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  1. 1. FILOSOFIA DA CIÊNCIA A Racionalidade Científico- Tecnológica 1. Conhecimento Vulgar (senso comum) e Conhecimento Científico 2. Ciência e Construção – Validade e Verificabilidade das Hipóteses 3. Racionalidade Científica e a Questão da Objetividade “O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, mas sim a ilusão da verdade” – Stephen Hawking
  2. 2. 1. Conhecimento Vulgar (senso comum) e Conhecimento Científico Filosofia – 11.º ano Conhecimento Vulgar ou Senso Comum O conhecimento vulgar ou senso comum resulta das experiências e vivências quotidianas – é subjetivo, concreto e empírico Não procura explicar a realidade, mas sim enquadrá-la num todo social coerente e estável É formulado numa linguagem corrente, originando ambiguidades Limita-se a constatar o que existe, sem se preocupar com explicações É um conhecimento prático, superficial, espontâneo, acrítico e assistemático O conhecimento vulgar ou senso comum está ligado à apreensão imediata da realidade. É, por essa mesma razão, um conhecimento baseado na experiência vivida, sem demasiadas preocupações com o rigor, mas, ainda assim, ferramenta fundamental do saber viver, pois é a partir dele que orientamos a nossa vida quotidiana.
  3. 3. 1. Conhecimento Vulgar (senso comum) e Conhecimento Científico Filosofia – 11.º ano Acumula conhecimentos dispersos sem exigência de rigor e sistematicidade É particular, marcado pela subjetividade e pela ausência de método É superficial, pois diz como as coisas são (ou parecem ser), sem se preocupar com justificação ou explicação É acrítico, sendo pouco atreito ao questionamento e à revisão Comunica através de uma linguagem natural, sem grandes preocupações com a eliminação da ambiguidade Conhecimento Vulgar (senso comum)
  4. 4. 1. Conhecimento Vulgar (senso comum) e Conhecimento Científico Filosofia – 11.º ano Conhecimento Vulgar (senso comum) “Senso comum - conjunto mais alargado de crenças que uma comunidade tem por verdadeiras e partilha durante um certo período de tempo. O senso comum é um "saber" que resulta da experiência de vida individual e coletiva. Os hábitos e costumes, as tradições e rituais, os "ditos" e provérbios, as opiniões populares, etc., são habitualmente referidos como manifestações do senso comum. A sua aprendizagem é uma condição necessária para a socialização de cada membro da comunidade, funcionando como um mecanismo regulador do seu pensamento e da sua ação. Do ponto de vista da ciência e da filosofia, os processos de justificação das crenças de senso comum afiguram-se muitíssimo superficiais e falíveis, e é frequente tais crenças resistirem mal a um exame crítico mais minucioso, pelo que a sua ampla aceitação não é uma garantia de que sejam verdadeiras”. António Costa, Dicionário Escolar de Filosofia
  5. 5. 1. Conhecimento Vulgar (senso comum) e Conhecimento Científico Filosofia – 11.º ano Conhecimento Científico O conhecimento científico é metódico, objetivo e sistemático Expressa-se numa linguagem específica, mais técnica e exata, o que evita a ambiguidade É crítico e revisível Descreve e explica fenómenos, o que lhe garante capacidade preditiva É experimental e/ou possui métodos formais de prova Ao conhecimento científico importam, sobretudo, os aspetos mensuráveis e quantificáveis da realidade: quantos ossos tem o esqueleto humano? Qual a velocidade da luz? Como se transmitem as características biológicas de pais para filhos? Portanto, partindo de hipóteses explicativas e estabelecendo relações de causalidade entre os fenómenos observados, o cientista pretende prever a ocorrência de novos fenómenos.
  6. 6. 1. Conhecimento Vulgar (senso comum) e Conhecimento Científico Filosofia – 11.º ano Formula leis e teorias fundadas na experimentação ou em meios formais de prova. É rigoroso e sistemático É universal e aspira à objetividade, apoiando-se num método Tem um poder explicativo que ultrapassa, em larga medida, a superficialidade das aparências Sujeita constantemente as suas teorias ao escrutínio crítico e à revisão Utiliza uma linguagem técnica, no sentido de evitar ambiguidades Conhecimento Científico
  7. 7. 1. Conhecimento Vulgar (senso comum) e Conhecimento Científico Filosofia – 11.º ano Conhecimento Científico “A ciência não é apenas uma coleção de leis, um catálogo de factos não relacionados. É uma criação do espírito humano, com ideias e conceitos livremente inventados. As teorias físicas experimentam traçar um quadro da realidade e estabelecer liames com o nosso mundo de impressões. (…) Ulteriores desenvolvimentos destruíram os velhos conceitos e criaram novos. (…) com a ajuda das teorias físicas, experimentamos encontrar caminho através do nevoeiro dos factos observados, de modo a ordenar e compreender o mundo das nossas impressões sensoriais. Queremos que os factos observados decorram logicamente do nosso conceito de realidade. Sem a fé na possibilidade de apreender a realidade por meio das nossas construções teóricas, sem a fé na harmonia do nosso mundo, impossível a ciência. Esta fé é, e permanecerá sempre, o motivo fundamental de todas as criações científicas. Através de todos os nossos esforços e em cada luta entre as ideias novas e velhas, percebemos o eterno anseio pela compreensão, a inabalável fé na harmonia do mundo, continuamente fortificada pelos obstáculos que cada vez mais se erguem ante a nossa compreensão.” Einstein e Infeld, A Evolução da Física
  8. 8. 1. Conhecimento Vulgar (senso comum) e Conhecimento Científico Filosofia – 11.º ano Serão o conhecimento vulgar e o conhecimento científico opostos? » O conhecimento científico e o conhecimento vulgar são, em primeiro lugar, formas diferentes de conhecer, que respondem a objetivos claramente distintos, mas, de alguma forma, complementares, não se podendo, no entanto, substituir um ao outro. » O conhecimento vulgar, à semelhança do que acontece com o conhecimento científico, vai-se alterando ao longo dos tempos, ou seja, muitos dos conhecimentos que outrora foram científicos são hoje de senso comum (ex.: saber que a Terra está em movimento).
  9. 9. 1. Conhecimento Vulgar (senso comum) e Conhecimento Científico  O conhecimento vulgar (senso comum) e o conhecimento científico são distintos. O facto de o segundo assentar em pressupostos (experimentação, por exemplo), que faltam ao primeiro estabelece uma relação que é, em muitos aspetos, de oposição e rutura. Todavia, existe também uma certa continuidade e complementaridade entre estas duas formas de conhecimento. Filosofia – 11.º ano
  10. 10. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  Uma das características diferenciadoras do conhecimento científico é o seu caráter metódico. Perguntar pelas metodologias científicas é colocar a questão de saber como se estabelecem as verdades (ou leis) em ciência. Todavia, não há um método científico único, mas vários:  Método Indutivo  Método Hipotético-Dedutivo  Método Experimental Filosofia – 11.º ano
  11. 11. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  MÉTODO INDUTIVO  Embora remonte à Antiguidade, a primeira sistematização de um método para fazer ciência surge na Modernidade, com o filósofo inglês Francis Bacon.  Bacon sustentou que o conhecimento científico é adquirido e confirmado por um processo de indução.  O autor fundamenta o conhecimento humano na base de uma metodologia sistemática de indagação empírica assente na observação, experimentação e indução. Filosofia – 11.º ano
  12. 12. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  O método indutivo, na perspetiva de Francis Bacon, parte do pressuposto de que a ciência tem o objetivo de estabelecer leis. Em função deste mesmo objetivo, o cientista deve observar os fenómenos e realizar uma enumeração exaustiva das suas manifestações. Os resultados que daqui emergem são, depois, sujeitos a testes experimentais. Filosofia – 11.º ano Por exemplo, observar muitos cisnes brancos confirmaria: - A hipótese de que todos os cisnes são brancos (generalização) - A hipótese de que o próximo cisne a ser observado será branco (previsão)
  13. 13. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  No fundo, é possível sintetizar o método indutivo, defendido por Bacon, do seguinte modo: Filosofia – 11.º ano . • Observação dos fenómenos a investigar .. • Descoberta de relações entre os fenómenos, a partir da análise e interpretação dos dados observados … • Generalizaçã o dessas relações
  14. 14. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO Astrónomo, matemático e físico italiano, Galileu Galilei combinou a observação empírica com a dedução matemática, sendo considerado um dos principais defensores do método hipotético-dedutivo. Filosofia – 11.º ano Galileu Galilei ficou mundialmente conhecido pela sua defesa do Heliocentrismo e pelas inovações técnicas que introduziu
  15. 15. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  Etapas do Método Hipotético-Dedutivo: Filosofia – 11.º ano . Formula-se uma hipótese ou teoria geral, como por exemplo: “Todos os planetas têm órbitas elípticas.” .. Deduz-se dela uma afirmação particular, como por exemplo: “Dada a informação que Mercúrio é um planeta, podemos deduzir que a sua órbita é elíptica.” .. A afirmação é testada por observação ou experimentação. Se o resultado for negativo, a hipótese geral tem de ser abandonada.
  16. 16. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  No fundo, Galileu adota uma postura verificacionista: confronta as hipóteses com os factos e verifica a sua verdade  Quando, no teste experimental, a hipótese se confirma, o enunciado transforma-se em lei universal  Quando, porém, o resultado é negativo, a hipótese terá de ser abandonada (ou reformulada) O método Hipotético-Dedutivo pressupõe, portanto, uma hipótese como ponto de partida, a partir da qual se deduzem certas consequências, que depois são testadas (para verificar a hipótese) Filosofia – 11.º ano
  17. 17. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  MÉTODO EXPERIMENTAL (ou método científico simples) O método experimental começa pelas observações, a partir das quais se constroem hipóteses ou teoria, que são explicações para os fenómenos observados. A partir delas, deduzem-se as suas consequências que, se confirmadas pela experimentação, produzem uma generalização ou um enunciado universal que permitirá fazer previsões precisas, a lei. Se a experimentação não confirmar a hipótese, esta é abandonada e tem de se construir uma outra que passará pelo mesmo processo. Filosofia – 11.º ano Observação Hipótese Deduçã o Experimentação LEI
  18. 18. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  Algumas críticas ao método experimental:  A observação não é o ponto de partida da ciência  A observação nunca é completamente neutra e objetiva  A observação é seletiva  Problema da indução (não é porque observamos muitos casos “iguais” que esteja garantido que “todos são iguais”). Apesar dos indiscutíveis benefícios do raciocínio indutivo - permite, por exemplo, descobrir regularidades na natureza e prever resultados - as suas conclusões não são absolutamente fidedignas, pois uma hipótese, enquanto enunciado universal, não pode ser justificada por casos particulares Filosofia – 11.º ano
  19. 19. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  KARL POPPER E O FALSIFICACIONISMO  Popper defende a visão falsificacionista do método científico, segundo a qual o método da ciência é o das conjeturas e refutações.  O ponto de partida da investigação científica é a colocação de problemas. Depois, o cientista propõe uma teoria para resolver os problemas que lhe interessam. Essa teoria é uma conjetura.  De seguida, importa testes a teoria. Os testes sérios consistem em tentativas de refutação, e não na procura de confirmações. Filosofia – 11.º ano
  20. 20. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  KARL POPPER E O FALSIFICACIONISMO Filosofia – 11.º ano Karl Popper (1902-1994)
  21. 21. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  KARL POPPER E O FALSIFICACIONISMO  Por conseguinte, para testar a teoria, deduzem-se dela certas previsões empíricas.  Se algumas das previsões fracassarem, a teoria fica refutada e será necessário encontrar uma conjetura melhor.  Se as previsões se revelarem corretas, isso significa apenas que a teoria foi corroborada. Uma teoria corroborada é aquela que sobrevive aos testes, mas o sucesso que teve no passado não nos permite concluir que ela é verdadeira. Filosofia – 11.º ano
  22. 22. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese Filosofia – 11.º ano
  23. 23. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  Para Popper, a aceitação de uma teoria é sempre provisória; mas, por outro lado, a rejeição de uma teoria por ser concludente.  Este autor defende que uma teoria que não é suscetível de refutação não pode ser considerada científica.  Todo o teste é uma tentativa de refutar a teoria; neste sentido, a testabilidade equivale à refutabilidade.  A descoberta de novos factos, que estão de acordo com a teoria, não a confirmam mas corroboram. Popper chama corroborada a toda a hipótese que, sujeita às provas mais exigentes, resiste. A ciência progride, segundo Karl Popper, mediante o ensaio e o erro, hipóteses (conjeturas) e refutações. Logo, o método da ciência é o método das hipóteses, seguidas da tentativa de falseá-las. Filosofia – 11.º ano
  24. 24. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  ATENÇÃO, para Popper:  Uma teoria falsificável ou refutável é uma teoria que tem uma propriedade de poder ser sujeita a testes e de ser verdadeira ou falsa. Uma teoria falsificada ou refutada é uma teoria que já se provou ser falsa, ou seja, foi sujeita a testes e não resistiu.  Verdade e corroboração não são a mesma coisa. Ou seja, uma teoria que passa nos testes a que foi sujeita encontra-se, tão somente, corroborada e não se pode afirmar que é verdadeira. Filosofia – 11.º ano
  25. 25. 2. Ciência e Construção - Validade e Verificabilidade das Hipótese  Para Popper, uma teoria só tem estatuto de científica se for falsificável, isto é, se puder ser colocada à prova através de um teste que torne possível a sua refutação (Critério da Demarcação). Filosofia – 11.º ano “Um enunciado é científico se, e somente se, for falsificável.” Karl Popper Exemplo: Imagine que eu digo que tenho um gnomo invisível que me ajuda a elaborar respostas durante os testes e que, por conseguinte, os gnomos existem. Como posso, segundo Popper, recusar cientificidade a este enunciado? Usando o critério de falsificabilidade: não há maneira de demonstrar que a afirmação é falsa. Se a minha afirmação é infalsificável, então não é científica.
  26. 26. 3. Racionalidade Científica e a Questão da Objetividade  THOMAS KUHN E O PROGRESSO DA CIÊNCIA Thomas Kuhn, filósofo norte-americano do século XX, propõe uma conceção radicalmente nova acerca da ciência e do próprio progresso científico:  Rejeita que a ciência progrida por simples acumulação de conhecimentos e sem conflitos;  Afirma que a evolução do conhecimento científico ocorre por solavancos, por abalos sucessivos, isto é, por meio de revoluções científicas. Filosofia – 11.º ano Thomas Kuhn (1922-1996) “A ciência progride por revoluções científicas”
  27. 27. 3. Racionalidade Científica e a Questão da Objetividade  THOMAS KUHN E O PROGRESSO DA CIÊNCIA Ciência Normal Período em que um determinado paradigma é aceite por toda uma comunidade científica. Paradigma * Conjunto de princípios, teorias, conceitos e metodologias que orientam a investigação e a prática científica e são aceites por uma determinada comunidade de cientistas; * Conceção do mundo que, pressupondo um modo de ver e de praticar, engloba todo um conjunto de teorias, conceitos, instrumentos e métodos; * O que os membros de uma comunidade científica compartilham (suposições teóricas gerais, leis e técnicas para a explicação dessas leis, bem como os instrumentos necessários). Filosofia – 11.º ano
  28. 28. 3. Racionalidade Científica e a Questão da Objetividade  THOMAS KUHN E O PROGRESSO DA CIÊNCIA Comunidade Científica Cientistas cujas investigações se baseiam em paradigmas partilhados. Empenham-se em seguir as mesmas regras e critérios de prática científica. Anomalia * Problema e/ou dificuldade que o paradigma não consegue resolver; * Facto que os cientistas não conseguem resolver dentro do paradigma tradicional; * Falhanços na prática científica normal que, quando em grande número e grau, põem em causa o paradigma. Crise Período em que a acumulação de anomalias é elevada e em que o paradigma entra em rutura. Pode tornar-se definitivamente séria quando, paralelamente, um novo paradigma começa a surgir. Filosofia – 11.º ano
  29. 29. 3. Racionalidade Científica e a Questão da Objetividade  THOMAS KUHN E O PROGRESSO DA CIÊNCIA Ciência Extraordinária Prática científica que, durante os períodos de crise, se desenvolve à margem do paradigma dominante. Revolução Científica Episódio de um desenvolvimento científico não cumulativo, no qual um paradigma mais antigo é substituído, total ou parcialmente, por um novo, com ele incompatível. Filosofia – 11.º ano
  30. 30. 3. Racionalidade Científica e a Questão da Objetividade  THOMAS KUHN E O PROGRESSO DA CIÊNCIA Todas as crises terminam, segundo Kuhn, de uma de três maneiras:  A ciência normal acaba por ser capaz de lidar com o problema que gerou a crise;  O problema é etiquetado, mas abandonado e deixado para uma geração futura;  Emerge um novo candidato a paradigma e batalha-se pela sua aceitação. Filosofia – 11.º ano
  31. 31. 3. Racionalidade Científica e a Questão da Objetividade  THOMAS KUHN E O PROGRESSO DA CIÊNCIA O novo paradigma será muito diferente do antigo (incompatível). Os paradigmas confrontam-se, possuindo diferentes visões do mundo, e são, segundo Kuhn, incomensuráveis. Não podem ser comparados objetivamente, de modo a determinar qual é o melhor ou qual está mais próximo da verdade. No fundo, a incomensurabilidade dos paradigmas é uma consequência de eles serem radicalmente diferentes: cada paradigma tem os seus próprios conceitos, problemas e regras. Filosofia – 11.º ano
  32. 32. 3. Racionalidade Científica e a Questão da Objetividade Filosofia – 11.º ano Thomas Kuhn » Segundo Thomas Kuhn, o progresso científico dá-se de um modo descontínuo, mediante saltos qualitativos e mudanças de paradigma. O surgimento de uma anomalia, que o paradigma tradicional não consegue solucionar, permitirá que se dê a rutura, com o paradigma tradicional, e um novo se instale. Logo, a ciência, para este autor, progride segundo um processo de três fases: fase normal, fase crítica e fase revolucionária. » A comunidade científica resiste à mudança de paradigma; vai tentando solucionar as sucessivas anomalias que vão surgindo, de forma a manter o paradigma tradicional. Por conseguinte, nem todas as anomalias conduzem a uma crise; a anomalia só é verdadeiramente séria e grave se resistir a todas as tentativas, empreendidas pela comunidade científica, de a removerem.
  33. 33. 3. Racionalidade Científica e a Questão da Objetividade THOMAS KUHN E A OBJETIVIDADE CIENTÍFICA  Os critérios que Kuhn considera para avaliar uma teoria são de dois tipos:  Os critérios objetivos são partilhados por toda a comunidade científica e são os seguintes: exatidão, consistência, alcance, simplicidade e fecundidade.  Os critérios subjetivos, dada a natureza humana dos cientistas, também devem ser considerados, pois, perante uma mesma realidade, a interpretação e as convicções podem fazer dois cientistas trabalharem de maneira diversa e adotarem paradigmas diferentes. Pelo facto de a escolha entre paradigmas estar sujeita a critérios subjetivos relevantes, não é possível falar em objetividade em ciência. Filosofia – 11.º ano
  34. 34. 3. Racionalidade Científica e a Questão da Objetividade THOMAS KUHN Vs. KARL POPPER Filosofia – 11.º ano

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