1. ASSUNTO DA GLOBAL:
“O uso de aparelhos eletrônicos entre os jovens”
Texto 01
Os efeitos de aparelhos eletrônicos sobre a juventude
A facilidade em acessar as redes sociais a qualquer hora e a partir de qualquer
lugar é tão comum e simples que, muitas vezes, nos tornamos vítimas dos
aparelhos eletrônicos sem refletirmos os prejuízos que esses causam..
Atualmente, os aparelhos eletrônicos têm ocupado cada vez mais espaço na
nossa rotina. Notebooks, tablets, smartphones nos permitem levá-los a qualquer lugar
e a ficar constantemente conectado. A facilidade em acessar as redes sociais a
qualquer hora e a partir de qualquer lugar é tão comum e simples que, muitas vezes,
nos tornamos vítimas dos aparelhos eletrônicos sem refletirmos os prejuízos que esses
causam sobre nós.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Mídia da Editora Abril, a
tecnologia parece ser essencial à maioria dos jovens, visto que, muitos deles
declararam que se os aparelhos eletrônicos não existissem, suas vidas sociais e os
estudos seriam altamente prejudicados. Para a maioria desses jovens, os aparelhos
eletrônicos são indispensáveis em suas rotinas.
Com certeza, não podemos negar que a facilidade em acessar informações de
qualquer lugar muitas vezes facilita o desenvolvimento dos estudos e do trabalho já
que é possível buscar informações novas com rapidez.
Veja alguns efeitos negativos que os aparelhos eletrônicos têm sobre a
juventude:
1 - Físicos
O uso excessivo de aparelhos eletrônicos tem provocado muitas lesões na
geração atual. Lesões que atingem músculos, nervos e principalmente pescoço e
membros superiores têm sido cada vez mais frequentes. Problemas como LER, que
costumavam se desenvolver por excesso de trabalho, por exemplo, têm acometido
jovens que sequer possuem uma vida profissional devido aos movimentos repet itivos
no uso de celulares e tablets.
Além disso, a exposição constante aos aparelhos eletrônicos tende a diminuir a
prática de esportes entre os jovens o que pode provocar problemas como obesidade e
hipertensão provocados pelo sedentarismo.
2. 2 - Psíquicos
De acordo com o American Journal Of Psychiatry, a dependência de jogos, e-
mails e aparelhos eletrônicos em geral pode ser considerada um distúrbio mental.
Como psicóloga, acredito que no futuro iremos inserir no Código Internacional de
Doenças - CID, diversos transtornos psíquicos relacionados ao uso abusivo das redes
sociais. A necessidade frequente em postar atualizações de status tem feito com que
muitos se preocupem exageradamente com a vida virtual, esquecendo-se das
situações reais.
Outro fator que pode estar relacionados à dependência dos meios eletrônicos é
o aumento de transtornos de hiperatividade e déficit de atenção, somado a transtornos
depressivos e até mesmo consumismo exarcerbado relacionado a aparelhos eletrônicos
cada vez mais velozes e potentes.
3 - Sociais
A excessiva exposição aos aparelhos eletrônicos na juventude tem provocado,
muitas vezes, isolamento social. Isso porque os jovens têm se concentrado em
alimentar suas redes sociais virtuais e, assim, seus relacionamentos reais vão sendo
negligenciados. Somado a isso, problemas como comportamentos antissociais podem
surgir gradativamente.
Esses efeitos da tecnologia estão relacionados ao uso indiscriminado dos
aparelhos eletrônicos que invadiram as nossas vidas de forma tão repentina que não
tivemos tempo de criar regras que limitem o seu uso. Assim, temos nos tornado cada
vez mais vítimas de nossos próprios anseios tecnológicos.
Diante disso, fique atento à frequência com que você, seus filhos e outros
membros de sua família têm se exposto a tais situações, refletindo sobre os seus
efeitos e criando regras que limitem o uso aos aparelhos eletrônicos ao que de fato é
essencial.
https://familia.com.br/6250/os-efeitos-de-aparelhos-eletronicos-sobre-a-juventude
Texto 02
Uso excessivo das tecnologias pode trazer sérios riscos à vida social
Para psicóloga, os eletrônicos 'desconectam' as pessoas do mundo real
Celulares, tablets, computadores e videogames portáteis, enfim, um verdadeiro
mundo de equipamentos eletrônicos invadiu, nos últimos 20 anos, a vida cotidiana. Na
carona desses gadgets, como também são conhecidos, surgiram novos termos,
expressões e padrões de comportamento. Com a internet, estar online é fazer parte de
um mundo virtual no qual a interação é a palavra de ordem. Quando bem dosado, o
3. uso dos eletrônicos não traz riscos à saúde. Porém, quando a dependência dos aparatos
tecnológicos já se torna evidente, é preciso ficar atento. Mas quais são os sinais que
devemos ficar atentos?
Conforme explica a psicóloga Dora Sampaio Góes, do Grupo de Dependência de
Internet do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São
Paulo (USP), não é só o tempo gasto com os aparelhos eletrônicos que deve ser levado
em conta, apesar de ser um fator importante, segundo ela, mas sim em que contextos
esses equipamentos são utilizados. “A tecnologia prende a nossa atenção de tal forma
que acabamos por ficar desconectados do mundo a nossa volta. Isso, muitas vezes,
deve ser levado em consideração mais do que o fator tempo em si”, alerta a
especialista.
No caso dos adolescentes, a psicóloga aconselha o período de duas horas por dia
para o uso da internet como sendo o mais recomendado. “Apesar de o tempo de duas
horas não ser nada para a garotada nessa faixa etária, é preciso lembrar que existem
outras tarefas ao longo do dia, como ir à escola, fazer a lição de casa, praticar esportes,
entre outras coisas”, lista Dora.
A psicóloga explica que os adolescentes são atraídos pela interação que a
tecnologia promove. Além disso, ela conta que é nessa fase que os jovens estão
buscando se socializar mais. “Na adolescência, o grupo social passa a ser uma
referência muito forte. Como esses jovens não têm autonomia para sair de casa, a
tecnologia faz com que eles possam ficar conectados uns com os outros”, ressalta.
Mas a partir de que momento a pessoa pode ser considerada “viciada” em
tecnologia? Nesse caso, Dora destaca que isso acontece quando o uso excessivo das
tecnologias podem trazer algum tipo de risco à vida social, como ir mal nos estudos;
diminuir o rendimento no trabalho, aumentando, assim, as chances de ser mandado
embora do emprego; entre outras situações. “Ou seja, é quando a pessoa começa a
deixar de fazer coisas da sua vida para ficar com a tecnologia, e isso inclui desde ficar
sem ver os amigos até mesmo evitar de sair com o parceiro”, aponta
Com relação aos jogos, Dora explica que muitos deles são desenvolvidos com
objetivos curtos, o que, segundo ela, é muito viciante para a população jovem. “A
pessoa fica dependente da sensação que tem ao jogar, pois são produzidos
neurotransmissores que dão a sensação de bem-estar e euforia. Em oito minutos
jogando, por exemplo, o corpo já produz dopamina, a mesma subst ância do prazer
produzida quando comemos chocolate. E isso é viciante. Ou seja, não é a tecnologia,
mas sim o que eu sinto quando entro em contato com ela”, detalha.
No caso das pessoas viciadas nos eletrônicos, a psicóloga lembra que o uso
abusivo da tecnologia atua como uma espécie de anestésico, uma forma de desfocar de
questões importantes da vida pessoal, como um conflito em família, problemas na
escola, ou no trabalho. “O uso excessivo da tecnologia é uma forma de desconectar de
si mesmo e estar conectado às máquinas. Em muitos casos, é realmente como um
4. anestésico, uma espécie de refúgio para não viver as angústias e dificuldades do mundo
real”, aponta a especialista.
Além do longo tempo gasto com jogos eletrônicos e internet, Dora chama
atenção dos pais para alguns pontos com relação ao comportamento dos filhos. “O
tempo é algo concreto e óbvio de ser notado em pessoas que são viciadas nos aparatos
tecnológicos. Entretanto, além desse fator, é preciso que os pais notem se o jovem está
deixando de sair de casa, ou de ser convidado para as festas. É necessário perceber se
o filho não está se isolando do mundo real para ficar interagindo somente com a
tecnologia”, alerta.
As consequências da exposição prolongada às parafernalhas eletrônicas podem
ser muitas, de físicas a psicológicas. Para se ter uma ideia, mesmo que ainda não
comprovada, o contato excessivo com a tecnologia pode provocar depressão,
transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno bipolar do humor, fobia social, além
de déficit de atenção e hiperatividade. “Já as consequências físicas são oriundas da falta
de praticar esportes; da alimentação errada, já que muitas vezes a pessoa nem vê o
que está comendo, pois fica de olho vidrado na tela; e da higiêne, que fica prejudicada.
Pessoas que têm propensão a problemas de vascularização devem ficar atentas
também. Ou seja, o mais grave é a pessoa se largar”, ressalta a especialista.
http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2013/08/uso-excessivo-das-
tecnologias-pode-trazer-serios-riscos-vida-social.html
Texto 03
Uso de tecnologia por crianças: benefício ou perda da infância?
Uma pesquisa realizada pela AVG Technologies com famílias de todo o mundo
mostrou que 66% das crianças entre 3 e 5 anos de idade conseguia usar jogos de
computador, mas apenas 14% era capaz de amarrar os sapatos sozinha.
Num mundo cada vez mais marcado pela tecnologia, é fácil encontrar
crianças que ainda não sabem nem amarrar os sapatos navegando na internet e
usando smartphones ou tablets. Mas será que essa inserção tão precoce no mundo
da tecnologia é benéfica para os pequenos?
Uma pesquisa realizada pela AVG Technologies no ano passado com famílias
de todo o mundo mostrou que 66% das crianças entre 3 e 5 anos de idade
conseguia usar jogos de computador, 47% sabia como usar um smartphone, mas
apenas 14% era capaz de amarrar os sapatos sozinha. No caso das crianças
brasileiras, o levantamento apontou que 97% das crianças entre 6 e 9 usam a
internet e 54% têm perfil no Facebook.
Embora ainda não haja consenso entre os especialistas, muitos apontam
consequências sombrias do contato excessivo das crianças com as novas
tecnologias. A terapeuta canadense Cris Rowan, por exemplo, defende que o uso de
tecnologia por menores de 12 anos é prejudicial ao desenvolvimento e aprendizado
infantis.
Superexposição
5. Segundo ela, a superexposição da criança a celulares, internet, iPad e
televisão está relacionada ao déficit de atenção, atrasos cognitivos, dificuldades de
aprendizagem, impulsividade e problemas em lidar com sentimentos como a raiva.
Outros problemas comuns seriam a obesidade (porque a criança passa a fazer
menos atividade física), privação de sono (quando as crianças usam as tecnologias
dentro do quarto) e o risco de dependência por tecnologia.
Por causa desses riscos, no ano passado a Academia Americana de Pediatria
e a Sociedade Canadense de Pediatria recomendaram limites para a exposição das
crianças a todo tipo de mídia (televisão, games, internet, smartphones etc.). Para
as entidades, o ideal é que apenas depois dos 2 anos de idade as crianças
comecem a ter contato com esses aparelhos e por tempo limitado. Até os 5 anos,
as crianças só deveriam ficar no máximo 1 hora diante das telas. O tempo aumenta
para 2 horas para crianças de 6 a 12 anos e para 3 horas a partir dos 13 anos.
Mas, mesmo com tantas recomendações, muitos pais parecem não se
preocupar com o assunto. Sob a justificativa de que hoje é importante saber
trabalhar com as novas tecnologias desde cedo ou simplesmente para evitar
aborrecimentos, os pais acabam deixando as crianças livres para usar os
equipamentos da forma como quiserem, o que pode causar problemas não só aos
pequenos, mas para toda a família.
“Nós precisamos encontrar uma maneira de educar os pais de hoje, e
também os futuros pais, sobre prejuízos e benefícios das mídias eletrônicas e
ajudá-los a fazer escolhas positivas para seus filhos”, alerta Susan Linn, escritora e
cofundadora da organização americana Coalizão pelo Fim da Exploração Comercial
Infantil.
Imposição de regras não funciona se os próprios pais exageram
Embora pareça difícil encontrar um ponto de equilíbrio entre o estilo de vida
atual – cada vez mais marcado pelo uso de novas tecnologias – e a regulação do
uso de mídias eletrônicas, os pais devem estabelecer regras e trabalhar para que os
pequenos não acabem exagerando na hora de usar os dispositivos eletrônicos.
Para isso, a primeira coisa que os pais devem fazer é se perguntar se eles
mesmos não estão usando smartphones, tablets e computadores demais. Não
adianta nada impor regras aos filhos e dar mau exemplo. Outro ponto é não
estimular antes do tempo as crianças a manipulares os equipamentos. O melhor é
deixar que elas mesmas demonstrem interesse e só depois disso os pais podem
mostrar a elas como usar os aparelhos de forma correta.
Manter o diálogo e investir em atividades familiares é outra forma de ajudar
os pequenos a não se tornarem dependentes da tecnologia. Hoje as crianças ficam
muito tempo diante das telas, e deixam de se dedicar a atividades importantes
como esportes, atividades culturais ou simplesmente uma conversa em família para
ficar horas e hora assistindo à televisão ou jogando no computador.
Segurança
Os pais precisam também ficar atentos à questão da segurança dos
pequenos ao usar dispositivos que permitem o acesso à internet. Infelizmente, são
comuns os casos de crianças e adolescentes que acabam sendo vítimas de pedófilos
através da rede.
Para diminuir os riscos de que isso aconteça, é importante orientar as
crianças a usar de forma adequada a internet, evitando, por exemplo, conversas
em chats com desconhecidos e divulgação de dados pessoais.
A instalação de ferramentas de monitoramento ou bloqueio de alguns
conteúdos da internet é outra forma de proteger os pequenos. Manter o
computador numa área comum da casa com a tela sempre visível e limitar o tempo
de uso do equipamento também pode ajudar.
Mas o mais importante é manter diálogo com a criança, mostrando-se
disposto a esclarecer dúvidas e explicar os motivos pelos quais é preciso usar com
cautela as novas tecnologias.
6. Entidade norte-americana recomenda smartphone só depois dos 13
Se há alguns anos as crianças sonhavam em ganhar bicicletas ou vídeo
games, hoje o objeto de desejo são os smartphones, que, além de servirem como
celular, oferecem acesso a internet, jogos, troca de mensagens e muitas outras
funcionalidades. Mas por mais que os pequenos insistam, nem sempre é
recomendável ceder.
A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria
recomendam que apenas a partir dos 13 anos as crianças tenham acesso a
dispositivos móveis, como tablets e smartphones. E, mesmo assim, devem ser
orientadas a usar de forma adequada o aparelho. Desligá-lo durante as aulas ou
refeições, por exemplo, é uma prática que deveria ser universal, mas raramente é
cumprida pelos adolescentes.
Os pais precisam avaliar se há necessidade de a criança ter um smartphone.
Para crianças que começam a sair de casa sozinhas, o smartphone se torna uma
ferramenta de comunicação importante, inclusive para os pais. Por outro lado, não
parece razoável que crianças com 5 anos de idade já tenham o aparelho.
http://www.semprefamilia.com.br/uso-de-tecnologia-por-criancas-beneficio-ou-
perda-da-infancia/