
de aula (ROMANELLI, 1996)
Se cada professor pudesse
confrontar seus alunos com um
padrão particular a que ele quer que
atendam, o resultado seria o caos, a
desordem, e não o individualismo”
(Buber, apud Murphy, 1988, p.90-91).
22. 09 DE AGOSTO DE 2010
Realizei a leitura da prova e elucidei os
alunos sobre as regras da prova e que
sua duração seria de 2 aulas ( 80 min.).
Obs.: Alguns alunos não foram fazer a
prova e de acordo com as normas da
escola a prova de segunda chamada
deve ser realizada.
Assim avisei em sala, que os alunos
que não fizeram a prova, a segunda
chamada seria na próxima semana.
Tempo de Aula: 80min
16 DE AGOSTO DE 2010
A prova de segunda chamada foi
realizada no primeiro horário da aula, e
foram entregues as notas para aqueles
que já tinham todas as notas. No
segundo horário eu me despedir da
turma e agradeci o período em esteve
com eles, logo após a professora
assumiu a turma.
A prova consistiu em 10
questões objetivas e discursivas
sobre Reino Monera, Reino Protista,
e Reino Fungi. A sala foi arrumada
com as cadeiras enfileiradas com
uma distância considerada uma da
outra, onde exatamente as 19:40
comecei a entregar as provas de
cadeira em cadeira.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A avaliação é uma etapa presente
quotidianamente em sala de aula,
exerce uma função fundamental, que é
a função diagnóstica. Há muito que
estudar sobre avaliação ( HOFFMAN
1993). Um das dicas é a de realizar as
articulações necessárias para que se
possa promover testes, provas,
relatórios, e outros instrumentos a
partir de uma concepção de avaliação
que diz respeito ao aluno como sujeito
de sua aprendizagem, uma vez que
planejar é uma ação dinâmica,
interativa, e acontece antes de se iniciar
o processo de ensino, durante e depois
do processo. É uma ação reflexiva, que
exige do professor permanente
investigação e atualização didático-
pedagógica.
23. INTERAÇÕES
As interações e o convívio entre
os colegas possibilitam o processo de
elaboração e re-elaboração de
experiências, posturas, condutas,
conhecimentos, potencialidades e
talentos, sentidos e sensações que
organizam e integram as atividades
psíquicas com os demais professores
e conseqüentemente com seu eu.
Esse movimento relacional cria e
possibilita múltiplas possibilidades de
significações, construídas no
momento de interação com os
professores que já estão na escola.
A experiência docente neste caso
promove uma dinâmica relacional com
características bem peculiares, nada
simples e nem lineares.
Ao contrário, é um acontecimento
vivo, contraditório e multidimensional,
que pode direcionar a constituição de
diferentes configurações da
personalidade, e de autoconceitos,
ainda que, esta guarde sempre uma
unidade interna marcadas pela
estabilidade e porque não dizer
“comodismo”, representa acima de
tudo, um momento vital na
constituição do profissional.
Nesse processo há sobre tudo
uma sensação de acolhimento dos
demais profissionais ali presentes, o
impacto dessa relação na minha e
certamente na formação de qualquer
professor terá sem duvidas aspectos
positivos, na formação e
desenvolvimento de uma identidade
muita mais segura e significativa
diante das múltiplas adversidades do
mundo escolar.
Por Marília Alves
24. UNEB
ATENDIMENTO INDIVIDUAL
As atividades realizadas e os
esclarecimentos durante o atendimento
individual foram extremamente validas na
formação enquanto professores de Ciências,
tanto pelos aspectos pedagógicos, como
também pela elucidação das técnicas de
ensino na formação do professor.
A DISCIPLINA
A disciplina Estágio Supervisionado II
merece destaque pela interação de pessoas
com diversas personalidades, visões de
mundo, percepções etc. Assim percebe-se que
a disciplina estágio supervisionado II, vem
cumprindo sua finalidade, que é aperfeiçoar o
acadêmico como futuro professor e desde já,
perceber as futuras gratificações de serem
professores e o principal, as dificuldades, que
não são poucas, tanto na questão de infra-
estrutura quanto nas diferenças de
mentalidade de cada aluno, e que nem todos
os presentes possuem afinidade com a
disciplina e um dos aspectos principais que é
desenvolvimento das relações interpessoais.
25. CONCEPÇÕES
É notório que neste pais vivemos
uma situação paradoxal no âmbito dos
cursos de licenciatura ou melhor, no
ensino e na formação de futuros
professores. Ninguém é capaz de
negar a importância social da formação
de profissionais que estejam hábitos a
conduzir a educação das crianças,
adolescentes e adultos. É sem divida
um fato publico e notório que a
educação tem sido priorizada em
âmbitos tecnológicos sistematizando
conhecimentos e habilidades, em
contra partida a escola tem ocupado o
segundo lugar por uma serie de
razões.
Um consenso entre a comunidade
científica e educacional é que o
docente carrega a maior parte da
responsabilidade em garantir a
aprendizagem de ciências pelos
alunos. Porém, a formação científica
de nossos futuros professores tem
deixado muito a desejar. Seja por
falta de conteúdo teórico ou absoluta
falta de preparo científico prático, o
resultado é que esse professor
carregará consigo em sua prática
diária docente a concepção errônea
de ciência como conjunto acabado e
estático de verdades definitivas.
O que acredito hoje sobre o meu
papel como professor, foi constituído
durante todo o meu processo de
licenciatura na formação em docente
de Ciências Biológicas, mesmo
ciente das reais necessidades
educacionais do meu pais, e do meu
papel na constituição e formação
social dos brasileiros.
Por Marília Alves
26. Logo, não foi constituída ao final da
minha formação profissional, o meu
desejo em buscar minha efetivação
profissional - Professor. Vários foram
os momentos de questionamentos
acerca de: Eu quero ser professor?
Que professor eu quero ser? Qual o
meu papel?
Assim, como vários foram os
momentos em que constatei que a ser
educador nesse, momento talvez não
seja o meu melhor como profissional.
Acredito a afirmo que, a vivência
em sala de aula lhe proporciona uma
experiência muito prazerosa, em
vários aspectos, se fosse levar em
consideração esse período sem
dúvida me intitularia uma professora.
Porém a formação de um profissional
vai muito além do seu desempenho, o
desempenho não caracteriza ninguém
como um bom profissional, o estagio
não lhe torna professor.
Durante todo o período do
estagio e que trabalhei como
professora me dediquei
exclusivamente a ser uma boa
professora, em exercer bem meu
papel, não em transmitir somente
e necessariamente conteúdos;
mas em formar opiniões, idéias,
contextualizações e acima de tudo
dar autonomia ao meus alunos.
Em suma, não me intitulo
professora, termino minha
formação acadêmica me
considerando uma bióloga, mas
não ainda uma docente.
27. CO-PARTICIPAÇÃO : EFEITOS E PRÁTICAS
O trabalho de co-participação e
planejamento sintetiza o desempenho
que foi desenvolvido durante o período
do Estagio II. Esse período de co-
participação foi de grande importância
para o desenvolvimento das
potencialidades, talentos e preparação
para enfrentar os desafios profissionais
e como cidadão.
O educador é acima de tudo um ser
pensante, ele transforma a informação
em conhecimento investigando e
refletido sobre o que ele ensina e como
ele deve ensinar. O educador é hoje
peça fundamental para entendimento do
mundo e para criação de hábitos
saudáveis de vida que gerem idéias de
valorização dos seres humanos, de
respeito à diversidade das vidas, de
análise das possíveis transformações e
de busca plena por um mundo onde
reinem ideais éticos.
É dentro dessas reflexões que o
educador procura melhorar a sua
maneira de ensinar, mostrando a
importância dos saberes, no interior
da sua pratica docente, aperfeiçoa
metodológicas e desenvolve o seu
raciocínio critico para a construção
de suas metas.
E foi com esse intuído que a
co- participação da regente se fez
indispensável, cooperar sem
duvida foi de suma importância
para o desenvolvimento e o
sucesso do estagio, podemos
dizer que a co-participação e
planejamento são o “olhar,
discutir, participar, socializar e
expandir os horizontes como um
todo”.
“Compartilhar idéias e metodologias é
essencial para tornar a aula mais
interativa, dinâmica. O aluno precisa
aprender muito mais que conceitos
precisam construir idéias.”
Marília Alves.
Por Marília Alves
28. O ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR: UMA
FORMA DE LAPIDAR DIAMANTES BRUTOS.
Por: Rogério Ferreira Leite
Conta-nos Rubem Alves que "O
estudo da gramática não faz poetas.
O estudo da harmonia não faz
compositores. O estudo da
psicologia não faz pessoas
equilibradas. O estudo das 'ciências
da educação' não faz educadores.
Educadores não podem ser
produzidos. Educadores nascem. O
que se pode fazer é ajudá-los a
nascer. Para isso eu falo e escrevo:
para que eles tenham coragem de
nascer. Quero educar os
educadores. E isso me dá grande
prazer porque não existe coisa mais
importante que educar. Pela
educação o indivíduo se torna mais
apto para viver: aprende a pensar e
a resolver os problemas práticos da
vida. Pela educação ele se torna
mais sensível e mais rico
interiormente, o que faz dele uma
pessoa mais bonita, mais feliz e
mais capaz de conviver com os
outros. A maioria dos problemas da
sociedade se resolveriam se os
indivíduos tivessem aprendido a
pensar. Por não saber pensar
tomamos as decisões políticas que
não deveríamos tomar".
E fica ecoando na nossa mente, como
que se para nunca nos esquecermos:
"Educadores não podem ser
produzidos. Educadores nascem". E
como fazê-los nascer preparados para
enfrentar e vencer os desafios que
este século nos apresenta?
A formação de professores
encontra, hoje, uma série de
obstáculos que, mesmo se não
consideradas as causas de ordem
econômica e social, contribuem
sobremaneira para degradar a
condição e a atuação do
professorado. São problemas
diretamente ligados à sua preparação,
tanto no campo científico quanto no
plano pedagógico, que levam o
modelo vigente de formação a não
atingir plenamente seus objetivos.
Dentre esses problemas, citam-se
os conteúdos que o professor deveria
dominar para desempenhar seu papel,
condição essencial para sua
qualificação profissional, pois nos
cursos de licenciaturas os elementos
teóricos e técnicos que lhe são
repassados não são enriquecidos com
a prática necessária, através da
realização de estágios que lhe
proporcionariam a possibilidade de
aprender fazendo.
29. Esse fato o leva somente a
"conhecer, com o devido rigor,
profundidade e criticidade, as condições
histórico-sociais do processo
educacional concreto em que vai atuar,
o que o acaba levando a uma prática
docente puramente técnica, mecânica,
quando não tecnicista" (SEVERINO,
p.76). Poderia ser diferente, porque o
estágio enriquece de modo contundente
a formação do professor e lhe fornece
subsídios absolutamente necessários à
prática docente.
Gadotti realizou um trabalho junto aos
alunos da licenciatura, na Faculdade de
Educação da USP, em 2001, para
identificar, na visão dos futuros
professores, quais seriam os saberes
necessários à profissão docente, tendo
apurado que o professor deveria "ter
uma concepção de educação; ter uma
formação política ética, isto é, ter
compromisso; respeitar as diferenças;
ter uma formação continuada; ser
tolerante diante de atitudes, posturas e
conhecimentos diferentes; preparar-se
para o erro e a incerteza; ter autonomia
didático-pedagógica; ter domínio do
saber específico que leciona; ser
reflexivo e crítico; saber relacionar-se
com os alunos; ter uma formação geral,
polivalente e transversal"
Mais uma vez estamos diante
de evidências que nos apontam
para o aperfeiçoamento do É aqui
que vemos o processo de
lapidação, quando o professor
inicia a sua transformação,
podendo perceber que enquanto
vai sendo inserido no contexto da
escola, vai adquirindo novas
facetas que o irão diferenciando
dos demais e contribuindo para
torná-lo único. A luz do
conhecimento, incidindo sobre ele,
haverá de refletir-se e proporcionar
aos seus educandos um espectro
que só será perfeito se as faces da
lapidação tiverem obedecido às
mais rigorosas regras e aos mais
exigentes padrões, que são
estabelecidos, além da teoria,
também pela qualidade dos
estágios pelos quais passou.
Eis-nos novamente a ouvir o
eco das palavras de Rubem Alves:
"Educadores não podem ser
produzidos. Educadores nascem".
E vemo-nos levados a buscar
dentro de nós o momento do parto,
o momento em que, habilmente,
foi cortado o cordão umbilical para
o início da vida própria
30. Um processo contínuo que se
prolonga por toda a vida do educador
e que constantemente o remete aos
primórdios, fazendo vislumbrar e
reviver intensamente acontecimentos
que contribuíram para sua formação.
Então, vem à lembrança, cada
episódio que foi importante na
construção de cada face, na
lapidação de cada lado, processo
muitas vezes dolorido e que se foi
repetindo, pois conforme nos diz
Paulo Freire, "a formação é um fazer
permanente" e que de repente se
junta a momentos remotos que nunca
podem ser esquecidos e, aí, dá uma
saudade que a gente não sabe
explicar e se inicia um novo processo
de lapidação, igualzinho no tempo do
estágio.
ALVES, RUBEM. Conversa com educadores. Acesso realizado em 24/04/2010.
http://www.rubemalves.com.br/conversacomeducadores.htm.
GADOTTI, M. Boniteza de um sonho - ensinar-e-aprender com sentido. São Paulo:
Grubhas, 2003.
SEVERINO, A. J. Preparação técnica e formação ético-política dos professores. In
BARBOSA, Raquel L.L. (org.). Formação de Educadores: desafios e perspectivas. São
Paulo: Editora UNESP, 2003.
31. ENSINAR ......
E APRENDER
Este espaço é reservado para a troca de
experiência e materiais que possam auxiliar
meus colegas.
Cultivando bactérias
Objetivo
Mostrar a existência de micróbios e
como eles contaminam o meio de
cultura.
Material (para o meio de cultura)
1 pacote de gelatina incolor
1 xícara de caldo de carne
1 copo de água
Dissolver a gelatina incolor na água,
conforme instruções do pacote.
Misturar ao caldo de carne
Material (para a experiência)
Duas placas de petri (ou duas tampas
de margarina ou dois potinhos rasos),
com o meio de cultura cobrindo o
fundo
Cotonetes
Filme plástico
Etiquetas adesivas
Caneta
Procedimento
Os alunos passam o cotonete no
chão ou entre os dentes, ou ainda
entre os dedos dos pés (de
preferência depois de eles ficarem
por um bom tempo fechados dentro
dos tênis!). Há ainda outras opções,
como usar um dedo sujo ou uma nota
de 1 real.
O cotonete é esfregado levemente
sobre o meio de cultura para
contaminá-lo. Tampe as placas de
petri ou envolva as tampas de
margarina com filme plástico. Marque
nas etiquetas adesivas que tipo de
contaminação foi feita. Depois de três
dias, observe as alterações.
Explicação
Ao encontrar um ambiente capaz
de fornecer nutrientes e condições
para o desenvolvimento, os
microorganismos se instalam e
aparecem.
Esse ambiente pode ser
alimentos mal-embalados ou
guardados em local inadequado. O
mesmo acontece com o nosso
organismo: sem as medidas básicas
de higiene, ele torna-se um excelente
anfitrião para bactérias e fungos.
32. Parodia sobre bactérias
Vamos lá amigos vamos todos cantar
Com musiquinha bactéria é fácil de
estudar
Se você tem ritmo vem na palminha
então
E se não se lembra é só olhar no
tabelão
Uhhh..bactéria não têm carioteca
(mas não é só isso!)
Uhhh...bactéria não têm quase nada
(se liga no aviso!)
Se liga no tamanho que não é fácil de
olhar
Ente 1 e 10 micrômetros você vai
encontrar
O seu genoma não tem histona não
É só um cromossomo circular e grandão
Refrão
Quando se divide não é por mitose não
Isso é coisa de eucarionte, pra ela é
fissão
Não faz fagocitose, usa absorção
Não faz pseudópode... nem ingestão
Refrão
Não tem citoesqueleto...agora eu vou
te contar
Não tem movimento intracelular
Não tem membranas internas... isso é
definição
Os mesossomos fazem respiração
Refrão
Parodia sobre fungos
Faz muito tempo que aprendi as hifas
formam miscélios
E que em certos fungos o miscélio pode
atingir 30 metros
O reino fungo é, em geral, divido em três
filos:
Ficomicetos, Ascomicetos e os
Basidiomicetos
Mas tudo que acontece nos fungos tem um
ciclo e um destino
As leveduras formam cerveja e também
formam o vinho
Pra perceber que quando na terra, os
esporos germinam
O bolor pode estar no seu prato
O bolor com calor vai crescendo na empada
O bolor é o terror pras enzimas digestivas
E hoje temos as estruturas de vários
tipos de fungos
Os líquens formam a associação entre
os fungos e algas
Fungos se reproduzem também de
forma assexuada
Muito obrigado pela atenção e até
amanhã, gurizada
Mas tudo que acontece nos fungos
tem um ciclo e um destino
As leveduras formam cerveja e
também formam o vinho
Pra perceber que quando na terra, os
esporos germinam
O bolor pode estar no seu prato
O bolor com calor vai crescendo na
empada
O bolor é o terror pras enzimas
digestivas
La lalalala lalalala lalalalala (3X)
33. “Como agem os fungos do fermento”
Material
1 tablete de fermento biológico
açúcar
água morna
1 garrafa plástica, pequena e
transparente
1 colher de sopa
1 copo plástico
1 bexiga
Procedimento:
Coloque o fermento no copo.
Misture a uma colher de açúcar e
uma colher de água morna. A
água não deve estar muito
quente.
Coloque a mistura dentro da
garrafa.
Coloque mais uma xícara de água
morna na garrafa.
Prenda a bexiga na boca da garrafa.
Coloque a garrafa em um lugar
morno e escuro (como um
armário) por 3 ou 4 dias.
Observe a garrafa todos os dias
Conclusão
São produzidas bolhas de gás no
líquido da garrafa, e a bexiga fica
parcialmente inflada.
Relação entre a atividade prática e
a produção de pão
Os fermentos são fungos,
conhecidos como leveduras. Essas
leveduras usam alimentos (açúcar)
para obter energia. Desse modo
transformam o açúcar em álcool,
dióxido de carbono (gás) e energia.
As bolhas observadas nesta
atividade prática são de gás
carbônico. É esse gás que faz o
pão crescer durante o cozimento. O
cheiro agradável produzido com o
cozimento do pão, deve-se em
parte à evaporação do álcool
produzido.
34. AGRADECIMENTOS
“ Pouco conhecimento faz com que as criaturas se
sintam orgulhosa. Muito conhecimento, que se sintam
humildes. É assim que as espigas sem grãos ergam
desdenhosamente a cabeça para o céu, enquanto as
cheias a baixam para a terra, sua mãe.”
Leonardo da Vinci.
Eu gostaria de agradecer primeiramente a DEUS
que concedeu que as minhas idas e vindas pra Catu
fossem tranqüilas.
A professora Vânia, pela confiança em meu
estágio.
A escola Pedro Ribeiro pelo acolhimento.
Aos colegas professores pelo respeito.
Muito Obrigado!
35. BIODOCENTES
"A carpa japonesa (koi) tem a capacidade natural
de crescer de acordo com o tamanho do seu ambiente.
Assim, num pequeno tanque, ela geralmente não
passa de cinco ou sete centímetros mas pode atingir
três vezes esse tamanho, se colocada num lago.
Da mesma maneira, as pessoas têm a tendência de
crescer de acordo com o ambiente que as cerca. Só
que, neste caso, não estamos falando de
características físicas, mas de desenvolvimento
emocional, espiritual e intelectual.
Enquanto a carpa é obrigada, para seu próprio
bem, a aceitar os limites do seu mundo, nós estamos
livres para estabelecer as fronteiras de nossos
sonhos. Se somos um peixe maior do que o tanque em
que fomos criados, em vez de nos adaptarmos a ele,
devíamos buscar o oceano - mesmo que a adaptação
inicial seja desconfortável e dolorosa."
Pensem nisto: "EXISTE UM OCEANO
ESPERANDO POR VOCÊ".
36. REFÊNCIA
ALVES, RUBEM. Conversa com educadores. Acesso realizado em 24/04/2010.
AUSUBEL, D.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de Janeiro:
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
CALDAS, E. L. Combatendo a evasão escolar. 2006. Disponível MEGID NETO, J. &
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CANTO, E. L. do. Ciências naturais aprendendo com o cotidiano. São Paulo: Moderna,
CHAGURI, J. P. O uso de atividades lúdicas no processo de NÉRICI, G. I. Metodologia do
Ensino: uma introdução. São ensino/aprendizagem de espanhol como língua estrangeira para
Paulo: Atlas, 1981. aprendizes brasileiros. [2006 ?] Disponível em
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Ciências Naturais. Terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Brasília, DF, 1998. 138 p.
CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. 171
fundamental. In: NARDI, R. (Org.). Educação em ciências da pesquisa à pratica docente.
GADOTTI, M. Boniteza de um sonho - ensinar-e-aprender com sentido. São Paulo: Grubhas,
2003.
HENNIG, G. J. Metodologia do ensino de ciências. 2. ed. Porto Alegre: MercadoAberto
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KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2004. 197
MOURA, G. R. S.; VALE, J. M. F. do. O ensino de ciências na 5ª e na 6ª séries da escola
OLIVEIRA, D. L. de. Considerações sobre o ensino de ciências. In: OLIVEIRA, D. L..
SEVERINO, A. J. Preparação técnica e formação ético-política dos professores. In BARBOSA,
Raquel L.L. (org.). Formação de Educadores: desafios e perspectivas. São Paulo: Editora
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