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CIÊNCIA
Professores Ana Clara Borges Pegorer
O QUE É CIÊNCIA?
O termo ciência vem do latim scientia, que significa
“conhecimento”. Assim, como ponto de partida, podemos definir
ciência como o campo da atividade humana que se dedica à
construção de um conhecimento sistemático e seguro a
respeito dos fenômenos do mundo.
A investigação sobre o conhecimento obtido pela ciência é
conhecida como epistemologia.
QUAIS OS OBJETIVOS DA CIÊNCIA?
Costuma-se dizer que é para tornar o mundo compreensível,
proporcionando ao ser humano meios de prever situações e exercer
controle sobre a natureza.
Segundo Jacob Bronowski (1908-1974), matemático britânico de origem
polonesa, pelo conhecimento científico, o “homem domina a natureza não
pela força, mas pela compreensão”
MÉTODO CIENTÍFICO
O termo método vem do grego meta, “através”, e hodos, “caminho”,
significando “através de um caminho” ou de um procedimento. Assim,
método científico é o núcleo de procedimentos que orienta o modo de
conduzir uma investigação científica. Há diversos conjuntos de
procedimentos que caracterizam diferentes metodologias.
Embora variado, o método científico tem por base, de modo geral, uma
estrutura lógica que engloba diversas etapas, as quais devem ser
percorridas na busca de solução para o problema proposto.
ETAPAS DO MÉTODO CIENTÍFICO EXPERIMENTAL
• Enunciado de um problema – observando fatos, o cientista enuncia um
problema que o intriga e que ainda não foi explicado pelo conhecimento
disponível. Nessa etapa, ele deve expor seu problema com clareza e
precisão e procurar os instrumentos possíveis para tentar resolvê-lo;
• Formulação de uma hipótese – tentando solucionar o problema, o
cientista propõe uma resposta possível, a qual constitui uma hipótese a
ser avaliada em sua investigação. Isso significa que a hipótese é uma
proposta não comprovada, a ser testada cientificamente;
• Testes experimentais da hipótese – o cientista testa a
validade de sua hipótese, investigando as consequências da
solução proposta. Essa investigação deve ser controlada por
ele para que o fator relevante previsto na hipótese seja
suficientemente destacado na ocorrência do fato-problema;
• Conclusão – o cientista conclui a pesquisa científica,
confirmando ou corrigindo a hipótese formulada e testada.
OBSERVAÇÃO
Os métodos científicos não constituem apenas conjuntos fixos e
estereotipados de procedimentos a serem adotados em todos os tipos de
pesquisa científica. Embora se organizem em torno de certos atos
recorrentes, isso por si só não garante os resultados satisfatórios de uma
pesquisa. Conforme apontam certos estudiosos, os métodos científicos
também estão condicionados por um amplo conjunto de fatores variáveis,
desde a natureza do problema pesquisado até os recursos materiais
aplicados na pesquisa em questão. E dependem ainda de elementos muito
importantes, como a criatividade, a imaginação e a sagacidade do
pesquisador.
LEIS E TEORIAS CIENTÍFICAS
Além de utilizar um método, os cientistas, depois de suas investigações,
também formulam leis e teorias, principalmente dentro das ciências
naturais, com destaque para a física. Nas ciências sociais, esse modelo
de investigação não é tão presente.
Mas o que são exatamente as leis e teorias científicas?
Analisando inúmeros fatos do mundo, percebemos a ocorrência de
fenômenos regulares, como a sucessão do dia e da noite, das estações do
ano, o nascimento dos seres vivos, a atração dos corpos em direção ao
centro da Terra e outros.
Para reconhecer a ocorrência de regularidades, devemos observar os
fenômenos semelhantes e classificá-los segundo suas características
comuns. Ao examinar as regularidades, a ciência procura chegar a uma
conclusão geral que possa ser aplicada a todos os fenômenos semelhantes.
Por meio desse processo, formulam-se leis científicas. Nesse sentido, leis
são enunciados generalizadores que procuram apresentar relações
constantes e necessárias entre fenômenos regulares.
As leis científicas desempenham duas funções básicas:
• Resumem uma grande quantidade de fenômenos regulares, favorecendo
uma visão global do seu conjunto;
• Possibilitam a previsão de novos fenômenos que se enquadrem na
regularidade descrita.
Portanto, a teoria tem como objetivo explicar as regularidades entre os
fenômenos e deles fornecer uma compreensão ampla. Costuma-se dizer que
explicar e prever constituem a função fundamental das leis e teorias
científicas.
TRANSITORIEDADE DAS LEIS CIENTÍFICAS
O estudo da história das ciências revela que inúmeras teorias científicas que
por algum tempo reinaram como absolutamente sólidas e corretas mais
tarde foram refutadas, sendo modificadas ou substituídas por outras.
Isso mostra que os conhecimentos científicos de uma época não são
inquestionavelmente certos, coerentes e infalíveis para todo o sempre. É
como se tivessem certas “condições de validade”.
Essa permanente possibilidade de que uma teoria científica seja revista ou
corrigida por outra pode conduzir à noção pessimista de que a ciência
fracassou no seu propósito ou perdeu sua razão de existir. Ou, ainda, pode
levar à posição cética de que todos os conhecimentos científicos são
crenças passageiras que serão condenadas no futuro.
No entanto, existe certo consenso entre os defensores da ciência a respeito
de que, embora as teorias científicas possam ser refutadas, reformuladas ou
corrigidas, a ciência cumpre sua função enquanto tem “êxito no seu
propósito de fornecer explicações dignas de confiança, bem fundadas e
sistemáticas para numerosos fenômenos” (Nagel, Ciência: natureza e
objetivo, em Morgen Besser, Filosofia da ciência, p. 18). Para alguns, seu
papel seria justamente o de construir um conhecimento continuamente
aprimorado.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Foi, porém, a partir das conquistas da ciência moderna que a investigação
filosófica sobre o conhecimento verdadeiro passou a ser dirigida mais
diretamente às ciências da natureza, pois foi desde então que estas
alcançaram autonomia e identidade como campo do saber.
A filosofia da ciência desenvolve, portanto, reflexões críticas sobre os
fundamentos do saber científico. Esse tema geral desdobra-se em uma série
de questões, como:
• estudo do método de investigação científica;
• classificação da ciência;
• natureza das teorias científicas e sua capacidade de explicar a realidade;
• papel da ciência e sua utilização na sociedade.
FONTES:
COTRIM, Gilberto, FERNANDES, Mirna. Fundamentos de
filosofia. São Paulo: Saraiva, 2016.

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  • 2. O QUE É CIÊNCIA? O termo ciência vem do latim scientia, que significa “conhecimento”. Assim, como ponto de partida, podemos definir ciência como o campo da atividade humana que se dedica à construção de um conhecimento sistemático e seguro a respeito dos fenômenos do mundo. A investigação sobre o conhecimento obtido pela ciência é conhecida como epistemologia.
  • 3. QUAIS OS OBJETIVOS DA CIÊNCIA? Costuma-se dizer que é para tornar o mundo compreensível, proporcionando ao ser humano meios de prever situações e exercer controle sobre a natureza. Segundo Jacob Bronowski (1908-1974), matemático britânico de origem polonesa, pelo conhecimento científico, o “homem domina a natureza não pela força, mas pela compreensão”
  • 4. MÉTODO CIENTÍFICO O termo método vem do grego meta, “através”, e hodos, “caminho”, significando “através de um caminho” ou de um procedimento. Assim, método científico é o núcleo de procedimentos que orienta o modo de conduzir uma investigação científica. Há diversos conjuntos de procedimentos que caracterizam diferentes metodologias. Embora variado, o método científico tem por base, de modo geral, uma estrutura lógica que engloba diversas etapas, as quais devem ser percorridas na busca de solução para o problema proposto.
  • 5. ETAPAS DO MÉTODO CIENTÍFICO EXPERIMENTAL • Enunciado de um problema – observando fatos, o cientista enuncia um problema que o intriga e que ainda não foi explicado pelo conhecimento disponível. Nessa etapa, ele deve expor seu problema com clareza e precisão e procurar os instrumentos possíveis para tentar resolvê-lo; • Formulação de uma hipótese – tentando solucionar o problema, o cientista propõe uma resposta possível, a qual constitui uma hipótese a ser avaliada em sua investigação. Isso significa que a hipótese é uma proposta não comprovada, a ser testada cientificamente;
  • 6. • Testes experimentais da hipótese – o cientista testa a validade de sua hipótese, investigando as consequências da solução proposta. Essa investigação deve ser controlada por ele para que o fator relevante previsto na hipótese seja suficientemente destacado na ocorrência do fato-problema; • Conclusão – o cientista conclui a pesquisa científica, confirmando ou corrigindo a hipótese formulada e testada.
  • 7.
  • 8. OBSERVAÇÃO Os métodos científicos não constituem apenas conjuntos fixos e estereotipados de procedimentos a serem adotados em todos os tipos de pesquisa científica. Embora se organizem em torno de certos atos recorrentes, isso por si só não garante os resultados satisfatórios de uma pesquisa. Conforme apontam certos estudiosos, os métodos científicos também estão condicionados por um amplo conjunto de fatores variáveis, desde a natureza do problema pesquisado até os recursos materiais aplicados na pesquisa em questão. E dependem ainda de elementos muito importantes, como a criatividade, a imaginação e a sagacidade do pesquisador.
  • 9. LEIS E TEORIAS CIENTÍFICAS Além de utilizar um método, os cientistas, depois de suas investigações, também formulam leis e teorias, principalmente dentro das ciências naturais, com destaque para a física. Nas ciências sociais, esse modelo de investigação não é tão presente.
  • 10. Mas o que são exatamente as leis e teorias científicas? Analisando inúmeros fatos do mundo, percebemos a ocorrência de fenômenos regulares, como a sucessão do dia e da noite, das estações do ano, o nascimento dos seres vivos, a atração dos corpos em direção ao centro da Terra e outros. Para reconhecer a ocorrência de regularidades, devemos observar os fenômenos semelhantes e classificá-los segundo suas características comuns. Ao examinar as regularidades, a ciência procura chegar a uma conclusão geral que possa ser aplicada a todos os fenômenos semelhantes.
  • 11. Por meio desse processo, formulam-se leis científicas. Nesse sentido, leis são enunciados generalizadores que procuram apresentar relações constantes e necessárias entre fenômenos regulares. As leis científicas desempenham duas funções básicas: • Resumem uma grande quantidade de fenômenos regulares, favorecendo uma visão global do seu conjunto; • Possibilitam a previsão de novos fenômenos que se enquadrem na regularidade descrita. Portanto, a teoria tem como objetivo explicar as regularidades entre os fenômenos e deles fornecer uma compreensão ampla. Costuma-se dizer que explicar e prever constituem a função fundamental das leis e teorias científicas.
  • 12. TRANSITORIEDADE DAS LEIS CIENTÍFICAS O estudo da história das ciências revela que inúmeras teorias científicas que por algum tempo reinaram como absolutamente sólidas e corretas mais tarde foram refutadas, sendo modificadas ou substituídas por outras. Isso mostra que os conhecimentos científicos de uma época não são inquestionavelmente certos, coerentes e infalíveis para todo o sempre. É como se tivessem certas “condições de validade”. Essa permanente possibilidade de que uma teoria científica seja revista ou corrigida por outra pode conduzir à noção pessimista de que a ciência fracassou no seu propósito ou perdeu sua razão de existir. Ou, ainda, pode levar à posição cética de que todos os conhecimentos científicos são crenças passageiras que serão condenadas no futuro.
  • 13. No entanto, existe certo consenso entre os defensores da ciência a respeito de que, embora as teorias científicas possam ser refutadas, reformuladas ou corrigidas, a ciência cumpre sua função enquanto tem “êxito no seu propósito de fornecer explicações dignas de confiança, bem fundadas e sistemáticas para numerosos fenômenos” (Nagel, Ciência: natureza e objetivo, em Morgen Besser, Filosofia da ciência, p. 18). Para alguns, seu papel seria justamente o de construir um conhecimento continuamente aprimorado.
  • 14. FILOSOFIA DA CIÊNCIA Foi, porém, a partir das conquistas da ciência moderna que a investigação filosófica sobre o conhecimento verdadeiro passou a ser dirigida mais diretamente às ciências da natureza, pois foi desde então que estas alcançaram autonomia e identidade como campo do saber. A filosofia da ciência desenvolve, portanto, reflexões críticas sobre os fundamentos do saber científico. Esse tema geral desdobra-se em uma série de questões, como: • estudo do método de investigação científica; • classificação da ciência; • natureza das teorias científicas e sua capacidade de explicar a realidade; • papel da ciência e sua utilização na sociedade.
  • 15. FONTES: COTRIM, Gilberto, FERNANDES, Mirna. Fundamentos de filosofia. São Paulo: Saraiva, 2016.