O documento discute o que é ciência. A visão comum é que a ciência é o ensinamento mais importante e se baseia no método científico de observação e indução. No entanto, filósofos apontaram problemas com a justificação da indução e mostraram que as teorias científicas na verdade surgem a partir de ideias teóricas, não de observações puras.
1. Resumo, o que é ciência?
Enviado por tlalcantara, dez. 2012 | 5 Páginas (1222 Palavras) | 22 Consultas
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Resumo do texto: Seno Chibeni, Silvio. O que é ciência? Disponível
em www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/ciencia.pdf , acesso em 10/11/12
A ciência como uma visão comum refere-se à crença de que a ciência é o ensinamento
mais importante diante dos demais tipos conhecimentos (do homem comum, por exemplo).
Assim a ciência deve-se em grande parte, aos sucessos alcançados pela física, química e
pela biologia, em sua maioria existe um método que quando seguido redunda em
conhecimento certo e seguro.
Esse “método cientifico” tem sido uma das principais preocupações dos filósofos, em torno
disso formou-se um ramo especial da filosofia, a filosofia da ciência, conduzidas por
Francis Bacon (1561-1626).
O qual identificou nas múltiplas variantes dessa visão da atividade cientifica e da natureza
da ciência a que chamamos visão comum da ciência. Assim a ciência começa por
observações sem qualquer diretriz teórica, a mente deve estar limpa, a na ser a
observação pura.
As leis cientificas são extraídas do conjunto das observações por um processo
supostamente seguro e objetivo, chamado indução que consiste na obtenção de
proposições gerais.
Durante a primeira metade do século XX filósofos empreendeu aperfeiçoar a concepção
comum da ciência. formou-se então o chamado Círculo de Viena, na década de 1920.
As objeções à visão comum da ciência começam por examinar a questão da justificação
da indução, o processo dedutivo não apresenta maiores dificuldades se a verdade de uma
proposição estiver assegurada estará a de todas as proposições que dela decorrerem
dedutivamente, pelo uso das leis lógicas. Tais leis, no entanto, não asseguram a validade
2. do processo indutivo.
Eliminada a possibilidade de justificação lógica, resta, segundo os pressupostos empiristas
dos próprios defensores, unicamente a justificação empírica, no entanto a justificação
empírica da indução envolve dificuldades insuperáveis. Procurou-se, assim determinar
condições nas quais o salto indutivo seja feito da maneira mais segura possível
destacaríamos as propostas, o numero de observações de um dado fenômeno deve ser
grande; deve-se variar amplamente as condições em que o fenômeno se produz e não
deve existir nenhuma contra-evidencia, observação que contraria a lei.
Embora pareçam prima facie razoáveis, um pouco de reflexão e inspeção da historia da
ciência revelam que tais condições não são nem suficientes para garantir as interferências
indutiva, nem necessárias ao estabelecimento de nossas melhores teorias cientificas.
Que não são suficiente para assegurar a validade do processo indutivo já esta clara de
nossas considerações anteriores.
Dessa forma as teorias cientificas nascem e se desenvolvem em meio a inúmeras
anomalias ou contra-exemplos empíricos, se não tivermos nenhuma diretriz teórica para
guiar as observações, estas nunca poderão ser concluídas, a investigação cientifica não
pode principiar com observações puras é reforçada pelo testemunho histórico.
O cientista quando vai ao laboratório sempre tem uma ideia, ainda que provisória e
reformulavel, do que deve ou não ser observado, controlado, variado.