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SANTOS, Victor Adriel




                        UNEB
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
                CAMPUS II – ALAGOINHAS
      DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA



Este trabalho está sendo apresentado como requisito de
conclusão de curso do componente curricular prática
pedagógica e estágio supervisionado II, sob regência da
Professora Claudia Regina Souza e elaboração feita
pelo discente Victor Adriel dos Santos.




                                   Estagiário Victor Adriel
                                 Todos os direitos reservados
O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO
                              (Jô Soares)

         O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
                            É jovem, não tem experiência.
                                É velho, está superado.
                     Não tem automóvel, é um pobre coitado.
                     Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
                           Fala em voz alta, vive gritando.
                       Fala em tom normal, ninguém escuta.
                         Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
                             Precisa faltar, é um 'turista'.
         Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
                           Não conversa, é um desligado.
                      Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
                     Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
                    Brinca com a turma, é metido a engraçado.
                       Não brinca com a turma, é um chato.
                           Chama a atenção, é um grosso.
                     Não chama a atenção, não sabe se impor.
                           A prova é longa, não dá tempo.
                     A prova é curta, tira as chances do aluno.
                             Escreve muito, não explica.
                      Explica muito, o caderno não tem nada.
                       Fala corretamente, ninguém entende.
                   Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
                                     Exige, é rude.
                                 Elogia, é debochado.
                        O aluno é reprovado, é perseguição.
                           O aluno é aprovado, deu 'mole'.
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
•   O Estágio de Licenciatura é uma          Compete ao aluno estar atento,
    exigência da Lei de Diretrizes e         demonstrar seu conhecimento pela
    Bases da Educação Nacional (nº           teoria   aprendida,   realizar    seu
    9394/96). O estágio é necessário à       trabalho com dignidade procurando,
    formação profissional a fim de           dentro da sua área de atuação,
    adequar       essa     formação    às    demonstrar que tem competência,
    expectativas do mercado de               simplicidade, humildade e firmeza,
    trabalho onde o licenciado irá           lembrando-se que ser humilde é
    atuar. Assim o estágio dá                saber ouvir para aprender, ser
    oportunidade de aliar a teoria à         simples é ter conceitos claros e
    prática.                                 saber demonstrá-los de maneira
    O Estágio Supervisionado visa            cordial.
    fortalecer a relação teoria e prática    Destaca-se    que     o     trabalho
    baseado no princípio metodológico        pedagógico do professor deve
    de que o desenvolvimento de              envolver de forma integrada o
    competências profissionais implica       “conteúdo”      e     “modo        de
    em       utilizar      conhecimentos     transmissão”, sempre direcionando
    adquiridos,       quer     na    vida    esses    dois   itens    do    “fazer
    acadêmica         quer     na    vida    pedagógico”     para    o    “aluno”
    profissional e pessoal. Sendo            manifestando a unidade entre os
    assim, o estágio constitui-se em         conteúdos teóricos e instrumentais
    importante        instrumento      de    do currículo escolar. Isto é o que
    conhecimento e de integração do          leva o educador a desenvolver uma
    aluno     na      realidade    social,   formação transformadora.
    econômica e do trabalho em sua
    área profissional.
O estágio foi realizado em uma turma de 1ª série do ensino médio no período
vespertino no Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas que fica na Rua
Artur Pereira Oliveira s/n no bairro Thopson Flores, Alagoinhas - BA e teve
início no dia 23 de abril com término no dia 16 de agosto de 2010 sendo regida
pela professora Celucia Acácia Carvalho Santos Miranda, graduada em
Ciências Biológicas e pós-graduadas na área de saúde.
O Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas possui mais de 30 salas, com
reverberação regular, biblioteca, laboratório de ciências, auditório e quadra
poli – esportiva, recursos eletrônicos (TV pen-drive, data-show...), este é
considerado um dos melhores colégios da rede do estado em Alagoinhas.
•   Devido a problemas com horário disponível e mudança das aulas, tive que
    observar 2 turmas, uma no período de abril (23/04) e outra em junho (07/06).
    Esta observação teve como finalidade de reconhecimento de área e integração
    do estagiário com a turma, para que ambas as partes andassem em harmonia,
    já que um corpo estranho em um sistema homogêneo é na maioria das vezes
    rejeitado e banido por este.
•   A primeira turma que trabalhei (90V6) era tranqüila e participativa, o que
    facilitava o meu trabalho em sala de aula, mesmo sendo agitados devido a
    própria idade eles participavam inteiramente da aula (claro com algumas
    exceções).
•   A segunda turma (90V4) era mais dispersa e tive que me esforçar mais para
    chamar a atenção desta, incrementando mais dinâmicas em sala e
    conquistando os alunos através da amizade para ganhar a confiança da sala.
•   Analisando ambas as turmas, nunca tive problemas de disciplina com
    nenhuma destas, e ganhei não só alunos, mas também amigos para toda vida.
O colégio separa as turmas da mesma série por rendimento escolar, onde os
que são mais dedicados e tiram melhores notas ficam em uma turma e os que
possuem mais dificuldade e são mais dispersos ou que são mais
problemáticos em outra, isso faz com que haja uma exclusão no ambiente
escolar, e que surja um contraste visto pelo próprio professor e estagiário no
rendimento da turma, onde estes tem que se adequar para passar o assunto
para salas que possuem velocidade de raciocínio ou dedicação diferentes. Isto
aconteceu no meu estágio, a faixa etária era a mesma (15 a 17 anos) mas o
comprometimento com o estudo era completamente diferente.
CORACINI (1999) nos diz que "o livro didático já
                                          se encontra internalizado no professor... o
                                       professor continua no controle do conteúdo e da
                                      forma..." reafirmando que tornar o livro eficiente ou
                                         ineficiente vai depender da maneira como o
                                          professor utiliza-lo no processo de ensino-
                                                         aprendizagem.

•   Segundo Lajolo (1996), o livro didático assume certa importância dentro da
    prática de ensino brasileira nestes últimos anos, isso é notável,
    principalmente, em países como o Brasil, onde "a precária situação
    educacional faz com que ele acabe determinando conteúdos e condicionando
    estratégias de ensino, pois, de forma decisiva, o que se ensina e como se
    ensina o que se ensina".

•   O livro de Lopes. S & Rosso da Editora Saraiva, mostra de forma sucinta
    comparadas aos padrões de informações que devem ser assimiladas pelos
    alunos os assuntos relacionados a biologia.
Observação (Turma 90V6)
                          data: 23/04

• Neste dia eu observei os alunos. Eles
  estavam respondendo uma avaliação que
  valia nota para a I unidade, este tipo de
  abordagem      serviu   mais    para    a
  apresentação informal     onde a turma
  poderia não ser pega de surpresa.
Observação (Turma 90V6)
                                              data: 23/04

•   O Estágio de observação é um momento da realização de diagnóstico local,
    verificando como ocorre à prática e a rotina escolar. Nesse momento, temos a
    chance de verificarmos como se constrói um espaço de produção de
    conhecimento sobre a prática pedagógica desenvolvida no cotidiano da escola
    pública, através de um processo criador e inovador, de análise e de reflexão,
    nos aproximando da realidade da escola, a fim de que possamos compreender
    melhor os desafios que deveremos enfrentar no momento da prática do
    estágio e até mesmo, do trabalho, de forma crítica e consciente.É o momento
    de conhecermos os alunos, suas dificuldades, peculiaridades, anseios,de
    conhecer como a escola se organiza para receber estes alunos, de verificar
    qual postura deveremos ter ao estagiar, ao realizar a regência. (Alarcão &
    Tavares, 1987).
Regência (Turma 90V6)
                                                data: 07/05

•   A professora regente deixou a turma em minhas mãos, já que ela foi a minha
    regente no estágio de observação, então me apresentei como professor
    estagiário para eles me receberam bem, alguns até pensaram que por ser um
    estagiário não iria levar o comportamento da turma a sério, mas fui regendo
    com disciplina. Primeiramente fazer uma apresentação rápida sobre o
    estagiário e qual a importância da colaboração deles para as duas partes para
    que haja confiança entre estagiário e aluno. Depois da apresentação, utilizar o
    quadro para escrever um apontamento sobre citologia, e logo em seguida
    explicar sobre cada tópico colocado, no meio da explicação sobre as
    propriedades físico-químicas da água haverá um experimento sobre polaridade
    utilizando os materiais citados no tópico “recursos” onde se fará uma mistura
    entre água e o óleo e em outro recipiente água e álcool etílico os alunos terão
    que responder por que a primeira mistura ficou heterogênea e na 2ª ficou
    homogênea, isto tudo em relação a polaridade da água onde o aluno que
    responder primeiro e corretamente será recompensado com pontuação, isto
    induzirá a participação em sala de aula e juntamente com conversas informais
    não em demasiada freqüência, isto serve para estimular a confiança dos
    alunos no iniciante profissional e não fazer com que caia na monotonia e caia a
    freqüência de presença destes. Para finalizar, será feito um exercício para ser
    entregue na aula seguinte no intuito de fixação do assunto por eles.
Regência (Turma 90V6)
                                                  data: 21/05

•   A aula foi expositiva através de     •    Segundo Rosa (1999), a forma de
    slides, dando uma, introdução a           aula expositiva é importante
    carboidratos mostrando a origem           quando o tempo que dispomos é
    da palavra seqüenciado por divisão        muito curto e insuficiente para
    dos grupos destes através de              passarmos o conteúdo.
    classificação pelo número de
    monômeros e mostrando cada
    diferença estrutural e logo em
    seguida também pelo número de
    carbonos em cada um deles e
    indicando a sua nomenclatura,
    depois citar exemplos de açucares
    e a importância de cada um deles
    na célula ou no organismo como
    um todo, depois mostrei como é
    formado um polissacarídeo e
    mostrar        a       importância
    principalmente da celulose, amido,
    glicogênio e da quitina para o ser
    vivo. No momento final coloquei um
    exercício      sobre o assunto
    abordado.
Regência (Turma 90V4)
                                         data: 14/04
Neste momento foi quando houve a troca de turma devido a fatos já citados
anteriormente. A turma 90V4 era mais dispersa do que a anterior, e tive um
pouco mais de trabalho para chamar a atenção dos alunos, outra coisa
percebida era que o embasamento e o conhecimento prévio deles eram muito
baixo. Para resolver isto, promovia analogias para facilitar o entendimento.
O papel da linguagem no ensino e na aprendizagem tem sido cada vez mais
privilegiado nas pesquisas em Ensino de Ciências. Verifica-se na literatura
deste campo, nos últimos anos, uma mudança na maneira de compreender o
papel da linguagem na educação científica, na natureza das interações entre
professores e alunos visando à construção de conhecimentos científicos e nos
discursos que circulam na sala de aula (SUTTON et al 1997).
O assunto abordado no dia foi o mesmo da turma anterior (carboidratos), mas
desta vez utilizei como recurso somente quadro e piloto, devido a problemas
com o data-show.
Regência (Turma 90V4)
                                            data: 05/07
•   Neste dia coloquei mais um assunto para a prova, desta vez foi outro
    composto orgânico, os lipídios. Iniciei a aula com o levantamento dos
    conhecimentos prévios juntamente com as perguntas de mediação, exposição
    de slides abordando lipídios mostrando a reação entre um ácido graxo e o
    glicerol e mostrando a origem do nome, uma vez feito isto mostrar os grupos
    (Carotenóides e Triglicerídeos) e mostrei exemplos de alimento que os contém,
    mostrar também a diferença entre óleo e gordura, falando em seguida sobre
    fosfolipídios, juntamente com os cerídeos e os esteróides mostrando a sua
    função e onde se encontra.
Regência (Turma 90V4)
                                                     data: 05/07
    No segundo momento, aplicar um jogo didático      Segundo Gomes (2001), os materiais didáticos são
    editado pelo próprio estagiário onde as           ferramentas fundamentais para os processos de
    seguintes regras são:                             ensino e aprendizagem, e o jogo didático caracteriza-
•   1-) será dividido em grupos os alunos presentes   se como uma importante e viável alternativa para
    na sala.                                          auxiliar em tais processos por favorecer a
•   2-) fará no quadro uma numeração de 1 a 40 no     construção do conhecimento ao aluno. Assim, a
    quadro (representa o nº de cada questão que foi   proposta desenvolvida teve por objetivos elaborar,
    distribuída aleatoriamente).                      confeccionar, avaliar e divulgar jogos didáticos que
                                                      auxiliem na compreensão e aprendizagem do
•   3-) O 1º grupo de alunos sorteia um nº no         conteúdo.
    quadro,      o    professor   lê   a    questão
    correspondente e o aluno tem que responder        * Devido ao próprio conhecimento prévio
    em 20 segundos. (o acerto vale 0,1 pontos).       desfavorável e a baixa freqüência dos alunos (44
                                                      matriculados e 20 presentes neste dia) tomei a
•   4-) O erro ou desistência da questão faz com      liberdade de dar 100% dos pontos para estes devido
    que se retire 0,1 pontos da equipe e este é       a participação. Posso dizer que eles gostaram e que
    adicionado p/ o próximo grupo, e assim se         o jogo didático foi um sucesso, quebrando até uma
    sucede até que rode em todos os grupos.           idéia minha de que estes jogos poderiam trazer um
•   5-) O grupo que possuir zero pontos não se        sentimento de desprazer e infantilidade no meio
    retira pontuação.                                 estudantil.
•   6-) O grupo só pode ter no máximo 2,0 pontos
•   7-) O grupo campeão recebe um bônus de 0,5
    pontos.
Regência (Turma 90V4)
                                                   data: 12/07

•   A avaliação de biologia possuía 11 questões onde 8 eram objetivas e 3
    discursivas

    Para Melão (2006), provas são muito mais do que instrumentos para “aprovar”
    ou “reprovar”. Prestam-se primordialmente à avaliação numérica e objetiva
    dos alunos, possibilitando a identificação de talentos e o diagnóstico de
    deficiências, bem como a quantificação da dimensão dos talentos e da
    gravidade das deficiências. Graças às provas é possível obter preciosas
    informações sobre a estrutura cognitiva e epistemológica das pessoas
    examinadas, e assim oferecer aos alunos e a seus respectivos tutores toda a
    orientação necessária para o melhor aproveitamento e desenvolvimento de
    suas potencialidades, reforçando os pontos fracos e cultivando os pontos
    fortes.
Regência (Turma 90V4)
                                                data: 12/07
Os resultados obtidos pelos alunos no geral foram uma negação:
primeiramente os alunos que estavam faltando (+50%) aparecerem e nem
sabiam qual assunto estava na prova, como consequência, dos 44 alunos que
fizeram a prova, somente 4 passaram na média (mesmo com a ajuda dos
exercícios) Então a minha professora regente propôs que deveria ser feito um
trabalho p/ dar ponto extra a eles, então resolvi colocar um trabalho falando
sobre vitaminas que deveria ser entregue na aula do dia 26/07. OBS: 90% dos
alunos entregaram o exercício porque já sabiam que as notas iriam ser
péssimas.
                        O sistema tradicional da avaliação oferece uma direção,
                        um parapeito, um fio condutor; e estrutura do espaço
                        escolar mede o ano, dá pontos de referência, permite
                        saber se há um avanço na tarefa, portanto, se há

                        cumprimento de seu papel (PERRENOUD, 1999, p. 156).
Regência (Turma 90V4)
                                        data: 26/07 a 02/08
•   Depois da entrega das provas, apliquei uma aula expositiva através de slides
    sobre aminoácidos, eles já tinham me pedido anteriormente para assistir uma
    aula na laboratório de ciências do colégio, já que a primeira tentativa não foi
    possível devido ao local está ocupado anteriormente, mas desta vez foi
    possível a mudança para o local. Eles prestaram mais a atenção do que em
    sala de aula, principalmente quando apresentei as doenças causadas pelo
    acúmulo ou pela falta de proteínas em seres humanos. Segundo Bovo (2002) o
    empenho de educadores e pesquisadores em buscar novas metodologias
    aplicadas ao processo ensino-aprendizagem tem apontado a necessidade de
    uma nova abordagem na educação: o construtivismo. Desta forma, o aprendiz
    é levado a construir seu próprio conhecimento experimentando e coletando
    informações em um ambiente real.
Regência (Turma 90V4)
                                               data: 09/08 a 16/08

•   Já nos momentos finais, a sala me cumprimentou pelo trabalho e foi
    completamente diferente da recepção inicial, onde os alunos ficaram
    indignados pela chegada de um estagiário (preconceito), finalizei com o ultimo
    assunto do capítulo dos compostos orgânicos da célula (Ácidos Nucléicos).
    Passei o assunto no quadro e logo depois promovi uma colagem para o aluno
    saber como é esquematicamente uma molécula de DNA. Estes alunos cortaram
    6 círculos (representação do grupo fosfato), 6 pentágonos (representação da
    pentose) 12 tiras lineares (ligação das pentoses com os fosfatos) 12 retângulos
    (representação das bases nitrogenadas) e outras tiras lineares (pontes de
    hidrogênio).    Para     mais     detalhes   da    colagem    ver    no    site:
    www.cienciasecognicao.org/.
Acreditava-se que “quem soubesse fazer, saberia
                                 automaticamente     ensinar”,    não    havendo
                                 preocupações mais profundas com a necessidade do
                                 preparo pedagógico do professor (MASETTO, 1998,
                                 p. 11).



•   E muito importante a participação da universidade na formação de um
    profissional, principalmente de quem vai lecionar, os docentes na área de
    prática pedagógica são extremamente qualificados para esta função, mesmo
    nós graduandos acharmos que a quantidade de tarefas são acima do normal
    sabemos que tudo isto é feito porque os professores da área querem formar os
    melhores profissionais na área de ensino.
•   Portanto, o trabalho da universidade é essencial na formação do profissional
    da educação, é tanto que quando entrei na universidade nunca tinha pensado
    em ensinar, e hoje perto da conclusão do curso já estou a mais de um ano
    ensinado. Isso ajudou na minha formação e identificação como pessoa e
    profissional nunca tinha pensado que poderia me sentir tão bem em sala de
    aula, e quero continuar ainda nesta ária se necessário (obrigado professores
    da UNEB).
Alarcão, I. e Tavares, J. (1987) . Supervisão da Prática Pedagógica . Uma
Perspectiva de Desenvolvimento e Aprendizagem . Coimbra: Almedina.

CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro
didático. São Paulo: Pontes, 1999.

FARIA, Ana Lúcia G. De. Ideologia no livro didático. São Paulo: Polêmicas do
Nosso Tempo, 1984.

Perrenoud, Ph. (dir.) (2003). A profissionalização dos formadores de professores
Porto Alegre : Artmed

PICONEZ, Stela C. B. (org.) (1994). A Prática de Ensino e o Estágio
Supervisionado. 2ª edição.
Campinas, SP, Papirus.

PIMENTA, Selma Garrido & LIMA, Maria Socorro Lucena. São Paulo: Cortez Editora,
2004.

SUTTON, C. Ideas sobre la ciencia e ideas sobre el lenguaje. Alambique, n. 12, ano
IV, 1997.

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Estágio de Licenciatura em Biologia

  • 2. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB CAMPUS II – ALAGOINHAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA Este trabalho está sendo apresentado como requisito de conclusão de curso do componente curricular prática pedagógica e estágio supervisionado II, sob regência da Professora Claudia Regina Souza e elaboração feita pelo discente Victor Adriel dos Santos. Estagiário Victor Adriel Todos os direitos reservados
  • 3. O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO (Jô Soares) O material escolar mais barato que existe na praça é o professor! É jovem, não tem experiência. É velho, está superado. Não tem automóvel, é um pobre coitado. Tem automóvel, chora de "barriga cheia'. Fala em voz alta, vive gritando. Fala em tom normal, ninguém escuta. Não falta ao colégio, é um 'caxias'. Precisa faltar, é um 'turista'. Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos. Não conversa, é um desligado. Dá muita matéria, não tem dó do aluno. Dá pouca matéria, não prepara os alunos. Brinca com a turma, é metido a engraçado. Não brinca com a turma, é um chato. Chama a atenção, é um grosso. Não chama a atenção, não sabe se impor. A prova é longa, não dá tempo. A prova é curta, tira as chances do aluno. Escreve muito, não explica. Explica muito, o caderno não tem nada. Fala corretamente, ninguém entende. Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário. Exige, é rude. Elogia, é debochado. O aluno é reprovado, é perseguição. O aluno é aprovado, deu 'mole'. É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
  • 4. O Estágio de Licenciatura é uma Compete ao aluno estar atento, exigência da Lei de Diretrizes e demonstrar seu conhecimento pela Bases da Educação Nacional (nº teoria aprendida, realizar seu 9394/96). O estágio é necessário à trabalho com dignidade procurando, formação profissional a fim de dentro da sua área de atuação, adequar essa formação às demonstrar que tem competência, expectativas do mercado de simplicidade, humildade e firmeza, trabalho onde o licenciado irá lembrando-se que ser humilde é atuar. Assim o estágio dá saber ouvir para aprender, ser oportunidade de aliar a teoria à simples é ter conceitos claros e prática. saber demonstrá-los de maneira O Estágio Supervisionado visa cordial. fortalecer a relação teoria e prática Destaca-se que o trabalho baseado no princípio metodológico pedagógico do professor deve de que o desenvolvimento de envolver de forma integrada o competências profissionais implica “conteúdo” e “modo de em utilizar conhecimentos transmissão”, sempre direcionando adquiridos, quer na vida esses dois itens do “fazer acadêmica quer na vida pedagógico” para o “aluno” profissional e pessoal. Sendo manifestando a unidade entre os assim, o estágio constitui-se em conteúdos teóricos e instrumentais importante instrumento de do currículo escolar. Isto é o que conhecimento e de integração do leva o educador a desenvolver uma aluno na realidade social, formação transformadora. econômica e do trabalho em sua área profissional.
  • 5. O estágio foi realizado em uma turma de 1ª série do ensino médio no período vespertino no Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas que fica na Rua Artur Pereira Oliveira s/n no bairro Thopson Flores, Alagoinhas - BA e teve início no dia 23 de abril com término no dia 16 de agosto de 2010 sendo regida pela professora Celucia Acácia Carvalho Santos Miranda, graduada em Ciências Biológicas e pós-graduadas na área de saúde. O Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas possui mais de 30 salas, com reverberação regular, biblioteca, laboratório de ciências, auditório e quadra poli – esportiva, recursos eletrônicos (TV pen-drive, data-show...), este é considerado um dos melhores colégios da rede do estado em Alagoinhas.
  • 6. Devido a problemas com horário disponível e mudança das aulas, tive que observar 2 turmas, uma no período de abril (23/04) e outra em junho (07/06). Esta observação teve como finalidade de reconhecimento de área e integração do estagiário com a turma, para que ambas as partes andassem em harmonia, já que um corpo estranho em um sistema homogêneo é na maioria das vezes rejeitado e banido por este. • A primeira turma que trabalhei (90V6) era tranqüila e participativa, o que facilitava o meu trabalho em sala de aula, mesmo sendo agitados devido a própria idade eles participavam inteiramente da aula (claro com algumas exceções). • A segunda turma (90V4) era mais dispersa e tive que me esforçar mais para chamar a atenção desta, incrementando mais dinâmicas em sala e conquistando os alunos através da amizade para ganhar a confiança da sala. • Analisando ambas as turmas, nunca tive problemas de disciplina com nenhuma destas, e ganhei não só alunos, mas também amigos para toda vida.
  • 7. O colégio separa as turmas da mesma série por rendimento escolar, onde os que são mais dedicados e tiram melhores notas ficam em uma turma e os que possuem mais dificuldade e são mais dispersos ou que são mais problemáticos em outra, isso faz com que haja uma exclusão no ambiente escolar, e que surja um contraste visto pelo próprio professor e estagiário no rendimento da turma, onde estes tem que se adequar para passar o assunto para salas que possuem velocidade de raciocínio ou dedicação diferentes. Isto aconteceu no meu estágio, a faixa etária era a mesma (15 a 17 anos) mas o comprometimento com o estudo era completamente diferente.
  • 8. CORACINI (1999) nos diz que "o livro didático já se encontra internalizado no professor... o professor continua no controle do conteúdo e da forma..." reafirmando que tornar o livro eficiente ou ineficiente vai depender da maneira como o professor utiliza-lo no processo de ensino- aprendizagem. • Segundo Lajolo (1996), o livro didático assume certa importância dentro da prática de ensino brasileira nestes últimos anos, isso é notável, principalmente, em países como o Brasil, onde "a precária situação educacional faz com que ele acabe determinando conteúdos e condicionando estratégias de ensino, pois, de forma decisiva, o que se ensina e como se ensina o que se ensina". • O livro de Lopes. S & Rosso da Editora Saraiva, mostra de forma sucinta comparadas aos padrões de informações que devem ser assimiladas pelos alunos os assuntos relacionados a biologia.
  • 9. Observação (Turma 90V6) data: 23/04 • Neste dia eu observei os alunos. Eles estavam respondendo uma avaliação que valia nota para a I unidade, este tipo de abordagem serviu mais para a apresentação informal onde a turma poderia não ser pega de surpresa.
  • 10. Observação (Turma 90V6) data: 23/04 • O Estágio de observação é um momento da realização de diagnóstico local, verificando como ocorre à prática e a rotina escolar. Nesse momento, temos a chance de verificarmos como se constrói um espaço de produção de conhecimento sobre a prática pedagógica desenvolvida no cotidiano da escola pública, através de um processo criador e inovador, de análise e de reflexão, nos aproximando da realidade da escola, a fim de que possamos compreender melhor os desafios que deveremos enfrentar no momento da prática do estágio e até mesmo, do trabalho, de forma crítica e consciente.É o momento de conhecermos os alunos, suas dificuldades, peculiaridades, anseios,de conhecer como a escola se organiza para receber estes alunos, de verificar qual postura deveremos ter ao estagiar, ao realizar a regência. (Alarcão & Tavares, 1987).
  • 11. Regência (Turma 90V6) data: 07/05 • A professora regente deixou a turma em minhas mãos, já que ela foi a minha regente no estágio de observação, então me apresentei como professor estagiário para eles me receberam bem, alguns até pensaram que por ser um estagiário não iria levar o comportamento da turma a sério, mas fui regendo com disciplina. Primeiramente fazer uma apresentação rápida sobre o estagiário e qual a importância da colaboração deles para as duas partes para que haja confiança entre estagiário e aluno. Depois da apresentação, utilizar o quadro para escrever um apontamento sobre citologia, e logo em seguida explicar sobre cada tópico colocado, no meio da explicação sobre as propriedades físico-químicas da água haverá um experimento sobre polaridade utilizando os materiais citados no tópico “recursos” onde se fará uma mistura entre água e o óleo e em outro recipiente água e álcool etílico os alunos terão que responder por que a primeira mistura ficou heterogênea e na 2ª ficou homogênea, isto tudo em relação a polaridade da água onde o aluno que responder primeiro e corretamente será recompensado com pontuação, isto induzirá a participação em sala de aula e juntamente com conversas informais não em demasiada freqüência, isto serve para estimular a confiança dos alunos no iniciante profissional e não fazer com que caia na monotonia e caia a freqüência de presença destes. Para finalizar, será feito um exercício para ser entregue na aula seguinte no intuito de fixação do assunto por eles.
  • 12. Regência (Turma 90V6) data: 21/05 • A aula foi expositiva através de • Segundo Rosa (1999), a forma de slides, dando uma, introdução a aula expositiva é importante carboidratos mostrando a origem quando o tempo que dispomos é da palavra seqüenciado por divisão muito curto e insuficiente para dos grupos destes através de passarmos o conteúdo. classificação pelo número de monômeros e mostrando cada diferença estrutural e logo em seguida também pelo número de carbonos em cada um deles e indicando a sua nomenclatura, depois citar exemplos de açucares e a importância de cada um deles na célula ou no organismo como um todo, depois mostrei como é formado um polissacarídeo e mostrar a importância principalmente da celulose, amido, glicogênio e da quitina para o ser vivo. No momento final coloquei um exercício sobre o assunto abordado.
  • 13. Regência (Turma 90V4) data: 14/04 Neste momento foi quando houve a troca de turma devido a fatos já citados anteriormente. A turma 90V4 era mais dispersa do que a anterior, e tive um pouco mais de trabalho para chamar a atenção dos alunos, outra coisa percebida era que o embasamento e o conhecimento prévio deles eram muito baixo. Para resolver isto, promovia analogias para facilitar o entendimento. O papel da linguagem no ensino e na aprendizagem tem sido cada vez mais privilegiado nas pesquisas em Ensino de Ciências. Verifica-se na literatura deste campo, nos últimos anos, uma mudança na maneira de compreender o papel da linguagem na educação científica, na natureza das interações entre professores e alunos visando à construção de conhecimentos científicos e nos discursos que circulam na sala de aula (SUTTON et al 1997). O assunto abordado no dia foi o mesmo da turma anterior (carboidratos), mas desta vez utilizei como recurso somente quadro e piloto, devido a problemas com o data-show.
  • 14. Regência (Turma 90V4) data: 05/07 • Neste dia coloquei mais um assunto para a prova, desta vez foi outro composto orgânico, os lipídios. Iniciei a aula com o levantamento dos conhecimentos prévios juntamente com as perguntas de mediação, exposição de slides abordando lipídios mostrando a reação entre um ácido graxo e o glicerol e mostrando a origem do nome, uma vez feito isto mostrar os grupos (Carotenóides e Triglicerídeos) e mostrei exemplos de alimento que os contém, mostrar também a diferença entre óleo e gordura, falando em seguida sobre fosfolipídios, juntamente com os cerídeos e os esteróides mostrando a sua função e onde se encontra.
  • 15. Regência (Turma 90V4) data: 05/07 No segundo momento, aplicar um jogo didático Segundo Gomes (2001), os materiais didáticos são editado pelo próprio estagiário onde as ferramentas fundamentais para os processos de seguintes regras são: ensino e aprendizagem, e o jogo didático caracteriza- • 1-) será dividido em grupos os alunos presentes se como uma importante e viável alternativa para na sala. auxiliar em tais processos por favorecer a • 2-) fará no quadro uma numeração de 1 a 40 no construção do conhecimento ao aluno. Assim, a quadro (representa o nº de cada questão que foi proposta desenvolvida teve por objetivos elaborar, distribuída aleatoriamente). confeccionar, avaliar e divulgar jogos didáticos que auxiliem na compreensão e aprendizagem do • 3-) O 1º grupo de alunos sorteia um nº no conteúdo. quadro, o professor lê a questão correspondente e o aluno tem que responder * Devido ao próprio conhecimento prévio em 20 segundos. (o acerto vale 0,1 pontos). desfavorável e a baixa freqüência dos alunos (44 matriculados e 20 presentes neste dia) tomei a • 4-) O erro ou desistência da questão faz com liberdade de dar 100% dos pontos para estes devido que se retire 0,1 pontos da equipe e este é a participação. Posso dizer que eles gostaram e que adicionado p/ o próximo grupo, e assim se o jogo didático foi um sucesso, quebrando até uma sucede até que rode em todos os grupos. idéia minha de que estes jogos poderiam trazer um • 5-) O grupo que possuir zero pontos não se sentimento de desprazer e infantilidade no meio retira pontuação. estudantil. • 6-) O grupo só pode ter no máximo 2,0 pontos • 7-) O grupo campeão recebe um bônus de 0,5 pontos.
  • 16. Regência (Turma 90V4) data: 12/07 • A avaliação de biologia possuía 11 questões onde 8 eram objetivas e 3 discursivas Para Melão (2006), provas são muito mais do que instrumentos para “aprovar” ou “reprovar”. Prestam-se primordialmente à avaliação numérica e objetiva dos alunos, possibilitando a identificação de talentos e o diagnóstico de deficiências, bem como a quantificação da dimensão dos talentos e da gravidade das deficiências. Graças às provas é possível obter preciosas informações sobre a estrutura cognitiva e epistemológica das pessoas examinadas, e assim oferecer aos alunos e a seus respectivos tutores toda a orientação necessária para o melhor aproveitamento e desenvolvimento de suas potencialidades, reforçando os pontos fracos e cultivando os pontos fortes.
  • 17. Regência (Turma 90V4) data: 12/07 Os resultados obtidos pelos alunos no geral foram uma negação: primeiramente os alunos que estavam faltando (+50%) aparecerem e nem sabiam qual assunto estava na prova, como consequência, dos 44 alunos que fizeram a prova, somente 4 passaram na média (mesmo com a ajuda dos exercícios) Então a minha professora regente propôs que deveria ser feito um trabalho p/ dar ponto extra a eles, então resolvi colocar um trabalho falando sobre vitaminas que deveria ser entregue na aula do dia 26/07. OBS: 90% dos alunos entregaram o exercício porque já sabiam que as notas iriam ser péssimas. O sistema tradicional da avaliação oferece uma direção, um parapeito, um fio condutor; e estrutura do espaço escolar mede o ano, dá pontos de referência, permite saber se há um avanço na tarefa, portanto, se há cumprimento de seu papel (PERRENOUD, 1999, p. 156).
  • 18. Regência (Turma 90V4) data: 26/07 a 02/08 • Depois da entrega das provas, apliquei uma aula expositiva através de slides sobre aminoácidos, eles já tinham me pedido anteriormente para assistir uma aula na laboratório de ciências do colégio, já que a primeira tentativa não foi possível devido ao local está ocupado anteriormente, mas desta vez foi possível a mudança para o local. Eles prestaram mais a atenção do que em sala de aula, principalmente quando apresentei as doenças causadas pelo acúmulo ou pela falta de proteínas em seres humanos. Segundo Bovo (2002) o empenho de educadores e pesquisadores em buscar novas metodologias aplicadas ao processo ensino-aprendizagem tem apontado a necessidade de uma nova abordagem na educação: o construtivismo. Desta forma, o aprendiz é levado a construir seu próprio conhecimento experimentando e coletando informações em um ambiente real.
  • 19. Regência (Turma 90V4) data: 09/08 a 16/08 • Já nos momentos finais, a sala me cumprimentou pelo trabalho e foi completamente diferente da recepção inicial, onde os alunos ficaram indignados pela chegada de um estagiário (preconceito), finalizei com o ultimo assunto do capítulo dos compostos orgânicos da célula (Ácidos Nucléicos). Passei o assunto no quadro e logo depois promovi uma colagem para o aluno saber como é esquematicamente uma molécula de DNA. Estes alunos cortaram 6 círculos (representação do grupo fosfato), 6 pentágonos (representação da pentose) 12 tiras lineares (ligação das pentoses com os fosfatos) 12 retângulos (representação das bases nitrogenadas) e outras tiras lineares (pontes de hidrogênio). Para mais detalhes da colagem ver no site: www.cienciasecognicao.org/.
  • 20. Acreditava-se que “quem soubesse fazer, saberia automaticamente ensinar”, não havendo preocupações mais profundas com a necessidade do preparo pedagógico do professor (MASETTO, 1998, p. 11). • E muito importante a participação da universidade na formação de um profissional, principalmente de quem vai lecionar, os docentes na área de prática pedagógica são extremamente qualificados para esta função, mesmo nós graduandos acharmos que a quantidade de tarefas são acima do normal sabemos que tudo isto é feito porque os professores da área querem formar os melhores profissionais na área de ensino. • Portanto, o trabalho da universidade é essencial na formação do profissional da educação, é tanto que quando entrei na universidade nunca tinha pensado em ensinar, e hoje perto da conclusão do curso já estou a mais de um ano ensinado. Isso ajudou na minha formação e identificação como pessoa e profissional nunca tinha pensado que poderia me sentir tão bem em sala de aula, e quero continuar ainda nesta ária se necessário (obrigado professores da UNEB).
  • 21.
  • 22.
  • 23. Alarcão, I. e Tavares, J. (1987) . Supervisão da Prática Pedagógica . Uma Perspectiva de Desenvolvimento e Aprendizagem . Coimbra: Almedina. CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático. São Paulo: Pontes, 1999. FARIA, Ana Lúcia G. De. Ideologia no livro didático. São Paulo: Polêmicas do Nosso Tempo, 1984. Perrenoud, Ph. (dir.) (2003). A profissionalização dos formadores de professores Porto Alegre : Artmed PICONEZ, Stela C. B. (org.) (1994). A Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado. 2ª edição. Campinas, SP, Papirus. PIMENTA, Selma Garrido & LIMA, Maria Socorro Lucena. São Paulo: Cortez Editora, 2004. SUTTON, C. Ideas sobre la ciencia e ideas sobre el lenguaje. Alambique, n. 12, ano IV, 1997.