O documento discute novas regras para declaração do Imposto de Renda em 2014, incluindo o início do prazo em 6 de março e fim da opção de declaração em disquete ou CD, devendo ser enviada somente pela internet. Também aborda os critérios para obrigatoriedade de declaração e lotes de restituição entre junho e dezembro.
2. Estabilidade Jurídica!
Estabilidade jurídica contribui para desenvolvimento do país?!
!Não existe instrumento mais eficaz para o desenvolvimento de um país que a estabilidade jurídica —
eis aí uma verdade tão simples quanto consagrada ao longo dos tempos. Afinal, quem investirá em
países nos quais seja tardia e incerta a aplicação das leis?!
Um interessante estudo, produzido pelo Conselho de Inteligência dos EUA, sobre perspectivas para o
ano de 2030. No que toca ao Brasil, concluem que, a partir de 2019, este será o maior exportador de
alimentos do planeta e um dos maiores de petróleo — e eis aí algo que já começa a descortinar-se no
horizonte.!
Os autores do estudo apontam, então, que o fabuloso ingresso de divisas que se prenuncia poderá
pavimentar um ciclo de desenvolvimento sustentável e de longo prazo, que nos levará aos portais do
denominado “1º Mundo”.!
Por que a expressão “poderá”? Porque, ainda segundo os pesquisadores, nossa geração tem um
“dever de casa” a cumprir, qual o de elevar os níveis de eficiência do mundo das leis.!
Faz-se, inclusive, um alerta: se falharmos, larga parcela dos recursos será desperdiçada, e o Brasil tenderá a seguir um curso que o levará a uma realidade
próxima daquela vivida hoje pela Índia: uma sociedade rica e desenvolvida, porém profundamente desigual e conflituosa.!
A mensagem é clara: nosso mundo jurídico não tem estado à altura das exigências do momento histórico. Recente pesquisa, por exemplo, estimou que a
ineficiência do mundo das leis causa ao Brasil prejuízos anuais da ordem de US$ 1 bilhão. Referido estudo, feito com base no respeitável universo de 800
empresas, demonstrou que se a eficiência do nosso sistema legal fosse elevada aos padrões dos países desenvolvidos, o volume de investimentos
aumentaria 10,4%, a produção seria elevada em 13,7% e a oferta de empregos seria 9,4% maior que a atual.!
Podemos, neste ponto, firmar uma premissa: estamos falando de um dos mais sérios problemas nacionais — que como tal deveria ser tratado, sem paixões
ou hipocrisia. Mas eis que os anos vão se passando, e as mudanças não chegam! Insistimos em apenas inchar nosso mundo das leis com mais gente, como
se mais da mesma coisa resolvesse problema tão profundo, quase que cultural.!
Daí a importância de estudos, conhecimento e reflexões, buscando criar uma cultura de modernidade, de busca do novo. São, talvez, a esperança maior de
um mundo cujos habitantes parecem recitar diariamente aquela acusação de Émile de Girardin: “todos falam de progresso, mas ninguém sai da rotina”.
Uma liderança vergonhosa!
Crimes Econômicos. Brasil lidera fraude em compra corporativa, aponta estudo.!
!!
Levantamento com executivos que atuam no Brasil aponta que o índice de fraudes na área de compras
supera a média mundial e de regiões com perfil semelhante, segundo pesquisa global de crimes econômicos
divulgada pela PwC, grupo que presta serviços de auditoria e consultoria. Entre os cinco primeiros crimes
apontados no ranking, a fraude em aquisições corporativas foi apontada por 44% dos 132 entrevistados, à
frente da taxa global (29%), latino-americana (27%) e de mercados emergentes (36%).!
A pesquisa ouviu mais de 5 mil pessoas em 95 países. Mais da metade (54%) eram empresários de
organizações com mais de mil funcionários. O desvio de bens de empresas, que ocupa o topo da lista da
PwC, tem índice de 72% no Brasil, semelhante à média geral (69%) e de outras regiões. Suborno e corrupção
estão em terceiro lugar. Enquanto esse tipo de delito foi lembrado por 28% dos entrevistados no país e 27%
dos ouvidos no mundo, a taxa em mercados emergentes chegou a 38%.!
Entre os crimes mais citados, a ocorrência de cibercrimes fez o Brasil ficar com a menor taxa: 17%, enquanto o índice global foi de 24%. Na América Latina e
em mercados emergentes, a porcentagem para o mesmo crime foi de 20% e 22%, respectivamente.!
Da amostragem, 27% das companhias com atividades no país disseram já ter sofrido algum tipo de crime econômico. Mais de 30% dos empresários
estimaram que as fraudes geraram prejuízo entre US$ 100 mil a US$ 1 milhão. A maioria deles disse ainda que o inimigo está próximo: 64% acreditam que o
fraudador atua dentro da própria empresa.
Com informações da Global Economic Crime Survey 2014 da PwC.!
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