1) O documento discute conceitos metodológicos da semiótica como signo, significante, significado e interpretante.
2) A linguagem categoriza e organiza o mundo através de signos que não são etiquetas colocadas nas coisas, mas formas de apreender a realidade.
3) O processo de comunicação envolve a transmissão de informações através de signos com base em códigos compartilhados que atribuem significado.
2. LÍNGUA/SIGNOS
Não é uma nomenclatura que se aplica a uma
realidade preexistente.
Signos não são etiquetas que são colocadas
nas coisas.
Signos são uma forma de apreender a
realidade.
A língua é uma forma de categorizar, organizar
e interpretar o mundo.
Exemplo: No léxico de uma língua agrupamos nomes em classes:
violeta, rosa, margarida pertence à classe das flores e ao mesmo
tempo podemos falar de coisas que nem existem. 2
3. ATIVIDADE LINGUÍSTICA
Palavras denominam conceitos.
Conceitos ordenam a realidade, categorizam o
mundo.
Apagar / Deletar
Só através dos signos distinguimos 2 ideias de
modo claro e constante.
O significado é composto de traços funcionais como
morde/não morde; come cerais/não come cereais
3
4. SEMIÓTICA OU SEMIOLOGIA?
. Estudo das significações
. Estudo da vida dos signos no seio da vida
social
. Teoria geral dos modos de significar
Semiologia
Termo mais usado na tradição européia
Semiótica
termo mais usado nos países anglo-saxônicos; hoje,
generalizado 4
5. SEMIÓTICA
Técnica de pesquisa que a Filosofia da
Linguagem pratica expressamente para falar de
signos e que consegue dizer-nos de um modo
bastante exato como funcionam a comunicação
e a significação.
É a disciplina que estuda as relações entre
código e mensagem e entre signo e discurso.
5
6. O SIGNO COMO ELEMENTO DO PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO
O signo é usado para transmitir uma informação, para indicar a
alguém alguma coisa que um outro conhece e quer que os outros
também conheçam.
Mensagem organização complexa de muitos
signos.
E D
M
código
Sistema de significação comum ao Emissor e ao Destinatário com
uma série de regras que atribui ao signo um significado.
6
7. PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO SEM
CÓDIGO
Processos de estímulo resposta
Estímulo = não está por outra coisa, mas
provoca outra coisa; não há inferência, nem
processo lógico-intelectual; processo não-
reversível. Exemplo:
Uma luz forte que me obriga a fechar os
olhos.
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8. PROCESSO SÍGNICO
É reversível podendo-se passar do signo ao seu
referente e vice-versa, característica dos
processos intelectuais. Exemplo:
Ordem verbal que me manda fechar os olhos.
Decodifico a mensagem (processo sígnico) e depois
decido se vou obedecer (processo volitivo).
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9. O SIGNO COMO ELEMENTO DO
PROCESSO DE SIGNIFICAÇÃO
Para os Estóicos em cada processo sígnico deve-
se distinguir:
semainon signo, entidade física
semainomen ou o que é dito pelo signo e que
não representa uma entidade física
pragma objeto a que o signo se refere,
entidade física, acontecimento, ação
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13. SIGNO
Objeto fundamental da pesquisa semiótica
Alguma coisa está em lugar de outra (helenistas;
teóricos medievais)
Presença que remete a algo não presente
“Tudo aquilo que, aos olhos de alguém, está no
lugar de alguma outra coisa sob algum aspecto
ou capacidade” (Peirce)
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14. SIGNO
. Aquilo que cria algo na Mente do Intérprete
. É um cognoscível determinado por algo que não
ele mesmo (seu Objeto) e que determina alguma
Mente concreta ou potencial (Interpretante)
. Forma vazia ... que só pode significar algo ou
algo ... mais definido
14
15. 3 MANEIRAS DE CONSIDERAR O SIGNO (MORRIS)
Semântica: o signo é considerado em relação
aquilo que significa.
Sintática: o signo é considerado enquanto
inserível em sequências de outros signos com
base em regras de combinação
Pragmática: o signo é considerado quanto as
próprias origens, aos próprios efeitos sobre os
destinatários, aos usos que dele fazem.
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16. UNIDADE MÍNIMA DE SIGNIFICAÇÃO
Aristóteles
onoma : signo que por convenção significa uma coisa
como /navio/
rema : signo que tb significa uma referência temporal
como /é, são/
logos: signo complexo, um inteiro discurso significativo
Gramáticos medievais
- Sincategorema /a/
- Categorema /casa/
Sema = unidade portadora de significado /vem aqui/
Signo = qualquer entidade mínima que pareça ter um
significado preciso
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17. Peirce
Rema = termo simples
Dicisigno = proposição /Sócrates é mortal/
Argumento = é um raciocínio complexo, como
um silogismo.
Signo simples = /chávena/
Signo complexo = /a chávena de café/
Os dois denotam alguma coisa e podem formar
um enunciado que comportam vários signos.
17
18. Embora essencialmente psíquicos, não são abstrações.
São realidades concretas no plano fônico, mas também
da escrita, pois as imagens acústicas podem ser fixadas
por imagens visuais (sistema da escrita).
Mas, as palavras da língua não são etiquetas
colocadas sobre as realidades do mundo, a língua não
traduz o pensamento.
O fato que as mesmas realidades possuem nomes
diferentes em diversas línguas é uma prova da não-
coincidência entre a língua e o mundo.
SIGNOS LINGUÍSTICOS
19. Une não uma coisa a uma palavra, mas um
conceito e uma imagem acústica, não é o som,
mas a impressão psíquica desse som.
Conceito Significado
SignoImagem acústica
Significante
O laço que une significante e significado é
arbitrário, isto é, não existe entre eles nenhum
laço natural na realidade, exemplo: boi
(portugues), boef (francês)e oks (alemão).
SIGNO LINGUÍSTICO
20. Não existe significante sem significado e nem significado sem
significante, pois o significante sempre evoca um significado,
enquanto um significado não existe fora dos sons que o
veiculam.
A imagem acústica /gatu/ não evoca um gato em particular, mas
a ideia geral de gato, que tem um valor classificatório.
O significado não é a realidade que ele designa,mas a sua
representação.
As unidades da língua são definíveis não pela sua descrição
isolada e diacrônica, mas pelo seu lugar e suas relações no
interior do sistema.
/um sábio pouco psicólogo/
/um psicólogo pouco sábio/
As unidade da língua não tem nenhuma característica própria
fora das relações que elas entretêm com as outras.
LEMBRETES
21. SIGNO
É a correlação de uma forma significante com
uma unidade que definimos como significado.
Cada signo liga o plano da expressão (plano
significante) ao plano do conteúdo (plano
significado), ambos opondo ao seu nível
substância e forma.
Os signos se diferenciam é na articulação da
forma significante.
Não existe nunca como entidade física
observável e estável, dado que ele é produto de
uma série de relações. 21
22. OBJETO DO SIGNO
.Está no universo das coisas ou das expectativas
. [algo] individual
. Objeto imediato:
objeto enquanto conhecido no Signo, idéia,
qualidade da sensação
. Objeto dinâmico:
... tal como é, independentemente de qq aspecto
particular seu, referido à condição real, o Objeto
em relações tais como seria mostrado por um
estudo definitivo e ilimitado 22
23. CÓDIGO
Regra de junção de elementos da expressão com
elementos do conteúdo, depois de ter organizado
em sistemas formais os dois planos.
Pode ser considerado uma estrutura, ou seja um
sistema, em que cada valor se institui pela
posição e diferença e que se evidenciam apenas
qdo diferentes fenômenos são mutuamente
comparados em referência ao mesmo sistema de
relações. Ex. Governo/Estado
Para que exista código é indispensável que
exista correspondência convencionalizada e
socializada.
23
24. CÓDIGO
É condição necessária e suficiente para a
subsistência do signo.
Um sintoma médico é signo na medida que
existe um código da semiótica médica.
Dificuldade de comunicação quando o signo
é reconhecido, mas o código é defeituoso ,
incompleto, provisório e contraditório
24
25. INTERPRETANTE
. [algo que], de modo mediato e relativo, [foi] criado
pelo Objeto do Signo na mente do intérprete
. aquilo que o próprio signo expressa; [algo] que
requer ... raciocínio
. o sentido de um signo é outro que o traduz mais
explicitamente
. mecanismo semiótico, através do qual , o significado
é predicado de um significante.
. qualquer signo, ou complexo de signos que traduz o
primeiro signo em circunstâncias adequadas. 25
26. INTERPRETANTE
Pode ser um outro signo da mesma semia
Um sinônimo
Um signo de outra semia que use a mesma
substância da expressão
termo equivalente em outra língua
Um signo de semias com substância expressiva
diversa
um desenho, uma cor
um objeto assumido como signo
uma definição intensional das propriedades
atribuídas comumente ao suposto objeto do
signo. 26
27. IMPORTANTE
Um signo não representa um objeto, ele só pode
ser usado corretamente numa ato de referência
se o código lhe atribuir o mesmo interpretante
que atribui a certos objetos considerados como
signos ostensivos que significam a classe do
objetos a que pertencem.
27
28. OBSERVAÇÃO COLATERAL
. Fato independente da ação do signo.
. Hábito pelo qual um signo traz à tona uma série de atributos.
. Pré-requisito para se obter qualquer idéia significada pelo signo.
. Prévia familiaridade com aquilo que o signo denota.
. Não faz parte do Interpretante, mas é elemento relacionado
formador do Interpretante.
. Experiência prévia; conhecimento de fundo.
. Algo que é necessário para que o signo seja entendido.
Ex. Hamlet era louco. 28
29. SEMIOSE
. Processo pelo qual qualquer coisa age como signo, ou
seja, significa
. Processo que compreende 3 fatores:
. Um signo/representamen (1o. termo de uma relação triádica)
. seu Objeto (2o. termo)
. seu Interpretante (3o. termo)
. um quarto (Morris), Intérprete
. Passagem contínua de signo a signo
. A definição completa da semiose é também a definição
do signo:
“Um signo, ou representamen, é aquilo que, sob certo
aspecto ou modo, representa algo para alguém"
(Peirce)
29
30. SEMIOSE
. “Para estabelecer o significado de um significante (signo) é
necessário nomear o primeiro significante por meio de um
outro significante que, a seu turno, conta com outro
significante que pode ser interpretado por outro significante,
e assim sucessivamente “(ECO, Lector in fabula)
. “A significação (e a comunicação) opera por meio de
deslocamentos contínuos, que referem um signo a outros
signos ou a outras cadeias de signos, circunscreve as
unidades culturais ... sem jamais 'tocá-las' diretamente, mas
tornando-as acessíveis através de outras unidades
culturais” (ECO, Tratado geral de semiótica)
. “A realidade é um processo criativo, dialético e
contextualista” (Adriano Rodrigues, Introdução à semiótica ) 30
31. S I1 I2 I3
O
Semiose ilimitada
Cada interpretante de um signo é uma unidade cultural ou
unidade semântica. Um interpretante remete a outro
interpretante ad infinitum. Cada interpretante de um signo
é uma unidade cultural ou unidade semântica.
31
32. UNIDADE CULTURAL/SEMÂNTICA
Constituem-se autonomamente, numa cultura, num
sistema de oposições, no sistema semântico global.
Geralmente são individualizadas como constituídas
em campos semânticos ou em simples eixos
oposicionais.
O sistema das unidades semânticas representa o
modo como uma certa cultura segmenta o universo
perceptível e pensável e constitui a Forma do
Conteúdo.
Uma unidade cultural é uma unidade observável e
manobrável, porque se manifesta através de seus
interpretantes: palavras, gestos...
32
33. POSTULADO DA SIGNIFICAÇÃO
O processo de significação só se verifica
quando existe um código, sistema de
significação que une entidades presentes e
entidades ausentes.
É necessário que ao sistema de significantes
corresponda um sistema de unidades culturais.
No círculo da semiose ilimitada as unidades culturais se
reestruturam continuamente na sua correlação, ou sob o
impulso de novas percepções, ou pelo jogo das suas
recíprocas contradições.
Um signo denota uma posição no sistema semântico.
33
34. SISTEMA SEMÂNTICO
É descrito, às vezes intuído, sob a
forma de campos e eixos parciais.
Campo de unidades correspondentes às
que os signos denotam.
34
35. Denotação
é o reenvio, realizado em circunstâncias e contextos
dados, para aquela posição no Sistema Semântico
para a qual, primeiramente e potencialmente, o
código fazia com que o significante tivesse que
remeter.
Pode ser entendida como a extensão de um signo, no
sentido de que o signo remete para o conjunto das
unidades semânticas (culturais) a que o código faz
corresponder.
Conotação
define-se como o reenvio em cadeia de unidade
cultural para unidade cultural. É necessário que uma
relação entre o significado que se acrescenta e o
significado já presente no signo denotado.
Ex. Olho de gato/olho-de-gato traço comum 35
36. SEMEMA
É a árvore hierárquica dos interpretantes possíveis da
unidade cultural.
É dado pelo conjunto dos reenvios que a unidade
cultural realiza no interior de eixos ou campos
oposicionais de outras unidades culturais de que
dadas posições são consideradas como interpretante
da primeira unidade cultural.
/cadeira/ com encosto, com pés, para sentar-se, para
uma pessoa
/cavalo/ animado, não humano, mamífero, quadrúpede
36
37. DEFINIÇÃO
Artifício metalinguístico através do qual se
ligam as diversas componentes semânticas
que constituem o semema, ou pelo menos as
que relevam do ponto de vista definicional
considerado.
A definição é logicamente uma definição das
intensões do termo, isto é, das componentes
semânticas que o código atribui ao semema
correspondente.
37
38. CÓDIGO
Sistema convencionalizado de regras metalinguisticas
que ligam dados elementos expressivos a dadas
unidades culturais, coordenando-as em sememas e
atribuindo a cada ligação as seleções restritivas,
contextuais e circunstanciais.
Atribui ao semema não só as marcas semânticas e
diferenciadores, mas também seleções restritivas que
indicam a que outros sememas pode o semema estar
amalgamado e tb seleções contextuais e
circunstanciais que estabelecem quais sentidos
devem ser amalgamados segundo a circunstância. O
contexto é resultante da amálgama de sememas.
38
39. SENTIDO
O sentido de um termo é o percurso de leitura
que no interior do semema se escolhe, tendo
em conta as restrições resultantes do
contexto.
Exemplo: “Encontrei a velha bibliotecária”
“Encontrei a bibliotecária velha”
39
40. RELAÇÃO SIGNO/REALIDADE
Signo – substitui ou representa coisas (realidade)
. Saussure – não são as coisas, mas os signos que
circulam entre o falante e o ouvinte no circuito da
fala (signo: liga um conceito a uma imagem
acústica)
arbitrariedade relação
significante/significado (contrato social)
acesso à realidade condicionada pelos signos
não há relação direta entre símbolo e referente
40
41. REALIDADE EXTRALINGUÍSTICA
Referente não deve ser confundido com um dado imediato
do real.
Referência é a relação que une uma expressão linguística empregada num
enunciado com o objeto do mundo que se encontra designado por esta
expressão.
Cada língua especifica utiliza diferentes traços do referente
(chauffer, driver, motorista)
Língua conforma o pensamento.
Não há pensamento sem linguagem.]
A língua organiza a estrutura conceitual do universo; papel
modelizante. 41
42. REFERENTE
- “O atual rei da França é calvo” (Frege)
- ... verdade ou falsidade, problemas da Lógica e da Moral:
não é um problema lingüístico.
- Amor, justiça, interjeições (oi, ai), operadores pragmáticos
(por favor, com licença), dêiticos (isto, este, aquilo),
quantificadores (um, dez), operadores profrasais (não, sim,
ou), unidades relacionais (inglês: the, to)
- ...“os limites referenciais das unidades léxicas são
indeterminados: por exemplo, é impossível precisar a qual
momento, em que etapa intermediária, deve ser estabelecida
a divisão entre colina e montanha, entre pintinho e frango,
entre verde e azul, etc.”(Lyons, 1970,p.327, citado por Lopes,
1987, p.248) 42
43. PROBLEMA DA REFERÊNCIA
“o papel da linguagem é o de funcionar como uma instância de
mediação entre o homem e o mundo e é essa mesma propriedade,
intrínseca à função semiótica, que investe as diferentes práticas
sociais do seu papel de códigos e que instaura as unidades desses
códigos, os signos.
Assim como o signo não é objeto ou coisa que ele representa, a
linguagem não é o mundo; ela é, apenas, um saber sobre o mundo,
capaz de fazer-se intersubjetivo e de relacionar consciências. Eis
porque só tem sentido falar-se de ‘objeto’ como quadro de referência
comum ao remetente e ao destinatário da mesma mensagem”.
“O processo de significação não relaciona um signo e um ‘objeto’:
relaciona signos entre si” (Lopes, 1987, p.249).
43
44. SIGNIFICADO
Imagem mental associada à coisa significada.
Relação recíproca e reversível entre o nome e o sentido
(ULLMANN)
Mas,
vários nomes podem estar ligados a um mesmo
sentido (little, small)
diversos sentidos podem estar ligados a um mesmo
nome (manga)
as palavras estão tb associadas a outras palavras,
com as quais tem qualquer coisa em comum, no
som, no sentido, ou em ambos: light (luz) com
darkness (escuridão) ; com o adjetivo light (leve);
com o adjetivo light (claro) com o verbo to light
(iluminar), etc. 44
45. Dicionários lexicográficos: partem dos nomes e
procuram sentido, ou sentidos.
Semasiologia: parte do nome e procura identificar o
sentido
Dicionários conceituais como o Thesaurus de Roget:
partem do sentido em busca do nome.
Onomasiologia : ramo da semântica que parte do
sentido e procura identificar o nome, ou nomes, que
lhe estão ligados.
O significado de uma palavra é o seu uso na língua.
(WITTGENSTEIN)
Processo de Indexação é semasiológico e
onomasiológico.
45
46. SIGNIFICAÇÃO
Compreender uma palavra pode consistir:
numa tal familiaridade com essa palavra
que é possível às pessoas aplicá-la
corretamente;
numa análise abstrata da concepção ou
compreensão de suas relações intelectuais
com outros conceitos;
num conhecimento do possível resultado
fenomenal e prático da asserção do
conceito. 46
47. SIGNIFICADO
Uma palavra possui significado na medida em que
somos capazes de utilizá-la para comunicar nosso
conhecimento a outros e na medida em que somos
capazes de apreender o conhecimento que os outros
procuram comunicar-nos.
É de uma forma mais completa a soma total de todas
as predições condicionais pelas quais a pessoa que a
utiliza pretende tornar-se responsável ou pretende
negar.
Nunca se pode dizer qual o poder de uma palavra para
mudar a face do mundo.
47
48. Sentido: análise lógica ou definição
Significado: intenção de quem se exprime
Significação: Interpretante final
48
49. DA PERCEPÇÃO À RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Na representação deve-se:
considerar o universo conceitual e diversidade
sociolinguística do usuário;
Especificação dos conceitos (conceptualização)
Categorização (que difere de cultura para cultura)
Identificação do objeto pretendido
A seleção de uma representação sintático-
semântica do objeto
A codificação dessa representação
49
51. Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!...
Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarisses
No solo do Brasil...
Mas sei, que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...
Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...
Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar... (O Bêbado e a equilibrista - João Bosco/Aldir Blanc)
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52. REFERÊNCIAS
ECO, U. O signo. 4a. ed. Lisboa: Ed. Presença. p.
7-30
FIORIN, J.L. Teoria dos signos. In: FIORIN, J.L.,
org. Introdução à linguística, I, Objetos teóricos.
São Paulo: Contexto. p. 55-74
PEIRCE, C.S. O que é o significado?, de Lady
Welby. In: ____. Semiótica. São Paulo:
Perspectiva., 1977. p.157-164.
52