O documento discute a relação entre formas linguísticas (significantes) e significados. Apresenta duas observações sobre o campo semântico: 1) os sentidos só são acessíveis através das formas linguísticas; 2) o fechamento de unidades de sentido não impede a troca de significações entre sistemas semióticos. Em seguida, destaca diferenças entre formas e sentidos linguísticos, como a não divisibilidade dos significados em elementos e a descontinuidade entre significante e significado.
O campo semântico e a relação entre formas e sentidos
1. Apresentação elaborada por Ewerton
Rezer Gindri a partir da obra “A
Semântica”, de Irène Tamba.
O campo semântico e a relação
entre formas e sentidos
linguísticos
2. Duas importantes observações sobre
o campo semântico:
1. Na medida em que o sentido só é acessível
mediante a materialidade fônica ou gráfica
das expressões, tendemos naturalmente a
conceber o sentido segundo a imagem das
formas significantes que o configuram.
2. O fechamento das diferentes unidades de
sentido e a economia própria a cada
sistema semiótico não entravam a livre-troca
das significações.
3. Relações entre formas e sentidos
linguísticos: o que as significações não
compartilham com os significantes.
Não podemos chegar imediatamente a uma
significação, ela só se manifesta por meio da
forma significante.
Os significados são unidades de primeira
articulação, portanto não são divisíveis em um
número finito de elementos.
Longe de respeitar a linearidade da cadeia
significantes, o sentido a desfaz.
A significação se fixa no nível de unidades
sintéticas, como a palavra, o sintagma e a frase.
4. A composição e decomposição dos significantes
põem em jogo mecanismos muito diferentes
daqueles que asseguram a síntese e a análise
das significações. A rigidez das formas e sua
robustez contrastam com a instabilidade
intrínseca das significações.
A fronteira entre relações paradigmáticas e
sintagmáticas se apaga no nível das
significações.
A dupla perspectiva sincrônica e diacrônica se
mostra menos nítida no nível dos significados do
que no dos significantes.
5. Observa-se, em relação às unidades
de sentido, que:
Cada tipo de unidade (lexema, sintagma, etc.)
tem seu modo próprio de terminação e de síntese
semânticas.
As marcas de terminação variam segundo as
línguas.
As indicações de terminação são completamente
distintas no oral e no escrito.
Portanto:
A noção de unidade semântica sintética confere
então à palavra, à frase e, em menor grau, ao
sintagma, um papel preponderante na