SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Pré-Modernismo – aula 01
Prof. Ewerton Rezer Gindri
ewertongindri@gmail.com
"Era um lugar sagrado, cingido de montanhas, onde não penetraria a
ação do governo maldito" (p. 35).
"A urbs monstruosa, de barro, definia bem a civitas sinistra do erro. O
novo povoado surgia, dentro de algumas semanas já feito ruínas.
Nascia velho. Visto de longe, desdobrado pelo cômoros, atulhando as
canhadas, cobrindo área enorme, truncado nas quebradas, revolto nos
pendores - tinha o aspecto perfeito de uma cidade cujo solo houvesse
sido sacudido e brutalmente dobrado por um terremoto" (p. 136).
"Não se distinguiam as ruas. Substituía-as dédalo desesperador de
becos estreitíssimos, mal separando o baralhamento caótico dos
casebres feitos ao acaso, testadas volvidas para todos os pontos,
cumeeiras orientando-se para todos os rumos, como se tudo aquilo
fosse construído, febrilmente, numa noite, por uma multidão de loucos
..." (p. 138).
"[os casebres] Cobertas de camadas espessas de vinte centímetros
de barro, sobre ramos de iço, lembravam as choupanas dos gauleses
de César. Traiam a fase transitória entre a caverna primitiva e a casa.
(...). O mesmo desconforto e, sobretudo, a mesma pobreza
repugnante, traduzindo de certo modo, mais do que a miséria do
 Releia o trecho, observando os adjetivos.
1. O que os adjetivos sugerem a respeito das
casas de Canudos?
2. No fim desse parágrafo, o narrador conclui
que aquelas casas traduziam “mais do que
a miséria do homem, a decrepitude da
raça”. Que relação há entre essa conclusão
e a comparação entre as casas romanas e
as habitações dos fiéis?
"Na falta de uma irmandade de sangue, a consanguinidade moral
dera-lhe a forma exata de um clã , em que as leis era o arbítrio do
chefe e a justiça as suas decisões irrevogáveis. Canudos
estereotipava o fácies dúbio dos primeiros agrupamentos bárbaros.
O sertanejo simples transmudava-se penetrando-o, no fanático
destemeroso e bruto. Absorvia-o a psicose coletiva. E adotava, ao
cabo, o nome até então consagrado aos turbulentos de feira, aos
valentões de refregas eleitorais e saqueadores de cidades -
jagunços." (p. 141).
"Os jagunços errantes ali armavam (em Canudos) pela derradeira
vez as tendas, na romaria miraculosa para os céus ..." (p. 142).
"A nossa civilização de empréstimo arregimentava, como sempre o
fez, o banditismo sertanejo." (p. 145).
“Vinham [as caravanas de fiéis] de todos os pontos, carregando os
haveres todos; e, transpostas as últimas voltas do caminho,
quando divisavam o campanário humilde da antiga Capela, caíam
genuflexos sobre o chão aspérrimo. Estava atingido o termo da
romagem. Estavam salvos da pavorosa hecatombe, que
vaticinavam as profecias do evangelizador. Pisavam, afinal, a terra
 Depois de descrever o povoado, o
narrador volta-se para as pessoas. Que
motivação elas tinham para ir até o
povoado e ali ficar?
a) Transcreva o trecho que comprove sua
resposta.
b) “Vinham de todos os pontos, carregando os
haveres todos”. Essa frase oferece uma
importante pista sobre a condição social dos
fiéis que mudam para Canudos. Que
condição é essa?
 Que explicação o texto dá para o fato de,
mesmo chegando “estropiados”, os
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu no dia 20 de
janeiro de 1866, em Cantagalo (RJ).
Passou sua infância no Rio de Janeiro, mais precisamente
em Teresópolis e São Fidélis, onde foi criado por tias, pois era órfão.
Após alguns anos, ingressou na Escola Militar, da qual foi expulso
por suas idéias republicanas que o levaram a desacatar o Ministro
de Guerra, em 1888.
Contudo, com a proclamação da República, o
autor voltou à Escola Superior de Guerra e
formou-se em Engenharia Militar e Ciências
Naturais. Porém, Euclides da Cunha começou a
contestar as decisões republicanas e resolveu
desligar-se totalmente da carreira militar.
Em 1897, quando mudou-se do Rio
para São Paulo, passou a fazer a cobertura da
revolta de Canudos para o jornal O Estado de
S. Paulo. A experiência como jornalista no
nordeste resultou na obra mais conhecida do
escritor: Os sertões.
A esposa de Euclides, conhecida como Anna de Assis, veio a tornar-se
amante de um jovem cadete 17 anos mais novo do que ela chamado
Dilermando de Assis. Ainda casada com Euclides, teve dois filhos de
Dilermando. Um deles morreu ainda bebê. O outro filho era chamado por
Euclides de "a espiga de milho no meio do cafezal", por ser o único louro
numa família de morenos. Aparentemente, Euclides aceitou como seu esse
menino louro.
A traição de Anna desencadeou uma tragédia em 1909, ao que Euclides
entrou armado na casa de Dilermando dizendo-se disposto a matar ou
morrer. Dilermando reagiu e matou Euclides, mas foi absolvido pela justiça
militar ao ser julgado. Entretanto, até hoje o episódio permanece em

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Os sertões de Euclides da Cunha
Os sertões de Euclides da CunhaOs sertões de Euclides da Cunha
Os sertões de Euclides da CunhaIsepro
 
Pós-Modernismo (Introdução)
Pós-Modernismo (Introdução)Pós-Modernismo (Introdução)
Pós-Modernismo (Introdução)Ivan Lucas
 
O pré modernismo
O pré modernismoO pré modernismo
O pré modernismoAna Batista
 
Português - Felizmente ha luar
Português - Felizmente ha luarPortuguês - Felizmente ha luar
Português - Felizmente ha luarguestd8e2b4
 
Comentário felizmente há luar
Comentário felizmente há luarComentário felizmente há luar
Comentário felizmente há luarCatarina Barbosa
 
Escola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruzEscola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruzBiiancaAlvees
 
Sincretismo e transição: o penumbrismo
Sincretismo e transição: o penumbrismoSincretismo e transição: o penumbrismo
Sincretismo e transição: o penumbrismoAdilson P Motta Motta
 
Sincretismo e transição - o penumbrismo
Sincretismo e transição  - o penumbrismoSincretismo e transição  - o penumbrismo
Sincretismo e transição - o penumbrismoAdilson P Motta Motta
 
Felizmente Ha Luar 2003 Final
Felizmente Ha Luar 2003 FinalFelizmente Ha Luar 2003 Final
Felizmente Ha Luar 2003 Finalruycastroistec
 
Felizmente há Luar
Felizmente há LuarFelizmente há Luar
Felizmente há Luarnanasimao
 
Literatura ( Sônia Guedes)
Literatura   ( Sônia Guedes)Literatura   ( Sônia Guedes)
Literatura ( Sônia Guedes)Sônia Guedes
 
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)José Galvão
 
Escola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruzEscola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruzBiiancaAlvees
 

Mais procurados (19)

Os sertões de Euclides da Cunha
Os sertões de Euclides da CunhaOs sertões de Euclides da Cunha
Os sertões de Euclides da Cunha
 
Pós-Modernismo (Introdução)
Pós-Modernismo (Introdução)Pós-Modernismo (Introdução)
Pós-Modernismo (Introdução)
 
O pré modernismo
O pré modernismoO pré modernismo
O pré modernismo
 
Estilo de época
Estilo de épocaEstilo de época
Estilo de época
 
Português - Felizmente ha luar
Português - Felizmente ha luarPortuguês - Felizmente ha luar
Português - Felizmente ha luar
 
Pré-modernismo
Pré-modernismoPré-modernismo
Pré-modernismo
 
Comentário felizmente há luar
Comentário felizmente há luarComentário felizmente há luar
Comentário felizmente há luar
 
Escola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruzEscola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruz
 
Felizmente há luar
Felizmente há luarFelizmente há luar
Felizmente há luar
 
Sincretismo e transição: o penumbrismo
Sincretismo e transição: o penumbrismoSincretismo e transição: o penumbrismo
Sincretismo e transição: o penumbrismo
 
Sincretismo e transição - o penumbrismo
Sincretismo e transição  - o penumbrismoSincretismo e transição  - o penumbrismo
Sincretismo e transição - o penumbrismo
 
Felizmente Ha Luar 2003 Final
Felizmente Ha Luar 2003 FinalFelizmente Ha Luar 2003 Final
Felizmente Ha Luar 2003 Final
 
Portugues
PortuguesPortugues
Portugues
 
Felizmente há Luar
Felizmente há LuarFelizmente há Luar
Felizmente há Luar
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
 
Felizmente há luar
Felizmente há luarFelizmente há luar
Felizmente há luar
 
Literatura ( Sônia Guedes)
Literatura   ( Sônia Guedes)Literatura   ( Sônia Guedes)
Literatura ( Sônia Guedes)
 
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
 
Escola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruzEscola estadual professor joão cruz
Escola estadual professor joão cruz
 

Semelhante a Pré modernismo – aula 01

Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºC
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºCPortugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºC
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºCliceuterceiroc
 
Romantismo prosa
Romantismo prosaRomantismo prosa
Romantismo prosaRotivtheb
 
Sinopse protegidos
Sinopse protegidosSinopse protegidos
Sinopse protegidosMari Barboza
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
 
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixão
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da PaixãoA Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixão
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixãowiyofog561
 
Arcadismo.ppt
Arcadismo.pptArcadismo.ppt
Arcadismo.pptAndrPlez1
 
Memorial do convento espaço social e a crítica
Memorial do convento   espaço social e a críticaMemorial do convento   espaço social e a crítica
Memorial do convento espaço social e a críticaAntónio Teixeira
 
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixão
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da PaixãoA Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixão
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixãowiyofog561
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismoensbc
 
Tópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do conventoTópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do conventoAna Isabel Falé
 
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptxGabrielLessa19
 

Semelhante a Pré modernismo – aula 01 (20)

Euclides da cunha
Euclides da cunhaEuclides da cunha
Euclides da cunha
 
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºC
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºCPortugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºC
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºC
 
O pensamento mestiço de Serge Gruzinski.
O pensamento mestiço de Serge Gruzinski.O pensamento mestiço de Serge Gruzinski.
O pensamento mestiço de Serge Gruzinski.
 
Aula 5 - Pablo Neruda
Aula 5 -  Pablo NerudaAula 5 -  Pablo Neruda
Aula 5 - Pablo Neruda
 
Romantismo prosa
Romantismo prosaRomantismo prosa
Romantismo prosa
 
Pre modernismo.lima&euclides
Pre modernismo.lima&euclidesPre modernismo.lima&euclides
Pre modernismo.lima&euclides
 
Sinopse protegidos
Sinopse protegidosSinopse protegidos
Sinopse protegidos
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
 
José de Alencar - A alma do lázaro
José de Alencar - A alma do lázaroJosé de Alencar - A alma do lázaro
José de Alencar - A alma do lázaro
 
His m06t16
His m06t16His m06t16
His m06t16
 
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixão
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da PaixãoA Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixão
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixão
 
Arcadismo.ppt
Arcadismo.pptArcadismo.ppt
Arcadismo.ppt
 
Memorial do convento espaço social e a crítica
Memorial do convento   espaço social e a críticaMemorial do convento   espaço social e a crítica
Memorial do convento espaço social e a crítica
 
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixão
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da PaixãoA Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixão
A Inconfidência - Rodolfo Gustavo da Paixão - Rodolpho Gustavo da Paixão
 
Dicionário de Bolso - Oswald de Andrade
Dicionário de Bolso - Oswald de AndradeDicionário de Bolso - Oswald de Andrade
Dicionário de Bolso - Oswald de Andrade
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
 
Tópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do conventoTópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do convento
 
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
 
PRÉ-MODERNISMO.pptx
PRÉ-MODERNISMO.pptxPRÉ-MODERNISMO.pptx
PRÉ-MODERNISMO.pptx
 
Redações ... propostas
Redações ... propostasRedações ... propostas
Redações ... propostas
 

Mais de Ewerton Gindri

O campo semântico e a relação entre formas e sentidos
O campo semântico e a relação entre formas e sentidosO campo semântico e a relação entre formas e sentidos
O campo semântico e a relação entre formas e sentidosEwerton Gindri
 
Elementos da Comunicação e Funções da Linguagem
Elementos da Comunicação e Funções da LinguagemElementos da Comunicação e Funções da Linguagem
Elementos da Comunicação e Funções da LinguagemEwerton Gindri
 
Escritas do romance na pós-modernidade
Escritas do romance na pós-modernidadeEscritas do romance na pós-modernidade
Escritas do romance na pós-modernidadeEwerton Gindri
 
O gênero textual crônica
O gênero textual crônicaO gênero textual crônica
O gênero textual crônicaEwerton Gindri
 
A ética do gênero humano
A ética do gênero humanoA ética do gênero humano
A ética do gênero humanoEwerton Gindri
 
Contos para o ensino médio
Contos para o ensino médioContos para o ensino médio
Contos para o ensino médioEwerton Gindri
 
Questões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literário Questões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literário Ewerton Gindri
 
Questões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literárioQuestões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literárioEwerton Gindri
 
Questões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literárioQuestões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literárioEwerton Gindri
 
Resumão de língua portuguesa 2º ano
Resumão de língua portuguesa   2º anoResumão de língua portuguesa   2º ano
Resumão de língua portuguesa 2º anoEwerton Gindri
 
Condições de produção e circulação
Condições de produção e circulaçãoCondições de produção e circulação
Condições de produção e circulaçãoEwerton Gindri
 
Aspecto social da comunicação
Aspecto social da comunicaçãoAspecto social da comunicação
Aspecto social da comunicaçãoEwerton Gindri
 
Ética das emoções e do desejo
Ética das emoções e do desejoÉtica das emoções e do desejo
Ética das emoções e do desejoEwerton Gindri
 
Breve estudo sobre paráfrase e discurso
Breve estudo sobre paráfrase e discursoBreve estudo sobre paráfrase e discurso
Breve estudo sobre paráfrase e discursoEwerton Gindri
 
A pós modernidade e a forma-sujeito-fluido
A pós modernidade e a forma-sujeito-fluidoA pós modernidade e a forma-sujeito-fluido
A pós modernidade e a forma-sujeito-fluidoEwerton Gindri
 
C:\Documents And Settings\Ewerton\Desktop\Planejamento Educacional E Ppp
C:\Documents And Settings\Ewerton\Desktop\Planejamento Educacional E PppC:\Documents And Settings\Ewerton\Desktop\Planejamento Educacional E Ppp
C:\Documents And Settings\Ewerton\Desktop\Planejamento Educacional E PppEwerton Gindri
 

Mais de Ewerton Gindri (20)

O campo semântico e a relação entre formas e sentidos
O campo semântico e a relação entre formas e sentidosO campo semântico e a relação entre formas e sentidos
O campo semântico e a relação entre formas e sentidos
 
Elementos da Comunicação e Funções da Linguagem
Elementos da Comunicação e Funções da LinguagemElementos da Comunicação e Funções da Linguagem
Elementos da Comunicação e Funções da Linguagem
 
Escritas do romance na pós-modernidade
Escritas do romance na pós-modernidadeEscritas do romance na pós-modernidade
Escritas do romance na pós-modernidade
 
Rev. norteamentos
Rev. norteamentosRev. norteamentos
Rev. norteamentos
 
O conto literário
O conto literárioO conto literário
O conto literário
 
O gênero textual crônica
O gênero textual crônicaO gênero textual crônica
O gênero textual crônica
 
A ética do gênero humano
A ética do gênero humanoA ética do gênero humano
A ética do gênero humano
 
Contos para o ensino médio
Contos para o ensino médioContos para o ensino médio
Contos para o ensino médio
 
Questões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literário Questões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literário
 
Questões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literárioQuestões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literário
 
Questões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literárioQuestões sobre o realismo literário
Questões sobre o realismo literário
 
Resumão de língua portuguesa 2º ano
Resumão de língua portuguesa   2º anoResumão de língua portuguesa   2º ano
Resumão de língua portuguesa 2º ano
 
Condições de produção e circulação
Condições de produção e circulaçãoCondições de produção e circulação
Condições de produção e circulação
 
O que é cultura
O que é culturaO que é cultura
O que é cultura
 
Imagem empresarial
Imagem empresarialImagem empresarial
Imagem empresarial
 
Aspecto social da comunicação
Aspecto social da comunicaçãoAspecto social da comunicação
Aspecto social da comunicação
 
Ética das emoções e do desejo
Ética das emoções e do desejoÉtica das emoções e do desejo
Ética das emoções e do desejo
 
Breve estudo sobre paráfrase e discurso
Breve estudo sobre paráfrase e discursoBreve estudo sobre paráfrase e discurso
Breve estudo sobre paráfrase e discurso
 
A pós modernidade e a forma-sujeito-fluido
A pós modernidade e a forma-sujeito-fluidoA pós modernidade e a forma-sujeito-fluido
A pós modernidade e a forma-sujeito-fluido
 
C:\Documents And Settings\Ewerton\Desktop\Planejamento Educacional E Ppp
C:\Documents And Settings\Ewerton\Desktop\Planejamento Educacional E PppC:\Documents And Settings\Ewerton\Desktop\Planejamento Educacional E Ppp
C:\Documents And Settings\Ewerton\Desktop\Planejamento Educacional E Ppp
 

Último

Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxSilvana Silva
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPoesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPabloGabrielKdabra
 
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfAPRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfgerathird
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRafaelaMartins72608
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfAutonoma
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfKarinaSouzaCorreiaAl
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptxMarlene Cunhada
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Cabiamar
 

Último (20)

Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPoesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
 
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfAPRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 

Pré modernismo – aula 01

  • 1. Pré-Modernismo – aula 01 Prof. Ewerton Rezer Gindri ewertongindri@gmail.com
  • 2.
  • 3.
  • 4. "Era um lugar sagrado, cingido de montanhas, onde não penetraria a ação do governo maldito" (p. 35). "A urbs monstruosa, de barro, definia bem a civitas sinistra do erro. O novo povoado surgia, dentro de algumas semanas já feito ruínas. Nascia velho. Visto de longe, desdobrado pelo cômoros, atulhando as canhadas, cobrindo área enorme, truncado nas quebradas, revolto nos pendores - tinha o aspecto perfeito de uma cidade cujo solo houvesse sido sacudido e brutalmente dobrado por um terremoto" (p. 136). "Não se distinguiam as ruas. Substituía-as dédalo desesperador de becos estreitíssimos, mal separando o baralhamento caótico dos casebres feitos ao acaso, testadas volvidas para todos os pontos, cumeeiras orientando-se para todos os rumos, como se tudo aquilo fosse construído, febrilmente, numa noite, por uma multidão de loucos ..." (p. 138). "[os casebres] Cobertas de camadas espessas de vinte centímetros de barro, sobre ramos de iço, lembravam as choupanas dos gauleses de César. Traiam a fase transitória entre a caverna primitiva e a casa. (...). O mesmo desconforto e, sobretudo, a mesma pobreza repugnante, traduzindo de certo modo, mais do que a miséria do
  • 5.
  • 6.  Releia o trecho, observando os adjetivos. 1. O que os adjetivos sugerem a respeito das casas de Canudos? 2. No fim desse parágrafo, o narrador conclui que aquelas casas traduziam “mais do que a miséria do homem, a decrepitude da raça”. Que relação há entre essa conclusão e a comparação entre as casas romanas e as habitações dos fiéis?
  • 7. "Na falta de uma irmandade de sangue, a consanguinidade moral dera-lhe a forma exata de um clã , em que as leis era o arbítrio do chefe e a justiça as suas decisões irrevogáveis. Canudos estereotipava o fácies dúbio dos primeiros agrupamentos bárbaros. O sertanejo simples transmudava-se penetrando-o, no fanático destemeroso e bruto. Absorvia-o a psicose coletiva. E adotava, ao cabo, o nome até então consagrado aos turbulentos de feira, aos valentões de refregas eleitorais e saqueadores de cidades - jagunços." (p. 141). "Os jagunços errantes ali armavam (em Canudos) pela derradeira vez as tendas, na romaria miraculosa para os céus ..." (p. 142). "A nossa civilização de empréstimo arregimentava, como sempre o fez, o banditismo sertanejo." (p. 145). “Vinham [as caravanas de fiéis] de todos os pontos, carregando os haveres todos; e, transpostas as últimas voltas do caminho, quando divisavam o campanário humilde da antiga Capela, caíam genuflexos sobre o chão aspérrimo. Estava atingido o termo da romagem. Estavam salvos da pavorosa hecatombe, que vaticinavam as profecias do evangelizador. Pisavam, afinal, a terra
  • 8.
  • 9.  Depois de descrever o povoado, o narrador volta-se para as pessoas. Que motivação elas tinham para ir até o povoado e ali ficar? a) Transcreva o trecho que comprove sua resposta. b) “Vinham de todos os pontos, carregando os haveres todos”. Essa frase oferece uma importante pista sobre a condição social dos fiéis que mudam para Canudos. Que condição é essa?  Que explicação o texto dá para o fato de, mesmo chegando “estropiados”, os
  • 10. Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu no dia 20 de janeiro de 1866, em Cantagalo (RJ). Passou sua infância no Rio de Janeiro, mais precisamente em Teresópolis e São Fidélis, onde foi criado por tias, pois era órfão. Após alguns anos, ingressou na Escola Militar, da qual foi expulso por suas idéias republicanas que o levaram a desacatar o Ministro de Guerra, em 1888. Contudo, com a proclamação da República, o autor voltou à Escola Superior de Guerra e formou-se em Engenharia Militar e Ciências Naturais. Porém, Euclides da Cunha começou a contestar as decisões republicanas e resolveu desligar-se totalmente da carreira militar. Em 1897, quando mudou-se do Rio para São Paulo, passou a fazer a cobertura da revolta de Canudos para o jornal O Estado de S. Paulo. A experiência como jornalista no nordeste resultou na obra mais conhecida do escritor: Os sertões.
  • 11. A esposa de Euclides, conhecida como Anna de Assis, veio a tornar-se amante de um jovem cadete 17 anos mais novo do que ela chamado Dilermando de Assis. Ainda casada com Euclides, teve dois filhos de Dilermando. Um deles morreu ainda bebê. O outro filho era chamado por Euclides de "a espiga de milho no meio do cafezal", por ser o único louro numa família de morenos. Aparentemente, Euclides aceitou como seu esse menino louro. A traição de Anna desencadeou uma tragédia em 1909, ao que Euclides entrou armado na casa de Dilermando dizendo-se disposto a matar ou morrer. Dilermando reagiu e matou Euclides, mas foi absolvido pela justiça militar ao ser julgado. Entretanto, até hoje o episódio permanece em