1. Tema de redação: o brasileiro e sua relação com a ética
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema: o brasileiro e sua relação com a ética . Sua
redação deve apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Atente-se para o
número mínimo de 7 linhas e máximo de 30 para desenvolver suas
ideias.
Texto I
“[…] As pessoas se queixam da falta de ética no Brasil e não se dão
conta de que isso se deve a pouca oportunidade que o brasileiro comum
tem de escolher ser ético ou não. Eu tenho tanto direito a ser corrupto
quanto qualquer outro cidadão, mas não tenho oportunidade de sequer
ouvir uma proposta para decidir se aceito. A corrupção continua ao
alcance apenas de uns poucos privilegiados. Por que só uma pequena
casta pode decidir se vai ter um comportamento ético enquanto a maioria
permanece condenada à ética compulsória, por falta de alternativas?
Quando me perguntam se sou ético, a única resposta que posso dar é a
mesma que dou quando me perguntam se gosto do vinho Chateau
Petrus: não sei. Nunca provei.[…]”
Disponível em: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,meu-valor-imp-,1156281
Texto II
Disponível em: http://obviousmag.org/mulher_cultura_plural/2015/03/nos-brasileiros-por-anos-a.html
2. Texto III
Evasão fiscal anual no Brasil ‘equivale a 18 Copas do Mundo’
Mesmo antes da disparada na cotação do dólar, US$ 280 bilhões já
seria um número impressionante.
Segundo uma pesquisa da Tax Justice Network (rede de justiça
fiscal, em tradução livre, organização internacional independente com
base em Londres, que analisa e divulga dados sobre movimentação de
impostos e paraísos fiscais), este é o montante que o Brasil teria perdido,
apenas em 2010, com a evasão fiscal – em 2011, ano de divulgação do
estudo, isso equivalia a R$ 490 bilhões.
O número vem de estimativas feitas com base em dados como PIB,
gastos do governo, dimensão da economia formal e alíquotas tributárias.
Segundo um dos pesquisadores da organização, estudos sobre evasão
fiscal mostram que as estimativas do que deixa de ser arrecadado leva
em conta também a economia informal.
O valor coloca o Brasil atrás apenas dos Estados Unidos numa lista
de países que mais perdem dinheiro com evasão fiscal. É 18 vezes maior
que o orçamento oficial da Copa do Mundo de 2014 e quase cinco vezes
mais que o orçamento federal para a Saúde em 2015, por exemplo.
É bem maior que os R$ 19 bilhões que a Polícia Federal acredita
terem sido desviados da União por um esquema bilionário de corrupção
envolvendo um dos principais órgãos do sistema tributário brasileiro, o
Carf – a agência responsável pelo julgamento de recursos contra decisões
da Receita Federal, e que é o principal alvo da Operação Zelotes.
Mas para diversos estudiosos da área, a deflagração da ação policial
pode representar o momento em que a sonegação ocupe um espaço
maior nas discussões sobre impostos no Brasil, normalmente dominadas
pelas críticas à carga tributária no país. […]
Disponível em:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/150415_brasil_z
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